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apostila inss 2015 tecnicodosegurosocial

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Técnico do Seguro Social
Edital n° 01/2011
www.acasadoconcurseiro.com.br
SUMÁRIO
Ética no Serviço Público - Prof. Pedro Kuhn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Regime Jurídico Lei 8.112 e Direito Administrativo - Prof. Cristiano de Souza . . . . . . . . . . . . . . 25
Direito Constitucional - Prof. André Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367
Direito Constitucional - Profª Alessandra Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 401
Português - Prof. Carlos Zambeli. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 437
Interpretação de Texto e Redação Oficial - Profª Maria Tereza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 523
Raciocínio Lógico - Prof. Edgar Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 603
Informática - Prof. Sérgio Spolador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 707
Informática - Prof. Márcio Hunecke . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 853
Conhecimentos Específicos - Prof. Hugo Goes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 909
Camilla
Realce
Camilla
Realce
Camilla
Realce
Camilla
Realce
Camilla
Realce
Camilla
Realce
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Ética no Serviço Público
Professor Pedro Kuhn
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Edital
CONTEÚDOS DO EDITAL – INSS 2010 FCC
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal: Decreto 1.171/94 e Decreto 6.029/07.
PREVISÃO DE QUESTÕES: 2 a 4 de um total de 60 questões.
Banca: FCC
Cargo: Técnico do Seguro Social
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Ética
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Aprova o Código de Ética Profissional do Servi-
dor Público Civil do Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atri-
buições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, 
e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da 
Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei 
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 
10, 11 e 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética Profis-
sional do Servidor Público Civil do Poder Execu-
tivo Federal, que com este baixa.
Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal direta e indireta implementarão, 
em sessenta dias, as providências necessárias à 
plena vigência do Código de Ética, inclusive me-
diante a Constituição da respectiva Comissão de 
Ética, integrada por três servidores ou emprega-
dos titulares de cargo efetivo ou emprego per-
manente.
Parágrafo único. A constituição da Comis-
são de Ética será comunicada à Secretaria 
da Administração Federal da Presidência da 
República, com a indicação dos respectivos 
membros titulares e suplentes.
Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de 
sua publicação.
Brasília, 22 de junho de 1994, 173º da Independência e 
106º da República.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
Este texto não substitui o publicado no DOU de 
23.6.1994.
ANEXO
Código de Ética Profissional do Servi-
dor Público Civil do Poder Executivo 
Federal
CAPÍTULO I
Seção I
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS
I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia 
e a consciência dos princípios morais são 
primados maiores que devem nortear o 
servidor público, seja no exercício do car-
go ou função, ou fora dele, já que refletirá 
o exercício da vocação do próprio poder es-
tatal. Seus atos, comportamentos e atitudes 
serão direcionados para a preservação da 
honra e da tradição dos serviços públicos.
II – O servidor público não poderá jamais 
desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assim, não terá que decidir somente entre 
o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o con-
veniente e o inconveniente, o oportuno e 
o inoportuno, mas principalmente entre o 
honesto e o desonesto, consoante as regras 
contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Consti-
tuição Federal.
III – A moralidade da Administração Públi-
ca não se limita à distinção entre o bem e o 
mal, devendo ser acrescida da idéia de que 
o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio 
entre a legalidade e a finalidade, na condu-
 
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ta do servidor público, é que poderá conso-
lidar a moralidade do ato administrativo.
IV – A remuneração do servidor público é 
custeada pelos tributos pagos direta ou in-
diretamente por todos, até por ele próprio, 
e por isso se exige, como contrapartida, que 
a moralidade administrativa se integre no 
Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, 
como consequência, em fator de legalidade.
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor 
público perante a comunidade deve ser 
entendido como acréscimo ao seu próprio 
bem-estar, já que, como cidadão, integrante 
da sociedade, o êxito desse trabalho pode 
ser considerado como seu maior patrimô-
nio.
VI – A função pública deve ser tida como 
exercício profissional e, portanto, se integra 
na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na condu-
ta do dia-a-dia em sua vida privada poderão 
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional.
VII – Salvo os casos de segurança nacional, 
investigações policiais ou interesse superior 
do Estado e da Administração Pública, a se-
rem preservados em processo previamente 
declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu-
blicidade de qualquer ato administrativo 
constitui requisito de eficácia e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimen-
to ético contra o bem comum, imputável a 
quem a negar.
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O 
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ain-
da que contrária aos interesses da própria 
pessoa interessada ou da Administração 
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou 
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do 
hábito do erro, da opressão ou da mentira, 
que sempre aniquilam até mesmo a digni-
dade humana quanto mais a de uma Nação.
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e 
o tempo dedicados ao serviço público ca-
racterizam o esforço pela disciplina. Tratar 
mal uma pessoa que paga seus tributos di-
reta ou indiretamente significa causar-lhe 
dano moral. Da mesma forma, causar dano 
a qualquer bem pertencente ao patrimô-
nio público, deteriorando-o, por descuido 
ou má vontade, não constitui apenas uma 
ofensa ao equipamento e às instalações ou 
ao Estado, mas a todos os homens de boa 
vontade que dedicaram sua inteligência, 
seu tempo, suas esperanças e seus esforços 
para construí-los.
X – Deixar o servidor público qualquer pes-
soa à espera de solução que compete ao se-
tor em que exerça suas funções, permitindo 
a formação de longas filas, ou qualquer ou-
tra espécie de atraso na prestação do ser-
viço, não caracteriza apenas atitude contra 
a ética ou ato de desumanidade, mas prin-
cipalmente grave dano moral aos usuários 
dos serviços públicos.
XI – 0 servidor deve prestar toda a sua aten-
ção às ordens legais de seus superiores, ve-
lando atentamente por seu cumprimento, 
e, assim, evitando a conduta negligente. Os 
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de 
desvios tornam-se, às vezes, difíceis de cor-
rigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública.
XII – Toda ausência injustificada do servidor 
de seu local de trabalho é fator de desmo-
ralização do serviço público, o que quase 
sempre conduz à desordem nas relações 
humanas.
XIII – O servidor que trabalha em harmonia 
com a estrutura organizacional, respeitando
seus colegas e cada concidadão, colabora 
e de todos pode receber colaboração, pois 
sua atividade pública é a grande oportuni-
dade para o crescimento e o engrandeci-
mento da Nação.
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Seção II
DOS PRINCIPAIS DEVERES DO 
SERVIDOR PÚBLICO
XIV – São deveres fundamentais do servidor 
público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do 
cargo, função ou emprego público de que 
seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, 
perfeição e rendimento, pondo fim ou pro-
curando prioritariamente resolver situações 
procrastinatórias, principalmente diante de 
filas ou de qualquer outra espécie de atra-
so na prestação dos serviços pelo setor em 
que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstran-
do toda a integridade do seu caráter, esco-
lhendo sempre, quando estiver diante de 
duas opções, a melhor e a mais vantajosa 
para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de 
contas, condição essencial da gestão dos 
bens, direitos e serviços da coletividade a 
seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos 
serviços aperfeiçoando o processo de co-
municação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é re-
gido por princípios éticos que se materiali-
zam na adequada prestação dos serviços 
públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilida-
de e atenção, respeitando a capacidade e as 
limitações individuais de todos os usuários 
do serviço público, sem qualquer espécie 
de preconceito ou distinção de raça, sexo, 
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho 
político e posição social, abstendo-se, dessa 
forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem ne-
nhum temor de representar contra qual-
quer comprometimento indevido da estru-
tura em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores 
hierárquicos, de contratantes, interessados 
e outros que visem obter quaisquer favores, 
benesses ou vantagens indevidas em decor-
rência de ações imorais, ilegais ou aéticas e 
denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pe-
las exigências específicas da defesa da vida 
e da segurança coletiva;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na 
certeza de que sua ausência provoca danos 
ao trabalho ordenado, refletindo negativa-
mente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus supe-
riores todo e qualquer ato ou fato contrário 
ao interesse público, exigindo as providên-
cias cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o lo-
cal de trabalho, seguindo os métodos mais 
adequados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que 
se relacionem com a melhoria do exercício 
de suas funções, tendo por escopo a realiza-
ção do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimen-
tas adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, 
as normas de serviço e a legislação perti-
nentes ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do ser-
viço e as instruções superiores, as tarefas de 
seu cargo ou função, tanto quanto possível, 
com critério, segurança e rapidez, manten-
do tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou 
serviços por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerro-
gativas funcionais que lhe sejam atribuídas, 
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos 
legítimos interesses dos usuários do serviço 
 
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público e dos jurisdicionados administrati-
vos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer 
sua função, poder ou autoridade com finali-
dade estranha ao interesse público, mesmo 
que observando as formalidades legais e 
não cometendo qualquer violação expressa 
à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes 
da sua classe sobre a existência deste Códi-
go de Ética, estimulando o seu integral cum-
primento.
Seção III
DAS VEDAÇÕES AO 
 SERVIDOR PÚBLICO
XV – E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, 
amizades, tempo, posição e influências, 
para obter qualquer favorecimento, para si 
ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação 
de outros servidores ou de cidadãos que 
deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solida-
riedade, conivente com erro ou infração a 
este Código de Ética ou ao Código de Ética 
de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou 
dificultar o exercício regular de direito por 
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral 
ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e 
científicos ao seu alcance ou do seu conhe-
cimento para atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, an-
tipatias, caprichos, paixões ou interesses 
de ordem pessoal interfiram no trato com 
o público, com os jurisdicionados adminis-
trativos ou com colegas hierarquicamente 
superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou 
receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, fa-
miliares ou qualquer pessoa, para o cum-
primento da sua missão ou para influenciar 
outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documen-
tos que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que 
necessite do atendimento em serviços pú-
blicos;
j) desviar servidor público para atendimen-
to a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar le-
galmente autorizado, qualquer documento, 
livro ou bem pertencente ao patrimônio pú-
blico;
m) fazer uso de informações privilegiadas 
obtidas no âmbito interno de seu serviço, 
em benefício próprio, de parentes, de ami-
gos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou 
fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição 
que atente contra a moral, a honestidade 
ou a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou 
ligar o seu nome a empreendimentos de 
cunho duvidoso.
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI – Em todos os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta, indi-
reta autárquica e fundacional, ou em qual-
quer órgão ou entidade que exerça atribui-
ções delegadas pelo poder público, deverá 
ser criada uma Comissão de Ética, encarre-
gada de orientar e aconselhar sobre a éti-
ca profissional do servidor, no tratamento 
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com as pessoas e com o patrimônio público, 
competindo-lhe conhecer concretamente 
de imputação ou de procedimento suscep-
tível de censura.
XVIII – À Comissão de Ética incumbe forne-
cer, aos organismos encarregados da execu-
ção do quadro de carreira dos servidores, 
os registros sobre sua conduta ética, para o 
efeito de instruir e fundamentar promoções 
e para todos os demais procedimentos pró-
prios da carreira do servidor público.
XXII – A pena aplicável ao servidor público 
pela Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo pa-
recer, assinado por todos os seus integran-
tes, com ciência do faltoso.
XXIV – Para fins de apuração do compro-
metimento ético, entende-se por servidor 
público todo aquele que, por força de lei, 
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste 
serviços de natureza permanente, temporá-
ria ou excepcional, ainda que sem retribui-
ção financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder 
estatal, como as autarquias, as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as em-
presas públicas e as sociedades de econo-
mia mista, ou em qualquer setor onde pre-
valeça o interesse do Estado. 
DECRETO
Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
Vide RES/CEP/Casa Civil, de 2008
Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder 
Executivo Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri-
buição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea 
“a”, da Constituição, 
DECRETA: 
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da 
Ética do Poder Executivo Federal com a finalida-
de de promover atividades que dispõem sobre 
a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, 
competindo-lhe: 
I – integrar os órgãos, programas e ações re-
lacionadas com a ética pública; 
II – contribuir para a implementação de 
políticas públicas tendo a transparência e 
o acesso à informação como instrumentos 
fundamentais para o exercício de gestão da 
ética pública;
III – promover, com apoio dos segmentos 
pertinentes, a compatibilização e interação 
de normas, procedimentos técnicos e de 
gestão relativos à ética pública;
IV – articular ações com vistas a estabelecer 
e efetivar procedimentos de incentivo e in-
cremento ao desempenho institucional na 
gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética 
do Poder Executivo Federal:
I – a Comissão de Ética Pública – CEP, insti-
tuída pelo Decreto de 26 de maio de 1999;
II – as Comissões de Ética de que trata o De-
creto nº 1.171, de 22 de junho de 1994; e
III – as demais Comissões de Ética e equiva-
lentes nas entidades e órgãos do Poder Exe-
cutivo Federal. 
Art. 3º A CEP será integrada por sete brasileiros 
que preencham os requisitos de idoneidade mo-
ral, reputação ilibada e notória experiência em 
administração pública, designados pelo Presiden-
te da República, para mandatos de três anos, não 
coincidentes, permitida uma única recondução. 
 
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§ 1º A atuação no âmbito da CEP não enseja 
qualquer remuneração para seus membros 
e os trabalhos nela desenvolvidos são con-
siderados prestação de relevante serviço 
público. 
§ 2º O Presidente terá o voto de qualidade 
nas deliberações da Comissão. 
§ 3º Os mandatos dos primeiros membros 
serão de um, dois e três anos, estabelecidos 
no decreto de designação.
Art. 4º À CEP compete:
I – atuar como instância consultiva do Pre-
sidente da República e Ministros de Estado 
em matéria de ética pública;
II – administrar a aplicação do Código de 
Conduta da Alta Administração Federal, de-
vendo:
a) submeter ao Presidente da República 
medidas para seu aprimoramento;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpreta-
ção de suas normas, deliberando sobre ca-
sos omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, 
condutas em desacordo com as normas 
nele previstas, quando praticadas pelas au-
toridades a ele submetidas;
III – dirimir dúvidas de interpretação sobre 
as normas do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal de que trata o Decreto nº 1.171, de 
1994;
IV – coordenar, avaliar e supervisionar o Sis-
tema de Gestão da Ética Pública do Poder 
Executivo Federal; 
V – aprovar o seu regimento interno; e
VI – escolher o seu Presidente. 
Parágrafo único. A CEP contará com uma 
Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil 
da Presidência da República, à qual compe-
tirá prestar o apoio técnico e administrativo 
aos trabalhos da Comissão. 
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata o 
Decreto nº 1171, de 1994, será integrada por 
três membros titulares e três suplentes, escolhi-
dos entre servidores e empregados do seu qua-
dro permanente, e designados pelo dirigente 
máximo da respectiva entidade ou órgão, para 
mandatos não coincidentes de três anos. 
Art. 6º É dever do titular de entidade ou órgão da 
Administração Pública Federal, direta e indireta:
I – assegurar as condições de trabalho para 
que as Comissões de Ética cumpram suas 
funções, inclusive para que do exercício das 
atribuições de seus integrantes não lhes re-
sulte qualquer prejuízo ou dano; 
II – conduzir em seu âmbito a avaliação da 
gestão da ética conforme processo coorde-
nado pela Comissão de Ética Pública. 
Art. 7º Compete às Comissões de Ética de que 
tratam os incisos II e III do art. 2º:
I – atuar como instância consultiva de diri-
gentes e servidores no âmbito de seu res-
pectivo órgão ou entidade;
II – aplicar o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 
1994, devendo:
a) submeter à Comissão de Ética Pública 
propostas para seu aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpreta-
ção de suas normas e deliberar sobre casos 
omissos;
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, 
conduta em desacordo com as normas éti-
cas pertinentes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no 
âmbito do órgão ou entidade a que esti-
ver vinculada, o desenvolvimento de ações 
objetivando a disseminação, capacitação e 
treinamento sobre as normas de ética e dis-
ciplina;
INSS 2015 – Ética – Prof. Pedro Kuhn
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III – representar a respectiva entidade ou 
órgão na Rede de Ética do Poder Executivo 
Federal a que se refere o art. 9º; e
IV – supervisionar a observância do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal e 
comunicar à CEP situações que possam con-
figurar descumprimento de suas normas. 
§ 1º Cada Comissão de Ética contará com 
uma Secretaria-Executiva, vinculada ad-
ministrativamente à instância máxima da 
entidade ou órgão, para cumprir plano de 
trabalho por ela aprovado e prover o apoio 
técnico e material necessário ao cumpri-
mento das suas atribuições. 
§ 2º As Secretarias-Executivas das Comis-
sões de Ética serão chefiadas por servidor 
ou empregado do quadro permanente da 
entidade ou órgão, ocupante de cargo de 
direção compatível com sua estrutura, alo-
cado sem aumento de despesas. 
Art. 8º Compete às instâncias superiores dos 
órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, 
abrangendo a administração direta e indireta:
I – observar e fazer observar as normas de 
ética e disciplina;
II – constituir Comissão de Ética;
III – garantir os recursos humanos, materiais 
e financeiros para que a Comissão cumpra 
com suas atribuições; e
IV – atender com prioridade às solicitações 
da CEP. 
Art. 9º Fica constituída a Rede de Ética do Poder 
Executivo Federal, integrada pelos representan-
tes das Comissões de Ética de que tratam os in-
cisos I, II e III do art. 2º, com o objetivo de pro-
mover a cooperação técnica e a avaliação em 
gestão da ética. 
Parágrafo único. Os integrantes da Rede 
de Ética se reunirão sob a coordenação da 
Comissão de Ética Pública, pelo menos uma 
vez por ano, em fórum específico, para ava-
liar o programa e as ações para a promoção 
da ética na administração pública. 
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Co-
missões de Ética devem ser desenvolvidos com 
celeridade e observância dos seguintes princí-
pios:
I – proteção à honra e à imagem da pessoa 
investigada;
II – proteção à identidade do denunciante, 
que deverá ser mantida sob reserva, se este 
assim o desejar; e
III – independência e imparcialidade dos 
seus membros na apuração dos fatos, com 
as garantias asseguradas neste Decreto. 
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pes-
soa jurídica de direito privado, associação ou 
entidade de classe poderá provocar a atuação 
da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apu-
ração de infração ética imputada a agente pú-
blico, órgão ou setor específico de ente estatal. 
Parágrafo único. Entende-se por agente 
público, para os fins deste Decreto, todo 
aquele que, por força de lei, contrato ou 
qualquer ato jurídico, preste serviços de na-
tureza permanente, temporária, excepcio-
nal ou eventual, ainda que sem retribuição 
financeira, a órgão ou entidade da adminis-
tração pública federal,
direta e indireta. 
Art. 12. O processo de apuração de prática de 
ato em desrespeito ao preceituado no Código 
de Conduta da Alta Administração Federal e no 
Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal será instaura-
do, de ofício ou em razão de denúncia funda-
mentada, respeitando-se, sempre, as garantias 
do contraditório e da ampla defesa, pela Comis-
são de Ética Pública ou Comissões de Ética de 
que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme 
o caso, que notificará o investigado para mani-
festar-se, por escrito, no prazo de dez dias. 
§ 1º O investigado poderá produzir prova 
documental necessária à sua defesa. 
 
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§ 2º As Comissões de Ética poderão requi-
sitar os documentos que entenderem ne-
cessários à instrução probatória e, também, 
promover diligências e solicitar parecer de 
especialista. 
§ 3º Na hipótese de serem juntados aos autos 
da investigação, após a manifestação referida 
no caput deste artigo, novos elementos de 
prova, o investigado será notificado para nova 
manifestação, no prazo de dez dias. 
§ 4º Concluída a instrução processual, as 
Comissões de Ética proferirão decisão con-
clusiva e fundamentada. 
§ 5º Se a conclusão for pela existência de 
falta ética, além das providências previstas 
no Código de Conduta da Alta Administra-
ção Federal e no Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, as Comissões de Ética tomarão as 
seguintes providências, no que couber:
I – encaminhamento de sugestão de exo-
neração de cargo ou função de confiança à 
autoridade hierarquicamente superior ou 
devolução ao órgão de origem, conforme o 
caso; 
II – encaminhamento, conforme o caso, 
para a Controladoria-Geral da União ou uni-
dade específica do Sistema de Correição 
do Poder Executivo Federal de que trata o 
Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005, 
para exame de eventuais transgressões dis-
ciplinares; e
III – recomendação de abertura de proce-
dimento administrativo, se a gravidade da 
conduta assim o exigir. 
Art. 13. Será mantido com a chancela de “reser-
vado”, até que esteja concluído, qualquer pro-
cedimento instaurado para apuração de prática 
em desrespeito às normas éticas. 
§ 1º Concluída a investigação e após a de-
liberação da CEP ou da Comissão de Ética 
do órgão ou entidade, os autos do procedi-
mento deixarão de ser reservados. 
§ 2º Na hipótese de os autos estarem instru-
ídos com documento acobertado por sigilo 
legal, o acesso a esse tipo de documento so-
mente será permitido a quem detiver igual 
direito perante o órgão ou entidade origina-
riamente encarregado da sua guarda. 
§ 3º Para resguardar o sigilo de documentos 
que assim devam ser mantidos, as Comis-
sões de Ética, depois de concluído o proces-
so de investigação, providenciarão para que 
tais documentos sejam desentranhados dos 
autos, lacrados e acautelados. 
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo in-
vestigada é assegurado o direito de saber o que 
lhe está sendo imputado, de conhecer o teor 
da acusação e de ter vista dos autos, no recinto 
das Comissões de Ética, mesmo que ainda não 
tenha sido notificada da existência do procedi-
mento investigatório. 
Parágrafo único. O direito assegurado neste 
artigo inclui o de obter cópia dos autos e de 
certidão do seu teor. 
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função 
pública ou celebração de contrato de trabalho, dos 
agentes públicos referidos no parágrafo único do 
art. 11, deverá ser acompanhado da prestação de 
compromisso solene de acatamento e observân-
cia das regras estabelecidas pelo Código de Con-
duta da Alta Administração Federal, pelo Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal e pelo Código de Ética do 
órgão ou entidade, conforme o caso. 
Parágrafo único. A posse em cargo ou fun-
ção pública que submeta a autoridade às 
normas do Código de Conduta da Alta Ad-
ministração Federal deve ser precedida de 
consulta da autoridade à Comissão de Ética 
Pública acerca de situação que possa susci-
tar conflito de interesses. 
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão es-
cusar-se de proferir decisão sobre matéria de 
sua competência alegando omissão do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal, do 
Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal ou do Código 
INSS 2015 – Ética – Prof. Pedro Kuhn
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de Ética do órgão ou entidade, que, se existen-
te, será suprida pela analogia e invocação aos 
princípios da legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência. 
§ 1º Havendo dúvida quanto à legalidade, a 
Comissão de Ética competente deverá ouvir 
previamente a área jurídica do órgão ou en-
tidade.
§ 2º Cumpre à CEP responder a consultas so-
bre aspectos éticos que lhe forem dirigidas 
pelas demais Comissões de Ética e pelos ór-
gãos e entidades que integram o Executivo 
Federal, bem como pelos cidadãos e servido-
res que venham a ser indicados para ocupar 
cargo ou função abrangida pelo Código de 
Conduta da Alta Administração Federal. 
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que cons-
tatarem a possível ocorrência de ilícitos penais, ci-
vis, de improbidade administrativa ou de infração 
disciplinar, encaminharão cópia dos autos às auto-
ridades competentes para apuração de tais fatos, 
sem prejuízo das medidas de sua competência. 
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na 
análise de qualquer fato ou ato submetido à sua 
apreciação ou por ela levantado, serão resumi-
das em ementa e, com a omissão dos nomes 
dos investigados, divulgadas no sítio do próprio 
órgão, bem como remetidas à Comissão de Éti-
ca Pública. 
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de 
que tratam os incisos II e III do art. 2º são con-
siderados relevantes e têm prioridade sobre as 
atribuições próprias dos cargos dos seus mem-
bros, quando estes não atuarem com exclusivi-
dade na Comissão. 
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal darão tratamento prioritário às 
solicitações de documentos necessários à ins-
trução dos procedimentos de investigação ins-
taurados pelas Comissões de Ética . 
§ 1º Na hipótese de haver inobservância do 
dever funcional previsto no caput, a Comis-
são de Ética adotará as providências previs-
tas no inciso III do § 5º do art. 12. 
§ 2º As autoridades competentes não pode-
rão alegar sigilo para deixar de prestar infor-
mação solicitada pelas Comissões de Ética. 
Art. 21. A infração de natureza ética cometida 
por membro de Comissão de Ética de que tra-
tam os incisos II e III do art. 2º será apurada pela 
Comissão de Ética Pública. 
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá 
banco de dados de sanções aplicadas pelas Co-
missões de Ética de que tratam os incisos II e III 
do art. 2º e de suas próprias sanções, para fins 
de consulta pelos órgãos ou entidades da admi-
nistração pública federal, em casos de nomea-
ção para cargo em comissão ou de alta relevân-
cia pública. 
Parágrafo único. O banco de dados referido 
neste artigo engloba as sanções aplicadas 
a qualquer dos agentes públicos mencio-
nados no parágrafo único do art. 11 deste 
Decreto. 
Art. 23. Os representantes das Comissões de 
Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º 
atuarão como elementos de ligação com a CEP, 
que disporá em Resolução própria sobre as ati-
vidades que deverão desenvolver para o cum-
primento desse mister. 
Art. 24. As normas do Código de Conduta da 
Alta Administração Federal, do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal e do Código de Ética do órgão 
ou entidade aplicam-se, no que couber, às auto-
ridades e agentes públicos neles referidos, mes-
mo quando em gozo de licença.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, 
XXI, XXIII e XXV do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
deral, aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22 de 
junho de 1994, os arts. 2º e 3º do Decreto de 26 
de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética 
Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 
e de 18 de maio de 2001, que dispõem sobre a 
Comissão de Ética Pública. 
Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da 
sua publicação.
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Questões de Concurso
1 . (CEF, Cesgranrio – Técnico Bancário – 2008)
Considerando o padrão ético a ser observa-
do pelo servidor público do Poder Executivo 
Federal, pode-se afirmar que a esse:
I – é vedado o uso de amizades para obter 
qualquer favorecimento, para si ou para ou-
trem;
II – compete facilitar a fiscalização de seus 
atos, por quem de direito;
III – é vedado permitir que antipatias pesso-
ais interfiram no trato com o público;
IV – compete cumprir, sem questionamento, 
as instruções recebidas de seus superiores 
hierárquicos, ainda que, segundo seu jul-
gamento, sejam estas contrárias às normas 
legais.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
2 . (TST, Cespe – Técnico Judiciário – 2008)
O servidor público deve ter consciência de 
que seu trabalho é regido por princípios éti-
cos que se materializam na adequada pres-
tação dos serviços públicos. Em cada item a 
seguir é apresentada uma situação hipoté-
tica, seguida de uma assertiva que deve ser 
julgada em (C) CERTO ou (E) ERRADO, consi-
derando os princípios éticos do serviço pú-
blico. 
1 – Cláudio é servidor público e, para au-
mentar a sua renda, comercializa, em seu 
ambiente de trabalho, mas fora do horá-
rio normal de expediente, cópias de CDs e 
DVDs. Nessa situação, a conduta de Cláu-
dio não pode ser considerada imprópria ao 
serviço público, pois envolve uma atividade 
que não guarda relação direta com as atri-
buições de seu cargo.
2 – Marcos é servidor público e, todos os 
dias, sai para bares com amigos e ingere 
grande quantidade de bebida alcoólica. Por 
conta disso, Marcos é conhecido por em-
briagar-se habitualmente, e, ainda que isso 
não interfira na sua assiduidade ao serviço, 
tem afetado reiteradamente a sua pontu-
alidade, situação que Marcos busca com-
pensar trabalhando além do horário de ex-
pediente Nesse caso, o comportamento de 
Marcos não pode ser considerado incompa-
tível com o serviço público.
3 – Há algum tempo, Bruno, servidor público 
responsável pelo controle do material de ex-
pediente do setor em que trabalha, observa 
que Joana, servidora pública lotada nesse 
mesmo setor, utiliza recursos materiais da 
repartição em atividades particulares. Em 
razão de seu espírito de solidariedade e da 
amizade que nutre por Joana, Bruno se abs-
tém de levar ao conhecimento do chefe do 
setor os atos praticados por sua colega de 
trabalho. Nessa situação, Bruno age de for-
ma correta, pois compete ao chefe detectar, 
por si mesmo, quaisquer irregularidades no 
setor, caracterizando ofensa à ética o servi-
dor público denunciar colega de trabalho.
4 – Ricardo, servidor público, enquanto par-
ticipava da preparação de um edital de lici-
tação para contratação de fornecimento de 
refeições para o órgão em que trabalha, an-
tecipou algumas das regras que iriam fazer 
parte do edital para Carlos, dono de uma 
empresa de fornecimento de marmitas, fa-
mosa pela boa qualidade e ótimos preços 
dos seus produtos, a fim de que esse pudes-
 
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se adequar alguns procedimentos de sua 
empresa ao edital. A iniciativa de Ricardo 
deveu-se somente ao fato de ele conhecer 
bem os produtos da empresa de Carlos, não 
lhe trazendo qualquer vantagem pecuniária.
Nessa situação, é correto afirmar que Ricar-
do agiu em prol do interesse coletivo e que 
a sua atitude não fere a ética no serviço pú-
blico.
a) E – E – E – C
b) E – E – C – E
c) E – C – E – E
d) C – E – E – E
e) E – E – E – E
3. (CEF – 2008)
Considerando o padrão ético a ser observa-
do pelo servidor público do Poder Executivo 
Federal, pode-se afirmar que a esse:
I – é vedado o uso de amizades para obter 
qualquer favorecimento, para si ou para ou-
trem;
II – compete facilitar a fiscalização de seus 
atos, por quem de direito;
III – é vedado permitir que antipatias pesso-
ais interfiram no trato com o público;
IV – compete cumprir, sem questionamento, 
as instruções recebidas de seus superiores 
hierárquicos, ainda que, segundo seu jul-
gamento, sejam essas contrárias às normas 
legais.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III, apenas
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
4 . (TRT – DF, Cespe)
Julgue os itens a seguir com (C) CERTO ou (E) 
ERRADO. 
1 – O servidor deve estar atento para que os 
fatos de sua vida particular não influenciem 
o seu bom conceito na vida funcional.
2 – Todo servidor tem o dever de dizer a ver-
dade, exceto se a informação for contrária 
ao interesse público.
3 – O servidor não deve se ausentar injus-
tificadamente de seu local de trabalho, po-
dendo assim, causar desordens nas relações 
humanas.
a) C – C – C
b) C – E – C
c) E – E – C
d) C – C – E
e) E – C – C
5 . Em cada um dos itens a seguir, é apresenta-
da uma situação hipotética acerca da ética 
no serviço público, seguida de uma assertiva 
a ser julgada. 
a) Tadeu, funcionário de um órgão de 
atendimento ao público, exerce suas 
atribuições com agilidade e correção e 
procura prioritariamente atender aque-
les usuários mais necessitados, confor-
me sua avaliação. Nessa situação Tadeu 
apresenta comportamento antiético, 
pois privilegia o atendimento de uns em 
detrimento de outros.
b) Maria das Graças, no exercício do cargo 
de gerência pública distrital, atenta às 
ordens de seus superiores, dá pronto 
atendimento a elas, mesmo tendo de 
estabelecer prazos inexequíveis para a 
execução das tarefas, impondo sobre-
carga de trabalho a sua equipe. Nessa 
situação, Maria das Graças cumpre com 
ética o desempenho da função pública.
c) Márcio, servidor público, na certeza de 
que a sua ausência provoca danos ao 
trabalho e reflete negativamente em 
todo o sistema do órgão, é assíduo, pon-
tual e produtivo. Nessa situação, Márcio 
apresenta conduta ética adequada ao 
serviço público.
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INSS 2015 – Ética – Prof. Pedro Kuhn
d) Francisco, no exercício de cargo público, 
presenciou fraude praticada por seu che-
fe imediato no ambiente organizacional. 
Nessa situação, por ter consciência de 
que seu trabalho é regido por princípios 
éticos, Francisco agiu corretamente ao 
delatar seu chefe aos superiores.
e) Adriana, competente nos aspectos téc-
nicos e comportamentais, frequente-
mente utiliza as prerrogativas de seu 
cargo público em razão de interesses 
pessoais. Nessa situação, Adriana faz 
uso dos direitos do funcionalismo públi-
co e age eticamente.
a) C, E, C, C, E
b) C, E, E, E, C
c) C, E, E, C, E
d) C, E, C, E, E
e) E, E, E, E, E
Acerca do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal, julgue os 
próximos itens.
6. O código de ética se caracteriza como decre-
to autônomo no que concerne à lealdade à 
instituição a que o indivíduo serve. 
( ) Certo   ( ) Errado
7. Orgãos que exercem atribuições delegadas 
do poder público devem criar comissões de 
ética. 
( ) Certo   ( ) Errado
8. Age de modo equivocado o servidor público 
que, ao reunir documentos para fundamen-
tar seu pedido de promoção, solicita a seu 
chefe uma declaração que ateste a lisura de 
sua conduta profissional. O equívoco refere-
-se ao fato
de que, nessa situação, o pedido 
deveria ser feito não ao chefe, mas à comis-
são de ética, que tem a incumbência de for-
necer registros acerca da conduta ética de 
servidor para instruir sua promoção. 
( ) Certo   ( ) Errado
9. Na estrutura da administração, os integran-
tes de comissão de ética pública têm cargo 
equivalente ao de ministro de Estado no 
que se refere a hierarquia e remuneração. 
( ) Certo   ( ) Errado
10. Caso um servidor público tenha cometido 
pequenos deslizes de conduta comprovados 
por comissão de sindicância que recomende 
a pena de censura, o relatório da comissão 
de sindicância deve ser encaminhado para a 
comissão de ética, pois é esta que tem com-
petência para aplicar tal pena ao servidor. 
( ) Certo   ( ) Errado
11. (INSS Analista do Seguro Social 2012) 
Manoel, servidor público civil do Poder Exe-
cutivo Federal, está sendo investigado para 
apuração de eventual infração ética. Nos 
termos do Decreto nº 6.029/2007, Manoel 
tem o direito de saber o que lhe está sendo 
imputado, de conhecer o teor da acusação e 
de ter vista dos autos, 
a) no recinto da Comissão de Ética, mesmo 
que ainda não tenha sido notificado da 
existência do procedimento investigató-
rio.
b) no recinto da Comissão de Ética, porém, 
apenas se tiver sido devidamente noti-
ficado da existência do procedimento 
investigatório.
c) dentro ou fora da Comissão de Ética, 
mesmo que ainda não tenha sido noti-
ficado da existência do procedimento 
investigatório.
d) dentro ou fora da Comissão de Ética, 
porém, apenas se tiver sido devidamen-
 
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te notificado da existência do procedi-
mento investigatório.
e) no recinto da Comissão de Ética, não es-
tando, no entanto, incluído em tal direi-
to o de obter cópia dos autos.
12. (INSS Analista do Seguro Social 2012)
No que concerne à Comissão de Ética Públi-
ca – CEP, consoante as disposições previstas 
no Decreto nº 6.029/2007, pode-se afirmar 
que
a) contará com uma Secretaria-Executiva, 
vinculada ao Ministério da Justiça, à 
qual competirá prestar o apoio técnico 
e administrativo aos trabalhos da Co-
missão.
b) seus integrantes serão designados para 
mandatos de três anos, não coinciden-
tes, sendo vedada recondução.
c) a atuação no âmbito da CEP enseja re-
muneração a seus membros e os tra-
balhos nela desenvolvidos são consi-
derados prestação de relevante serviço 
público.
d) compete-lhe, dentre outras atribuições, 
dirimir dúvidas a respeito de interpreta-
ção das normas do Código de Conduta 
da Alta Administração Federal, delibe-
rando sobre casos omissos.
e) deve observar, dentre outros princípios, 
a proteção à identidade do denuncian-
te, que deverá sempre ser mantida sob 
reserva.
13. (INSS Analista do Seguro Social 2012)
Considere duas hipóteses:
I – Fernanda, servidora pública civil do Po-
der Executivo Federal, tem sido vista em-
briagada, habitualmente, em diversos locais 
públicos, como eventos, festas e reuniões.
II – Maria, também servidora pública civil do 
Poder Executivo Federal, alterou o teor de 
documentos que deveria encaminhar para 
providências.
Nos termos do Decreto nº 1.171/1994,
a) ambas as servidoras públicas não se su-
jeitam às disposições previstas no De-
creto nº 1.171/1994.
b) apenas o fato descrito no item II consti-
tui vedação ao servidor público; o fato 
narrado no item I não implica vedação, 
vez que a lei veda embriaguez apenas 
no local do serviço.
c) apenas o fato descrito no item I consti-
tui vedação ao servidor público, desde 
que ele seja efetivo.
d) ambos os fatos não constituem veda-
ções ao servidor público, embora pos-
sam ter implicações em outras searas 
do Direito.
e) ambos os fatos constituem vedações ao 
servidor público.
14. (INSS Analista do Seguro Social 2012)
Nos termos do Decreto nº 1.171/1994, a 
pena aplicável ao servidor público pela Co-
missão de Ética é a de censura e sua funda-
mentação
a) não é necessária para a aplicação da 
pena; no entanto, exige-se ciência do 
faltoso.
b) constará do respectivo parecer, assina-
do por todos os seus integrantes, com 
ciência do faltoso.
c) constará do respectivo parecer, assina-
do apenas pelo Presidente da Comissão, 
com ciência do faltoso.
d) não é necessária para a aplicação da 
pena, sendo dispensável também a ci-
ência do faltoso.
e) constará do respectivo parecer, assina-
do apenas pelo Presidente da Comissão, 
sendo dispensável a ciência do faltoso.
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INSS 2015 – Ética – Prof. Pedro Kuhn
15. (INSS Analista do Seguro Social 2012)
Nos termos do Decreto nº 6.029/2007, o 
procedimento para a apuração de infração 
ética deve ser mantido com a chancela de 
“reservado”. Sobre o prazo em que deve ser 
mantida tal chancela, pode-se afirmar que
a) após a apresentação da defesa pelo in-
vestigado, é possível a supressão da 
chancela de “reservado”.
b) é possível que, a qualquer momento, 
ainda que antes da conclusão do proce-
dimento, seja retirada tal chancela.
c) a condição de reservado deve ser man-
tida até a conclusão do procedimento e 
deliberação da respectiva Comissão de 
Ética do órgão ou entidade ou da CEP.
d) tal condição deve ser mantida até a con-
clusão do procedimento, independente-
mente de qualquer deliberação da res-
pectiva Comissão de Ética do órgão ou 
entidade ou da CEP.
e) após concluída a fase probatória, é pos-
sível a supressão da chancela de “reser-
vado”.
16. (INSS técnico do Seguro Social 2012 – FCC)
João, servidor público federal, é membro de 
Comissão de Ética de determinado órgão do 
Poder Executivo Federal e foi acusado do co-
metimento de infração de natureza ética.
Nesta hipótese, a infração ética será apura-
da
a) pelo Ministério da Justiça.
b) pelo Presidente da República.
c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil.
d) pela Comissão de Ética Pública.
e) pela própria Autarquia Federal a que 
está vinculado.
17. (INSS técnico do Seguro Social 2012 – FCC)
Sérgio, servidor público federal, teve ciência 
de irregularidades ocorridas no âmbito da 
Administração Pública Federal, em razão do 
cargo que ocupa. Por medo de retaliação, 
não relatou os fatos de que teve conheci-
mento.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, Sérgio
a) não descumpriu dever legal.
b) deveria ter levado os fatos ao conheci-
mento da autoridade superior.
c) agiu corretamente, pois omitiu-se para 
a salvaguarda de seus direitos.
d) deveria obrigatoriamente ter levado os 
fatos ao conhecimento do Poder Judici-
ário.
e) agiu expressamente nos termos da lei.
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. B 5. A 6. E 7. C 8. C 9. E 10. C 11. A 12. D 13. E 14. B 15. C 16. D 17.B
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Regime Jurídico Lei 8.112 e Direito Administrativo
Professor Cristiano de Souza
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EDITAL
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO: 1 Estado, governo e administração pública: conceitos, 
elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. 2 Direito Administrativo: 
conceito, fontes e princípios. 3 Organização administrativa da União; administração direta 
e indireta. 4 Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; 
cargo, emprego e função públicos; regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, 
criminal e administrativa. 5 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; 
poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6 Ato administrativo: validade, 
eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; 
vinculação e discricionariedade. 7 Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e 
controle; forma, meios e requisitos; delegação:
concessão, permissão, autorização. 8 Controle 
e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle 
legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei nº. 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe 
sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no 
exercício de mandato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, indireta ou 
fundacional e dá outras providências). 9 Lei n°9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Processo 
Administrativo). 2 Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição 
Federal).
REGIME JURÍDICO ÚNICO: Lei 8.112/90 e alterações posteriores, direitos e deveres do Servidor 
Público. O servidor público como agente de desenvolvimento social; Saúde e Qualidade de Vida 
no Serviço Público.
Banca: FCC
Cargo: Técnico do Seguro Social
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DIREITO ADMINISTRATIVO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A expressão REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA é utilizada para designar, em 
sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública.
Já a expressão ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, em sentido estrito, compreende, sob o aspecto 
subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função 
administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política.
Portanto, no tocante a expressão ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, segundo Maria Sylvia Di Pietro, 
podemos classificar a expressão em dois sentidos, vejamos:
Sentido subjetivo, formal ou orgânico Sentido objetivo, material ou funcional
Designa os entes que exercem a atividade administra-
tiva compreendendo as pessoas jurídicas, órgãos, e 
agentes públicos incumbidos no exercício da ativida-
de administrativa: a função administrativa.
Designa a natureza da atividade exercida pelos 
referidos entes. É a própria função administrativa, 
preponderantemente, ao do poder executivo.
No sentido subjetivo abrange todos os entes com 
atribuição do exercício da atividade administrativa.
O Poder Executivo exerce tipicamente essa função, as-
sim como os Poderes Legislativo e Judiciário exercem 
atipicamente a função administrativa.
Portanto, todos os órgãos integrantes das pessoas 
jurídicas (União, Estado, DF, Municípios) compõe a 
administração no sentido subjetivo.
Incluindo, nesta lista, as pessoas jurídicas da 
administração indireta (autarquias, fundações públicas, 
empresa públicas, sociedade de economia mista, 
consórcio público)
Abrange as atividades exercidas pelas pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes no atendimento das 
necessidades coletivas. Nesse sentido temos o 
fomento por subvenções orçamentárias, a polícia 
administrativa com as limitações administrativas, os 
serviços públicos assim como as intervenções estatais 
na regulação e fiscalização da atividade econômica de 
natureza privada.
Características em sentido objetivo
É uma atividade concreta que põe a execução da 
vontade do Estado contida na lei;
Sua finalidade é a satisfação direta e imediata dos fins 
do Estado;
Seu regime é preponderantemente público.
Resumo: em sentido objetivo, a administração pode 
ser definida como atividade concreta e imediata que 
o Estado desenvolve, sob regime jurídico total ou par-
cialmente público, para a consecução dos interesses 
coletivos.
Direito Administrativo
 
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
A administração pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a regime 
jurídico de direito público. O “Regime Jurídico da Administração Pública” será público ou 
privado.
A definição de regime jurídico é delineada pelo próprio texto constitucional ou pelas leis 
infraconstitucionais, mas jamais poderá definir o regime jurídico por ato uniliteral tipicamente 
administrativo (ex.: portarias, decretos, regulamentos, instruções normativas), pois tal conduta 
ofenderia o princípio da legalidade.
Quando atua no regime de direito privado ficará equiparada para todos os efeitos de 
obrigações, encargos e privilégios conferidos ao setor privado, sem nenhuma prerrogativa de 
superioridade.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
[...]
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto 
aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
[...]
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Por outro lado, quando atua no regime de direito público a administração gozará privilégios (ex.: 
prescrição quinquenal, processo especial de execução, impenhorabilidade dos bens públicos), 
mas também sofrerá restrições (Ex.: limitação e definição de competências, obediências aos 
princípios da finalidade, forma, motivo, publicidade).
De forma mais restrita, a expressão “Regime Jurídico Administrativo” traduz a atuação da 
administração numa posição de privilégio, portanto, de direito público. Obviamente, nesse 
regime teremos o gozo de privilégios assim como a imposição de restrições.
O binômio de prerrogativas e restrições da administração pública geralmente é expresso em 
princípios que norteiam a atuação da administração quando atua no regime público.
Do privilégio surge o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular no intuito 
da necessidade de satisfação dos interesses coletivos buscando o bem estar social (ex.: poder 
de polícia quando limita o exercício de direito individuais).
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De outra banda, da restrição surge o princípio da legalidade, vez que o administrador só pode 
agir no estrito parâmetro da lei, representando a limitação do agente público na proteção aos 
direitos individuais representado pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
�
Do privilégio surge o princípio da supre-
macia do interesse público sobre o parti-
cular no intuito da necessidade de satis-
fação dos interesses coletivos buscando o 
bem estar social.
Da restrição surge o princípio da legalida-
de, vez que o administrador só pode agir 
no estrito parâmetro da lei, representan-
do a limitação do agente público na pro-
teção aos direitos individuais representa-
do pelo princípio da indisponibilidade do 
interesse público.
Conclusão: os privilégios e restrições norteadores da atuação do administrador, no 
regime público, pode ser representado pelo princípio da supremacia do interesse 
público sobre o particular e pelo princípio da indisponibilidade do interesse público.
Alguns princípios estão expressos na Constituição Federal, como a legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e a eficiência, no art. 37 da norma máxima. Outros princípios estão 
implícitos no próprio texto constitucional, como a presunção de legitimidade, boa-fé e 
hierarquia. 
Da mesma forma encontramos princípios expressos nas normas infraconstitucionais a exemplo 
da Lei nº 9.784/99 (Processo Administrativo Federal), Lei nº 8.666/93 (Licitações e contratos), 
Lei nº 8.987/95 (Concessão e permissão)
SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello, Supraprincípios ou Superprincípios são os 
princípios centrais dos quais derivam os demais princípios da administração
pública. São eles:
a) Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado: reflete os poderes da 
administração pública. Está implícito no ordenamento jurídico colocando a administração 
em posição de desigualdade jurídica em relação ao administrado, pois está em posição de 
superioridade. Ex.: desapropriação, requisição de bens, rescisão unilateral dos contratos, 
impenhorabilidade de bens, exercício do poder de polícia.
Regime Jurídico Administrativo
 
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b) Indisponibilidade do interesse público: reflete os direitos dos administrados. Significa 
que o agente público não é dono do interesse por eles tutelados. Sendo assim, não cabe 
transação desses direitos.
OBS: Tanto a doutrina majoritária como o STF entende que os Supraprincípios não são 
absolutos, podendo em casos excepcionais serem relativizados. Ex.: compromisso arbitral.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Representa a garantia aos direitos individuais do administrado, pois a administração pública só 
pode fazer o que a lei permite. Diferente do que ocorre na relação horizontal entre particulares, 
onde reina o princípio da autonomia das partes.
Encontramos esse princípio de forma expressa em duas passagens pela Constituição Federal, 
vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]
Portanto, o balizador da administração é os limites da lei, consequentemente, o administrador 
não pode conceder direitos de qualquer espécie ou criar e impor obrigações por ato puro 
administrativo, dependendo de lei formal nesse sentido.
Pela inobservância do referido princípio o administrado poderá requerer a declaração de 
nulidade do ato pela via administrativa ou pela via judiciária. Exatamente nesse sentido, que 
surge os sistemas de controle de legalidade na atuação do administrador público, vejamos 
alguns exemplos na CF/88:
Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito;
Art. 5º, LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 5º, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público;
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Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise 
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, 
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de 
seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo 
ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, 
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas 
e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório;
BLOCO DA LEGALIDADE
A administração pública está obrigada a respeitar o bloco da legalidade como requisito de 
validade do ato administrativo. Portanto, o administrador dever respeitar outros comandos 
legais concomitantemente, vejamos:
1. Constituição Federal e suas Emendas Constitucionais.
2. Constituição Estadual e Leis Orgânicas.
3. Medidas Provisórias.
4. Tratados e Convenções Internacionais.
5. Costume como fonte de direito.
6. Decretos, regimentos, resoluções.
7. Princípios gerais de direito.
 
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PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Esse princípio está diretamente relacionado com a finalidade pública (bem comum coletivo). 
Sendo assim, a administração não pode atuar com o intuito de prejudicar ou beneficiar 
determinada pessoa. A exemplo da ordem impessoal para o pagamento de precatórios. Assim 
como, de modo inverso, também não pode beneficiar o próprio administrador público. Nesse 
sentido é vedado o uso de símbolos, nomes, imagens que caracterizem a promoção pessoal do 
agente público.
No campo infraconstitucional, esse princípio também aparece expresso, a exemplo da Lei nº 
9.784/99, Lei nº 8.666/93, vejamos:
CF/88
Art. 37. § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas 
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 100. § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão 
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente 
do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento 
integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os 
casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação 
orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da 
quantia respectiva.
Lei nº 9.784/99
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios 
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse pú-
blico e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre 
outros, os critérios de:
[...]
III – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção 
pessoal de agentes ou autoridades;
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou 
autoridade que:
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou re-
presentante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro 
ou parente e afins até o terceiro grau;
III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou 
respectivo cônjuge ou companheiro.
Lei nº 8.666/93
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio consti-
tucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a admi-
nistração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será 
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da 
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicida-
de, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocató-
rio, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
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PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA
A moralidade administrativa difere da moral comum, pois o princípio administrativo não impõe 
o dever de atendimento a moral comum dos homens, mas exige um comportamento regrado 
em padrões éticos de boa fé, honestidade e probidade na conduta do administrador. Vejamos 
o fundamento Constitucional desse princípio:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, 
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
Tal princípio também foi objeto de análise pelo STF culminando com a publicação da Súmula 
Vinculante 13 e reiterada pelas decisões jurisprudenciais, vejamos:
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, 
viola a Constituição Federal.
Súmula Vinculante 13 e não exaustão das possibilidades de nepotismo.
"Ao editar a Súmula Vinculante nº 13, a Corte não pretendeu esgotar todas as possibilidades de 
configuração de nepotismo na Administração Pública, dada a impossibilidade de se preverem 
e de se inserirem, na redação do enunciado, todas as molduras fático-jurídicas reveladas na 
pluralidade de entes da Federação (União, estados, Distrito Federal, territórios e municípios) e 
das esferas de Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), com as peculiaridades de organização 
em cada caso. Dessa perspectiva, é certo que a edição de atos regulamentares ou vinculantes 
por autoridade competente para orientar a atuação dos demais órgãos ou entidades a ela 
vinculados quanto à configuração do nepotismo não retira a possibilidade de, em cada caso 
concreto, proceder-se à avaliação das circunstâncias à luz do art. 37, caput, da CF/88." MS 
31.697, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 11.3.2014, DJe de 
2.4.2014.
 
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"(...) 3. A redação do enunciado da Súmula Vinculante nº 13 não pretendeu esgotar 
todas as possibilidades de configuração de nepotismo da Administração Pública, 
uma vez que a tese constitucional nele consagrada consiste na proposição de que 
essa irregularidade decorre diretamente do caput do art. 37 da Constituição Federal, 
independentemente da edição de lei formal sobre o tema. (...)" Rcl 15.451, Relator 
Ministro Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julgamento em 27.2.2014, DJe de 3.4.2014.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esse princípio está atrelado ao direito de acesso dos indivíduos a informações de seu interesse 
e de transparência na atuação da administração pública. Encontramos fundamento jurídico na 
Constituição Federal desses direitos, vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
LXXII – conceder-se-á "habeas-data":
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo;
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Contudo, há exceções à publicidade prevista no próprio texto da Constituição Federal, vejamos 
as exceções:
Art. 5º – X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente 
de sua violação; 
Art. 5º – XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
IMPRESCINDÍVEL À SEGURANÇA da sociedade e do Estado; 
OBS: o Inc. XXXIII do art. 5º da CF/88 foi regulamentado pela Lei nº 12.527/11 
conhecida como Lei de acesso à Informação.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Acrescentado pela EC nº 19/98 busca a economicidade, redução de desperdício, qualidade no 
serviço público e rendimento funcional. Ou seja, busca os melhores resultados por meio da 
aplicação da lei. São exemplos desse instituto, vejamos:
Art. 5º – LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável dura-
ção do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 37 – § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da admi-
nistração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus ad-
ministradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para 
o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsa-
bilidade dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal."
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Após o Estágio Probatório)
[...] 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Estágio Probatório)
Lei nº 8.987/95 – Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequa-
do ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes 
e no respectivo contrato.
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiên-
cia, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
 
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ALGUNS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF/88
PRINCÍPIO DA FINALIDADE: Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse 
público e garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da 
Administração Indireta. A finalidade pública objetivada pela lei é a única que deve ser perseguida 
pelo administrador.
A Lei, ao atribuir competência ao Administrador, tem uma finalidade 
pública específica. O administrador, praticando o ato fora dos fins, expressa ou implicitamente 
contidos na norma, pratica DESVIO DE FINALIDADE. 
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA: A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência 
dos seus próprios atos. É por isso que se reconhece à Administração o poder e dever de anular 
ou declarar a nulidade dos seus próprios atos praticados com infração à Lei. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: O serviço público destina-se a atender 
necessidades sociais. É com fundamento nesse princípio que nos contratos administrativos não 
se permite de forma absoluta que seja invocada, pelo particular, a exceção do contrato não 
cumprido, pois nossa legislação já permite que o particular invoque a exceção de contrato não 
cumprido na Lei 8.666/93, apenas no caso de atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos 
pela Administração. 
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE: Os poderes concedidos à 
Administração devem ser exercidos na medida necessária ao atendimento do interesse 
coletivo, sem exageros. O Direito Administrativo consagra a supremacia do interesse público 
sobre o particular, mas essa supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos 
são atendidos. Exige proporcionalidade entre os meios de que se utilize a Administração e os 
fins que ela tem que alcançar.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO
Com a transferência da corte de volta a Portugal, em 1821, o príncipe regente Dom Pedro I 
centralizou em si muitas atribuições. A estrutura administrativa montada durante as guerras 
napoleônicas foi aproveitada com a declaração de Independência, em 1822. Tínhamos um 
governo Central nessa época.
Progressivamente, com Dom Pedro II no trono, foi desenhado o arranjo institucional clássico 
do Estado brasileiro, com o Poder Moderador de atribuição exclusiva do imperador. Porém, no 
período regencial houve uma descentralização do poder governamental, com a instituição das 
assembleias provinciais. A instituição do presidente do conselho de ministros, em 1847, foi outra 
reforma importante, conforme afirma Frederico Lustosa da Costa (Revista de Administração 
Pública, RJ, 2008). O caráter da administração, contudo, permanecia patrimonialista, com o 
Estado a serviço das oligarquias locais.
A situação permaneceu semelhante após a proclamação da República e somente com o fim 
da chamada República Velha, em 1930, o Estado brasileiro passou a se comprometer com o 
mínimo de modernização. 
A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1938, por Getúlio 
Vargas, foi considerada como a primeira grande reforma na administração pública brasileira. Foi 
o primeiro passo em direção à burocratização da administração pública brasileira, na tentativa 
de superar o patrimonialismo.
A reforma seguinte aconteceu com o Decreto-lei 200/67, que estabelecia como princípios da 
administração pública federal o planejamento, a coordenação, a descentralização, a delegação 
de competência e o controle. Estabelecia também a divisão entre administração pública direta 
e indireta. Posteriormente, temos as reformas promovidas pela constituição de 1988, que 
descentralizou ainda mais a administração pública. Veja a redação inicial do texto normativo:
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967.
Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a 
Reforma Administrativa e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe confere o art. 9º, § 2º, 
do Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966, decreta: 
 
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TÍTULO I
Da Administração Federal
Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos 
Ministros de Estado. 
Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de 
sua competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que 
compõem a Administração Federal. 
Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no 
artigo 46, inciso II e IV, da Constituição, o Poder Executivo regulará a estruturação, as 
atribuições e funcionamento do órgãos da Administração Federal. 
Art. 4º A Administração Federal compreende:
I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas. 
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta VINCULAM-
SE ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal 
atividade.
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Centralização é a técnica de execução de competência administrativa por uma única pessoa 
jurídica governamental. Exemplo são as atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, 
DF e Municípios.
Descentralização é a distribuição de competência de uma para outra pessoa. Então, é o 
exercício de atividades administrativas por pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado 
para tal finalidade. Exemplo são as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e as 
sociedades de economia mista.
Espécies de Descentralização: a doutrina divide em dois pontos, vejamos:
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a) Descentralização Política: decorre quando um ente descentralizado exerce suas atribuições 
sem vinculação com o ente central, pois suas competências estão na Constituição Federal. 
Sendo assim, as atividades que exercem não constituem delegação ou concessão do 
governo central, pois são delas titulares de direitos originários. Exemplo do Estados e 
Municípios que não estão subordinados ao ente central (União), pois encontram seus 
fundamentos legais no próprio texto constitucional.
b) Descentralização Administrativa: ocorre quando as atribuições dos entes descentralizados 
têm origem no ente central, pois carece de fundamento originário na Constituição Federal, 
já que deriva do poder do ente central de editar suas próprias normas e regras.
Por sua vez, a Descentralização Administrativa pode ser dividida nas seguintes espécies:
a) Descentralização Administrativa territorial ou geográfica: esse tipo de descentralização é 
o que ocorre nos Estados Unitários. Atualmente, podemos citar os territórios federais, que 
não integram a federação, mas tem personalidade jurídica de direito público.
b) Descentralização Administrativa por serviço, funcional ou técnica: é a que se verifica 
quando o Poder Público cria uma pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela 
atribui a titularidade e a execução de determinado serviço público. É o que ocorre com 
as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista, e 
consórcios públicos.
c) Descentralização Administrativa por colaboração: é a que se verifica quando, por meio de 
contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere a execução de determinado serviço 
público a pessoa jurídica de direito privado, mantendo a titularidade do Poder Público do 
serviço. É o que acontece com as concessionárias e as permissionárias de serviço público.
Desconcentração é a técnica de repartir atribuições entres os órgãos públicos pertencentes de 
uma mesma pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.
Espécies de Desconcentração: não há um consenso quando as modalidades elencadas 
pela doutrina sobre esse assunto, então iremos reunir as principais

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