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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS, 2013.2 Leonora Roizen Albek Oliven DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO São os vícios que impedem a caracterização da vontade declarada como livre e de boa-fé, impedindo ou prejudicando a validade do negócio. Exposição de vontade sem qualquer vício – acrescentar ao 104 CC Atingem a validade dos negócios jurídicos Os vícios conduzem o agente a uma manifestação de vontade diversa da vontade real; há manipulação da vontade, A simulação não seria defeito e sim INEFICÁCIA, conduzindo à NULIDADE Vícios de consentimento (vontade manifestada de forma não livre) Vícios sociais (vontade manifestada não tem o caráter puro de boa-fé) VÍCIOS DE CONSENTIMENTO: ERRO: equiparado pelo legislador no que se refere aos efeitos com a IGNORÂNCIA. Caio Mário: “quando o agente por desconhecimento ou falso conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria a sua vontade se conhecesse a verdadeira situação, diz-se que procedeu com erro”. ART. 138 CC Erro escusável, justificável? Enunciado n. 12 da I Jornada de Direito Civil – na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança. CLASSIFICAÇÃO DO ERRO: erro substancial ou essencial e erro escusável - Ligado ao objeto do negócio – art. 37 CDC - incide sobre identidade ou qualidade essenciais do objeto. error in negotia:incide sobre a natureza do próprio negócio – art. 139, I CC error in corpore: erro sobre a identidade do objeto – art. 139, I CC error in substantia: erro sobre a essência da coisa ou ainda de determinadas qualidades essenciais à mesma – art. 139, I CC error in persona: erro sobre a essência da pessoa ou ainda de determinadas qualidades essenciais à mesma – art. 139, II CC, art. 1445/1557 CC erro acidental ou proveniente da defeituosa indicação da pessoa ou coisa erro de fato e erro de direito erro provocado por falso motivo tido como certo pelo agente erro decorrente de defeituosa transmissão da vontade por meios interpostos: erro de cálculo enunciado 22 CJF/STJ – A função social do contrato, prevista no art.421 do CC, constitui cláusula geral, que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas. 2. DOLO Clóvis Beviláqua: “ o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato jurídico que o prejudica, aproveitando ao autor do dolo ou a terceiro”. dolus bonus dolus malus dolo principaL dolo acidental Dolo positivo Dolo negativo dolo de terceiro ambas as partes com dolo COAÇÃO: VIOLÊNCIA Violência psicológica a influenciar o agente à prática de determinado ato de forma diversa à sua vontade interna; TIPOS DE COAÇÃO: Vis absoluta Vis compulsiva - verificar as condições dos agentes pois não se trata de coação: a) ameaça ao normal exercício de um direito; b) temor reverencial ou vão c) ameaça de mal impossível LESÃO: prejuízo resultante da desproporção entre as prestações de determinado negócio jurídico. REQUISITOS: Objetivo (material) - desproporção nas prestações; Subjetivo (anímico) – necessidade, inexperiência, hipossuficiência. ESTADO DE PERIGO: Semelhante ao estado de necessidade; emissão de declaração de vontade diversa da real em decorrência do conhecimento de perigo de sua pessoa ou pessoa próxima, visando salvaguardar direito, assumindo obrigações excessivas. Enunciado 148 do CJF/STJ, aplicar por analogia ao art. 156 o art. 157, paragr 2º CC; Enunciado 149 do CJF/STJ – Em atenção ao princípio da conservação dos contratos, a verificação da lesão deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial do negócio jurídico e não à sua anulação, sendo dever do magistrado promover o incitamento dos contratantes a seguir às regras do art. 157, p.2º do CC. Enunciado 291 da IV Jornada de Direito Civil – opção por revisão do contrato Enunciado 150 – a lesão do art. 157 não exige dolo de aproveitamento. VÍCIOS SOCIAIS: Simulação: CC 2002 trata como causa de invalidação do negócio jurídico, art. 167 CC; CLOVIS BEVILÁQUA: “ é uma declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado”; CC 2002: deixa de ser causa de anulabilidade e se torna causa de nulidade; Fraude contra credores: a vontade manifestada é exata à real, não se oculta a vontade: intenção em prejudicar terceiros credores. Elementos: objetivo – eventus damni: subjetivo – consilium fraudis indícios: parentesco, manutenção na posse direta, preço vil, alienação de todos os bens. AÇÃO PAULIANA – REVOCATÓRIA: ação anulatória de determinado negócio jurídico celebrado em fraude a credor; ação pauliana tem natureza desconstitutiva do negócio jurídico: anula o ato lesivo ao credor e determina o retorno do bem ao patrimônio do devedor; Recompõe o patrimônio do devedor �PAGE � �PAGE �4�
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