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INSTITUIÇÕES SOCIAIS FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA APRENDENDO SOBRE A VIDA SOCIAL Vimos, inicialmente, que a vida social é diversa e complexa, estrutura-se sobre relações sociais; As relações sociais não acontecem de qualquer forma, mas a partir de grupos e comunidades que se organizam numa determinada estrutura social; Porém, podemos indagar: como as estruturas sociais tomam forma ? Para entender essa questão, precisamos estudar sobre as Instituições Sociais. AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS Instituição social é um sistema complexo e organizado de relações sociais relativamente permanente, que incorpora valores e procedimentos comuns e atende a certas necessidades básicas da sociedade. Em geral, as relações são rotineiras e previsíveis e, com o passar do tempo, ficam cada vez mais padronizadas. É uma estrutura relativamente permanente de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo formas sancionadas e unificadas, com o objetivo de satisfazer necessidades sociais. OUTROS CONCEITOS DE INSTITUIÇÕES SOCIAIS Instituição é uma organização de normas e costumes para obtenção de alguma meta ou atividade que as pessoas julguem importante; Instituição é uma maneira definida, formal e regular de fazer alguma coisa; Instituições são conjuntos padronizados de crenças e práticas; Sistema organizado de relações sociais que incorpora certos valores e procedimentos comuns e atende a certas necessidades básicas da sociedade. CARACTERÍSTICAS DAS I.S. Sua finalidade é satisfazer necessidades sociais; Conteúdo relativamente permanente – relações, papéis sociais, regras, normas, valores, crenças. Difunde padrões de comportamento e códigos de conduta; Cada instituição funciona de forma unificada, possui sua área de atuação própria, mesmo que aja em parceria com outras instituições. INSTITUIÇÕES SOCIAIS BÁSICAS DA SOCIEDADE FAMILIA: é um grupo aparentado responsável pela socialização inicial das crianças, desenvolvimento dos adolescentes e assistência aos idosos. EDUCAÇÃO: é o segundo nível mais importante de socialização, ajuda a formar o caráter do povo, divulga a cultura dominante e prepara as pessoas para a vida profissional. RELIGIÃO: também atua no processo de socialização, contudo, em questões especificas como fornecer respostas para fatos que não são explicados cientificamente e é um grande regulador da moral. ECONOMIA: evidencia as relações de produção e de trabalho, bem como a circulação do capital dentro da sociedade. POLÍTICA: regula a aquisição e exercício do poder, de acordo com a cultura vigente. Determina a constituição do Estado. VISUALIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES As pessoas não pertencem ou são vistas diretamente em uma instituição, pois as instituições são abstrações para regular o comportamento social; A cada instituição há, pelo menos, uma associação que realiza a função (ou funções) daquela instituição; Uma associação é um grupo organizado que procura satisfazer uma ou mais funções necessárias à vida social. Ver quadro pg. 170. FAMÍLIA E PARENTESCO Características da Família Fundamento básico e universal das sociedades; Apresentam variações de estrutura e funcionamento; Tradicionalmente, sua base organizacional está nas leis contratuais do casamento, normas religiosas e morais, cooperação econômica e reprodução; Tipos de família: elementar, extensa, composta, conjugada-fraterna e “fantasma”; União: oficialidade e legalidade; endogamia e exogamia (indiferenciada, restrita, pré-marital); Casamento: monogâmico e poligâmico (poliandria e poliginia, grupal); Modalidades de escolhas de cônjuges: permitido, prescrito, preferencial, simulado, arranjados; Participação dos filhos na herança: primogenitura, ultimogenitura, limitações de sexo e igualitária; Dissoluções do casamento e/ou da familia. Características do Parentesco Categorias básicas da relação biológica e afetiva entre seus membros; Reconhecimento, ordenação social e posicionamento na família extensa; A importância da genealogia: ascendentes, descendentes e contemporâneos; Relações de parentesco: afinidade, consaguinidade, fictícia; Grupos familiares: frátrias, clãs, tribos, familias. RELIGIÃO Conceito e Teorias Ao abordar o tema religião não se deve insistir na veracidade ou não dos seus tipos, mas a função que a religião ocupa na sociedade; Sistema unificado de coisas e práticas relativas às coisas sagradas – sagrado X profano; Meio pelo qual o homem se ajusta ao ambiente sobrenatural (mundo dos espíritos ou seres supra-humanos, “controle” do mundo visível); Elementos: seres (deuses, demônios, anjos, fadas), lugares (céu, inferno, umbral, éden), forças (bem X mal) e entidades (almas); Teorias do Surgimento da Religião Teoria do Medo: o medo das forças naturais, misteriosas e inexplicáveis levou à crença em entidades sobrenaturais; Teoria Aminatista: existência de um poder impessoal, um fluído de animação nos seres vivos; Teoria Animista: existência da alma independente do mundo natural, sobrevivência após a morte física, existência de espíritos e divindades; Totemismo: crença em antepassados comuns como animais ou vegetais, presença de rituais e do senso do maravilhoso; Sociologia da religião: investigação dos rituais, cerimônias e crenças no contexto religioso. Elementos da Religião Sagrado: relativo ou representante do mundo sobrenatural, resgate dos sentimentos nobres, adoração aos seres sobrenaturais. Profano: que pertence ao mundo útil, material, mundano, vida corriqueira, destaque para falhas e pecados. Crença: aspecto cognitivo da religião que explica o mundo sobrenatural e seus elementos. Tem como base os dogmas, as regras, a fé e as formas de vivência da fé. Rituais: ação em função de crenças, manuseio de objetos simbólicos, condutas padronizadas em relação às ações e pensamentos. Mitos: explicações lendárias sobre acontecimentos naturais ou sobrenaturais. Formas de Religião Hinduísmo: religião hindu, cujo dogma básico é a transmigração (eternidade da alma). Elementos centrais: carma (efeitos da alma), samsara (reencarnação), dharma (deveres), brama (centro da criação). Budismo: religião hindu, o dogma básico é alcançar o Nirvana (transcendência espiritual). Elementos centrais: meditação e desapego das coisas terrestres, vitória sobre a própria individualidade, integração cósmica. Confucionismo: religião chinesa, o dogma principal é o holismo (universo integrado). Elementos centrais: Yin (fem/neg) e Yang (masc/pos) vividos num Tao (caminho – práticas específicas de harmonização). Judaísmo: religião hebraica, o dogma fundamental é a união entre homens e um único deus. Elementos centrais: doutrina de misericórdia e busca da salvação, revelação das regras por profetas, produção de livros sagrados. Cristianismo: religião derivada do judaísmo, mas agregou diversas tradições culturais, o dogma principal é a mensagem do Cristo. Elementos centrais: santissima trindade, igrejas, clero profissional, institucionalização de uma religião pelo Estado. Islamismo: também desmembra-se do judaísmo, o dogma principal é a mensagem de Maomé. Elementos centrais: o Alcorão, a imortalidade, o patriarcalismo e a poligamia; busca da purificação espiritual pela meditação e cumprimento de rituais. EDUCAÇÃO Desempenho Social da Educação Tem como função básica a transmissão letrada e formal do acervo de conhecimentos, valores, idéias e herança cultural de uma sociedade. Educação é a preparação das pessoas até a idade adulta para entender a sociedade e aprender a nela viver, mediante conhecimentos veiculados. É também uma forma de socialização não formal, baseada em princípios intelectuais e de comportamento. A educação atua tanto na socialização individual quanto cultural. Socialização planeja a longo prazo. Características Ação exercida por pessoas maduras sobre pessoas imaturas; Ação intencional que tem por objeto suscitar e desenvolver certo número de estados físicos, intelectuais e morais; Desenvolvimento de métodos específicos destinados ao processo de aprendizagem; Una e múltipla. Histórico da Educação Sociedades ágrafas: educação informal– sociedade pequena e homogênea; Civilizações clássicas: registro de informações por escribas, atividade elitizada e pertencente ao grupo dominante; Período medieval: surgimento das universidades e pesada formação religiosa; Renascimento: desenvolvimento do conhecimento racional e científico; Industrialização: democratização e especialização do ensino – qualificação profissional. A Sociedade do Conhecimento Meio de aumentar a rapidez com que mudanças tecnológicas e materiais se expandem na sociedade. A competência profissional passou a ser medida pelo grau de aplicabilidade de informações e conhecimentos ao ambiente produtivo; Fornecimento sistemático de conhecimentos e treinamento sistemático de sua aplicação através da escola; Uso intenso de tecnologia. Prevalência do conhecimento técnico. ECONOMIA Economia e Familia Historicamente, a economia esteve associada diretamente à familia, principalmente, no período de apogeu da atividade agrícola, pois a familia tinha a posse da terra ou nela trabalhava. A terra era a propriedade privada mais importante do período. A partir da Revol. Industrial, a principal propriedade passa a ser a indústria, nela é que se produz riqueza e a familia perde parte de suas funções econômicas e passa a atuar como mão de obra. Economia e Divisão do Trabalho O desenvolvimento econômico depende da divisão do trabalho. Na primeira divisão (por sexo), havia a separação das atividades conforme a destreza física. Esse modelo de divisão do trabalho ao evoluir um pouco mais, passou a distinguir os ofícios pela idade e pelas habilidades especiais. A partir da industrialização, a divisão do trabalho passa a ser técnica, vinculada à especialização do trabalhador e à sua profissão. Aqui influencia também o tipo de educação formal recebida para fundamentar o desempenho profissional. Hoje esse desempenho tem por base o conhecimento. Fases da Industrialização Sistema familiar: início do período medieval, produção de subsistência, produtos para o consumo familiar, não havia excedentes. Sistema de corporações: meio e fim da idade média, produção artesanal familiar, existência do domínio particular dos ofícios, produção voltada para um mercado consumidor pequeno e estável. Sistema doméstico: renascimento, produção artesanal não-familiar, predominio da manufatura, condição de alienação do trabalhador em relação ao processo produtivo. Sistema fabril: desde o sec. XIX, surgimento das fábricas, produção em larga escala. Evolução para a maquinaria e as indústrias de grande porte. Elementos Fundamentais do Capitalismo Propriedade: delimitação do direito de uso, de controle e de disposição sobre bens materiais e imateriais. Existência de direitos e obrigações especificos.A propriedade pode ser individual, grupal, coletiva (estatal). Troca: provoca a interação entre produção e divisão social do trabalho. É a atividade que movimenta a produção industrial e se apresenta sob diversas modalidades (direta, indireta). Estruturas Socioeconômicas Organizações Capitalistas Organizações Formais: agrupamentos sociais formais, relações sociais definidas e orientações compartilhadas; reconstruídas continuamente; possui um objetivo específico. Empresa: complexo de atividades econômicas desenvolvidas sob o controle de uma atividade jurídica. Distribuem-se na sociedade conforme a complexidade das profissões e do mercado. A burocracia dá sustentação às organizações formais no tocante ao exercício do poder, à legitimidade e a regulamentação dos cargos. POLÍTICA Conceito de Estado Mecanismo de controle social existente na sociedade. Monopólio da regulamentação da força dentro das fronteiras da sociedade – poder legítimo de coação. As ações do Estado são exercidas pelo Governo que consiste numa maneira determinada de organizar as diretrizes do Estado e praticá-las através de associações e organizações próprias. O Estado se forma a partir do povo (população + cultura) e da nação (população + cultura + forma de organização + território). Funções do Estado Garantir a soberania: direito que cada Estado tem de manter seu próprio governo, elaborar suas próprias leis e administrar seus negócios sem interferência de outro Estado; Manter a ordem: uso do poder coercitivo, impondo regras de comportamento com base nas normas ou na força física. Elaboração das leis que regulam a sociedade. Promover o bem-estar social: promoção do amparo, equidade e justiça social. Conservação e desenvolvimento dos recursos pessoais da comunidade; Regulamentação geral sobre a educação, saúde pública e assistência social. Formas de Governo Monarquia: poder supremo e vitalício concentrado numa só pessoa. Oligarquia: poder supremo concentrado nas mãos de um grupo pequeno. Gerontocracia: governo dos mais experientes, idosos; Teocracia: poder supremo exercido pela classe sacerdotal. Democracia: governo supremo diluído na população, exercido por seus representantes. Pode ser do tipo parlamentarista ou presidencialista. Ditadura: poder supremo concentrado nas mãos de uma pessoa ou grupo que representa uma ideologia apoiada na coerção física e na invariância política. Modelos Socio-políticos de Estado Absolutismo: marcado por um regime autocrático, em que o governo concentrado numa pessoa ou grupo não tem limites de poder. Pode se apoiar na tese do direito divino ou em princípios burocráticos. Liberalismo: se estrutura a partir da separação entre sociedade e estado, ao estado cabe um limitado poder de intervenção na ordem social e à sociedade cabe o uso natural de sua associação social. Fascismo: regime totalitário preponderante entre as duas guerras mundiais e tinha como finalidade constituir um sistema que o estado se confunde com a nação e impõe um estilo de vida elitista. Nazismo: segue as características do fascismo acrescido da intolerância étnica relativa às tradições econômicas. Socialismo: reorganização do estado em função da economia planificada (posse coletiva dos meios de produção + forte esquema burocrático de controle) e extinção da desigualdade social. Federalista Social-democrata União de dois ou mais estados para formar um estado unificado e soberano. Cada estado-membro transfere parte da sua autonomia e organização para o poder central (União). A União detém a soberania interna e externa. Internamente pratica o governo de coalizão. Representa uma posição intermediária entre o estado totalitário (centralização excessiva de funções e poderes) e o estado liberal (regulamentação mínima da vida social). O Estado Brasileiro
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