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Anatomia da Pele e Pelos em Animais

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V e t e r i n a r i a n D o c s 
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1 
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Anatomia Topográfica 
 
 
Estesiologia 
Pele 
-Consiste de duas camadas (epiderme e a derme ou córion) 
 1-Epiderme: 5 camadas (estrato basal, e. espinhoso, e. granuloso, e. lúcido e o e. 
córneo). As células nas camadas mais profundas do estrato germinativo sofrem ativa 
divisão mitótica, a qual empurra as camadas mais superficiais para mais distante dos 
vasos sanguíneos no córion. O ressecamento e o endurecimento das células superficiais, 
processo denominado ‘queratinização’ ou ‘cornificação’. Estas células queratinizadas, 
com núcleos degenerados, estão constantemente escamando-se. 
 Estruturas epidérmicas modificadas: pêlo, casco e os cornos. 
 2-Derme: também conhecida como ‘córion’. Pode ser subdividida em camada 
papilar (mais superficial) e camada reticular (mais profunda e constitui a maior parte da 
derme). 
 As artérias, veias, capilares e vasos linfáticos da pele estão concentrados na 
derme. As fibras nervosas sensitivas, além de suprirem a derme, também se estendem a 
uma curta distância para o interior da epiderme. 
Coloração da pele 
 A cor da pele é causada pela presença de grânulos de pigmento no citoplasma e 
pelas arborizações das células pigmentares (cromatócitos) e o pigmento é a melanina. A 
dispersão do pigmento está sob influência do ‘hormônio estimulante de melanócitos’ 
(MSH) que é produzido pela hipófise. 
 
 
 
2 
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Hiporderme 
 É uma camada de tecido conjuntivo frouxo localizado abaixo da derme. É 
importante, pois permite o movimento da pele, sem o seu rompimento e também porque 
permite que uma camada de gordura (panículo adiposo) seja interposta entre a pele e as 
camadas mais profundas. 
 Possui 3 camadas identificáveis no feto (camada areolar, fáscia superficial, 
camada lamelar) 
 -Camada areolar: tecido adiposo +- amarelo, é um panículo adiposo, é 
um tecido estável, ou seja, difícil de se perder. 
 -Fáscia superficial: é TC fibroso 
 -Camada lamelar: tecido adiposo instável, dá mobilidade à pele, plano 
de escorregamento da pele. 
Pêlo 
 O folículo piloso (localizado na derme) desenvolve-se primeiramente como um 
espessamento e, depois, como uma invaginação da epiderme para o interior da derme da 
pele. Isto forma uma coluna de células epiteliais, com um alargamento em forma de 
bulbo em sua extremidade profunda. 
 A bainha epitelial externa da raiz dá origem às glândulas sebáceas associadas 
aos folículos pilosos. As células epiteliais que revestem a papila formam o pêlo 
propriamente dito. 
 O pêlo típico consta de uma ‘medula’ no interior, um ‘córtex’ no exterior e um 
revestimento delgado, a ‘cutícula’. A parte principal do pêlo é o córtex, que consiste de 
várias camadas de células cornificadas. 
 -Tipos de pêlo: 
 -Pêlo primário central; 
 -Pêlo primário lateral; 
 -Pêlo secundário (lã) 
 -Suínos: cerdas 
 Além do pêlo normal de revestimento, os animais domésticos apresentam pêlos 
de lã e pêlos táteis (é um tipo de cerda, normalmente localizado na cabeça, exceto o gato 
– carpos) A lã forma o velo dos ovinos. E encrespada (ondulada) e carece de medula, e 
a porção de tecido conjuntivo do folículo é esparsa. Os pêlos táteis, utilizados como 
sondas ou antenas, são também denominados ‘seios pilosos’ (devido a presença de um 
grande seio sanguíneo na porção de tecido conjuntivo do folículo). 
 
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*Plano nasal, coxins, mamilos: não apresentam pêlos. 
 -Troca de pêlos: é controlada pela glândula pineal (epífise). 
Músculos eretores do pêlo 
 Os músculos eretores do pêlo são feixes de fibras musculares lisas, que se 
estendem da porção mais profunda do folículo piloso e são fixados ao lado do folículo, 
que forma com a superfície da pele um ângulo obtuso, de modo que a contração do 
músculo irá eriçar o pêlo. Esta ação apresenta a vantagem evidente de aumentar o valor 
de insulação da pelagem durante o clima frio. Estes músculos eretores do pêlo são 
supridos por nervos simpáticos. 
Glândulas sebáceas e sudoríparas 
 As glândulas sebáceas são classificadas como holócrinas, em virtude de seu 
produto de secreção ser produzido pela desintegração das células epiteliais, no interior 
da glândula. As glândulas dos folículos pilosos se localizam no triângulo formado pelo 
folículo piloso, superfície da pele e o m. eretor do pêlo e desembocam no interior do 
folículo piloso. 
 Nos cães são maiores e mais numerosas nos lábios, ânus, face dorsal do tronco e 
região esternal. 
*As glândulas sebáceas dos ovinos produzem a ‘lanolina’ (cera) 
 O nariz do cão não apresenta glândulas sudoríparas, porém os bovinos, ovinos e 
suínos apresentam glândulas tubulares que, em geral, não são classificadas como 
glândulas sudoríparas. 
 
 As estruturas epiteliais modificadas, tais como os cascos e os cornos, não 
apresentam glândulas sudoríparas. 
 -Glândulas tarsais: glândulas sebáceas modificadas, secreção holócrina. A 
secreção gordurosa, sebácea das gl. tarsais recobre a margem palpebral livre 
distribuindo regularmente a lagrima. 
*Glândulas sudoríparas muito abundantes nos eqüinos. 
 Gato: glândulas sebáceas aumentadas ao redor da fenda bucal, essas glândulas 
são denominadas ‘glândulas circum-orais’. 
 Suíno: glândulas cárpicas: glândula do mento + glândula do carpo. 
 
 
 
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Glândula adianal (paranal) 
Tem função de delimitação de território e está localizado na região perianal. Nos 
carnívoros machos (cão e gato) há um acúmulo de glândulas e esse acúmulo é chamado 
de ‘glândulas caudais’. 
Pata do Eqüino 
 A pata do cavalo apresenta uma base óssea que consta da metade distal da 2ª 
falange, da 3ª falange inteira e do osso sesamóide (navicular). Revestindo o osso 
encontra-se uma derme modificada, incluindo: córion perióplico, córion coronário, 
córion laminar, córion da sola e o córion da ranilha. 
 O casco é a camada queratinizada insensitiva da epiderme, que reveste a 
extremidade distal do dedo. 
 As estruturas insensitivas do casco incluem: o perióplo, a parede, a barra, as 
lâminas, a sola e a ranilha. Cada uma é produzida por uma estrutura sensitiva 
correspondente da camada germinativa do córion. 
 1-Lâmina do casco: a lâmina do casco é a porção da pata visível quando o 
cavalo se encontra de pé. É dividida em região da pinça (na frente), quartos medial e 
lateral (nos lados) e talões medial e lateral (atrás). A parede consiste de 3 camadas: o 
perióplo e camada tectorial (é a densa superfície queratinizada do casco e parte 
proximal da camada tectorial é revestida pelo perióplo), a camada tubular e a camada 
laminar (conecta a lâmina do casco com a 3ª falange). 
 2-Perióplo: é uma camada delgada que reveste a parede a uma distância variável 
distalmente da banda coronária 
 3-Córion laminar: adere ao periósteo acima da superfície convexa da 3ª falange. 
O peso ou a força, aplicados à 3ª falange, são transmitidos à parede do casco, o que 
significa que o peso do cavalo é suspenso da parede do casco pela combinação de 
lâminas sensitivas e insensitivas. Esta formação também permite que o casco apenas 
cresça distalmente (não em direção à articulação) isso porque as lâminas insensitivas 
crescem com a parede e as sensitivas permanecem ficas ao periósteo da 3ª falange. 
 4-Sola: é um disco côncavo que fixa a maior parte da superfície volar da 3ª 
falange. Normalmente, a concavidade da sola permite que a lâmina e a ranilha suportem 
o máximo de peso e desgaste. A sola cobre toda a face plantar da pata entre a lâmina (e 
barras) e a ranilha. Onde a margemexterna da sola encontra a margem interna da 
lâmina, aparece uma estreita marca branca, denominada ‘linha branca’ importante para 
a ferração. 
 5-Ranilha: a ranilha sensitiva está separada da 3ª falange, do osso navicular e da 
inserção do tendão flexor digital profundo pela ‘almofadinha digital’. As papilas da 
ranilha sensitiva produzem a ranilha insensitiva, uma estrutura triangular espessa, com o 
 
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vértice voltado cranialmente e base localizada entre os talões. Cada lado da ranilha é 
flanqueado por um profundo sulco, denominado ‘sulco colateral’ que separa cada lado 
da ranilha da respectiva barra. O sulco central da ranilha é um sulco sagital, no meio da 
face plantar da base da ranilha. 
*Ranilha: contém o coxim do eqüino. 
Patas dos outros animais 
 De um modo geral, o dedo individual (unha) dos bovinos, caprinos, ovinos e 
suínos assemelha-se ao dedo do cavalo, exceto pela presença de barras e ranilha no 
cavalo e sua ausência nos outros animais. 
 O ‘bulbo’ forma a maior parte da superfície basal do dedo, pois a verdadeira sola 
está restrita a uma pequena zona na altura da pinça e a uma estreita faixa adjacente à 
lâmina. 
 Cada estrutura insensitiva (lâmina, perióplo, bulbo e sola) é produzida por uma 
estrutura sensitiva correspondente. 
 O córion coronário é uma faixa muito mais extensa do que no cavalo. 
 O córion laminar é muito menos extenso do que no cavalo e o córion da sola, 
embora menos extenso, assemelha-se ao do cavalo. 
Chifres 
 Os chifres dos gados bovino e ovino são formados sobre os processos córneos, 
um núcleo ósseo que se projeta no osso frontal do crânio. Na base do chifre, o córion é 
espesso no ponto onde se encontra com a pele. Um tipo de chifre macio, denominado 
‘epikaras’ reveste a superfície do chifre na altura da base e se estende a uma distância 
variável em direção ao seu vértice. O epikaras assemelha-se ao perióplo do casco. 
*A idade do animal pode ser estimada pela contagem dos anéis no chifre. 
Dedos rudimentares 
 O dedo rudimentar é essencialmente um dedo miniatura, e o seu revestimento 
lembra o casco do mesmo animal. Os dedos rudimentares dos suínos apresentam uma 
base óssea semelhante ao dos outros dedos; já que os dedos dos gados bovino e ovino 
não apresentam ossos metacarpianos, nem falanges. Os dedos rudimentares dianteiros 
dos cães, em geral, apresentam falanges, porém isto não ocorre nos dedos rudimentares 
traseiros. 
 
 
 
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Protuberâncias 
 São crescimentos de aspecto ósseo, nas faces mediais das pernas do cavalo. As 
anteriores estão localizadas acima do carpo e as posteriores localizam-se nas faces 
mediais dos jarretes. 
 Jarrete: art. tíbio-társica 
 Boleto: art. metacárpica-falângica 
Esporões 
 São pequenas projeções de epitélio queratinizados situados no centro da parte 
caudal do boleto. Na maioria das vezes, o tufo de pêlo no boleto oculta o esporão. É 
importante para desviar o trajeto da água que escorre nos membros do animal, evitando 
a umidade no casco. 
TÓRUS (coxins) 
Localizados na região de flexão do carpo e do dígito. É uma almofada sem 
pêlos. Os tórulos possuem uma base de tecido fibroelástico e gordura, intimamente 
aderente à pele e ligado por trabéculas com ossos e tendões. A epiderme é espessa e 
grandemente queratinizada. Com o passar do tempo se torna mais rígido e quando muito 
espesso pode ser patológico. 
 3 tipos: 
 -Capais/tarsais; 
 -Metacarpais/metatársais; 
 -Digitais; 
*Ungulados têm coxins, que são denominados ‘torus digital’. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Órgãos do Sentido 
Os sentidos especiais incluem o olfato, visão, paladar, audição e equilíbrio. 
 Os corpúsculos de Meissner estão localizados logo abaixo da epiderme, no 
tecido conjuntivo papilar da derme. Os discos de Merkel são encontrados em epitélios 
sensitivos como a língua e na bainha dos pêlos. 
 A sensação profunda de pressão é produzida por estimulação de receptores 
denominados corpúsculos de Vater-Pacini localizados no TC subcutâneo. 
 Receptores especiais para calor, denominados corpúsculos de Ruffini e 
receptores para frio, denominados bulbos terminais de Krause. 
 A dor é percebida por ramos terminais livres de neurônios sensitivos. 
 A propriocepção, também chamada de ‘sentido muscular’, indica para os 
animais sem uso da visão as posições relativas de várias partes do corpo. Este sentido de 
posição é importante em atividade físicas tais como caminhas, correr, lutar e pastar. 
 As terminações nervosas para o sentido muscular estão dispostas ao redor de 
algumas fibras musculares como fusos neuromusculares, ou na junção de músculos e 
tendões como os ‘órgãos tendinosos de golgi’. Qualquer alteração no comprimento e 
tensão de músculos e tendões estimula estes receptores que transmitem imediatamente a 
informação para o SNC. 
Paladar 
 Os botões gustativos, os órgãos terminais para o sentido do paladar, consistem 
de células gustativas fusiformes entre mescladas com células de sustentação distribuídas 
em algo como grupos em forma de barril. 
 As papilas circunvaladas e fungiformes da língua contêm a maior parte dos 
botões gustativos, embora alguns possam ser encontrados no palato, laringe e faringe. 
 A sensação de paladar é suprida para os dois-terços anteriores da língua pela 
‘corda do tímpano’ (ramo do nervo facial). O terço posterior da língua recebe o paladar 
através do ramo lingual do ‘nervo glossofaríngeo’. Outras sensações (calor, frio, tato e 
dor) na língua são supridas pelo ramo lingual do ‘nervo trigêmeo’ (5º par). 
 O paladar parece ser um fato importante na habilidade de um animal em 
selecionar alimentos que contêm elementos ou fatores que está deficiente. 
Olfato 
 O sentido do olfato é mediado pelo nervo olfatório (1º par craniano). Um 
processo periférico estende-se entre as células de sustentação e da superfície, onde 
produz um tufo de finas projeções, semelhantes à pêlos, que são apontadas como os 
receptores reais do sentido do olfato. Uma vez que estes processos normalmente estão 
 
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cobertos por muco úmido, o material ser cheirado provavelmente precisa ir para dentro 
da solução antes que possa atingir as células sensitivas. 
 O processo central de cada célula nervosa olfatória passa através de um forame 
na lâmina cribiforme do osso etmóide para o bulbo olfatório do cérebro, onde faz 
sinapses com células cujos processos centrais se originam do trato olfatório do cérebro. 
Órgão vomeronasal 
Pode ser considerado como a continuação caudal do ducto nasopalatino. O órgão 
vomeronasal é um tubo comparativamente curto que corre da área dos dentes incisivos 
ao 3º pré-molar e é revestido por neuroepitélio olfatório. 
 Função: detecção de ferormônios; 
Audição e equilíbrio 
 A orelha externa estende-se do exterior até a membrana timpânica. A orelha 
média estende-se da membrana timpânica para uma escavação repleta de ar para dentro 
da porção petrosa do osso temporal. A orelha interna também está escavada na porção 
petrosa do osso temporal, mas está cheia de líquido. 
 -Cartilagens: 
 A base da orelha externa consiste em quatro cartilagens. 
1- Cartilagem conchal: é a maior das três; é uma cartilagem em forma 
de concha que age como afuniladora de ondas sonoras para dentro do 
canal auditivo. É uma cartilagem elástica e caracteriza-se em seu 
interior por uma pele relativamente sem pêlos e externamente é 
revestida por pêlos. 
2- Cartilagem escutiforme: é uma cartilagem em forma de escudo que 
age como um osso sesamóide para algumas fixações de músculos 
auriculares.Está localizada na face superficial do m. temporal e liga-
se à inúmeros músculos extrínsecos da orelha (que são supridos pelo 
nervo facial – 7º par). Está localizada rostromedialmente ao pavilhão 
auricular. 
3- Cartilagem anular: que é de formado semelhante a um tubo que 
conecta a cartilagem conchal ao canal auditivo ósseo externo. 
4- Cartilagem auricular: é a base do pavilhão auricular, é recoberta por 
uma fina camada de pele. 
-Músculos auriculares: (Extrínsecos) fazem a movimentação da orelha 
 1-M. temporal: origem é no osso temporal e inserção no processo 
coronóide da mandíbula 
 
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 2-M. parótido-auricular: origem é na região ventral da glândula parótida 
e se insere na cartilagem conchal. ‘Puxa’ a orelha para trás. 
 3-M. zigomático auricular: tem origem no arco zigomático e se insere na 
base da cartilagem conchal. 
 4-M. escutiforme: origem cartilagem escutiforme e inserção no pavilhão 
auditivo 
 -Músculos auriculares: (Intrínsecos): têm origem e inserção na própria orelha 
A mobilidade da orelha é importante na localização e captação de sons. 
A orelha média é uma cavidade na porção petrosa do temporal que se comunica 
com a faringe através da tuba auditiva (função de equilíbrio das pressões). Está separada 
da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna através das janelas oval 
e redonda. Os 3 ossículos auditivos localizados na orelha média são: martelo, bigorna e 
estribo (osso lenticular – faz a articulação entre os 3 ossos do ouvido médio). Há 
também dois músculos estriados encontrados dentro da orelha média, o ‘músculo tensor 
do tímpano’ (origem: osso temporal e inserção: martelo) e o ‘músculo do estapédio’ 
(origem: osso temporal e inserção: estribo). Estes dois pequenos músculos funcionam 
como amortecedores de sons excessivamente altos e também podem funcionar para 
aumentar a acuidade da audição. 
*Parede tubar: possui o óstio timpânico da tuba auditiva 
*Óstio faríngeo da tuba auditiva: abertura da tuba auditiva na faringe. 
A orelha interna é também uma escavação da porção petrosa do temporal. A 
escavação é conhecida como ‘labirinto ósseo’. No interior desse labirinto há uma 
estrutura de TC completamente fechada que é denominado ‘labirinto membranoso’. 
 -Endolinfa: no interior do labirinto membranoso; 
 -Perilinfa: entre o labirinto ósseo e o membranoso (semelhante ao LCR); 
A orelha interna pode ser dividida em duas partes: a porção coclear que recebe o 
ramo coclear do nervo vestibulococlear (8º par), e esta porção é para o sentido da 
audição. A parte vestibular funciona principalmente para a mediação do equilíbrio e é 
inervada pelo ramo vestibular do nervo vestibulococlear (8º par). 
 -Labirinto membranoso: incluem três canais semicirculares, utrículo e 
sáculo, cúpula e membrana otolítica. (localizados no vestíbulo); 
 A porção coclear do labirinto ósseo assemelha-se a um parafuso 
circundado por um parafuso fêmea de encaixe livre congruente. Daí resulta um tubo 
espiral oco na porção petrosa do osso temporal. É composto pelas rampas: timpânica, 
vestibular e média e pelo órgão de Corti. 
 
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*Bolsas Guturais: são dilatações encontradas em eqüinos, localizadas antes da faringe, 
formando sacos cegos, tem função de resfriar o sangue da artéria carótida interna. Tem 
limite ventral (faringe e esôfago), limite dorsal (crânio – área articular ATM) e limite 
lateral (músculos pterigóides, glândulas submandibulares e artérias). 
 O osso estilo-hioideo passa entre as bolsas guturais. 
Visão 
 O olho consiste em dois segmentos de duas esferas. O segmento maior da esfera 
maior é posterior e aparece externamente como a esclera ou ‘branco do olho’. 
Anteriormente, o segmento menor da esfera menor é a córnea, que é a porção anterior 
transparente do olho. 
 A camada seguinte é a túnica vascular e inclui a coróide o corpo ciliar e a íris. 
Esta camada contém vasos e nervos. 
 A camada mais profunda é a túnica nervosa, denominada retina, é a origem do 
nervo óptico e contém bastonetes e cones que são receptores dos estímulos luminosos. 
 O interior da parede posterior do olho está cheio de um material gelatinoso, 
humor vítreo. Na frente do humor vítreo está localizado o cristalino. Circundando a 
periferia do cristalino está o corpo ciliar. 
 A íris é a estrutura pigmentada do olho que forma uma cortina para controlar a 
quantidade de luz que entra no olho. A pupila do olho é a uma abertura 
aproximadamente no centro da íris. O tamanho da pupila é determinado por dois grupos 
de músculos lisos. A pupila é reflexamente dilatada quando diminui o nível de 
luminosidade. 
 -M. dilatador da pupila: fibras radiais, e são inervados por nervos 
simpáticos provenientes do gânglio cervical cranial do tronco simpático cervical. 
 -M. esfíncter da pupila: compõe-se de fibras circulares que 
circunscrevem a pupila para formar um esfíncter. As fibras circulares são inervadas pela 
porção parassimpática do nervo oculomotor (3º par). 
 -M. ciliar: acomodação da lente, ele tem origem no corpo ciliar e se 
insere no cristalino. É inervado por fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (3º par). 
 A porção do olho compreendida entre a córnea e o cristalino está 
incompletamente dividida em duas partes pela íris. Aquela porção entre a córnea e a íris 
é conhecida como ‘câmara anterior’ e a porção entre a íris e o cristalino como ‘câmara 
posterior’. 
 -Caminho da transdução de sinal: 
Bulbo ocular  nervos ópticos  quiasma óptico  trato óptico  C. geniculado 
lateral (tálamo)  Colículos rostrais  área óptica do lobo occipital 
 
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*O bulbo ocular do gato é o maior e do suíno é o menor. 
*Grânulos irídicos: produzem humor aquoso e são altamente vascularizados. 
 -Vascularização do bulbo ocular: artéria oftálmica externa (ramo da a. maxilar) 
e veias satélites. 
 -Inervação do bulbo ocular: normalmente é feita do 2º ao 7º nervos. 
 -N. óptico (2ºpar): sensorial (visão e percepção luminosa). 
 -N. oculomotor (3º par) 
 -N. troclear (4º par) 
 -N. abducente (6º par) 
 -N. fácial (7º par): inerva o m. orbicular do olho, o ramo petroso maior 
inerva as glândulas lacrimais (inervação parassimpática). 
 -N. oftálmico: ramo do trigêmeo (5º par): sensibilidade do olho e 
fechamento das pálpebras 
Músculos do globo ocular 
 1-M. reto dorsal e ventral: fazem a rotação do globo ocular ao redor de um eixo 
horizontal. 
 2-M. reto lateral e medial: fazem a rotação do globo ocular ao redor de um eixo 
vertical. 
 3-M. oblíquo dorsal: origina-se perto do ápice da órbita, passando pela 
cartilagem da tróclea na parede medial e insere-se na esclera do dorso do olho. Faz a 
rotação da parte dorsal do olho em sentido medial. 
 4-M. oblíquo ventral: tem origem na parte ventral da parede medial da órbita e 
insere-se na porção ventral da esclera. Faz a rotação da parte ventral do olho em sentido 
medial. 
 5-M. retrator do bulbo: origina-se próximo do forame óptico, envolvendo o 
nervo óptico. Insere ao nível do equador do bulbo ocular. 
 6-M. levantador próprio da pálpebra: saí do forame etmoidal até a pálpebra 
superior onde se insere. 
*a maioria é inervado pelo nervo oculomotor (3º par), mas o m. oblíquo dorsal é 
inervado pelo nervo troclear (4º par) e o m. reto lateral é inervado pelo nervo abducente 
(6º par). 
 
Atuação motora 
 
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Conjuntiva 
 É a membrana que forra as pálpebras e reveste o globo ocular. É dividida em 
conjuntiva palpebral e bulbar. Contêm muitos vasos sanguíneos. A conjuntiva é de 
considerável valor no exame de animais, porque os vasossanguíneos estão muito perto 
da superfície nesta área particular. 
Aparelho Lacrimal 
 Inclui a glândula lacrimal, canalículos lacrimais, saco lacrimal (situado na fossa 
do saco lacrimal no osso lacrimal), ducto nasolacrimal e glândula da 3ª pálpebra. 
 A glândula lacrimal está localizada no interior da órbita, dorsalmente ao globo 
ocular. Ela se abre por meio de 10 a 15 ductos excretórios. 
 A lágrima leva para fora partículas estranhas que possam penetrar no olho e 
também lubrifica a pálpebra em relação ao globo ocular. 
 No saco lacrimal há um ducto que se dirige para a cavidade nasal, passando ao 
longo da parede da maxila no canal nasolacrimal ósseo e abrindo-se na parte inferior da 
cavidade nasal. 
Terceira Pálpebra (membrana nictante) 
Todos os animais possuem e está situada no ângulo medial do olho. Ela é 
formada por uma peça de cartilagem irregular em forma de ‘T’ coberta por uma prega 
de conjuntiva. A conjuntiva cria então a barreira membranosa entre a pálpebra e o 
bulbo, que impede o acesso de objetos à área atrás do bulbo. 
 Cartilagem da terceira pálpebra: 
 -Eqüino, suíno e gato: cartilagem elástica; 
 -Ruminante e canino: cartilagem hialina; 
Glândula da terceira pálpebra 
 Superficial: todos os animais possuem; 
 Profunda: somente o suíno;

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