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A EFETIVIDADE E INDEPENDÊNCIA DAS AGÊNCIAS REGULADORAS: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA ANATEL PELO PRISMA DE SUAS COMPETÊNCIAS.

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A EFETIVIDADE E INDEPENDÊNCIA DAS AGÊNCIAS REGULADORAS: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA ANATEL PELO PRISMA DE SUAS COMPETÊNCIAS.
Faculdade de Olinda – FOCCA
Olinda
 2016
Grupo: Antônio Pereira;
Emanoel Andrade;
Ítalo Fernandes;
Luíz Antônio Vidal;
Manoel Pereira;
Marcus Vinicius Bonifácio;
Mauricio Maciel;
Renata Regueira;
Roberta Regueira;
Wellington Claudino.
Agências Reguladoras
É uma pessoa jurídica de Direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país, a exemplo dos setores de telecomunicações.
2. ANATEL
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi criada pela Lei 9.472, de 16 de julho de 1997 – mais conhecida como Lei Geral de Telecomunicações (LGT), sendo a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil, em 5 de novembro daquele mesmo ano.
A missão da Anatel é promover o desenvolvimento das telecomunicações do País de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infraestrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional.
Atribuições
Dentre as atribuições da Anatel, merecem destaque:
- implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de telecomunicações;
- expedir normas quanto à outorga, à prestação e à fruição dos serviços de telecomunicações no regime público;
- administrar o espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, expedindo as respectivas normas;
- expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado;
- expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem;
- expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos;
- reprimir infrações dos direitos dos usuários; e
- exercer, relativamente às telecomunicações, as competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Objetivo
O plano tem como objetivo geral aperfeiçoar e ampliar no âmbito da Anatel as ações de proteção dos direitos do consumidor por meio de uma política específica que promova o fortalecimento da cultura interna em prol do consumidor, as parcerias com instituições, a transparência e a participação da sociedade no processo regulatório, de modo que a Agência torne-se referência sobre o assunto.
Para alcançar essa meta foram definidas ações que contemplam os quatro objetivos específicos:
- Promover a internalização da importância da proteção aos direitos dos consumidores de serviços de telecomunicações no âmbito da Anatel;
- Proporcionar às instituições que atuam na proteção e defesa do consumidor e aos cidadãos maior participação nos processos regulatórios da Anatel;
- Promover parcerias com os órgãos oficiais de defesa do consumidor, tais como Ministério Público, Ministério da Justiça, PROCONs, e entidades representativas da sociedade organizada, bem como com os órgãos oficiais de defesa da concorrência;
- Intensificar a atuação da Anatel junto às prestadoras com vistas à melhoria da qualidade dos serviços de telecomunicação na visão do consumidor.
3. Autonomia/Independência
Autarquia especial criada pela Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472, de 16 de julho de 1997), a Agência é administrativamente independente, financeiramente autônoma, não se subordina hierarquicamente a nenhum órgão de governo - suas decisões só podem ser contestadas judicialmente. Do Ministério das Comunicações, a Anatel herdou os poderes de outorga, regulamentação e fiscalização e um grande acervo técnico e patrimonial. Compete à Agência adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade.
4. Competência
Em relação à competência das agências reguladoras inclui-se :
 
[...] implementar um programa regulatório (política pública de regulação) mediante: a) elaboração de regras gerais que disciplinem a atividade sob sua tutela (regulamentando a prestação de serviços públicos, definindo tarifas etc.); b) controle da execução das atividades, recebendo e investigando denúncias e reclamações; c) aplicação de sanções aos agentes sob sua vigilância, nos termos da Constituição Federal, da lei de processo administrativo (Lei nº 9.787/1999) e de outras leis específicas; d) solucionando conflitos e questões controversas postas a seu encargo. (MAURANO, 2006, p.82) 
Em síntese, competem as agências a elaboração do plano regulatório que diz respeito à competência técnica da agência; mediar os interesses entre os agentes regulados e a sociedade em geral através dos sistemas de ouvidorias que captam denúncias e reclamações; exercer seu poder de polícia estabelecido em lei implicando sanções caso haja infração às regras regulatórias estabelecidas.
Tem que se debruçar sobre a respectiva lei instituidora e se atentar para as peculiaridades do setor econômico no qual a agência é inserida, pois não há um regime jurídico único para a regulação federal no Brasil, que no dizeres de Adriana Maurano (2006, p.81), não há uma coordenação entre as atividades de cada agência. Há vários projetos de lei em tramitação no congresso nacional tendo em vista a formação de um regime aplicável a todas agências reguladoras federais, como exemplo o projeto de lei nº 2.760/2009 que estabelece normas gerais para as agências reguladoras de serviços públicos.
5. Efetividade
Para aumentar a efetividade da solução de reclamações de usuários, a Anatel mantém um sistema automatizado de registro, encaminhamento e tratamento das demandas. O código 1331 recebe reclamações, sugestões e críticas dos usuários de serviços de telecomunicações enquanto o 1332 atende, com a mesma finalidade, exclusivamente pessoas portadoras de deficiência auditiva.
A Anatel lançou o aplicativo "Anatel Consumidor", que permite ao consumidor registrar e acompanhar, em celulares e tablets, reclamações contra as prestadoras de telecomunicações. A ferramenta também permite o registro e o acompanhamento de sugestões e pedidos de informação e conta com uma seção destinada a tirar as principais dúvidas sobre direitos do consumidor por meio de Perguntas Frequentes. Com o aplicativo, a Anatel espera não apenas tornar o registro de reclamações mais intuitivo e fácil para o consumidor, como também se adequar às novas tendências de atendimento, que indicam que consumidor tende a substituir os canais tradicionais, como call centers, por meios digitais.
Serviço Móvel APP
6. Internet Fixa Limitada? 
Conforme amplamente divulgado pelos principais meios de comunicação, a Anatel publicou no dia 18/04/16, no Diário Oficial da União, uma decisão cautelar que regula os procedimentos para que as empresas de banda larga fixa possam reduzir a velocidade, cortar o acesso à internet ou cobrar tarifas extras dos clientes que tenham esgotado a franquia de dados. As empresas precisam cumprir algumas condições e só poderão colocar em prática políticas para interromper o serviço após 90 dias da publicação de ato da Anatel que reconheça esse cumprimento.
"A oferta tem que ser aderente à realidade. Nem todos os modelos cabem a ilimitação total do serviço, porque a rede não suporta. Essa questão do infinito acabou educando mal o usuário".
 A Anatel divulgou em sua página do Facebook que as operadoras de internet fixa estão proibidas por tempo indeterminado de adotar os limites de franquia e punir usuários que os excedam.
 Esta é uma importante vitória para nossa causa. Se no começo da semana a Anatel declarava que a internet limitada era inevitável, hoje ela se vê obrigada a recuar e estudar o caso com a devida atenção.
 Ressaltamos, entretanto, que a
luta ainda não acabou.
 Agora, mais do que nunca, temos que manter nossos olhos sobre a Anatel e as empresas que ela supostamente regula, para garantir que o processo iniciado hoje tenha o único desfecho aceitável: a internet justa, que é a internet sem limites.
Como o texto do Movimento Internet sem Limites bem afirma: A LUTA CONTINUA! Afinal, restou mais do que claro com esse episódio que a Anatel não regula as operadoras, mas trabalha para elas. Mas isso é uma excelente vitória! Vamos nos manter vigilantes!
#InternetJusta
Curso: Direito;
Disciplina: Direito Econômico;
Professora: Caroline Lobato.
FACULDADE DE OLINDA - FOCCA
Olinda
 2016

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