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Psicologia Analítica

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A história da Psicologia desenvolvida por Carl Gustav Jung; Psicologia Analítica foi o nome escolhido por Jung para abarcar todo o seu sistema teórico. Os termos ou nomes adotados por ele para discriminar seus conceitos, têm perfeita conexão com o fato ou com o aspecto analisado em si, são termos que carregam e explicam o seu próprio conteúdo. Vamos abordar durante todo o trabalho os seus principais conceitos e desenvolvimento deles, um pouco de sua história de vida e umas curiosidades. 
No ano de 2011 comemorou – se os cinquenta anos da morte de Carl Gustav Jung, ele nasceu em Kesswil, cantão de Thurgau, Suíça, a 26 de julho de 1875, O pai, Paul Achilles Jung, era pastor da Igreja Reformada da Suíça, Jung herdou o seu nome do avó paterno. Graduou-se em medicina em 1902, pelas universidades de Basiléia e Zurich e trabalhou como assistente no Burghölzli Mental Hospital da Clínica Psiquiátrica de Zurique. Em 1903 casou-se com Emma Rauschenbach. O casal teve cinco filhos: Agathe, Anna, Franz, Marianne, Emma. A esposa de Jung, foi analisada por ele próprio. Em 1909 deixou o hospital, em 1912 com a publicação do livro “Transformações e símbolos da libido” Jung e Freud romperam seu relacionamento no ano de 1913 época da Primeira Guerra Mundial, Jung abandona o ensino universitário, passando por um período de intensa solidão, depressão, crise interior e reflexão, embora, nessa época, aos 38 anos, já era um psiquiatra de renome na Europa e na América. Foi nesse período que elaborou os fundamentos de suas ideias sobre a alma humana. Em 1919, a partir da noção de imago, Jung elaborou a noção de arquétipo. Em 1944 foi fundada na Universidade da Basiléia, especialmente para Jung, uma cadeira de psicologia médica. Em 6 de junho de 1961 aos 85 anos Jung faleceu em sua casa de Küsnacht, porém o seu pensamento, tão adiantado para sua época, continua atual e a influenciar profissionais da psicologia, psiquiatria, literatura e artes. Sua mais importante contribuição para a psicologia foi a descoberta e compreensão do funcionamento do inconsciente coletivo. 
Influência das convivências de Jung
Jung Conviveu com Bleuler, Adler, Freud (um dos amigos em que mais teve influência) e outros grandes nomes da psiquiatria.  Fora da área médica, Jung manteve contatos e trocou ideias com grandes gênios como Einstein, Pauli, e outros.  Estudou profundamente os grandes filósofos como Schopenhauer, Nitzsche e  Kant. Foi buscar lastro para suas ideias na Alquimia, na Mitologia, nos povos primitivos da Ásia, África e Índios Pueblos da América do Norte.  Visitou, entre tantos lugares,  a Índia em busca de respostas para suas dúvidas mais íntimas. 
Relacionamento Jung e Freud
Em 27 de fevereiro de 1907, Jung foi visitar Freud em Viena. Nesse primeiro encontro conversaram por cerca de 13 horas. Freud, reconhecendo a capacidade de Jung, em uma carta de 16 de abril de 1909, Freud definiu Jung como "um filho mais velho" e um "sucessor e príncipe coroado". (Cf. SILVEIRA, 1978: 15). Em 1909, Freud e Jung foram aos Estados Unidos para as comemorações do vigésimo aniversário da Clark University. Entre 1907 e 1909, Jung fundou a Sociedade Sigmund Freud de Zurique. Em 1908 ocorreu a fundação, durante o Congresso Internacional em Salzburg, do primeiro periódico psicanalítico, Jahrbuch für Psychoanalytische und Psychopathologische Forrchungen, do qual Bleuler e Freud eram os diretores e Jung o editor. Em 1910, em Nuremberg, foi fundada a Internationale Psychoanalytische Vereinigung (IPV), mais tarde denominada de International Psychoanalytical Association (IPA). Por influência de Freud, contrariando adeptos vienenses judeus, Jung foi eleito o primeiro presidente da IPV. Em setembro de 1911, Jung foi reeleito presidente da IPV no Congresso Internacional de Weimar. Entretanto já no primeiro encontro em 1907 entre Freud e Jung, Jung já tinha um conceito de inconsciente e do psiquismo, especialmente influenciado por Pierre Janet e Théodore Flournoy, bem como já discordava das ideias freudianas sobre a sexualidade infantil, o complexo de Édipo e a libido. Jung aproximou-se de Freud porque acreditava que a obra de Freud pudesse confirmar suas hipóteses sobre as ideias fixas subconscientes, as associações verbais e os complexos, além de ver Freud como ser excepcional com o qual poderia discutir sobre a vida mental. Em 1912, Jung preparou a publicação de Metamorfoses e Símbolos da Libido, cujas ideias discordavam completamente da teoria freudiana da libido, tornando evidente o conflito entre ele e Freud. Jung tentou mostrar a Freud a importância de diminuir a ênfase na questão da sexualidade da doutrina freudiana, até como forma da psicanálise ser melhor aceita. Freud, em 1913, depois de uma síncope durante o jantar do congresso da IPA em Munique, rompeu oficialmente com Jung.
Curiosidades: 
As ideias de Jung se materializaram em uma produção de mais de 18 obras baseadas num estudo profundo das culturas, na alquimia, astrologia, filosofia, história das civilizações, na matemática, nas religiões ocidentais e principalmente nas culturas orientais, tanto que foi convidado a prefacear a tradução de 1923 feita por Richard Wilhelm em Pequim, do I CHING, o Livro das Mutações, o qual tem sido utilizado como um oráculo ao longo da história da China e RO ano de 2011, Recentemente a Editora Vozes lançou O Livro Vermelho, que é o relato do material empírico que participou daquilo que Jung chamou de processo de individuação. Este livro é o registro da vivência de suas fantasias.
Em abril de 2012 esteve em cartaz o filme Um Método Perigoso, de David baseado no livro homônimo de John Kerr e na peça The Talking Cure, de Christopher Hampton, base de desenvolvimento do filme é o encontro entre os psicólogos Carl Gustav Jung e Sigmund Freud em 1910, o qual estabeleceu os primórdios do movimento psicanalístico.
Segundo Nise da Silveira,
"Jung era um homem alto, bem construído, robusto. Tinha um vivo sentimento da natureza. Amava todos os animais de sangue quente e sentia-se com eles ‘estreitamente afim’. Amava as escaladas das montanhas, porém preferia velejar sobre o lago de Zurique. Possuía seu barco próprio. Na mocidade passava às vezes vários dias velejando em companhia de amigos, que se revezavam no leme e na leitura em alta voz da Odisséia. Igualmente velejava sozinho e o fez até idade bastante avançada." (SILVEIRA, 1978: 16).
 
JUNG E A SINCRONICIDADE
Sincronicidade é um conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Desta forma, é necessário que consideremos os eventos sincronísticos não a relacionado com o princípio da causalidade, que é a relação entre causa e efeito, sendo que o segundo é uma consequência do primeiro, mas por terem um significado igual ou semelhante. A sincronicidade é também referida por Jung de "coincidência significativa".
O termo foi utilizado pela primeira vez em publicações científicas em 1929, porém Jung demorou ainda mais 21 anos para concluir a obra "Sincronicidade: um princípio de conexões acasuais", onde o expõe e propõe o início da discussão sobre o assunto. Uma de suas últimas obras foi, segundo o próprio, a de elaboração mais demorada devido à complexidade do tema e da impossibilidade de reprodução dos eventos em ambiente controlado.
Em termos simples, sincronicidade é a experiência que ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente. Muitos fatos como este ocorrem na vida das pessoas sem que elas se deem conta. Conhecer uma pessoa que vai indicar uma diferente perspectiva na vida pessoal ou profissional. Uma estranha circunstância ao conhecer o grande amor. Quem nunca ficou surpreso com as sincronicidades, por muitos considerados momentos mágicos? Sincrônico é algo de dentro que se coloca no mundo e o mundo corresponde.
A sincronicidadedifere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativos. Foi este princípio, que Jung sentiu abrangido por seus conceitos de Arquétipo e Inconsciente coletivo, justamente o que uniu o médico psiquiatra Jung ao físico Wolfgang Pauli, dando início às pesquisas interdisciplinares em Física e Psicologia. Ocorre que a sincronicidade se manifesta às vezes a temporalmente e/ou em eventos energéticos causais, e em ambos os casos são violados princípios associados ao paradigma científico vigente. Segundo Rocha Filho (2007), muitas descobertas científicas que, de acordo com dados históricos, ocorreram quase simultaneamente em diferentes lugares do mundo, sem que os cientistas tivessem qualquer contato podem ser resultados de um fenômeno sincronístico. Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, e essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".
Carl Jung defende que os fenômenos sincronísticos podem ser agrupados em três categorias:
1. Coincidência de um estado psíquico do observador com um acontecimento objetivo externo e simultâneo, que corresponde ao estado ou conteúdo psíquico onde não há nenhuma evidência de uma conexão causal entre o estado psíquico e o acontecimento externo e onde, considerando-se a relativização psíquica do espaço e do tempo tal conexão é simplesmente incocebível.
2. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento exterior correspondente (mais ou menos simultâneo), que tem lugar fora do campo de percepção do observador, ou seja, espacialmente distante, e só se pode verificar posteriormente.
3. Coincidência de um estado psíquico com um acontecimento futuro, portanto, distante no tempo e ainda não presente, e que só pode ser verificado também posteriormente.
A demais, Jung acrescenta que “nos casos dois e três, os acontecimentos coincidentes ainda não estão presentes no campo de percepção do observador, mas foram antecipados no tempo, na medida em que só podem ser verificados posteriormente”. Por este motivo, diz que semelhantes acontecimentos são "sincronísticos".
EXEMPLOS:
Você está em casa, pensando em alguém. De repente, o telefone toca. Do outro lado, a voz que responde ao seu “alô” é a da pessoa na qual você estava pensando. Na noite da véspera do seu aniversário você sonha com uma borboleta. Um dos presentes que recebe no dia seguinte é um brinco em forma de borboleta! Coincidências desse tipo já podem ter ocorrido com você ou não, mas certamente você conhece alguém que já narrou esse tipo de experiência. Para  os mais racionais  fenômenos assim não passam de simples coincidência. Para os outros, aqueles que tendem a fazer uma leitura “mágica” da vida, as coincidências podem ter inúmeras interpretações e significados, e até mesmo serem vistas como “sinais divinos”.
As primeiras ideias a respeito do conceito de Sincronicidade surgiram com o estudo feito por Jung da filosofia oriental, principalmente do I Ching. Muito antes, na sua prática clínica como terapeuta, Jung havia observado fenômenos reais que não se enquadravam na visão ocidental causalista. Causalidade é a relação entre um evento (a causa) e um segundo evento (o efeito), sendo que o segundo evento é uma consequência do primeiro. Por exemplo, ao estudar os sonhos, Jung notou que os motivos oníricos tendem a coincidir relativamente com situações reais com um significado semelhante ou mesmo com situações reais idênticas. Ou seja, para Jung, é como se o conteúdo do sonho não dependesse de uma experiência prévia específica, mas fosse produzido paralelamente a ela, em consonância com o tempo da vida “real”. Ele, contudo, só se expressou oficialmente a respeito disso no final dos anos 20, quando falou a respeito do princípio tradicional chinês, que é baseado numa ideia totalmente diferente de nossa hipótese da causalidade e que é particularmente importante em conexão com o I Ching. A filosofia oriental, com seu pensamento não linear, ofereceu a Jung a perspectiva de que o acaso e a coincidência podem ser levados em consideração e que a causalidade é meramente uma hipótese, não uma verdade absoluta.
Com o passar do tempo, porém, a partir de algumas conversas que ele teve com Eistein, Jung sentiu a necessidade de buscar uma base teórica dentro da física moderna para o princípio. Esse contato com as recentes proposições teóricas da física moderna criou em Jung a necessidade de ampliar o conceito de Sincronicidade para uma ideia mais abrangente: a das “ordenações não causais”. Mais especificamente, o envolvimento de Jung com a física moderna se deu a partir da relação muito próxima com o físico alemão Wolfgang Pauli. 
Assim, Jung e Pauli passam a se corresponder com frequência. Pauli apoiou o princípio da Sincronicidade como sendo científico. O Princípio de Exclusão, pelo qual Pauli recebeu o Prêmio Nobel, implicava a descoberta de um padrão abstrato que se oculta debaixo da superfície da matéria e que determina seu comportamento de modo “acausal”. Jung auxiliou Pauli na sua compreensão dos fatores coletivos e arquetípicos da psique. A partir dessa confluência de interesses e ideias desenvolve-se uma longa colaboração entre os dois pensadores. Esse trabalho conjunto dará origem à obra “The Interpretation of Nature and the Psyche” com dois textos: um escrito por Pauli, outro por Jung. A colaboração com Pauli, portanto, permitiu a Jung dar ao conceito de Sincronicidade e de suas aplicações posteriores um melhor embasamento, que apesar de não poder ser considerado necessariamente científico pode ser associado a algumas postulações teóricas de origem física. Dessa forma, alguns pesquisadores advogam que o conceito de Sincronicidade e a conceituação de uma “ordenação acausal geral” pode ter exercido certa influência na ciência desde então.
 A ousadia de suas ideias, ao suscitar reações apaixonadas de ambos os lados, podem forçar tanto os entusiastas quanto os críticos a buscarem provas que façam valer suas posições. Seja como for, a possibilidade de que os eventos distribuídos no fluxo do tempo possam estar em sintonia com o que pensamos/sentimos é realmente tentadora. Pensar nisso nos fornece uma perspectiva sedutora da vida, que pode ser entendida como uma cadeia de acontecimentos que têm sempre um significado, ou seja, que nada acontece por acaso e que tudo o que nos ocorre cumpre a função de nos colocar onde devemos estar para vivermos as experiências que precisamos.
 Acaso ou não, a ideia junguiana de Sincronicidade nos leva a refletir sobre os eventos coincidentes, e pode ser que ela seja só o delírio de alguém que alimentava uma expectativa sobrenatural da existência, mas pode ser também que ela seja o vislumbre de uma mente brilhante muito a frente do seu tempo.
INCONSCIENTE COLETIVO
Uma teoria adotada por algumas escolas psicológicas é a teoria do inconsciente coletivo, no qual Jung foi mais reconhecido a partir dela. Ele descreve o modo que nascemos com uma herança psicológica, que une com a herança biológica, onde os mesmos são essenciais no comportamento e na experiência, formando um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.
Arquétipos ou imagens primordiais, onde cada pessoa herda de seus ancestrais, nos mostra o inconsciente coletivo, que é uma lembrança de imagens latentes. A pessoa herda uma predisposição para reagir de uma forma que seus ancestrais faziam porem não se lembra de forma consciente das imagens. Este inconsciente é como o ar, que é o mesmo em todo lugar, é respirado por todo o mundo e não pertence a ninguém. Seus conteúdos são condições ou modelos prévios da formação psíquica em geral.
Os arquétipos que estão presentes no inconsciente coletivo são simbolicamente mostrados, como mitos, crenças, religiões, etc. Podendocitar como exemplos os conceitos de: nascimento, morte, fogo, lua, sol. Onde cada conceito é desenvolvido de acordo com as experiências de cada individuo. 
Jung acreditava que cada ser humano, tinha que ter uma tarefa, uma realização pessoal, para tornar uma pessoa inteira e sólida, o inconsciente “é a fonte das forças instintivas da psique e das formas ou categorias que as regulam, os arquétipos”. “Vasto e inexaurível”. Assim a tarefa seria o alcance da harmonia do consciente e o inconsciente.
Independente de todas as diferenças raciais, o inconsciente coletivo seria uma expressão psíquica da identidade cerebral. Assim Jung foi analisando os sonhos e fantasias de seus pacientes, onde o seu conteúdo foi concebido de acordo com a combinação de padrões e forças predominantes, como os instintos e os arquétipos. 
Em Arquétipos do Inconsciente coletivo (2006) Jung esclarece:	
A hipótese de um inconsciente coletivo pertence àquele tipo de conceito que a princípio o público estranha, mas logo dele se apropria, passando a usá-lo como uma representação corrente, tal como aconteceu com o conceito de Inconsciente em geral. [...] Uma camada mais ou menos superficial do inconsciente é pessoal. Nós a denominamos, inconsciente pessoal. Este porém repousa sobre uma camada mais profunda, que já não tem sua origem em experiências ou aquisições pessoais, sendo inata. Esta camada mais profunda é o que chamamos inconsciente coletivo. Eu optei pelo termo “coletivo” pelo fato de o inconsciente não ser de natureza individual, mas universal.	
Para a psicologia junguiana, são domínio do inconsciente, todos os processos psíquicos, e seus conteúdos da identidade cerebral. Assim com sua concepção neste nível, nada se existe de individual ou único nos seres humanos, todos temos os mesmos instintos e arquétipos, onde a individualidade deve ser encontrada em outras áreas da personalidade.
	
ARQUÉTIPOS E A TEORIA DOS COMPLEXOS
Arquétipo é um termo que tem sua origem na filosofia da Grécia, mais especificamente em Platão e amplamente empregado no Neoplatonismo. O termo foi empregado pioneiramente por Carl Gustav Jung na Psicologia Analítica para designar os modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique. Os arquétipos são princípios, formas sem conteúdo. Segundo Jung (1989, p. 352), eles são “vazios em si”, que serão preenchidos pelas experiências de vida de cada um. Por não possuírem uma forma, eles manifestam-se através de símbolos ou comportamentos. Dentre os principais arquétipos anunciados por Jung, estão aqueles que configuram o psiquismo: a persona, a sombra, o anima e animus e o Self.
A persona: que significa “mascara” e representa a forma como nos apresentamos ou somos levados a nos apresentar à sociedade. Segundo Jung (1985, p. 32) “como seu nome revela, ela é uma simples máscara da psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é uma individualidade, quando, na realidade, não passa de um papel, no qual fala a psique coletiva”. A máscara é expressa por nossos títulos, ocupações, papéis, nomes que são necessários e dizem respeito a nós mesmos, no entanto, não em um nível mais profundo. A identificação extrema do indivíduo com esses conteúdos ou ainda com os complexos constelados, pode leva – ló ao que Jung (1986) chamou de Inflação.
A sombra: Ela expressa tendências e impulsos que podem ser positivos ou negativos e que negamos em nós mesmos. A Geralmente são defeitos e impulsos que não aceitamos como sendo nossos e, portanto, projetamos em outras pessoas (JUNG, 1986). Com essa dimensão arquetípica, compreendemos que a visão de homem na psicanálise é a de um ser com tendências conflitivas (opostas), com aspectos positivos e negativos. No entanto, esse conflito não é visto como um impedimento à realização. Pelo contrário, o ser humano realiza-se pela superação do conflito, pois este o impulsiona a busca e à transcendência. Aceitar a sombra é aceitar a incerteza, aceitar que falhamos que muitas vezes não conseguimos não nos realizou, nos frustramos, temos defeitos, não ajudamos ou compreendemos ou outros, somos maus.
O Anima e Animus: É uma estrutura inconsciente que representa a parte sexual oposta de cada indivíduo; Jung denomina tal estrutura de anima no homem e animus na mulher. 
O Self: O self é o arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas completam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self. O self é com frequência figurado em sonhos ou imagens de forma impessoal. É um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao ego e à consciência. O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente; é o centro desta totalidade, assim como o ego é o centro da consciência. 
Os complexos são grupos de ideias inconscientes associadas a eventos ou experiências particulares emocionalmente coloridos. Jung os deduziu a partir de seus estudos iniciais de associação de palavras quando ele observou que determinadas palavras provocam reações intensas ou produzem menos reação do que o esperado. Os complexos são construídos em torno de estruturas psíquicas solidamente interligadas conhecidas como arquétipos, que são explicadas adiante.
 Os complexos são também reforçados por eventos ambientais e por atenção ou desatenção seletiva e são, portanto, autoperpetuastes. Eles são dotados de energia psíquica a partir de seu tom afetivo - positivo, negativo, suave ou forte. Quanto mais intenso o complexo, maior a emoção, imagens mentais e tendência à ação. Os complexos são frequentemente estimulados por interações com outros. Um complexo com o pai pode ser estimulado por uma pessoa que simboliza um pai (por ex., um amigo mais velho) ou por um estímulo como a música ou arte que evoca memórias do pai. O complexo, anteriormente inativo no inconsciente, vem para o consciente e tende a dominar a consciência e deslocar outros complexos, que então mergulham em inconsciência. Emoções, imagens, memórias e ideias relacionadas ao pai vêm à percepção e são expressos durante este período, denominados "baixando o nível de consciência." À medida que os estímulos relacionados ao pai diminuem, o mesmo pode acontecer com o complexo com o pai, incluindo o que foi pensado, sentido e expressado durante a sua ascendência. 
Outro aspecto importante dos complexos é a sua bipolaridade. Cada complexo tem um polo positivo e um polo nele projetado sobre uma outra pessoa, que, por sua vez, age sobre ele em um relacionamento. Deste modo, a teoria dos complexos é uma teoria de relacionamentos interpessoais, bem como de relacionamentos intrapsíquicos.
 Na teoria junguiana, o ego é também um complexo. Ele serve à mesma função que o ego freudiano, controlar a vida consciente e ligar o mundo intrapsíquico ao mundo externo. Os outros complexos que compõem o processo psíquico podem alinhar-se com ou opor-se ao ego. Por exemplo, complexos primitivos emocionalmente carregados têm uma grande tendência a tornarem-se autônomos e podem comportar-se como personalidades parciais que se opõem ou controlam o ego. Estas personalidades aparecem como imagens em sonhos, como alucinações e como personalidades separadas em casos de transtorno de múltipla personalidade. Eles também aparecem em sessões espíritas quando médiuns apresentam as assim chamadas personalidades dos mortos. Para Jung, este fenômeno também explicava o animismo e os estados de possessão.
CONCLUSÃO
Carl Gustav Jung foi sem dúvida um marco na história da Psicologia Analítica, ele com seus vários entrelaços e contatos que fizera ao longo de toda a sua vida, mudou o rumo da ciência e de vários conceitos nos quais pensávamos ser comuns. Jung foi um médico psiquiatra que alem de atender a seus pacientes os estudava, amava o que fazia e desde entãotornou se seu trabalho seu hobby. Com seus variados amigos renomados fez Histórias importantes como as ideias Freudianas, Heinsten e Pauli.
Jung desenvolveu vários conceitos como arquétipo e a teoria dos complexos, sincronicidade e inconsciente coletivo, tais conceitos foram desenvolvidos para que Jung mostrasse a todos que nem tudo era coincidência, nada acontecia por acaso e que nem todos os filósofos, historiadores, cientistas ou médicos estão 100% corretos. Dentre esses conceitos ele desenvolveu os jogos de taro e a consciência de que não fazemos nada sozinhos. Ele nos leva a pensar em conjunto e agir individualmente.
As ideias de Jung se materializaram em uma produção de mais de 18 obras baseadas num estudo profundo das culturas, na alquimia, astrologia, filosofia, história das civilizações, na matemática, nas religiões ocidentais e principalmente nas culturas orientais. E hoje ainda estamos sendo influenciados pelas ideias deste grande pensador.
 Apesar de ser um tema muito complexo concluímos que tivemos muito proveito de seus conceitos, exemplos e curiosidades, eles nos ofereceu um trabalho em equipe e um desempenho significativo e proveitoso para todos.
BIBLIOGRAFIA
JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica- 1987- 4ª Edição
JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade- 1988. 3ª Edição
http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/criticas-de-filmes/um-metodo-perigoso-as-relacoes-perigosas-de-jung-freud-e-sabina/> Acesso em dia: 16 de Abril de 2012.
http://www.ajb.org.br/index.php > Acesso em dia: 16 de Abril de 2012
www.portas.ufes.br/sites/www.portas.ufes.br/files/Jung.pdf> Acesso em dia: 16 de Abril de 2012
www.psicologiaemsantana.com.br/analise-junguiana.page> Acesso em dia: 24 de Abril de 2012
www.psicologia.org.br/internacional/artigo7.htm Acesso em dia: 19 de Abril de 2012
www.psiquiatriageral.com.br/psicoterapia/carl.html > Acesso em dia: 16 de Abril de 2012
http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1952077-arqu%C3%A9tipo/#ixzz1tMA8jelo > Acesso em dia: 24 de Abril de 2012
www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/arquetip.htm > Acesso em dia: 16 de Abril de 2012
www.suapesquisa.com/biografias/carl_jung.htm> Acesso em dia: 19 de Abril de 2012
www.symbolon.com.br/artigos/principium.htm > Acesso em dia: 26 de Abril de 2012
www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Jung-e-Os-Conceitos-B%C3%A1sicos-Da/45888.html> Acesso em dia: 01 de Maio de 2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CAMPUS FLORESTAL
ADMINISTRAÇÃO
PSICOLOGIA ANALÍTICA
FLORESTAL
 2012
Psicologia Analítica 
- Segundo JUNG-
Trabalho apresentado em cumprimento da disciplina de Introdução à Psicologia
 do curso Superior de Administração
FLORESTAL 2012

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