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Aula 04 – Emoção e Inteligência no contexto do trabalho

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Psicologia nas Organizações
Aula 04 – Emoção e Inteligência no contexto do trabalho
Emoção e inteligência são aspectos que implicam manifestação de condutas específicas e nem sempre caminham juntas.
O modo de manifestarmos as próprias emoções nem sempre é o desejável ou entendido (socialmente falando), admitindo-se que as pessoas percebem as outras espelhando experiências próprias, o que evidencia preconceitos e julgamentos que não necessariamente fazem jus às condutas percebidas.
O uso satisfatório de nossas inteligências depende de como nos percebemos exercendo nosso papel no mundo do trabalho, além do próprio ambiente onde desempenhamos o mesmo.
Aproveitar oportunidades, quando estas aparecem, traduz a possibilidade de aquisição de novos conhecimentos e, porque não dizer: novas possibilidades.
Aprender, para o mundo corporativo, traduz-se por riqueza. Nos dias atuais há quem diga que o conhecimento é o ouro moderno e os colaboradores devem investir nos meios que lhes deem esse ouro. Este capital não se perde, pode ser frequentemente investido e, assim, aumentar o “passe” de cada colaborador dentro de suas equipes de trabalho.
A emoção e a inteligência são aspectos inerentes à vida humana e implicam condutas ajustadas à percepção. 
No trabalho a demanda por habilidades intelectuais se faz permanente na resolução de problemas, mas o estado emocional nem sempre é deixado de lado, provocando situações geradoras de desconforto e/ou conflito.
Analisaremos cada um dos conceitos em separado.
Weiten (2002, citado em BERGAMINI, 2005) afirma que as emoções são consideradas responsáveis pelos sentimentos e constituem um padrão da conduta de cada um. 
Bergamini (2005) observa que a emoção “caracteriza-se como uma função psíquica de difícil acesso” (p. 117), o que justifica a dificuldade de lidar com as emoções das pessoas no trato interpessoal.
Existe ainda a dificuldade de as pessoas nomearem as próprias emoções, que, quando descritas, já perdem o estado puro, pois ganham a via racional. 
A percepção que temos das emoções alheias espelha muito da nossa experiência pessoal e de condicionantes culturais (por exemplo: na maior parte do mundo riso e choro são indicativos respectivos de alegria e tristeza). Devemos cuidar para não rotular demais condutas observadas, pois a maior marca da emoção é a subjetividade.
Fisiologicamente, a emoção é o resultado dos trabalhos do SNC e do SNA.
Em termos de conduta manifestamos ou não as emoções, traduzindo-as por alterações na fala, marcha, gestos etc.
Há quem consiga omitir o que sente e, ainda, quem consegue simular grandes emoções (o trabalho dos atores).
Existem aspectos que influenciam o modo de manifestarmos as emoções, tais como:
Personalidade;
Gênero;
Cultura;
Formação;
Condicionamento;
Estado de saúde;
Embora o estudo das emoções seja complexo, os estudiosos são consensuais em associá-las a três aspectos:
Cognitivo – que representa a percepção;
Fisiológico – marca as alterações ocorridas no organismo durante os estados de emoção (trabalho do SNA);
Comportamental – modo de manifestação das emoções.
Nem sempre o aspecto emocional se desenvolve de modo compatível ao próprio desenvolvimento humano. A maturidade, neste aspecto, evidencia pessoas capazes de se relacionarem com tolerância às diferenças e de colocarem suas opiniões e sentimentos sem, contudo, desejar adesão de 100% (o que denunciaria um caráter infantil).
Questões psíquicas que dificultem uma interação satisfatória interferem bastante nesta esfera emotiva.
Passemos a definição de INTELIGÊNCIA.
“O conhecimento é um termo genérico que se refere ás atividades mentais e que envolve a aquisição, a retenção e o uso da informação”.
No mundo do trabalho, nossos conhecimentos estão sempre em teste. Demonstramo-nos através de habilidades que traduzem nosso nível de potencial.
Somos muito bons em alguns aspectos e passíveis de melhora em outros. Esse desenvolvimento acontece conjugando-se desejo, necessidade e oportunidades.
Alfred Binet (1857-1911) Foi o inventor do teste de QI (Quoeficiente Intelectual), que considera as inteligências lógicas matemática e verbal.
A medida da inteligência, nos dias atuais não está medida a estas habilidades, o que fez expandir seus conceitos.
Em 1983, Gardner lançou o conceito de inteligências múltiplas, chamando a atenção para a importância de outras habilidades, antes poucos valorizados. Na sua teoria são consideradas as inteligências verbais e matemáticas, além de: 
Inteligência Musical
Inteligência Espacial
Inteligência Corporal
Inteligência Interpessoal
O maestro João Carlos Martins (Deficiente) é um exemplo de Inteligência Musical e de superação de limites físicos.
Profissionais de sucesso no Jornalismo, vida pública e que atuem bem, em equipe, são bons exemplos de inteligência interpessoal.
Os atletas bailarinos são exemplo de inteligência Corporal.
Santos Dumont representa um exemplo de inteligência mecânica.
Goleman (1995) expande ainda mais os estudos acerca da inteligência, lançando o conceito de Inteligência Emocional (IE).
A IE é definida como “Capacidade de criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação dos seus desejos; de se manter em bom estado de espirito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante”.
Pesquisadores em IE defendem que esta pode ser desenvolvida, mas que existe a necessidade de:
• Ser autoconsciente em relação às próprias emoções;
• Automotivação;
• Reconhecer as emoções nos outros e lidar com as mesmas de modo satisfatório.
A IE é de extrema importância para o mundo do trabalho, tanto para o crescimento pessoal quanto para a satisfação das necessidades de ordem social.
Desenvolvemos habilidades já possuídas e adquirimos outras no ambiente de trabalho.
 O meio corporativo representa uma das maiores “escolas” na educação dos indivíduos por oportunizarem aprendizados e viabilizarem trocas interpessoais de extrema utilidade para o profissional e o pessoal de cada um.
Conforme os investimentos pessoais, maiores as chances de construção de diferenciais.
Cooper (1997) reforça a necessidade de pesquisas que relacionem trabalho e o desenvolvimento de inteligências e admite que pessoas que têm maior facilidade no trato interpessoal tendem a apresentar maiores chances de crescimento. 
Existem pessoas com boa capacidade intelectual que não crescem profissionalmente pelo impeditivo construído por barreira social.
Desenvolver habilidades sociais, hoje, faz-se obrigatório.
A conjugação de “INTELIGÊNCIAS + HBILIDADES SOCIAIS”, nas organizações, viabilizam: 
Lideranças
Lideres bem sucedidos não podem deixar de possuir inteligência interpessoal;
Empatia
Característica desejável para gestores e todas as profissões em que se lida diretamente com pessoas. Defina-se como a capacidade de sensibilizar as pessoas, de se colocar no lugar das mesmas e de entender suas dificuldades e ou alegrias.
A não administração das emoções e das pressões vivenciadas no ambiente de trabalho ou na vida familiar podem gerar estresses que são prejudiciais à saúde humana.
O que significa estresse?
Originalmente este termo foi emprestado da física que designa “desgaste” a que diversos materiais estão expostos pela ação do tempo e de outros estímulos que possam modificar o estado natural de um objeto.
Davidoff (2001) observa que todos estamos expostos a agentes estressores, estando estes no trabalho e/ou na nossa vida pessoal. Basta que a percepção de um estímulo seja estressante para que o mesmo se inicie.
Fases do estresse (DAVIDOFF, 2001):
• 1ª Reação de alarme: o sistema nervoso simpático e as glândulas suprarrenais mobilizam as forças defensivas do corpo, para resistir ao agente de estresse. Se este for prolongado, vai-se à segunda fase; 
• 2ª Resistência: O preço que o corpo“paga” para manter-se em vigilância durante um período e, por isso, os sistemas lentificam; 
• 3ª Exaustão: O corpo não pode resistir indefinidamente ao estresse e, por isso, mostra exaustão.
Administrar condições de estresse evidencia várias inteligências, principalmente a emocional. Admitindo-se que nossa vida oferece desafios permanentes, precisamos aprender a lidar com os mesmos de modo a não nos prejudicarmos.
Excesso de tarefas resulta no estresse de sobrecarga e a falta delas no estresse de monotonia.
O meio organizacional oferece estresses que começam desde os processos seletivos aos desafios que nos são impostos a cada dia. Mas oportunizam aprendizados novos, bem como o aperfeiçoamento daqueles que já possuímos, seja por meio de treinamentos ou pelas trocas viabilizadas no intercâmbio com as outras pessoas.
Percebendo deste modo, os meios organizacionais são favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento de inteligências.

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