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Core por que e como fortalecer
Se você ainda não ouviu falar em core, provavelmente ainda irá ouvir. Seja na academia ou na clínica de fisioterapia. Isso porque a falta de cuidando com essa “estrutura” do nosso corpo pode gerar uma série de incômodos e complicações, especialmente às costas. 
O treinador Douglas chagas explica melhor o assunto, que é basicamente o pilar do treinamento funcional onde esse treinamento deveria estar no check-list de todo treino de musculação.
O que é o core?
O core é um “cinturão de músculos”, a estrutura, que fica na linha da coluna lombar/ao redor do tronco, é composta por 29 músculos que dão suporte e estabilidade ao adbômen, pélvis e bacia, sendo que os principais são: os abdominais, os lombares, os oblíquos e os glúteos.
O treinamento funcional do core (ou core360, como é popularmente chamado nas academias) é uma novidade recente que conquistou os centros esportivos do Brasil e tem foco no fortalecimento e estabilização destes grupos musculares.
Quando falamos em estabilização do core, estamos falando em manter uma base sólida para o nosso corpo, já que essa estabilização ajuda a fortalecer a coluna, prevenir lesões e eliminar malfadadas as dores nas costas.
Como trabalhar?
“Trabalhar o core é muito mais do que fazer abdominais na academia. O que trabalhamos na musculação são apenas os músculos superficiais (reto e oblíquo abdominal). O core vai além, em camadas muito mais profundas que a maioria dos exercícios não chega a realmente ativar. Por isso tanta gente se machuca na academia, reclama de dores nas costas (principalmente lombar), hérnias de disco e muito mais”, explica Douglas.
Por isso, em se falando de dores nas costas, o importante é fortalecer os músculos que dão sustentação para a coluna lombar. “É importante iniciar o treinamento com exercícios isométricos (estáticos) que enfatizam o desenvolvimento da estabilidade e força de resistência dos músculos dessa região”, defende.
Um bom exemplo é a famosa “prancha” que segundo Douglas, esse exercício, realizado nas posições ventral, dorsal e lateral, deve ser incluído logo no início do treinamento para fortalecer primeiramente os músculos mais profundos e estabilizadores do core. A partir daí, permite-se acrescentar outros exercícios para aumentar a força do core. 
A visão da Osteopatia
O especialista em Osteopatia da clínica Plena Salute, Marcel Andrade fala também sobre a importância do core sob a visão de um osteopata e da reabilitação de pacientes em tratamento de coluna.
Marcel explica que a coluna tem 3 funções básicas: fazer proteção do tecido nervoso, permitir movimento e estabilizar receber carga. Ela consegue fazer essas 3 funções por causa de uma anatomia própria, composta músculos profundos da coluna em coordenação com os músculos da parede abdominal e do assoalho da pelve.
“Quando o paciente vai pegar um objeto do chão ou transferir carga de um local para o outro, por exemplo, os músculos da coluna precisam contrair e relaxar nos momentos corretos para permitir o movimento e ainda estabilizar para que não aconteçam forças anormais que podem degenerar ou irritar os tecidos, principalmente ligamentos e nervos. Quando esse sistema falha, é a hora que lesa um disco, um ligamento ou um nervo. Isso acontece porque, por mais que você já se exercite e treine há um bom tempo, o músculo que envolve a coluna está rígido, mas interior fraco. Então, todos os pacientes de coluna precisam passar por um trabalho de core em algum momento da reabilitação”, explica Marcel.
Essas falhas, segundo o Marcel, dependem muito do seu meio ambiente. Vamos supor que você tem uma doméstica para limpar sua casa. Um dia ela pede as contas, e você precisa fazer o trabalho sozinha – um serviço que você não fazia antes, e às vezes até mesmo com execução errada de certos movimentos, como abaixar e agachar. Depois de um mês, você passa a sentir dores nas costas. Isso aconteceu porque você mudou seu meio ambiente e passou a utilizar músculos e a realizar movimentos, e até mesmo a receber cargas, aos quais não estava habituada antes. O mesmo pode acontecer em mudanças de funções ou empregos (se você sempre trabalhou sentada em frente a um computador e, de repente, é exigido que você fique em pé ou se locomova muito mais do que estava acostumada antes) e até mesmo em caso de alguns procedimentos cirúrgicos em que haja corte nos músculos abdominais (uma cesárea, uma abdominoplastia ou até mesmo uma remoção do pâncreas; uma vez que você corta o músculo, ele se enfraquece e depois de um tempo, se não houver um fortalecimento profundo e adequado, esse enfraquecimento pode afetar outros músculos e gerar dores nas costas inclusive).
“Temos que estar muito atentos ao ambiente em que vivemos ou nos encontramos para corrigi-los ou nos adaptar melhor a eles (no caso, com fortalecimento do core)”, recomenda Marcel.
Por isso, não basta tratar apenas os sintomas (no caso, a dor), virando reféns de analgésicos e relaxantes musculares que, na verdade, podem até piorar o problema ou gerar novas lesões. Identificar a causa e fazer a reabilitação sob orientação e acompanhamento de profissionais capacitados é o melhor remédio.

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