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COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE LINGÜÍSTICA DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL

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COMPREENSÃO DA DIVERSIDADE LINGÜÍSTICA DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL
Genaro Luiz HAMERMÜLLER�
Dr. Wander Amaral CAMARGO�
Disciplina: Teorias Sociológicas
Linha de Pesquisa: Práticas culturais e ideologia
RESUMO
Há preconceito lingüístico na sociedade em relação à variedade popular do português. O que foge ao padrão é considerado equivocado. É evidenciado, porém, que as concepções de certo e errado podem ser relativizadas se forem consideradas outras línguas e contextos. Assim, a leitura de dados lingüísticos, tema central deste estudo, pretende revelar que a variação se apresenta tanto na língua falada quanto na língua escrita. E que diversos fatores de natureza cultural, linguística e extralingüística podem influenciar na fala de uma determinada comunidade de falantes.Justifica-se este artigo pelo fato que devido ao mito de monolinguismo presente no cenário brasileiro, os falantes de variedades de baixo prestígio do português, que no caso, descendentes de imigrantes, podem trazer transferências de sua língua materna, “não tem o reconhecimento da escola em relação ao seu vernáculo e à cultura de sua comunidade.A linguagem tem sido objeto de estudo de diversos âmbitos da ciência. No entanto é de extrema importância entendê-la e o que ela representa em termos de poder e prestígio social. Nesse sentido, expõe a importância do reconhecimento e valorização da diversidade lingüística e da pluralidade cultural na cidade de Cascavel- PR. Este estudo é de tipo exploratório descritivo e uma pesquisa bibliográfica. O assunto pesquisado delimitou-se somente sobre a identificação e compreensão da diversidade lingüística. A hegemonia linguística de uma elite historicamente imposta e dominante mantém-se de forma lamentável, danosa e perigosa na atualidade, uma vez que tem um princípio excludente em relação à maioria populacional, o que se converte em ameaça à segurança e desenvolvimento do Brasil. A imposição injusta, covarde e incoerente de um padrão linguístico arcaico, baseado no Português de Portugal e abstrato uma vez que idealizado, corrobora para perpetuar a exclusão de milhares de brasileiros que mal têm acesso às condições mínimas de sobrevivência e, muito menos, à aprendizagem de um padrão idealizado, distinto de sua fala.
Palavras- Chave: linguagem, diversidades, compreensão.
INTRODUÇÃO
	Os seres humanos se distinguem de todos os outros seres vivos pela capacidade de se expressar de forma elaborada. A maneira como nos comunicamos é uma simplificação da estrutura profunda do pensamento. É sabido que a linguagem humana tem como finalidade a comunicação, a transmissão de idéias. Entretanto, a linguagem não tem somente a função de simplesmente comunicar. Além disso, a linguagem revela a posição que o falante ocupa na sociedade em que vive.
	As relações de poder existentes entre os falantes da língua de camadas sociais mais privilegiadas e os de camada menos favorecidas têm estreita relação com os níveis de letramento adquiridos pelo indivíduo e a sua intencionalidade que pode estar escondida atrás da linguagem.
	Segundo Gnerre (1998) as pessoas falam para serem ouvidas, respeitadas e para exercer influência num determinado ambiente. “O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato lingüístico” (BOURDIEU, 1977 apud GNERRE, 1998 p. 05).
	Por isso, as modernas correntes da lingüística vêm sinalizando que a linguagem é muitas vezes um poderoso instrumento de ocultação da verdade, de manipulação do outro, de controle, de intimidação. A palavra não é neutra (BAGNO, 1998).
	Assim a linguagem não é usada somente para informar, mas, revelar a posição que o falante ocupa ou a que ele acha que ocupa na sociedade (GNERRE, 1998).
	Há preconceito lingüístico na sociedade em relação à variedade popular do português. O que foge ao padrão é considerado equivocado. É evidenciado, porém, que as concepções de certo e errado podem ser relativizadas se forem consideradas outras línguas e contextos. Assim, a leitura de dados lingüísticos, tema central deste estudo, pretende revelar que a variação se apresenta tanto na língua falada quanto na língua escrita. E que diversos fatores de natureza cultural, linguística e extralingüística podem influenciar na fala de uma determinada comunidade de falantes.
	O município de Cascavel, localizado a 130 km de Foz do Iguaçu, trajeto da BR 277 para o Paraguai, é passagem obrigatória para compristas, turistas que visitam as Cataratas do Iguaçu e os países vizinhos, bem como residência de estudantes universitários e de cursos técnicos que se instalam na cidade. Analisando esse fator, percebe-se o quão grande é a influência que estas pessoas têm sobre os aspectos lingüísticos que também se instalam na cidade. 
Entende que a diversidade lingüística da cidade, se deve a vários fatores, dentre eles cita-se: importante pólo estudantil que abriga uma variedade de culturas regionais, bem como de outros estados, ao tráfego constante da BR 277, o qual é corredor importante para pessoas a passeio, trabalho e estudo e, principalmente, pela colonização do município e regiões circunvizinhas, trazendo para a cidade uma variedade de falares, de hábitos e de cultura os quais se manifestam por meio, também da linguagem.
 Justifica-se este artigo pelo fato que devido ao mito de monolinguismo presente no cenário brasileiro, os falantes de variedades de baixo prestígio do português, que no caso, descendentes de imigrantes, podem trazer transferências de sua língua materna, “não tem o reconhecimento da escola em relação ao seu vernáculo e à cultura de sua comunidade” (CAVALCANTI, 2001, p. 44) e, devido a essa falta de reconhecimento, não são valorizadas.
	No Brasil de hoje são faladas cerca de 210 línguas. Segundo estimativas existentes, os grupos indígenas falam cerca de 180 línguas e as comunidades de descendentes de imigrantes, cerca de 30 línguas. Além disso, usam-se, pelo menos, duas línguas de sinais de comunidades surdas, línguas crioulas e práticas lingüísticas diferenciadas nas comunidades remanescentes de quilombos, muitas já reconhecidas pelo Estado, e em outras comunidades afrobrasileiras. Há também uma ampla riqueza de usos, práticas e variedades no âmbito da própria língua portuguesa falada no Brasil. Esta nova política de reconhecimento e salvaguarda das línguas faladas no Brasil é resultado das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho da Diversidade Lingüística (GTDL), constituído em 2006. Fazem parte dele os representantes dos ministérios envolvidos e da sociedade civil, que formaram o Instituto de Desenvolvimento em Política Lingüística (Ipol), da comunidade acadêmica, representada pela Universidade de Brasília (UnB) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
	 A linguagem tem sido objeto de estudo de diversos âmbitos da ciência. No entanto é de extrema importância entendê-la e o que ela representa em termos de poder e prestígio social. Nesse sentido, expõe a importância do reconhecimento e valorização da diversidade lingüística e da pluralidade cultural na cidade de Cascavel- PR. 
	Este artigo tem como objetivo geral identificar e compreender a diversidade lingüística dos habitantes do município de Cascavel – PR., bem como, fornecer conhecimento bibliográfico sobre o tema; apresentar o preconceito existe do uso da linguagem coloquial e contribuir para futuros estudos sobre aspectos culturais e lingüísticos do município.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Variedade lingüística
	As primeiras concepções de linguagem partem de uma perspectiva de homogeneidade da língua, sendo observadas e classificadas como atividade mental e estrutural, independentes do contexto em que são produzidas. Com a evolução dos estudos lingüísticos, a língua passou a ser considerada como atividade social, o que implica a observação de diversos fatores situacionais antes desconsiderados, como por exemplo, o momento histórico,a relação entre diferentes usuários, ou seja, a língua passa a ser considerada heterogênea, além de veículo de interação no meio social em que os indivíduos atuam (DURKHEIM, 1967).
	Considerando que as cidades de nossa região são formadas pela união de diversas raças e povos, é impossível ignorar que a diversidade étnica caracteriza nosso país. A língua, em suas diversas formas e variantes, é uma entidade viva, dinâmica e é o código utilizado pelo ser humano para se comunicar com seus semelhantes, trocar informações, difundir idéias e conceitos. O uso da escrita desenvolveu a comunicação entre os homens permitindo-lhes remontar as barreiras do tempo na recepção de mensagens, além de ajudar muito no desenvolvimento intelectual do ser humano. Ademais, seu domínio passou a figurar, socialmente, como prestígio social e instrumento de ascensão profissional (BAGNO, 1999).
	O desencontro histórico da realidade brasileira em relação ao que já é real em outras partes, isto é, o conservadorismo permaneceu na nossa sociedade mesmo com o advento das formas sociais da modernidade. A cultura brasileira resiste a este modo de vida moderno e acaba revelando uma autenticidade no inautêntico, ou seja, as formas culturais populares negaram as formas modernas, mas, ao mesmo tempo, agregaram fragmentos do moderno (MARTINS, 1999).
	A obra de Berger; Luckmann (2000) coloca-se como um tratado a respeito da Sociologia do Conhecimento, no sentido de ser uma análise de como o homem constrói o seu próprio conhecimento da realidade, tratando das relações entre o pensamento humano e o contexto social dentro do qual ele vive. Realidade esta que existe independente de nós, entendida no âmbito sociológico como sendo o conjunto de fatos que acontecem no mundo independente da vontade do indivíduo. Mas que ao ser vista e percebida em perspectivas diferentes pelos ditos homens comuns forma o conhecimento. Assim, também neste contexto sociológico, o conhecimento pode ser definido como a interpretação que o indivíduo faz da sua realidade, são os aspectos que o indivíduo pensa que compõem a realidade. 
	A estrutura da relação de produção lingüística depende da relação de força simbólica entre os dois locutores, isto é, da importância de seu capital de autoridade (que não é redutível ao capital propriamente lingüístico): a competência é também, portanto capacidade de se fazer escutar. Daí a definição completa da competência como direito à palavra, isto é, à linguagem legítima como linguagem autorizada, como linguagem de autoridade (PIETRE, 1996).
	O autor transpõe para a análise do campo simbólico o vocabulário da esfera propriamente econômica, e recupera a tradição materialista do marxismo, na linha epistemológica do positivismo francês, tão marcado nos últimos tempos pelo estruturalismo (PIETRE, 1996).
	Profundamente sensível aos problemas que regem a existência do homem neste atual período histórico, o autor se propõe “a tratar da vida social do homem simples e cotidiano, cuja existência é atravessada por mecanismos de dominação e de alienação que distorcem sua compreensão da história e do próprio destino”. Tenta neste mosaico de desencontro da sociedade moderna encontrar a unidade do diverso. Fazer com que o homem simples (comum) se torne agente ativo do seu destino (MARTINS, 1999).
	Estes aspectos podem ocorrer devido à interferência da oralidade na escrita. Marchuschi (1993) expõe a importância da oralidade ao explicitar que “o texto escrito não é mais o soberano”, salientando que, do mesmo modo como a escrita, a fala tem “sua própria maneira de se organizar, desenvolver e transmitir informações, o que permite que a tomemos como fenômeno específico” (MARCUSCHI, 1993, p. 4).
	Segundo Geraldi (1993) o qual afirma que são os usos que instituem a língua, justifica-se a presente pesquisa como proposta de entender as formações lingüísticas e suas variedades na composição do falar do povo “ora cascavelense”.
	A linguagem surge da necessidade física de se relacionar com o outro, ela que proporciona o homem se tornar um ser social. Para Marx e Engels (1987) a linguagem é a consciência real prática, pois existe para os outros homens. A linguagem como representação material das relações sociais humanas, não pode ser desassociada de uma ética que vise uma mudança real da sociedade (mudança da infra-estrutura).	
	Por isso a importância “da língua, como realidade material específica da criação ideológica” (BAKHITIN, 1999, p.25) para podermos apreciar um estudo de forma concreta da ética. 
	Sabe-se que a criação de comunidades multiculturais nas quais convivem culturas, raças e línguas de origens diferentes é uma conseqüência da dinâmica das sociedades atuais. A convivência de línguas numa dada sociedade leva a situações complexas, uma vez que gera problemas relacionados com o bilingüismo, a diglossia, a morte lingüística e com a criação de novas modalidades. Pelo contato entre línguas pode haver uma mudança em direção a uma língua ou a outra. Nesse contexto freqüentemente ocorre interferência ou transferência e convergência, quando uma dada língua apresenta indícios de assimilação da outra língua em contato, afastando-se do seu uso standard ou norma culta. A interferência gera estruturas agramaticais, ao passo que na convergência há a influência da língua B sobre a A, contudo aqui não se geram resultados agramaticais. É importante saber distinguir quando a interferência atua no nível da fala (fenômenos mais individuais, não sistematizados) ou da língua (fenômenos sistemáticos, regulares e coletivos), e qual o nível de língua (fônico, gramatical ou léxico) e o tipo de língua que contacta. Na maioria das vezes a interferência ocorre sem que os falantes sejam conscientes de que se trata de um termo estrangeiro. É patente o fato de que nem todas as pessoas têm acesso a todas as variedades lingüísticas e/ou conteúdos (GNERRE, 1998).
	Somente uma parte dos integrantes das sociedades complexas, por exemplo, tem acesso a uma variedade culta ou padrão, considerada geralmente a língua e associada tipicamente a conteúdos de prestígio. A língua padrão é um sistema comunicativo ao alcance de uma parte reduzida dos integrantes de uma comunidade; é um sistema associado a um patrimônio cultural apresentado como um corpus definido de valores, fixados na tradição escrita. Uma variedade lingüística vale o que valem na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais.
 	Gnerre refere-se à origem da associação de uma determinada variedade lingüística à escrita como forma de transmissão de informações de natureza política e cultural, exemplificando com as línguas européias, cuja associação com a escrita cumpriu um caráter político surgindo nas cortes, nos ambientes jurídicos, bem como associando-se à tradição gramatical greco-latina. O autor explica o processo de “legitimação” “o processo de dar ‘idoneidade’ ou ‘dignidade’ a uma ordem de natureza política, para que seja reconhecida e aceita” (HABERMAS, 1976, apud GNERRE, 1998, p.8). Assim, a variedade lingüística selecionada passa a representar algo superior, crucial para representar a identidade nacional e local transmissora de uma tradição cultural.
Citando M. Bakhtin e V. Volóshinnov, observa o autor o caráter conservador do código lingüístico aceito oficialmente e que se diz neutro e superior:
a)- a afirmação da língua como algo estável e imutável, submetido a uma norma;
b)- o princípio de que os fatos lingüísticos não veiculam valores ideológicos;
c)- os atos individuais de fala como deformações das formas normativas e outras afirmações.
Em nome da terceira afirmação discrimina-se o falante que não domina totalmente ou não tem acesso ao código lingüístico legal. Desse modo, a pronúncia é sempre uma marca regional ou social, objeto de estigmatização, por não ter sido “apagada” pela instrução.
	Afirma Gnerre que a língua presente nas gramáticas é um produto elaborado cuja função é impor-secomo norma sobre a diversidade. Cita Duarte Nunes de Leão, que assim se expressa na “Origem da Língua Portuguesa (1606): “E por a muita semelhança que a nossa língua tem com ella (a latina) e que He a maior que nehua língua tem com outra, & tal que em muitas palavras & períodos fallar, que sejão juntamente latinos & portugueses.”
	Á norma lingüística de cada grupo social, ou seja, a manifestação lingüística comum a todos em um dado grupo e que é veículo de valores socioculturais. Expressa-se o autor: 
Assim, numa sociedade diversificada e estratificada como a brasileira, haverá inúmeras normas lingüísticas como, por exemplo, a norma característica de comunidades rurais tradicionais, aquela de comunidades rurais de determinada ascendência étnica, a norma característica de grupos juvenis urbanos, a(s) norma(s) característica(s) de populações das periferias urbanas, a norma informal da classe média urbana e assim por diante.(...) Como a respectiva norma é fator de identificação do grupo, podemos afirmar que o senso de pertencimento inclui o uso da forma de falar característica das práticas e expectativas lingüísticas do grupo. Nesse sentido, a norma, qualquer que seja, não pode ser compreendida apenas como um conjunto de formas lingüísicas; ela é também (e principalmente) um agregado de valores socioculturais articulados com aquelas formas (FARACO apud BAGNO, 2002, p.38-9).
Pensamento de durkhein sobre linguagem 
Expõem agora o pensamento de Durkheim, onde comenta que no fim do século XIX, surgiram os primeiros sinais de descontentamento com a gramática tradicional. Por meio de métodos científicos, os comparativistas passaram a estudar a história das línguas e suas derivações deslocando-se das preocupações normativas. Só no começo do século XX é que a Lingüística ganha autonomia com as idéias de Ferdinand de Saussure, um estruturalista influenciado pela sociologia de Durkheim.
	Há uma tensão presente na teoria de Durkheim entre indivíduo e sociedade onde ele não assume que o indivíduo seja totalmente submetido aos fatos sociais (à linguagem, no caso), que deva aceitá-los por serem impostos de forma coercitiva. Durkheim defende a existência do ator social que possui uma certa consciência dos fenômenos sociais e é agente no funcionamento da sociedade. Assim, a idéia de “coação” presente na noção de fato social de Durkheim não impede que a vida social seja “tanto ‘coercitiva’ quanto ‘espontânea’” (DURKHEIM, 1978).	
A consciência pública, pela vigilância que exerce sobre a conduta dos cidadãos.........reprime todo ato que a ofende................não estou obrigado a falar o mesmo idioma que meus compatriotas, nem a empregar as moedas legais, me é impossível agir de outra maneira (pg2)............a maioria de nossas idéias e tendências não são elaboradas por nós (pg 3)............crenças, tendências, práticas do grupo tomadas coletivamente é que constituem fatos sociais (pg 6)............. o fato social é reconhecível pelo poder de coerção externa que exerce ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos (pg 8)...............É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter (DURKHEIM, 1978, p.11).
	
	Gumpers trabalhou com a escolha da linguagem que o indivíduo faz de acordo com os fatores sociais: linguagem pessoal, transacional; linguagem do poder e da solidariedade etc. De Meillet, temos a proposta de fundar uma Lingüística Geral de base sociológica, para ele, a ‘História das línguas é inseparável da história da cultura e da sociedade, as línguas não existem fora dos sujeitos que a falam e de Emile Durkheim, a relação entre Sociologia e Lingüística.
	Refletir sobre o uso da linguagem constitui o primeiro passo para que preconceitos sejam derrubados e para que se forme a consciência crítica do indivíduo, que tem a chance de revisitar o próprio pensamento. Essa concepção, que consiste na observação prévia da linguagem para melhor compreende-la e só assim aplicar a sistemática, o que constitui um valor fundamental, no que diz respeito ao patrimônio sociocultural dos educandos, colocando o educador na posição de mediador, que busca em seu trabalho, desenvolver outras possibilidades de utilização da língua, não como algo destinado a castrar a liberdade dos indivíduos, mas sim, dar-lhes liberdade de abstrair da linguagem o necessário para os diferentes usos.
Ele não se encontre em face de uma tabula rasa, sôbre (sic) a qual poderia edificar o que quisesse, mas diante de realidades que não podem ser criadas, destruídas ou transformadas à vontade. Não podemos agir sôbre (sic) ela senão na medida em que aprendemos a conhecê-las, em que sabemos qual é a sua natureza e quais as condições de que dependem; e não poderemos chegar a conhecê-las, se não nos pusermos a estudá-las, pela observação, como o físico estuda a matéria inanimada, e o biologista, os corpos vivos (DURKHEIM, 1967, p. 37).
Para Durkheim, o homem que a educação deve realizar, em cada um de nós, não é o homem que a natureza fez, mas o homem que a sociedade quer que ele seja, e ela o quer conforme o reclame a sua economia interna, o seu equilíbrio. A prática educacional é muito anterior ao pensamento pedagógico. O pensamento pedagógico surge com a reflexão sobre a prática da educação e necessidade de esquematizá-la em função de determinados fins e objetos. O educador deve dedicar-se a formação de uma humanidade melhor, trabalhando cidadania, e estabelecendo ensino de qualidade.
	Os problemas da filosofia da linguagem adquiriram, recentemente, uma atualidade e uma importância excepcionais para o marxismo. Na maioria dos setores mais importantes de seu desenvolvimento científico, o método marxista vai diretamente de encontro a esses problemas e não pode avançar de maneira eficaz sem submetê-los a um exame específico e encontrar-lhes uma solução (BAKHTIN, 1995).
Mikhail Bakhtin e o Marxismo 
	Bakhtin ressalta que a consciência individual não é o arquiteto das superestruturas ideológicas, mas apenas um dos inquilinos da edificação social dos signos ideológicos. Por conseqüência, a materialização da comunicação obedece a uma idéia na qual o “todo será sempre maior do que a soma das partes associadas”. E nesta filosofia de linguagem, a palavra será a protagonista, o fenômeno ideológico por excelência. O material privilegiado da comunicação na vida cotidiana é a palavra. A palavra acompanha e comenta todo ato ideológico, ela está presente em todos os atos de compreensão e em todos os atos de interpretação (BAKHTIN, 1995).
	Bakhtin coloca, em primeiro lugar, a questão dos dados reais da lingüística, da natureza real dos fatos da língua. A língua é, como para Saussure, um fato social, cuja existência se funda nas necessidades da comunicação. Mas, ao contrário da lingüística unificante de Saussure e de seus herdeiros, que faz da língua um objeto abstrato ideal, que se consagra a ela como sistema sincrônico homogêneo e rejeita suas manifestações (a fala) individuais, Bakhtin, por sua vez, valoriza justamente a fala, a enunciação, e afirma sua natureza social, não individual: a fala está indissoluvelmente ligada às condições da comunicação, que, por sua vez, estão sempre ligadas às estruturas sociais (YAGUELLO, 1981).
	Se a fala é o motor das transformações lingüísticas, ela não concerne os indivíduos; com efeito, a palavra é a arena onde se confrontam aos valores sociais contraditórios; os conflitos da língua refletem os conflitos de classe no interior mesmo do sistema: comunidade semiótica e classe social não se recobrem. A comunicação verbal, inseparável das outras formas de comunicação, implica conflitos, relações de dominação e de resistência, adaptação ou resistência à hierarquia, utilização da língua pela classe dominante para reforçarseu poder etc. Na medida em que às diferenças de classe correspondem diferenças de registro ou mesmo de sistema (assim, a língua sagrada dos padres, o "terrorismo verbal" da classe culta etc.), esta relação fica ainda mais evidente; mas Bakhtin se interessa, primeiramente, pelos conflitos no interior de um mesmo sistema. Todo signo é ideológico; a ideologia é um reflexo das estruturas sociais; assim, toda modificação da ideologia encadeia uma modificação da língua. 	A evolução da língua obedece a uma dinâmica positivamente conotada, ao contrário do que afirma a concepção saussuriana. A variação é inerente à língua e reflete variações sociais; se, efetivamente, a evolução, por um lado, obedece a leis internas (reconstrução analógica, economia), ela é, sobretudo, regida por leis externas, de natureza social. O signo dialético, dinâmico, vivo, opõe-se ao "sinal" inerte que advém da análise da língua como sistema sincrônico abstrato. É o que leva Bakhtin a atacar a noção de sincronia. E o surpreendente, é que Bakhtin não critica Saussure em nome da teoria marxista, largamente proclamada; ele o critica no interior do seu próprio domínio, isto é, encontra a falha no sistema de oposição língua/fala, sincronia/diacronia (BAKHTIN, 1995).
	Se a língua é determinada pela ideologia, a consciência, portanto o pensamento, a "atividade mental", que são condicionados pela linguagem, são modelados pela ideologia. Contudo, todas estas relações são inter-relações recíprocas, orientadas, é verdade, mas sem excluir uma contra-ação (YAGUELLO, 1981).
	A língua é um instrumento de dominação, que só existe na mente dos falantes. Ela não é utilizada em termos concretos, é uma abstração da realidade que só se concretiza através da fala. Por isso Saussure afirma que a língua é um sistema de signos, cuja essência é a união do sentido e da imagem acústica; “é um tesouro depositado pela prática da parole em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade” (SAUSSURE, 1975, p. 23), portanto, ela se apresenta como acervo linguístico.
	(…) A primeira coisa que surpreende quando se estudam os fatos da língua é que, para o indivíduo falante, a sucessão deles no tempo não existe: ele se acha diante de um estado. Também o lingüista deve fazer tábula rasa de tudo quanto produziu e ignorar a diacronia. Ele só pode penetrar na consciência dos indivíduos que falam suprimindo o passado. A intervenção da história apenas lhe falsearia o julgamento. Seria absurdo desenhar um panorama dos Alpes focalizando-o simultaneamente de vários picos do Jura; um panorama deve ser focalizado de um só ponto. O mesmo para a língua: não podemos descrevê-la nem fixar normas para o seu uso sem nos colocarmos num estado determinado (SAUSSURE, 1995).
O crescimento cultural de Cascavel
	O crescimento da cidade de Cascavel, nos anos de 1950, a cidade apresentou a nítida tendência a edificações as margens da Rodovia Estratégica, que se originando no leste, fazia um suave desvio em forma de meia-lua no sentido de Foz do Iguaçu. A espinha dorsal do corpo humano já estava composta, nascia o projeto e induzia facilmente a percepção da importância da rodovia. 
	No inicio de 1960, a cidade para chamar a atenção dos seus administradores quanto a necessidade de um plano de expansão da reorganização do centro da cidade. Uma década antes a cidade havia sofrido sua primeira reorganização, quando o patrimônio novo incorporado ao velho para dar continuidade aos loteamentos que por seu turno, era uma resposta à pressão populacional. A alteração gráfica da cidade nos anos de 1950 significou basicamente uma ampliação do perímetro urbano, contudo, as modificações que se processaram em 1960, durante a gestão do terceiro prefeito, Octalicio Mion, vieram imprimir elementos típicos das modernas urbanizações então em voga, condizentes com o crescimento e progresso das grandes cidades propunham os legisladores municipais (PIAIA, 2004).
	A cidade de Cascavel dos tempos pioneiros, assim considerando o período que antecede a municipalização, sofreu como as demais cidades oestinas, uma forte influência cultural dos contingentes de imigrantes sulistas, incluindo na linguagem coloquial. Contudo, estas influências não se deram em Cascavel de forma absoluta, mas antes foram atenuadas pelas levas de imigrantes de distintas regiões do país. A influência étnica no que concerne a grupos específicos foi diluída a favor de uma idéia gaúcha, embora as manifestações sócio-culturais da comunidade cascavelense tenham caminhado para uma expressão mais sincrética das diferentes características culturais trazidas pelos pioneiros, sendo que a essas características eram agregadas continuamente novas formas, manifestadas pela cultura não gaucha, ou seja, trazida por elementos de outros quadrantes da nação brasileira. (PIAIA, 2004).
	Em contraste com outras cidades do oeste paranaense, tais como Toledo, Missal, Marechal Cândido do Rondon, Céu Azul e outras, Cascavel escapava da ascendência de uma etnia preponderante (KLAUCK, 2002).
	As razões deste relativo cosmopolitismo estavam certamente ligadas a um fluxo migratório de origem mais diversa do que aquele comumente observando na região. Mas, esta razão não foi suficiente para aplicar a questão. É preciso compreender que este leque de influências não foi atomizado, o que poderia suscitar o nascimento de facções inter-étnicas decorrentes do contato de diferentes culturas. 
	Neste aspecto, duas razões devem ser consideradas: em primeiro lugar que a democracia para a posse da terra em Cascavel se refletiu também nas relações sociais e culturais, no sentido de que as pessoas que para ali se dirigiram foram menos afetadas por um ideal de comunidade que significasse a reprodução de um estilo de vida de seus lugares de origem, onde havia ainda a vantagem utópica de que o novo local poderia corrigir distorções e entraves das antigas comunidades, ou seja, possibilitando usufruir seus benefícios, manter intactas as tradições e transformar as relações sócio-culturais negativas, de modo que o antigo ambiente fosse transportado, mas sem seus traumas, e com as melhoras necessárias, pois caso o antigo ambiente estivesse livre de tais distorções e entraves, o próprio fluxo migratório deixaria de ter sentido. As pessoas não deixariam seus lugares, se perfeitos, a favor da aventura de um novo espaço cujas certezas eram mínimos, ao passo que a incógnitas se multiplicavam (PIAIA, 2004).
	Neste tempo, os descendentes de italianos e alemães já estavam participando mais ativamente da vida pública, especialmente dos novos lugares que brotavam das cidades que floresciam assinalando as bordas da expansão da fronteira. Estes euro brasileiros traziam consigo o fardo cultural de uma já longa tradição de adaptação as regiões sub-tropicias do território brasileiro, mas até então, seus espaços estavam confinados a produção agrária e a uma estrutura socioeconômica que lhes desse suporte. Foi nas novas regiões da colonização catarinense e do oeste paranaense que estes novos brasileiros puseram-se a frente não apenas dos processos de colonização, mas assumiram também as rédeas da vida pública, como bem demonstra a grande participação de políticos de origem européia na condução político-administrativa das cidades catarinenses. � (PADIS, 1981).
	Foi no século XX que uma assimilação recíproca de antigos costumes pampeiros como novos hábitos de origem européia consolidaram um novo gaúcho; na contrapartida da troca, os imigrantes europeus logo observaram o gosto pelo churrasco, sem abrir mão da carne de porco e de aves, alem de assimilar também o jeito de falar.
	Entre as cidades oestinas, Cascavel, não estava suscetível a qualquer padrão de codificação étnico-cultural previamente estabelecido. Cascavel seu tornou rapidamente no portal de entrada das populações de diferentes origens; a busca de novos espaços econômicos, o declínio das oportunidades em sua origem, o atrativo singular das terras devolutas, a necessidade premente de realização pessoal e a ânsiapela mobilidade social (PIAIA, 2004).
METODOLOGIA
	Neste item está descrito o tipo e o método de pesquisa, a coleta e o tratamento dos dados, a limitação e a delimitação do estudo utilizado para alcançar os objetivos propostos.
	Este estudo é de tipo exploratório descritivo, pois aborda também quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos, objetivando o seu funcionamento no presente.
	Gil (2000) define pesquisa exploratória como, pesquisa que tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer, modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos.
	 A Abordagem qualitativa segundo Gil (2000) vem a reconhecer a importância da experiência social do sujeito, considera importante conhecer o modo de vida do sujeito, o que pressupõe o conhecimento de sua experiência social. 
	O assunto pesquisado delimitou-se somente sobre a identificação e compreensão da diversidade lingüística. 
	Esta é uma pesquisa bibliográfica, pois serão utilizados dados que já se encontram disponíveis, pois já foram objeto de estudo e análise (livros, teses, CDs, etc.). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	À falácia do monolinguismo brasileiro corresponde a falácia da homogeneidade lingüística no Brasil. Do mesmo modo como se ignoram e rechaçam as vertentes lingüísticas do tupi, praticadas por milhares de índios, também são desprezadas e estigmatizadas as variedades lingüísticas dos segmentos sociais desprestigiados no Brasil e no interior do país como é o caso na cidade de Cascavel-PR. 
	A hegemonia lingüística de uma elite historicamente imposta e dominante mantém-se de forma lamentável, danosa e perigosa na atualidade, uma vez que tem um princípio excludente em relação à maioria populacional, o que se converte em ameaça à segurança e desenvolvimento do Brasil. A imposição injusta, covarde e incoerente de um padrão lingüístico arcaico, baseado no Português de Portugal e abstrato uma vez que idealizado, corrobora para perpetuar a exclusão de milhares de brasileiros que mal têm acesso às condições mínimas de sobrevivência e, muito menos, à aprendizagem de um padrão idealizado, distinto de sua fala.
É importante ainda lembrar (v. BAGNO, 2002) que os textos representativos do português lusitano prescritos pela Gramática Normativa no ensino brasileiro atual baseiam-se na variedade resultante das alterações na língua de Portugal, em meados do século XVIII, que o transformaram no português moderno. Seria, portanto, mais coerente tomar-se, no Brasil, como padrão lingüístico o português clássico, que está mais próximo da variedade culta brasileira, por ter sido a língua da colonização, uma das bases de formação da variedade brasileira. Para confirmar essa informação, v. Pagotto (1998), que analisou as Constituições brasileiras do Império (1824) e da República (1891) constatando que a primeira está escrita em português clássico e a segunda no novo padrão lingüístico. 
As principais categorias propostas por Durkheim são a totalidade, expressa pela sociedade, o tempo e o espaço. As representações são sempre produto da ação coletiva. A linguagem é a linguagem do grupo.
	Contrariamente, em vez de combater tal preconceito, a ideologia da gramática tradicional reflete e conserva a visão de uma elite brasileira que nela se esteia desde o período colonial para perpetuar seu domínio (v. LUCCHESI, 2002).
	Essa postura excludente, atestada pela Sociologia e pela Sociolingüística constitui-se, hoje, em um dos fatores diretos que corroboram com a violência no País, já que, por não terem escolaridade completa, os que evadem da escola são preteridos e marginalizados no mercado de trabalho, o que leva grande parte à criminalidade. Em um país cuja distribuição de renda é uma das mais desiguais do Planeta. Comparem-se esses dados ao domínio de um padrão culto restrito a uma elite e se perceberá que a língua é mais um componente desagregador das classes sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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YAGUELLO, Marina, Marxismo e Filosofia da Linguagem. Problemas fundamentais do Método Sociológico na Ciência da Linguagem. 2ª ed. São Paulo, Editora: HUCITEC, 1981.
� Acadêmico do curso de Pós-graduação Stricto Sensu em Letras – nível de Mestrado Área de concentração emlinguagem e sociedade, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, campus Cascavel, (aluno especial).
� Professor orientador. 
�Padis (1981) aponta que nas eleições municipais de 1968, 21 das 24 cidades do oeste catarinense elegeram prefeitos gaúchos. Padis costuma designar como gaúchos os imigrantes oriundos do Rio Grande do Sul, independente do seu perfil étnico. (Padis,1981,, p. 156).

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