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“OBSERVAÇÃO DE UMA CRIANÇA ENTRE DOIS E SEIS ANOS”. ARARAQUARA 2016 “OBSERVAÇÃO DE UMA CRIANÇA ENTRE DOIS E SEIS ANOS”. vivência de uma situação de observação de uma criança na faixa etária entre zero a doze anos, em um “ambiente natural” onde essa atividade prática é parte dos requesitos do curso de Psicologia sob a orientação da profª.. ARARAQUARA 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 4 2. OBJETIVOS ................................................................................................. 6 3. METODOLOGIA............................................................................................ 6 4. RESULTADOS ............................................................................................. 7 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................ 13 6. CONCLUSÃO ............................................................................................. 14 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 16 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho surgiu da prática de observação de crianças na faixa etária de dois e seis anos realizando diversas atividades em ambiente livre e sendo supervisionadas por seus cuidadores. Observaram-se as seguintes e principais características do desenvolvimento infantil: Aspecto físico, perceptual, cognitivo, linguagem, personalidade e social. A fase em questão, a segunda infância, também pode ser chamada de estágio pré-operacional, esta categoria envolve todos os infantes que possuem de 2 até 7 anos de idade. A segunda infância é um termo especificado por Jean Piaget (1896-1980), nessa etapa há um grande avanço no desenvolvimento cognitivo e físico, há vários aspectos que podem ser citados em questão do crescimento de um infante, permitindo que o mesmo tornem-se, aos poucos, pessoas com hábitos mais sofisticados, sabendo sobre o pensamento simbólico das coisas, associando-as aos seus significados, entre outras características que podem ser citadas nesta fase da vida. Pode-se considerar este período da vida como a fase mais saudável e uma das mais importantes para o desenvolvimento da criança, tanto seu físico, quanto sua capacidade cognitiva. O egocentrismo é visualizado pelo aparecimento do “animismo” e a “irreversibilidade”. O animismo caracteriza-se pela tendência da criança de dar vida, animar objetos, astros da natureza e os próprios componentes da natureza em geral. Habitualmente aparece um solzinho ou uma casa desenhada, portando um par de olhos, boca, nariz... Podemos observar também sua manifestação quando algum objeto machuca a criança e esta passa a culpá-lo pelo seu feito. Na irreversibilidade a criança não consegue reverter às operações que realizou ao começo para comprovar o seu raciocínio. Ex: Uma menina pode nos dizer que tem uma irmã, mas negará que sua irmã tambem tem uma irmã. A respeito da linguagem no período simbólico as classes são intuitivas, portanto, inacabadas. Um bebê que combinou os esquemas de olhar, pegar, sentir a lisura do pêlo e a agudeza das garras de um gato, que ouviu o som “miau”, pode interiorizar estas ações na forma de imagem ou esboço do real. Porém, quando disser “miau”, refere-se apenas ao gato com o qual realizou a exploração ativa, e não a qualquer gato. No desenvolvimento social, a criança, neste período, está em processo de formação da consciência moral. O controle externo é substituído gradativamente pelo autocontrole. 2. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivos principais: Promover o contato do aluno com crianças de zero a doze anos através da técnica de observação permitindo que compreenda as dificuldades envolvidas na observação e no estudo de crianças. 3. METODOLOGIA População ou Amostragem: Um menino; com idade entre quatro e cinco anos. Procedimento: De vinte a trinta minutos de observação em ambiente natural, atividades livres e supervisionadas pelos cuidadores. 4. RESULTADOS Antes da aula, ele debocha de uma amiga dizendo que ela parece uma lagartixa. A criança brinca com alguns lápis e borracha. É apresentada a nova professora. Entra uma menina na sala de aula, ele fala com o amigo do lado sobre ela. A professora fala sobre um evento e ele dá sugestões. Ludicamente brinca com o lápis como se fosse um microfone. Brinca e dialoga com as outras crianças. Lembra de assuntos já vistos quando a professora faz perguntas. Comemora por ter respondido corretamente a professora. Canta com alguns colegas. Ele questiona a professora em relação ao que está sendo ensinado. Usa a imaginação e faz perguntas inocentes, por exemplo, se havia “faxineira” na Arca de Noé. Conta quantos alunos há na sala enquanto a professora distribui o material. Interage com um amigo como se fossem super-heróis. Fala com um amigo que a atividade está muito fácil. Demonstra facilidade ao colorir e realizar as atividades. Diz para o amigo que a atividade “está muito fácil”. Caracteriza o desenho da amiga como “feio”. Brinca com uma massinha verde e associa a uma árvore. Mostra o produto da sua massinha e a professora elogia. 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Quadro 1, Discussão dos dados coletados. Desenvolvimento Menino Aspecto Fisíco Altura semelhante aos demais e semblante alegre. Perceptual De fácil distração porém com necessidade de estimulação do pensamento lógico, com diversas perguntas a professora. Cognitivo Pensamento simbólico avançado, tipificação sexual, bastante curiosidade intelectual e egocêntrista. Linguagem Organização temporal da fala (passado, presente e futuro), Uso dos pronomes pessoais (e.g. eu, você, etc). Personalidade e Social Extrovertido,agitado,brincalhão,amigavel e comunicativo. 6. CONCLUSÃO O estudo nos ajudou no recém-ingresso e estudo do desenvolvimento humano específico, geral das teorias e abordagens do desenvolvimento infântil. Notamos que a criança ao ser observada teve uma reação esperada durante a segunda infancia, com um aspecto particular de liderança dentre os demais. Percebemos que ele procurava ficar perto das crianças do mesmo sexo e demonstrava uma certa curiosidade nas do sexo oposto. Sempre atento a sua cuidadora e demonstrando interesse no que estava sendo ensinado no momento. Suas capacidades cognitivas de compreensão e uso da linguagem estavam bem desenvolvidas, facilitando a interação tanto com os cuidadores quanto com outras crianças. BIBLIOGRAFIA BOYD,D. A Criança em Crescimento. Porto Alegre: Artmed, 2011. RAPPAPORT, C. R.; FIORI, W. R.; DAVIS, C. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: EPU, 1981. 5 10 15. PAPALIA, E.D. & OLDS, S.W. Desenvolvimento Humano. – 8ª. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2006. Disponível em:< http://mundodoabc.com.br/index.php/blog/69-fases-do-desenvolvimento-infantil-0-a-6-anos>. Acesso em: 05 abril. 2016.
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