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Prática como Componente Curricular (PCC) Curso: Bacharelado em Educação Física EAD Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Código da disciplina: CEL0241 Título do Relatório: Desenvolvimento e Aprendizagem de Crianças, Adolescentes e Jovens Discente: Marcelo Williams Campos Monteiro Matricula: 201907204491 Data: 02/06/2020 Touros – RN 2020 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Atividade acadêmica apresentado ao Curso EAD de Educação Física da Faculdade Estácio de Sá para requisito de prática como componente curricular, na disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. OBJETIVOS Reconhecer nos sujeitos os aspectos do desenvolvimento cognitivo, psicomotor, emocional e social; Construir uma análise crítica das observações realizadas com base nas diferentes teorias do desenvolvimento e da aprendizagem. INTRODUÇÃO Abordaremos aqui uma caracterização da criança em idade escolar, possibilitando ao pesquisador uma maior compreensão do desenvolvimento infantil. Conhecer as características de cada etapa do desenvolvimento pode evitar que, ao lidar com estudantes, exijamos habilidades cognitivas, emocionais ou sociais, para as quais eles ainda não estão preparados. As teorias do desenvolvimento consideram que o comportamento é fruto tanto de características hereditárias quanto de outras aprendidas no meio em que estamos inseridos. Entre tanto, algumas dessas teorias divergem quanto a parcela de influência de cada uma destas fontes. Este estudo tem por objetivo refletir sobre diferentes posições teóricas na vertente interacionista, de modo a compreender como cada uma encara o papel social, enquanto condição que facilita e determina a apropriação e superação do conhecimento socialmente disponível. Touros/RN 2020 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO Sujeito (a) da Observação: Melina da Câmara Idade: 4 anos Data: 03, 04, 05 de Março de 2020 Inicio: 07h. Término: 10h. Escolaridade: Educação Infantil, Nível II. Local da Observação: Centro Educacional Lápis na Mão Primeiro dia de observação: Melina chegou cedo à escola e já passou para a sala de aula. Na sala a turma tem a rotina certa, a professora incentiva a autonomia pedindo para cada um guardar seu material e pegar o suco e frutas para colocar na geladeira para o lanche mais tarde (que é trazido de casa). A professora iniciou a rodinha de forma lúdica, com músicas e brincadeiras e Melina participou cantando junto; a professora começou a roda de conversa sobre hábitos de higiene, deixando todos que quisessem opinar ter sua vez, Melina muito comportada sempre esperava a sua vez para falar. Em seguida, foram levados para a sala de vídeo onde assistiram um vídeo falando sobre higiene; Melina novamente apresentou um ótimo comportamento prestando total atenção no filme. Voltaram para sala, foi dada uma atividade para pintar somente o que usamos na nossa higiene, Melina fez com interesse e facilidade, querendo ajudar os colegas com dificuldade. Segundo dia de observação: Hoje pude acompanhar a turma a partir da hora do lanche, a turma vai ao banheiro lavar as mãos um por vez, acompanhado da professora, que logo em seguida pega todos os lanches na geladeira e coloca sobre a mesa e cada um pega o seu lanche com bastante autonomia. Assim que acabam pegam sua escova de dente e vão para o banheiro realizar a sua higiene. Melina fica bem calma por sua vez. Logo em seguida eles vão para a brinquedoteca realizar uma atividade dirigida, a professora organiza uma pista de carrinho para observar o deslocamento de cada aluno em puxar o carrinho pelo caminho e organizado que eram dois um (curto e longo) e um por um, modificando a ordem do caminho, pede para os alunos passar por eles. Melina realizado o seu caminho com bastante alegria e atenção no que a professora vai explicando. Terceiro dia de observação: Acompanhei novamente Melina na hora da entrada, Melina estava com sua mãe na sala de aula. Quando o sinal tocou, ela não quis entrar alegando que estava com saudade da sua amiguinha que não estava indo para escola pois estava doente. Depois de um tempo a professora a convenceu a entrar e explicou que sua amiguinha estava melhorando e logo estaria de volta à escola, Melina guardou seu material e retirou seu lanche da bolsa e entregou a professora, sentou no tapete para participar da rodinha. A professora fez uma brincadeira de reconhecer o número apresentado no dia (número sete), Melina participar das atividades com bastante interesse. Logo em seguida, eles tiveram Educação Física onde fizeram um percurso com obstáculos e ela participou normalmente, sendo chamado atenção algumas vezes para esperar sua vez, pois estava muito ansiosa. 1- Desenvolvimento físico motor: Melina é uma criança saudável com aproximadamente 1 metro de altura, tem pele branca, olhos castanhos claros e cabelos cacheados. Possui um bom desenvolvimento psicomotor, consegue segurar com firmeza e faz uso do lápis de forma correta pintando de forma satisfatória os desenhos. Caminha, corre, pula de forma equilibrada e fez o percurso de proposto pela professora corretamente. 2- Cognição e Aprendizagem Escolar: Melina é uma criança, esperta e prestativa. Bem calma, compreende os comandos dados pela professora e combinados da turma. A aluna já escreve todo o seu nome com o apoio do crachá, reconhece as vogais, os nomes dos colegas e os números até 10. Aparenta ter a parte cognitiva em perfeito funcionamento e possui linguagem apropriada para idade. Tem interesse em bonecas super-heróis próprio para sua idade. Tem uma concentração ótima, que e exemplar para absorção dos conteúdos. 3- Desenvolvimento Social: Melina tem uma ótima relação com a turma e é bastante amorosa e carinhosa com a professora. É comunicativa, participa das atividades com entusiasmos e é muito prestativa. Gosta de brincar com umas colegas especificas, as vezes se desentende com suas amigas que querem brincar com outros colegas. 4- Desenvolvimento Emocional: Aparenta ter um desenvolvimento emocional compatível com sua idade. É uma criança alegre e bem cuidada. E muito alegre na hora de ir para casa, pois sabe que seu pai buscá- la. Análise das situações observadas com base nas teorias de desenvolvimento: PIAGET As respostas as questões sobre a natureza da aprendizagem de Piaget dadas a partir de sua epistemologia genética, na qual o conhecimento se constrói pouco a pouco, à medida que as estruturas mentais e cognitivas se organizam, de acordo com os estágios de desenvolvimento da inteligência. A inteligência é antes de tudo adaptação. Esta característica se refere ao equilíbrio entre organismo e o meio que resulta de uma interação entre assimilação e acomodação, que são os motores da aprendizagem. A adaptação intelectual ocorre quando há o equilíbrio de ambas. Com base nesta teoria, Melina encontra-se no estágio das operações concretas, esta estrutura (equilibrada) se acha aperfeiçoada: o que a criançateria adquirido no nível da ação, ela vai aprender a fazer em pensamento. Procede de uma fase de preparação entre 2 a 7 anos e se equilibra entre 7 e 11 anos. FR EUD Um segundo pressuposto básico é o de que a personalidade tem uma estrutura que se desenvolve com o passar do tempo. Freud propôs três partes da personalidade: o id, que é a fonte da libido; o ego, um elemento muito mais consciente, o “executivo” da personalidade; e o superego que é o centro da consciência e da moralidade, uma vez que ele incorpora normas em censuras da família e da sociedade. Na teoria de Freud essas três partes não estão todas presentes no nascimento. O bebê e a criança pequena são totalmente id – instinto e desejo, sem influencia repressora do ego ou do superego. O ego começa a se desenvolver nas idades de 2 a aproximadamente 4 ou 5 anos, quando A criança aprende a adaptar suas estratégias de gratificação instantânea. Finalmente, o superego começa a se desenvolver exatamente antes da idade escolar, quando a criança incorpora os valores e as tradições culturais dos pais. Freud acreditava que os estágios do desenvolvimento da personalidade eram fortemente influenciados pelo amadurecimento. Em cada um dos cincos estágios psicossexuais de Freud (estágios do desenvolvimento da personalidade sugerido por Freud, consistindo dos estágios oral, anal, fálico, de latência e genital. Com base nesta teoria, Melina encontra-se no estágio fálico, entre 4-5 anos, neste estágio a criança começa a ter a percepção dos gêneros, masculino (pai) e feminino (mãe). VYGOTSKY Na teoria interacionista desenvolvida por Vygotsky, o conhecimento é, antes de tudo, impulsionado pelo desenvolvimento da linguagem no ser humano. Sua teoria também considera que a interação entre o indivíduo e o meio em que ele está inserido são essências ao processo de aprendizagem, inclusive, entra em acordo com as etapas do desenvolvimento propostas por Jean Piaget na teoria construtivista. Entretanto, para Vygotsky, é o próprio movimento de aprender e buscar conhecimento que irá gerar aprendizagem efetiva. Este processo deve ocorrer de fora para dentro, ou seja, do meio social para o indivíduo. Segundo Vygotsky, a intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Ao formular o conceito de Zona de Conhecimento Proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, “puxando” de lá um novo conhecimento. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume a aquisição de habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança. Assim, por exemplo, com o domínio da escrita, o aluno adquire também capacidades de reflexão e controle do próprio funcionamento psicológico. WAL LON A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, “o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para atualizar” (Dantas, 1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa. O estudo de Wallon é centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é descontinuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças nas anteriores. Nesse sentido, a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança. Conflitos se instalam nesse processo e são origem exógena quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura e endógenos e quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa (Galvão, 1995). Segundo esta teoria Melina está no estágio Personalismo, que ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas. CONCLUSÃO Nesta pesquisa foi possível observar que o desenvolvimento é algo continuo no ser humano e depende do contexto para que possa ser favorável ou não. Diversos aspectos são comuns a muitas pessoas que possibilita trabalhos focais, envolvendo-os. Outros são específicos, frutos de condições da própria pessoas (a presença de algum tipo de deficiência) ou, ainda, frutos de condições sociais e/ou culturais. Em qualquer dos casos, o professor precisa estar atento para poder compreender e contribuir com o desenvolvimento dos seus estudantes. REFER ÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PIAGET, J. A construção do real na criança. Rio de Janeiro; Zahar, 1960. SHAFFER, D. R. Psicologia do desenvolvimento: infância e adolescência. São Paulo: Pioneira Thomson, 2005. VYGOTSKY, L. S. et a l. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Icone/ ED US P, 1988. CARRARO, PATRÍCIA ROSSI – Livro didático - Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. 1ª edição, SESES, Rio de Janeiro, 2015.
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