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PRÁTICAS INTEGRADORAS ISABEL BUENO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CURSO: Licenciatura em Pedagogia.
COMPONENTE CURRICULAR: Pesquisa e Prática Profissional – Espaços não escolares.
TUTOR LOCAL: João Gabriel Corrêa de Mello.
ALUNAS: Ana Angélica Venâncio Barbosa – RU: 955591, Jucelene Aparecida Manoel – RU: 728465, Isabel Cristina Bueno – RU: 949030.
REALIZAÇÃO DA PROPOSTA PARA UMA PRÁTICA INTEGRADORA
Ao se falar de educação integral não significa se falar em uma educação que seja realizada de forma integral na escola, mas sim, partindo da ideia de que o ser humano se constitui em um sujeito total e integral, ou seja, se constitui em um sujeito dotado tanto de conhecimento, cultura e valores, como também de ética e identidade, bem como de memória e imaginação, o que leva a entender que a educação possui o papel de dar conta de todas essas dimensões do ser humano.
Essa ideia se encontra explícita na LDB, em seu artigo 2º quando revela que 
Isso aparece até mesmo na LDB, em seu artigo segundo, quando expressa a educação se constitui em um dever da família e do Estado, estando inspirada em princípios de liberdade e em ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do aluno, preparando-o para o exercício da cidadania e para a qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996).
Neste contexto, o que se percebe é que é dever da educação a realização de um ensino que garanta o pleno desenvolvimento dos alunos, o que não significa somente ensinar conteúdos na escola, mas também, estabelecer relações entre todos os conteúdos ensinados em sala de aula com a vida cotidiana dos alunos, o que significa que dessa forma os alunos estarão tendo uma educação integral. 
No que se refere à educação de tempo integral, pode-se dizer que em parte ela pode até coincidir com essa ideia, visto que para alcançar essa formação integral, necessita de um tempo mais longo, o que não significa necessariamente ficar mais tempo na escola, e sim, mais tempo para o desenvolvimento de um trabalho educacional, considerando que a educação acontece tanto no trabalho e na família, como também no convívio dos alunos, pois não se educa apenas as crianças e os adolescentes, mas também os jovens, os quais se encontram em processo de transformação e precisam ser orientados. É preciso ter em mente que esse processo de formação humana não acontece somente na escola, e sim, em todos os lugares onde os alunos se encontram.
Partindo dessa linha de entendimento, nota-se que ao pensar nessa formação integral do sujeito, o educador precisa enfatizar a relevância da realização de um trabalho voltado às práticas integradoras na escola, estabelecendo assim um maior diálogo entre as diferentes disciplinas trabalhadas com os alunos, levando-os ao desenvolvimento de maior reflexão dos inúmeros conteúdos aprendidos, contudo percebendo a utilidade dos mesmos em seu dia a dia.
Para a realização de práticas integradoras na escola existe a necessidade de o educador entender que o processo de formação do sujeito acontece tanto dentro como fora da escola, o que leva a entender a importância de um trabalho articulado na escola, envolvendo assim as mais diferentes disciplinas do currículo, a fim de contribuir com a formação integral dos alunos.
Os autores Farfus (2012) e Rodrigues (2015), estudando as ideias de Delors, entendem a relevância dos quatro pilares da educação para o século XXI, explicando que os mesmos exercem fortes implicações na prática educativa do educador. São eles:
Aprender a conhecer: os alunos precisam ter prazer para aprender, pois para compreenderem os conteúdos ensinados em sala de aula, construindo e reconstruindo seus conhecimentos, eles precisam ter interesse pelas aulas, o que indica a necessidade de o educador instigar sua curiosidade e proporcionar momentos de reflexão, a fim de que despertem esse prazer para conhecer, para construir novos conhecimentos, pois ao construí-los, os alunos passam a conhecer e entender o mundo em que se encontram.
Aprender a fazer: não basta que os alunos aprendam os conteúdos, mas sim, que aprendam a fazer, a colocá-los em prática, percebendo sua utilidade em seu dia a dia, adquirindo a capacidade de superar os conflitos e desafios que a sociedade lhe apresenta, e acima de tudo, entendendo as mudanças e acompanhando-as. Lembrando que para aprender a fazer os alunos precisam antes de tudo desenvolver habilidades e competências para isso, como atitudes de cooperação, valores e princípios morais e éticos, humildade, dentre outros.
Aprender a conviver: além de conhecer e fazer, os alunos precisam aprender a conviver uns com os outros, aceitando e respeitando as diferenças, bem como aprendendo a lidar com conflitos, além de participar de projetos comuns, o que atualmente se constitui em um grande desafio ao educador, visto que os alunos geralmente são individualistas demais.
Aprender a ser: se constitui no pilar mais importante, pois integra os demais, isto é, entende-se que a educação precisa considerar a formação integral dos alunos, considerando-os enquanto sujeitos totais, considerando assim todas as suas possibilidades de aprendizagem e suas potencialidades, isto é, ao educador precisa realizar uma prática que capaz de contribuir com o desenvolvimento da sensibilidade dos alunos, ensinando conceitos éticos, estéticos, bem como favorecendo o desenvolvimento do espírito crítico, da responsabilidade pessoal, da autonomia, da criatividade e até mesmo da espiritualidade.
Tais pilares trazem inúmeras contribuições para a realização de uma educação integral e integradora de saberes na escola, o que consequentemente favorece a formação holística dos alunos, isto é, traz ainda contribuições no sentido de ensinar os alunos a desenvolver o seu pensamento, bem como sua comunicação, além de trazer contribuições para o raciocínio lógico dos alunos, os quais aprendem a elaborar sínteses e realizar relaborações teóricas. 
Os pilares ainda contribuem para o desenvolvimento da independência e da autonomia dos alunos, visto que eles passam a desenvolver socialmente maiores competências.
Muitos temas podem e precisam ser trabalhados em práticas integradoras na escola como, por exemplo, o meio ambiente, atitudes de caridade, respeito com as leis de trânsito, conhecimento e respeito de normas, cuidados e respeito com as pessoas idosas, dentre outros. Deste modo, o tema escolhido para a realização do trabalho com as práticas integradoras na escola é o meio ambiente.
Outra forma de trabalho com práticas integradoras na escola é o desenvolvimento de um amplo olhar à questão da pluralidade cultural, como foi possível observar no vídeo Das Cantigas da Senzala ao Samba das Favelas, que trouxe a questão da identidade nacional e da diversidade cultural a partir da música, trabalhando assim questões associadas às práticas integradoras.
Baseando-se no presente vídeo, vale ainda apontar outra forma de trabalho com práticas integradoras na escola, como, por exemplo, a realização de uma pesquisa em torno da pluralidade cultural de diferentes regiões, apontando comidas típicas, costumes, estilos de vida, dentre outros fatores característicos, favorecendo ainda no desenvolvimento de maior respeito às diferentes culturas existentes.
Proposta de Atividade Integradora: O meio ambiente.
Síntese: Os cuidados com o meio ambiente é um assunto de fundamental importância quando se trata de práticas integradoras na escola, é um tema que faz parte do dia a dia dos alunos, e ao desenvolver este trabalho o educador permite que os mesmos possam desenvolver inúmeras possibilidades e potencialidades, a partir de um trabalho interdisciplinar.
Público alvo: Alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Conteúdo: Atitudes de cuidado com o meio ambiente, preservação da natureza, leitura, escrita, conhecimento sobre os problemas ambientais.
Justificativa: O tema meio ambiente é de fundamental importância para a formação integral dos alunos, os quais passam a desenvolver maior reflexão em torno desse assunto que faz parte do seu cotidianode vida, passando a desenvolver maiores cuidados e respeito com a natureza, e é nesse sentido que este projeto parte da justificativa da necessidade de levar os alunos a estes momentos de reflexão, contribuindo assim com sua formação.
Objetivos: 
Fazer com que os alunos percebam que fazem parte do ambiente em que vivem e que suas atitudes influenciam o meio ambiente;
Levá-los a repensar suas atitudes, tornando-se mais conscientes da importância tanto individual como coletiva da participação dos mesmos com os cuidados com o ambiente em que vivemos;
Reconhecer que cada ser vivo tem sua característica própria e que cuidar das plantas é conservar o meio ambiente, assim como não jogar lixo em qualquer lugar que não seja apropriado como ruas, rios, praças etc...
Procedimentos: 1ª aula 
Introdução 
Os alunos ouvem muitas informações sobre mudanças climáticas, efeito estufa e preservação do meio ambiente, mas os mesmos não têm informação suficiente para entender de que formas eles participam desses processos e o que podem fazer para ajudar diminuir estes efeitos no ambiente em que habitam. Para trabalhar com esse tema os professores possuem vários meios de abordagem como pedir aos alunos das séries iniciais que façam desenhos e escrevam frases referentes a este tema e, aos demais para que façam uma redação e cartazes e a partir daí, trabalhar com eles o conceito de preservação do ambiente.
2ª aula 
Nas séries iniciais, o professor deverá retomar as anotações feitas na aula anterior e esclarecer aos alunos de quem é a responsabilidade pela preservação do ambiente, quais as soluções que os mesmos podem tomar para ajudar a resolver os problemas ambientais, tanto no ambiente onde vivem como também na escola. Já os professores das séries mais adiantadas podem pedir aos alunos que leiam suas redações e, que os mesmos apontem soluções para que o problema seja minimizado. Estas soluções deveram ser anotadas para serem discutidas posteriormente.
3ª aula
Os professores das séries iniciais podem começar perguntando aos alunos sobre os hábitos diários deles e dizer que irá trabalhar com eles na aula seguinte. Deverá entregar a cada aluno um desenho de uma criança escovando os dentes ou mesmo tomando banho para que eles pintem e o professor poder retomar a aula posteriormente. Para os alunos das outras séries o professor poderá retomar então as propostas dos alunos para a preservação do meio ambiente e discutir a viabilidade de cada uma delas, pensando nas atitudes individuais, na sociedade civil e no poder público.
Discuta com os alunos cada uma das propostas, deixando claras as providências necessárias para que ela se torne viável. Pergunte a eles o que fariam para viabilizar as propostas, com quem falariam e como procederiam. Os professores tanto das séries iniciais como das demais devem explicar aos alunos que algumas iniciativas dependem somente dos indivíduos como, por exemplo, reduzir o gasto de água em casa, economizando ao tomar banho, escovar os dentes ou lavar louças, mas outras podem envolver o poder público, como o plantio de árvores em praças ou nas ruas.
4ª aula 
Nessa aula para os alunos das séries mais adiantadas deverá ser realizado um debate para que os mesmos relatem as atividades anotadas e discorram sobre as quais eles acreditem que contribuam para melhorar o meio ambiente e aquelas que eles acham que causam prejuízos. 
Após o debate, o professor deverá pedir aos alunos que montem uma tabela com atitudes favoráveis e desfavoráveis ao meio ambiente e discuta com os mesmos os comportamentos e atividades relatadas e classificadas. Os professores das séries iniciais devem verificar os desenhos pintados pelos alunos, elogiá-los e colocar em um mural para lembrá-los das atitudes que devem tomar em relação ao meio ambiente.
5ª aula 
A partir das sugestões dos alunos para preservar o ambiente, trabalhe o conceito de preservação discuta as relações do homem com a natureza e suas interferências. Você pode usar as informações dos noticiários e provocar os alunos no sentido deles pensarem sobre seus hábitos isto para os alunos das séries mais adiantadas enquanto que com os alunos menores o professor deverá levá-los a passear num parque para que eles fixem a ideia do que é o meio ambiente e peça que os mesmos desenhem o que eles viram.
Recursos pedagógicos: papel sulfite, lápis, borracha, lápis de cor, cartolina, gravuras, régua, canetinha, textos relacionados como meio ambiente que falem a respeito de poluição e desmatamento para os alunos das 1º, 2º, séries e, para os alunos das demais séries além destes assuntos também poderão ser utilizados textos abordando assuntos como erosão, sustentabilidade e outros que estejam sendo abordados através das mídias.
Avaliação: Em todas as séries os professores devem observar o envolvimento e a participação dos alunos durante as aulas para perceber o seu comprometimento e a aprendizagem, devem responder os questionamentos feitos por cada um e buscar sanar as dúvidas dos mesmos. 
O professor deverá perceber, também, se realmente estão tendo alguma mudança de comportamento pensando na preservação do ambiente em que vivem.
A partir da análise dos diversos vídeos estudados, das leituras realizadas e também da confecção do projeto vale ainda priorizar que o trabalho com práticas integradoras na escola pode ser bastante produtivo para os alunos, visto que terão inúmeras possibilidades para que se desenvolvam de forma integral, partindo da construção e reconstrução de seus conhecimentos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (1996). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2016.
CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL. O que é educação integral? Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/conceito/>. Acesso em: 02 fev. 2016.
FARFUS, D. Espaços educativos: um olhar pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2012.
LIBLIK, A. M. P.; LIBLIK, L. I.; PETRAITIS, R. A. Contextos educacionais: por uma educação integral e integradora de saberes. Curitiba: InterSaberes, 2012.
SABERES EM CONTEXTO: Práticas integradoras. Disponível em: <http://saberesemcontexto.blogspot.com.br/2014/11/praticas-integradoras.html>. Acesso em: 03 fev. 2016.
RODRIGUES, Z. B. Os quatro pilares de uma educação para o século XXI e suas implicações na prática pedagógica. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artigo=artigo0056>. Acesso em: 03 fev. 2016.

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