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PROCESSO CIVIL I

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PROCESSO CIVIL I
 PETIÇÃO INICIAL
CONCEITO: INSTRUMENTO DA DEMANDA, ATRAVÉS DO QUAL O AUTOR EXERCE O DIREITO DE AÇÃO E INVOCA A PRESTAÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL. UM PRESSUPOSTO DE EXISTÊNCIA E VALIDADE DA AÇÃO.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - CONCEITO: SÃO AS EXIGÊNCIAS ESTABELECIDAS PARA A EXISTÊNCIA E VALIDADE DA PETIÇÃO INICIAL, CONFORME ART. 319 CPC.
OS REQUISITOS SÃO: 
ENDEREÇAMENTO É A COMPETÊNCIA DO JUÍZO.
QUALIFICAÇÃO: REFERE-SE AS PARTES DO PROCESSO, DEVE CONTER (319, II). VISA EVITAR DEMANDAS CONTRA PESSOAS INCERTAS. *ENDEREÇO ELETRÔNICO.
CAUSA DE PEDIR: DIVIDE-SE EM PRÓXIMA (FUNDAMENTOS DE DIREITO) E REMOTA (FUNDAMENTOS DE FATO) = EFICÁCIA JURÍDICA.
PEDIDO (CERNE DA PETIÇÃO INICIAL): (322 AO 329 CPC) – (FUNDAMENTOS JURÍDICOS). 
VALOR DA CAUSA: TODA A PETIÇÃO DEVE CONSTAR O VALOR DA CAUSA E OBEDECER OS REQUISITOS IMPOSTOS PELOS ARTIGOS 291 A 293 CPC.
PROVAS E A OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU NÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO. (319, VI CPC). O AUTOR INDICARÁ QUAIS OS MEIOS DE PROVAS DE QUE SE IRÁ VALER PARA COMPROVAR AS SUAS ALEGAÇÕES. TEM POUCA EFICÁCIA PRÁTICA O DISPOSITIVO: O ÓRGÃO JULGADOR PODE DETERMINAR PROVAS “EX OFFICIO” À PRODUÇÃO DE PROVAS; O MOMENTO PRÓPRIO – FASE DE SANEAMENTO DO PROCESSO – AS PARTES SÃO INTIMADAS PARA INDICAR DE QUAIS MEIOS QUE SERVIRÃO.
OPÇÃO PELA A REALIZAÇÃO OU NÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO: (334 CPC). NA PETIÇÃO INICIAL O AUTOR TEM QUE DEIXA EXPRESSO QUE NÃO QUER A CONCILIAÇÃO, POIS NA OMISSÃO DESSA MANIFESTAÇÃO JUIZ ENTENDERÁ COMO INDICATIVO DA VONTADE DE QUE HAJA A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO.
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA A INSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL: PROCURAÇÃO, DOCUMENTOS ALEGADOS PELO AUTOR PARA JUSTIFICAR O SEU PEDIDO (320 CPC; 434 CPC; 435 CPC; 397 CPC.). EX: CONTRATO.
JUIZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL: (322 CPC). 
SANEAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - CONCEITO: PROVIDÊNCIA TOMADA PELO JUIZ PARA SANAR UMA IRREGULARIDADE OU VÍCIOS DA PETIÇÃO INICIAL – CONFORME ARTIGO 321 CPC
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - CONCEITO: É A DECISÃO JUDICIAL QUE OBSTA LIMINARMENTE, DE PLANO, O PROSSEGUIMENTO DA CAUSA, POIS NÃO SE ADMITE O PROCESSO DA DEMANDA – VIDE 330 CPC. OBS. SÓ FALARÁ EM INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL ANTES DE CITAR O RÉU.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR - CONCEITO TÉCNICO: A IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO É A DECISÃO JURISDICIONAL QUE, ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU, JULGA IMPROCEDENTE FORMULADO PELO AUTOR. É DECISÃO DE MÉRITO, DEFINITIVA, APTA À COISA JULGADA E POSSÍVEL OBJETO DE AÇÃO RESCISÓRIA. ARTIGO 332 CPC. 
ENTENDIMENTO DO GRUPO: É O JULGAMENTO LIMINAR IMPROCEDENTE DO PEDIDO QUE CONTRARIA O ENTENDIMENTO PACIFICADOS DAS CORTES SUPERIORES, BEM COMO, ENTENDIMENTO FIRMADO EM DECISÕES REPETITIVAS.
DESPACHO LIMINAR POSITIVO E AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO - CONCEITO: UMA VEZ DEFERIDA A PETIÇÃO INICIAL, O JUIZ INTIMARÁ AS PARTES PARA A POSSÍVEL AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO.
RESPOSTA DO RÉU
PRAZO: 15 DIAS ÚTEIS, SE FOR ENTE PÚBLICO (MP) VAI PARA 30 DIAS. 
FORMAS DE RESPOSTA: 
O RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO FORMULADO PELO AUTOR (ART. 487, III, ‘A’ CPC)
REQUERIMENTO AVULSO DE DESMEMBRAMENTO DO LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO ATIVO (ART. 113, § 2º)
CONTESTAÇÃO.
RECONVENÇÃO.
ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DO JUIZ, MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO OU AUXILIAR DA JUSTIÇA 
REVELIA.
CONTESTAÇÃO - CONCEITO: É O INSTRUMENTO PELO QUAL O RÉU EXERCE O SEU DIREITO FUNDAMENTAL, PREVISTO NA CF ARTIGO 5º, LV, A AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO.
RECONVENÇÃO - CONCEITO: É DEMANDA DO RÉU CONTRA O AUTOR NO MESMO PROCESSO EM QUE ESTÁ SENDO DEMANDADO. É O CONTRA-ATAQUE QUE ENSEJA O PROCESSAMENTO SIMULTÂNEO DA AÇÃO PRINCIPAL E DA AÇÃO RECONVENCIONAL, A FIM DE QUE O JUIZ RESOLVA AS DUAS LIDES NA MESMA SENTENÇA. ARTIGO 343
REVELIA - CONCEITO: A REVELIA É ATO - FATO PROCESSUAL CONSISTENTE NA NÃO APRESENTAÇÃO TEMPESTIVA DA CONTESTAÇÃO (ART. 344 CPC)
DEFESA PROCESSUAL E DEFESA DE MÉRITO. POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE E ALEGAÇÕES POSTERIORES. ART 342 - Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
Relativas a direito ou a fato superveniente (que vem, acontece ou surge depois)
Competir ao juiz conhecer delas de ofício 
Por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição 
ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DO JUIZ, MEMBRO DO MP OU AUXILIAR DA JUSTIÇA – O impedimento caracteriza-se por natureza jurídica de ordem objetiva enquanto da suspeição é subjetiva. Isso quer dizer que quando se tem causas de impedimento ocorre presunção absoluta de parcialidade do juiz no processo em que ele se encontra impedido, devido a objetividade de tal exceção processual. Na suspeição ocorre apenas presunção relativa de parcialidade, pois a imparcialidade do juiz faz parte de um dos pressupostos processuais subjetivos do processo.
IMPEDIMENTO: Pode ser alegado a qualquer tempo, até após o trânsito em julgado no prazo de dois anos vi ação rescisória.
SUSPEIÇÃO: tem prazo previsto, sob pena de se ter por sanado o vício, e aceito o juiz. 
PROVIDÊNCIAS PRELIMIARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
EXTINÇÃO DO PROCESSO: existem diversas manifestações do julgamento conforme o estado do processo. O exame das manifestações que extinguem o processo se dará da seguintes maneiras: 
Extinção do processo sem resolução do mérito: quando reconhece existente qualquer das causas constantes do rol do art. 485 CPC, o juiz constata a impossibilidade de julgar/ resolver o mérito. A extinção sem resolução não impedi que o autor intente de novo a demanda, desde que seja sanável o vício que ensejou o juiz de inadmissibilidade e que pague as custas processuais e os honorários dos advogados. 
As hipóteses de extinção do processo se resolução do mérito são: 
A) Extinção por inadmissibilidade: trata-se da extinção sem resolução de mérito decorrente da aplicação da sanção de invalidade do procedimento (incisos I, IV, V, VI, VII do art. 485 CPC)	
B) Extinção por morte: se o autor morrer e o dinheiro litigioso for intransmissível (art. 485, IX) 	
C) Extinção por desistência (revogação): que decorre de manifestação de vontade do demandante, verdadeiro negócio jurídico processual unilateral (art. 485, VIII)
D) Extinção por abandono: que decorre de um ato-fato processual, que é o abandono da causa (art. 485, II e III).
Extinção do processo com resolução do mérito: considera-se decisão de mérito, no caso, quando o órgão jurisdicional acolhe ou rejeita, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes. Cumpre ressaltar, que a resolução do mérito pode se dar via heterocomposição (quando a decisão é judicial), como também via homologação (ocorre quando as partes resolvem a lide através da auto composição, e levam à juízo para equiparação e por conseguinte fazer coisa julgada).
Improcedência (rejeição do pedido): é a conclusão a que se chega quando o pedido não pôde ser acolhido. 
A improcedência do pedido do autor pode lastrear-se em diversos fundamentos, tais como: 
Não ocorrência do fato gerador do direito afirmado pela parte;
Embora o fato afirmado pelo demandante tenha ocorrido, ele não tem aptidão para produzir o direito cujo reconhecimento se buscava;
Reconhecimento de fato impeditivo da formação do direito afirmado pelo demandante;
O direito afirmado existia, mas fato superveniente à propositura da demanda o extinguiu ou retirou sua eficácia
Reconhecimento de um contradireito, exercido pelo réu, que extingue o direito afirmado pelo autor, ou neutraliza os seus efeitos;
A ausência de prova dos fatos constitutivos do direito afirmado pelo autor. 
Procedência: o julgamento que o magistrado acolhe o pedido. 
Procedência parcial: quando se pleiteia uma indenização de dez mil reais e o magistrado concede oito mil. 
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO: é uma decisão de mérito fundada em cognição exauriente, proferida após a fase de saneamentodo processo, em que o magistrado reconhece a desnecessidade de produção de mais provas em audiências de instrução e julgamento (provas orais, perícias e inspeção judicial). É uma técnica de abreviamento do processo. É bom frisar que o adjetivo “antecipado” justifica-se exatamente pelo fato de o procedimento ter sido abreviado, tendo em vistas particularidades do caso concreto. 
JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO: é admissível, nas seguintes situações: 
quando o pedido mostrar-se incontroverso (não a propriamente julgamento antecipado do mérito: a resolução parcial do mérito) e 
quando o pedido estiver em condições de imediato julgamento (nesse caso a julgamento antecipado do mérito da causa), fica restrito, porém, a um ou alguns dos pedidos cumulados ou a parcela deles. O julgamento parcial pode 
ser líquido (quanto ao objeto, certo e determinado Ex: A está obrigado a dar a B R$ 500,00 reais em 5 parcelas) ou
 ilíquido (incerto e indeterminado Ex: A deve dar vegetais a B, não se sabe quanto nem qual).
SANEAMENTO DO PROCESSO: é a fase procedimental que se inicia após o encerramento do prazo estipulado para a manifestação do réu, ocorrendo ou não a referida manifestação, o magistrado deverá proferir uma decisão de saneamento e organização do processo, salvo se ocorrer alguma das hipóteses de julgamento antecipado do mérito. Sendo assim, é possível que após esse momento a fase postulatória se tenha prolongado, uma vez que, o réu pode ter reconvindo ou denunciado a lide a um terceiro. É possível ainda, que o autor requeira o aditamento ou alteração do pedido ou da causa de pedir, com o consentimento do réu, com fulcro no art. 329, II. 
Sendo assim, conclui-se que, a boa organização do processo interfere diretamente na duração razoável do processo e na proteção ao princípio do contraditório. 
INSTRUÇÃO PROCESSUAL: Diz-se por instrução processual, a audiência pública a qual o órgão julgador instrui as partes sobre a possibilidade de constituição de provas orais e periciais e tentativa de conciliação 
PROVAS
TEORIA GERAL DAS PROVAS:
CONCEITO; O vocábulo prova se divide em duas espécies: subjetiva e objetiva, na primeira diz respeito ao convencimento do magistrado através das alegações postas. No segundo diz respeito a atividade probatória ou os meios pelos quais ela se desenvolve. Ex: prova testemunhal, pericial e etc. 
OBJETO; O objeto da prova é a “alegação de fato”. Qualquer fato pode ser objeto da prova: fatos jurídicos (ex: contrato) e fatos simples (ex: cor da camisa, marca de um pneu); fatos positivos (celebração de um casamento) ou negativos (inexistência de ocorrência policial em nome de determinado sujeito). O objeto da prova tem como características: à controvérsia, a relevância e a determinação. 
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO; O CPC consagra, seguindo a tradição brasileira, o sistema que permite que o órgão julgador atribua às provas produzidas o valor que entender que elas mereçam, de acordo com circunstâncias do caso concreto. As provas, por isso, não possuem um valor a priori, determinado por uma alguma norma geral. O direito brasileiro não adota, como regra, o sistema da “prova legal”, no qual cabia ao legislador a atribuição de valor a cada prova, cumprindo ao órgão julgador apenas a tarefa de constatar que prova fora produzida em determinado caso e reconhecer-lhe o valor que a lei atribuiu.
Mas o convencimento do juiz tem de ser motivado – o convencimento não é livre, nem pode ser íntimo, como acontece no tribunal do júri. O órgão julgador deve apresentar as razões pelas quais entendeu que a prova merece o valor que lhe foi atribuído. Por isso, dá-se a esse sistema o nome de “convencimento motivado” ou “persuasão racional”.
Trata-se de exigência que se justifica como forma de evitar “juízos discricionários”, “puramente subjetivos”, “solipsistas” do órgão julgador; além disso, a exigência serve para permitir e facilitar o controle da decisão. 
ÔNUS DA PROVA; É o encargo cuja inobservância pode colocar o sujeito numa situação de desvantagem. Não é um dever e, por isso mesmo, não se pode exigir o seu cumprimento. Normalmente, o sujeito a quem se impõe o ônus tem interesse em observá-lo, justamente para evitar essa situação de desvantagem que pode advir da sua inobservância. Ônus da prova é, pois, o encargo que se atribui a um sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato. Esse encargo pode ser atribuído pelo legislador, pelo juiz ou por convenção das partes, consoante o exposto no art. 373 do CPC. 
MEIOS DE PROVA;
 PROVA EMPRESTADA art. 372 CPC; “A prova emprestada consiste no transporte de produção probatória de um processo para outro. É o aproveitamento da atividade probatória anteriormente desenvolvida, através do traslado dos elementos que a documentaram”. A prova emprestada ingressa no outro processo sob a forma documental. Trata-se de instituto que se relaciona ao princípio da eficiência (economia processual), sobretudo porque, pelo aproveitamento e uma prova já produzida, evita-se a sua reprodução, com economia de tempo e dinheiro. 
É determinada “ex-officío” podendo ser utilizado qualquer meio de prova, podendo ser importada de qualquer espécie de processo.
PROVA ILEGAL. O art. 5º LVI, da constituição federal veda a produção, no processo, da prova obtida ilicitamente. Trata-se de direito fundamental do jurisdicionado: o direito de não ver produzida contra si uma prova ilícita ou obtida ilicitamente. Esta é uma das regras fundamentais que concretizam o devido processo legal – não se trata de princípio constitucional, mas de regra. 
Há quem distinga entre prova ilícita e prova obtida ilicitamente. Aquela seria a prova com conteúdo ilícito; esta, a prova cuja colheita ou método de inserção no processo é ilícito. Considera-se, porém, que ambas estão abrangidas pela vedação do art. 5º LVI, da constituição.
O conceito de prova ilícita é amplo, alcançando aquela prova que contraria qualquer norma de ordenamento jurídico. Assim, são exemplos de provas ilícitas a confissão obtida sob tortura, o depoimento de testemunha sob coação moral, a interceptação telefônica clandestina, a obtenção de prova documental mediante furto, a obtenção de prova mediante invasão de domicílio, a prova obtida pela quebra do dever do sigilo imposto ao mediador (art. 3º parágrafo segundo, lei 13140/2015) etc. São também exemplos de provas ilícitas aquela colhida sem observância da participação em contraditório, o documento material ou ideologicamente falso, ou qualquer outra prova que se mostre em desconformidade com o ordenamento jurídico, pouco importando a natureza jurídica da norma violada.
 
PROVAS EM ESPÉCIE
DEPOIMENTO PESSOAL E CONFISSÃO; O DEPOIMENTO PESSOAL ou depoimento da parte é “o conjunto de comunicações (julgamento de fato) da parte, autor ou réu, para dizer que o que sabe a respeito do pedido, ou da defesa, ou das provas produzidas ou a serem produzidas, como esclarecimentos de que se sirva o juiz para o seu convencimento”. Trata-se de meio de prova que se vale a parte como fonte de prova. Parte, aqui, é termo que deve ser compreendido em sentido estritamente processual: autor, réu, assistente, denunciado, substituto processual, opoente etc. o depoimento da parte justifica-se como meio de prova que efetiva a técnica da oralidade na colheita das provas, colocando as partes m contato imediato com o juiz que muito possivelmente julgará a causa. Art. 385 a 388 do CPC 
CONFISSÃO: Há confissão quando alguém reconhece a existência de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao seu adversário (art 389 CPC). Trata-se de uma declaração voluntária de ciência do fato; não trata de declaração de vontade para a produção de determinado efeito jurídico (não é, pois, um ato negocial). Para que a confissão seja eficaz, é preciso que o fato diga respeito a direito disponível (art. 392) e que não exija forma especial (art. 394) para ser provado (instrumento público ou particular). Perceba que, aqui, essas exigências dizem respeito à eficácia da confissão, e nãoà sua existência. Declaração de ciência de tais fatos não pode ter a eficácia da confissão mas poderá ser majorada pelo magistrado de acordo com as peculiaridades do caso (art. 371).
PROVA DOCUMENTAL: Documento é toda coisa que, por força de uma atividade humana, “seja capaz de representar um fato”. Noutras palavras, é toda coisa na qual estejam inseridos símbolos que tenham aptidão para transmitir ideias ou demonstrar a ocorrência de fatos. Documento é a fonte da prova; é de onde se pode extrair a informação acerca do fato ou do ato nele representado. A prova documental é o veículo por meio do qual essa fonte vai ser levada ao processo para análise judicial; é a ponte entre o fato e a mente do juiz. Nem todo documento pode ser inserido no processo por meio da prova documental (ex.: quadro que é pintado para retratar uma determinada realidade e ingressa no processo por meio de inspeção judicial ou prova pericial) 
PROVA PERICIAL (art. 370 CPC): é aquela em que a elucidação do fato se dá com o auxílio de um perito, especialista em determinado campo do saber, que deve registrar sua opinião técnica e científica no chamado laudo pericial – que poderá ser objeto de discussão pelas partes e por seus assistentes técnicos.
 PROVA TESTEMUNHAL E OUTROS MEIOS DE PROVA: a pessoa é, como visto, fonte de prova. Quando essa pessoa é uma das partes do processo, o meio de prova é o depoimento pessoal. 
Testemunha é uma pessoa natural, distinta de um dos sujeitos processuais, que é chamada a juízo para dizer o que sabe sobre o fato probando. Embora se admita que um litisconsorte simples deponha sobre fatos relativos a situações jurídicas exclusivas do outro litisconsorte. 
“A prova testemunhal é a mais antiga de que se tem notícia, juntamente com a confissão. A prova documental e a perícia exigem certo desenvolvimento cultural. A partir do momento em que a escrita foi sendo generalizada, houve um estímulo ao uso da prova documental; com isso, prova testemunha, antes havida como prova principal, foi perdendo a sua importância, notadamente para a demonstração de fatos relativos a obrigações de maior vulto.” Alguns a chamam de a prostituta das provas.
Não se confundem os papéis do perito e da testemunha: “a testemunha declara o que viu, enquanto o perito analisa (embora possa ter visto) para declarar.” 
A testemunha pode ser:
Presencial: a que pessoalmente presenciou o fato probando;
De referência: a que soube do fato probando por meio de terceira pessoa;
Referida: aquela cuja existência foi apurada por meio de outro depoimento;
Judiciária: a que relata em juízo o seu conhecimento a respeito do fato;
Instrumentária: a que presenciou a assinatura do instrumento do ato jurídico e o firmou.
Quanto a admissibilidade, a regra é a seguinte: a prova é sempre admissível, salvo os casos que a lei considere o contrário.
SENTENÇA
PRONUNCIAMENTOS JURISDICIONAIS art. 203 e 204; Os pronunciamentos judiciais são aqueles atos pelos quais o magistrado decide uma questão ou simplesmente impulsiona o procedimento, fazendo com que ele avance em suas fazes. À primeira espécie de pronunciamento judicial, que tem conteúdo decisório, dá-se o nome de decisões latu-sensu; a segunda; à segunda, que não tem conteúdo decisório, dá-se o nome de despachos. 
Os pronunciamentos judiciais que tem conteúdo decisório podem ser classificados em duas espécies: decisões proferidas pelo juízo singular e decisões proferidas em um órgão colegiado (no tribunal, mediante um dos seus órgãos fracionários, ou na turma recursal). 
Os despachos são pronunciamentos judiciais m conteúdo decisório que tanto podem ser proferidos pelo juízo singular quanto pelo órgão colegiado. Seu conceito se dá por exclusão. (art. 203, § 3º)
 CONCEITO; segundo § 1º do art. 203, sentença é o pronunciamento do juízo singular que, com fundamento no art. 485 ou no art. 489, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução. O art. 485 cuida das hipóteses em que o mérito não é resolvido; o art. 487, das hipóteses em que o é. Lembrando que os acórdãos e decisões interlocutórias também podem fundar-se em uma das hipóteses desses dispositivos.
CLASSIFICAÇÕES; 
REQUISITOS OU ELEMENTOS ESSENCIAIS: O art. 489 dispõe sobre os elementos essenciais da sentença, isto é, as “partes que devem integrar a estrutura da sentença, a saber: o relatório, os fundamentos ou motivação e o dispositivo ou conclusão”. Embora se refira à sentença, esses são elementos essenciais a todo tipo de decisão judicial. Sentença aí é gênero.
FUNDAMENTAÇÃO QUALIFICADA; 
MODIFICAÇÃO.
COISA JULGADA art. 502
COISA JULGADA FORMAL E COISA JULGADA MATERIAL: Coisa julgada formal é uma classificação doutrinária. Para a parte majoritária da doutrina, coisa julgada formal se refere a indiscutibilidade e à imutabilidade de uma decisão no âmbito do processo em que proferida. Neste sentido, coisa julgada formal é uma espécie de preclusão, a que se sujeita qualquer decisão – inclusive aquela que não pode tornar-se indiscutível pela coisa julgada material. Coisa julgada formal é, então, o trânsito em julgado, um dos pressupostos para a formação da coisa julgada.
LIMITES: O art. 503 cuida dos limites objetivos da coisa julgada. Trata, portanto, de definir “o quê” se torna indiscutível pela coisa julgada. 
A coisa julgada torna indiscutível a norma concreta definida pelo órgão julgador, e que se estabilizou pela coisa julgada.
EFICÁCIA PRECLUSIVA art. 508 – transitada em julgado a decisão de mérito, todas as alegações e defesas que poderiam ter sido formuladas para o acolhimento ou rejeição do pedido reputam-se deduzidas e repelidas; tornam-se irrelevantes todos os argumentos e provas que as partes poderiam alegar ou produzir em favor da sua tese. 
Com a formação da coisa julgada, preclui a possibilidade de rediscussão de todos os argumentos – “alegações e defesas” que poderiam ter sido suscitados, mas, não foram. A coisa julgada torna preclusa a possibilidade de discutir o deduzido e torna irrelevante suscitar o que poderia ter sido deduzido ( o dedutível); a coisa julgada cobre a res deducta e a res deducenda.
A corrente majoritária entende que a eficácia preclusiva só atinge argumentos e provas que sirvam para embasar a causa petendi deduzida pelo autor. O efeito preclusivo não atinge todas as causas de pedir que pudesse ter servido para fundamentar a pretensão formulada em juízo, mas tão somente a causa petendi que tenha embasado o pedido formulado pelo autor, e as alegações que a ela se refiram. Assim, entende-se ser possível propor nova ação deduzindo o mesmo pedido, desde que fundado em uma nova causa de pedir. 
REEXAME NECESSÁRIO.