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* * * NEFROPATIA DIABÉTICA ALEXANDRE BITTENCOURT PEDREIRA Disciplina de Nefrologia - HCFMUSP * * * INTRODUÇÃO Principal causa de insuficiência renal crônica no ocidente Definição: albuminúria persistente(>300 mg/24 horas em pelo menos 2 ocasiões em 6 meses) Prevalência DM tipo 1 - 25-40% DM tipo2 15% * * * Causas de Insuficiência Renal Brasil, 2000 (n = 1966) DIABETES COMO CAUSA DE IRC ~ 20% * * * Fatores de risco Etnia Maior incidência em índios Pima, latinos e afro americanos quando comparados com caucasianos Sexo Maior incidência em homens Idade de início do DM DM tipo 1: >12 anos de idade DM tipo 2: > 50 anos de idade * * * Fatores de risco Polimorfismo genético Gene da ECA (genótipo DD) Pressão arterial (PAM >95) Dislipidemia Microalbuminúria Controle glicêmico (HbA1 >8.1) Retinopatia * * * História natural da nefropatia diabética Estágio 1 Hiperfiltração, hipertrofia renal e aumento da taxa de filtração glomerular Estágio 2 Clinicamente silencioso, alterações histológicas (espessamento da membrana basal e aumento do volume mesangial relativo) Estágio 3 Nefropatia incipiente – presença de microalbuminúria Surgimento de hipertensão arterial Aumento da taxa de redução da filtração glomerular * * * História natural da nefropatia diabética Estágio 4 Início e estabelecimento da nefropatia diabética Aumento progressivo da proteinúria com diminuição da taxa de filtração glomerular(10ml/min/ano) Ocorrência de síndrome nefrótica Estágio 5 Doença renal crônica terminal * * * * * * Microalbuminúria Diagnóstico: positiva em 2 de 3 coletas sucessivas num período de 3 meses DM tipo 1 Screening: anualmente em pacientes com mais de 5 anos de doença e acima de 12 anos Progressão para nefropatia diabética 29% X 5% quando comparado com indivíduos sem microalbuminúria DM tipo 2 Screening: desde o diagnóstico anualmente até 70 anos Incidência de 25 – 30% no momento do diagnóstico Outras causas: HAS, doença cardiovascular, doença renal não-diabética * * * Microalbuminúria Aumenta o risco de microangiopatia diabética Aumenta o risco de doença cardiovascular em 2,3 vezes Isquemia silenciosa hipertrofia de ventrículo esquerdo Associação entre progressão da hipertensão e da microalbuminúria Dislipidemia: ↓HDL, ↑LDL * * * Patogênese Mecanismos hemodinâmicos Hipertensão intraglomerular Hiperfiltração Ativação do sistema renina angiotensina Peptídeos vasoativos (IGF-1, TGF β, PDGF) Mecanismo associados à hiperglicemia Ativação da proteinase C Produtos da glicosilação avançada Acúmulo do sorbitol * * * PATOGÊNESE DA NEFROPATIA DIABÉTICA * * * Patologia Glomeruloesclerose nodular – nódulos de Kimmestiel-Wilson DM tipo 1 12% DM tipo 2 46% Nódulos localizados no centro dos glomérulos periféricos, com massas duras de material eosinofílico , tamanho e distribuição irregular dentro e entre as alças capilares * * * Patologia Glomeruloesclerose intercapilar DM tipo 1 90% DM tipo 2 50% Aumento da matriz mesangial envolvendo às alças capilares com espessamento da parede capilar, estreitamento da luz capilar, hialinização e fibrose periglomerular * * * Patologia Arterioloesclerose da artéria aferente e eferente Túbulos e interstício sem alterações específicas IF presença de depósito linear em membrana basal positivo para IgG e IgM e C3 * * * DM X biópsia renal Quando biopsiar um paciente diabético Início de proteinúria em diabéticos tipo 1 com < de 5 anos de doença Início agudo de doença renal Presença de cilindros hemáticos ou hematúria macroscópica DM tipo 1 sem retinopatia * * * Biópsias renais em diabéticos: resultados em 80 pacientes do RPG, com suspeita de nefropatia não-diabetica (1999-2005) GESF 08 10% GNM 06 7,5% Nefrop. IgA 04 5,0% D. Lesões Mínimas 04 5,0% Arteríoloesclerose 04 5,0% LES 02 2,5% Outros 07 8,7% Nefropatia Diabética 45 56% * * * Tratamento Controle glicêmico Controle pressórico Utilização preferencial de IECA/ARA II Tratar dislipidemia Estatinas Interrupção do tabagismo Redução da ingesta protéica (?) * * * Tratamento Gross et al, Diabetes Care, jan 2005 * * * Tratamento multifatorial Gaede P et al, NEJM, 2003
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