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Resumo do Livro Teorias do Conhecimento pedagógico

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Resumo do Livro Teorias do Conhecimento pedagógico
Primeiro Capítulo – A história da pedagogia no contexto brasileiro
A história da pedagogia no Brasil:
O processo de educação formal teve seu início oficial com a vinda dos jesuítas em 1549, que tinha a intenção de catequizar os índios, ao mesmo tempo que instituíram as primeiras escolas destinadas aos filhos dos portugueses que aqui viviam. As aulas seguiam um currículo que continham procedimentos de ensino denominado RATIO STUDIORUM ( Plano e Organização de Estudos da Companhia de Jesus). Em 1759 os jesuítas foram expulsos pelo Marquês de Pombal, primeiro ministro de Portugal , que inspirado pelo Iluminismo, pretendia que a educação de base católica fosse substituída por outra de cunho mais científico, para que o desenvolvimento pudesse acontecer, implantando as AULAS RÉGIAS( aulas avulsas de latim, grego, filosofia e retórica). Com a chegada da família real portuguesa no Brasil em 1808, houve a criação de uma série de cursos tanto profissionalizantes em nível médio como nível superior, bem como militares. Em 1824 a CARTA MAGNA ( constituição) determinava que o império deveria possuir escolas primárias, ginásios e universidades, ou seja, um sistema educacional. Em 1835, na Província do Rio de Janeiro foi criada a primeira escola normal ( Curso Normal), que tinha o objetivo de formar professores para o ensino primário, sendo custeada pelos próprios estudantes. Em 1889, com a Proclamação da República assumiu a filosofia positivista como princípio para a educação e propôs “ educação de ensino primário gratuito”. O modelo de escola normal permaneceu, mas sofreu uma reforma para adequá-la á perspectiva da época. Mais tarde com o processo de industrialização no Brasil, fez-se necessário investir na formação da mão-de-obra. No que se refere a formação de professores, surgiu a idéia de que deveria ser ministrada em institutos de educação, e esses poucos institutos foram transformados em instituições de ensino superior e a formação de professores continuou sendo feita no curso Normal. Foi nesse panorama que surgiu o CURSO DE PEDAGOGIA: temos de um lado, o campo da educação buscando se firmar com caráter científico e de outro , assumindo, mesmo que indiretamente, falhas na formação de professores.
- Em 1964 iniciou-se a ditadura Militar.
-Em 1968 ocorreu a Reforma Universitária, que deu origem a uma nova legislação para o curso de pedagogia. O curso passou a formar o técnico em educação baseado em uma estrutura que comportava uma base comum ( a ser cursada por todos os estudantes do curso) e posterior a ela, uma série de habilitações específicas, cabendo ao estudante escolher uma delas: orientação educacional, administração escolar, supervisor escolar, inspeção escolar.
- Nesse período, a formação de professores para o ensino primário deixou de ser feita no curso Normal e foi criada, em nível de 2º grau, a habilitação para o Magistério.
- A Ditadura foi perdendo força , com isso vários movimentos passaram a lutar pela REDEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA. Em 1980 passou-se a compreender professores, pedagogos e demais profissionais da escola como uma equipe que numa gestão democrática e não hierarquizada, favorecer o sucesso do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos considerados essenciais para uma vida socialmente digna.
O que é pedagogia
O termo pedagogia tem origem grega e foi criado à partir das palavras paidós(criança) e agogé(condução) e se referia ao ato de conduzir a criança a seu preceptor. Criada em 1939, propunha-se inicialmente, a formar técnicos educacionais e não professores 
Ciência que busca a compreensão ampliada do fenômeno educativo, de suas finalidades e das relações com as condições históricas que o instituíram.
Segundo Capítulo – Teorias( ou concepções) da Educação : Críticas e não críticas
TEORIAS ( OU CONCEPÇÕES) CRÍTICAS ou progressistas
As teorias críticas têm claro que há forte inter-relação entre educação e sociedade e percebem que na sociedade capitalista a escola tem servido muito mais para justificar o fracasso e a exclusão social do que para promover a inclusão.
- Há uma forte relação ente a educação e a sociedade. Se a sociedade é mais democrática e igualitária, a educação pode promover a inclusão social, mas, se for dividida em classes, a educação tende a reproduzir a exclusão social. 
Denomina essas concepções de progressistas e afirma que são aquelas “que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas de educação”. Libâneo,1990
“ sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicos que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material”. Saviani,1989. A educação é compreendida como subordinada á estrutura social, tendendo a reproduzir as desigualdades existentes na sociedade.
TEORIAS ( OU CONCEPÇÕES) NÃO CRÍTICAS ou liberais
As concepções não críticas compreendem a sociedade como um todo harmônico, cabendo à educação preparar as pessoas para assumirem os papéis sociais que lhes são designados por essa mesma sociedade.
Compreedem a sociedade como “ essencialmente harmoniosa, tendendo à integração dos seus membros”. Saviani,1989
“A escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões”. Libâneo,1990
Terceiro Capítulo 
ORIGEM DAS TEORIAS NÃO CRÍTICAS DE EDUCAÇÃO: Saviani – a pedagogia liberal começou a se instituir com a consolidação da burguesia na Europa, no inicio do século XIX. Num primeiro momento foi revolucionária por defender de que a educação é um direito de todos.
A outra razão é a necessidade da burguesia vencer os muros da ignorância, porque no regime monárquico, só nobres e clero tinha acesso a educação. Como a burguesia é originalmente a camada popular, descendente dos servos que eram subordinados aos nobres ( senhores feudais), quando assumiu a luta em prol da educação de todos, estava na verdade, defendendo o seu próprio direito. O tipo de organização escolar que surgiu nessa época ( século XIX) ficou conhecido como TRADICIONAL.
PEDAGOGIA TRADICIONAL
Saviani,1989 – a pedagogia tradicional caracteriza a escola como antídoto contra a ignorância, como instrumento que garantiria de todos na sociedade capitalista, ao lhes transmitir os conhecimentos necessários para adaptar-se a ela.
Libâneo,1990- afirma que o papel da escola na concepção tradicional era a “ preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade”. “ O compromisso da escola é com a cultura, os problemas sociais pertencem à sociedade”. PAPEL DA ESCOLA: Preparar os alunos por meio da assimilação dos conteúdos para assumirem sua posição na sociedade. Que as pessoas devem ser formadas para se adaptarem aos diversos papéis sociais já existentes e não para questioná-los.
- Posições sociais fruto da incapacidade ou da falta de esforço
- Todos tinham oportunidades iguais, bastava que o indivíduo esforçasse
- Culpadas pelo próprio fracasso
CONTEÚDOS: transmitidos pelo professor eram os “ conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações adultas e repassados ao aluno como verdades”. Libâneo,1990
- A seleção dos conteúdos não se dava pela relevância na solução dos problemas do cotidiano
- eram considerados da cultura universal
- eram conhecimentos: enciclopédicos, intelectualistas, sem relação com a vida concreta dos alunos
- A organização dos conteúdos seguia a lógica do adulto e não do desenvolvimento infantil. - - Assimilava o saber do mesmo modo que o adulto. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: era autoritária. A interlocução era somente do professor e vigorava o silêncio. A disciplina era rígida, imposta, sendo permitido inclusive o castigo.
- o papel do aluno era de mero receptor do que o professor ensinava.
- seu papel era secundário, pois o ator principal era o professor.
MÉTODO DE ENSINO: exposição oral, muitos deles seguiam cinco passos organizados por JOHANNFRIEDRICH HERBART “ ordem psicológica mais adequada para a assimilação de novas experiências”: 
- preparação(para o novo conhecimento): relembrar lições anteriores
– apresentação: apresentava novo conhecimento
– assimilação: eram comparados com os anteriores 
– generalização: se já assimilou o novo, é capaz de identificar todos os fenômenos correspondente ao conhecimento adquirido 
– aplicação: aplicar o conhecimento em exemplos novos 
AVALIAÇÃO: tinha por objetivo valorizar os aspectos cognitivos, com ênfase na memorização. Costumava-se realizar verificação de curto prazo( interrogatórios orais, lições de casa) e de longo prazo ( provas e trabalhos). Tinha papel classificatório. FIGURA DO PEDAGOGO: “ ajustamento do aluno à família e à escola, a fim de que não se desvie das normas), Pimenta, 1991.
PEDAGOGIA NOVA
A burguesia, já consolidada como classe dominante, não mais precisava defender a escolarização em massa. A escolarização do trabalhador além da formação básica, poderia ajudar a desenvolver o senso crítico e a questionar o status quo.( "no mesmo estado que antes" ou "o estado atual das coisas").
A escola tradicional vinha sendo apontada como incompetente para promover a inclusão social. Foi surgindo uma nova proposta de educação que defendia que o fracasso em promover a equalização social se devia ao tipo de ensino tradicional. Daí a nomeclatura Escola Nova. A figura do pedagogo não contava oficialmente na legislação e sob a orientação escolanovista começou a surgir a importância de um orientador educacional.
Surge, então, a Escola Nova com uma proposta de inovação, na qual o aluno passa a ser o centro do processo. O professor se torna facilitador da aprendizagem, priorizando o desenvolvimento psicológico e a autorrealização do educando, agora agente ativo, criativo e participativo no ensinoaprendizagem. Os conteúdos ganham significação, são expostos através de atividades variadas como trabalhos em grupo, pesquisas, jogos, experiências, entre outros. Sua principal característica é “aprender a aprender”.
DUAS VERTENTES DESSA RENOVAÇÃO: 
ESCOLA NOVA NA VERTENTE DIRETIVA: Foi o mais marcante no Brasil. Foi trazida para o Brasil por ANÍSIO TEIXEIRA, na primeira década do século XX, que foi aluno de JOHN DEWEY, considerado o pai da ESCOLA NOVA.
PAPEL DA ESCOLA: Em vez de repassar os conhecimentos considerados necessários, a escola precisa “ adequar as necessidades individuais ao meio social e, para isso, ela deve se organizar de forma a retratar o quanto possível, a vida”. Libâneo,1990
- Valorização do conhecimento que o aluno já trazia
- A instituição escolar deveria estimulá-lo por meio da vivência de experiências diversas, construindo o conhecimento
- Vivência democrática em sala de aula, importante para construção de uma sociedade pautada nos conceitos democráticos.
CONTEÚDOS DE ENSINO: mudou radicalmente. O importante não era a quantidade de conteúdos aprendidos e sim valorizar o processo de aquisição destes e a sua seleção se daria “ a partir dos interesses e experiências vividas pelos alunos”. Gazim,2005
MARIA MONTESSORI: autora que contribuiu para a construção dessa concepção. Apontava a necessidade da organização desses conteúdos see estruturada de modo a promover desafios cognitivos e situações problemáticas a serem resolvidas pelos alunos coletivamente. Assim, indiretamente, os alunos desenvolveriam habilidades de convivência em grupos e principalmente APRENDER A APRENDER. Ex. jogo material dourado.
MÉTODO DE ENSINO: se baseia no aprender fazendo. “Valorizava a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, o método de resolver problemas”. Libâneo,1990. Atividades em grupo contribuía para seu desenvolvimento mental. O método de ensino baseado na ideia da pesquisa tinha a seguinte estrutura:
- colocar os alunos numa situação de experiência que tenha um interesse por si mesma
- o problema deve ser desafiante com estímulo à reflexão
- o aluno deve dispor de informações e instruções que permitam buscar soluções
- soluções provisórias devem ser incentivadas e ordenadas com ajuda discreta do professor
- garantir a oportunidade de colocar as soluções a prova utilizando na vida
As atividades eram organizadas segundo os princípios da INDIVIDUALIZAÇÃO, LIBERDADE E ESPONTANEIDADE. Exigiam recursos didáticos á disposição.
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: Mudou radicalmente. O professor possuía papel secundário. Passou a assessorar o grupo no seu trabalho de descoberta. O professor não deveria ensinar, transmitir conhecimentos, e sim criar condições para que os alunos aprendessem. Papel do professor: organização do trabalho em gurpo, proporcionar ambiente estimulante, desenvolver vivência de relações interpessoais ricas. DISCIPLINA: em sala de aula não deveria ser imposta, mas negociada com os alunos com o objetivo de promover um clima harmonioso. “ a disciplina surge de uma tomada de consciência dos limites da vida grupal; assim, aluno disciplinado é aquele que solidário, participante, respeitador das regras do grupo”. Libâneo,1990. CONCEPÇÃO DA APRENDIZAGEM: é o interacionismo construtivista, baseado principalmente nos estudos de JEAN PIAGET( o homen contrói o conhecimento durante sua vida, na interação homem-meio. A criança passa por diversos estágios de desenvolvimento cognitivo, que devem ser respeitados para que a aprendizagem aconteça. A escola deveria promover a autoaprendizagem, na qual o ambiente é mero estimulador, inserindo o professor). AVALIAÇÃO: o objetivo não era mais transmissão do conhecimento. PIAGET mudou a concepção de avaliação. Não se tratava mais de averiguar quanto o aluno tinha assimilado do conhecimento passado pelo professor, mas verificar o processo de conhecimento. Cada um deveria ser avaliado segundo seu nível de desenvolvimento; não haveria por que determinar níveis mínimos a serem alcançados pelos alunos. O esforço deveria ser mais valorizado do que o seu resultado. Passou a valorizar: participação, aspectos afetivos(atitudes), assiduidade, responsabilidade e interesse do aluno.
ESCOLA NOVA NA VERTENTE NÃO DIRETIVA: apoiada pelo psicólogo CARL ROGERS. Via a aula muito mais como um momento terapêutico do que de ensino.
PAPEL DA ESCOLA: preparar o indivíduo para desempenhar papéis sociais, mas isso se daria por meio do auto-desenvolvimento e da realização pessoal.
Todo o esforço da escola está “em estabelecer um clima favorável a uma mudança dento do indivíduo, isto é, uma adequação pessoal a solicitação do ambiente”. Libâneo,1990. PAPEL DO PROFESSOR: se ele dirigisse o que acontecia em sala de aula, dificultaria o desenvolvimento individual, único em cada criança. Daí, o NÃO DIRETIVISMO; abria-se mão de dirigir o processo pedagógico(ensinar) em detrimento do rspeito e valorização dos aspectos psicológicos. A FUNÇÃO DO PROFESSOR “restringe-se a ajudar o aluno a se organizar, utilizando técnicas de sensibilização onde os sentimentos de cada um possam ser expostos, sem ameaças”. Libâneo,1990.
CONTEÚDOS DE ENSINO: também não possuíam relevância nessa concepção. O importante seria estabelecer condições, permitir que os alunos estudassem por si próprios, se o desejassem. Os conhecimentos serviam apenas como meio para o autodesenvolvimento. MÉTODO DE ENSINO: também seria dispensável, devendo cada professor desenvolver seu estilo próprio, com o intuito de facilitar a aprendizagem. O professor passava a ser, em vez de transmissor do saber em um especialista em relações humanas. APRENDIZAGEM: para essa concepção é um processo interno, de modificação das próprias percepções sobre si e sobre o mundo, que é desencadeada pelas vivências, pelas experiências, pelas experiências do aluno. AUTOAVALIAÇÃO: é a forma privilegiada de acompanhamento do processo. AVALIAÇÃO: debates entre alunos, relatórios de pesquisas, trabalhos em grupo, privilegiando o “aprender a fazer fazendo”.
TEORIA PEDAGOGIA TECNISTA: outra vertente da pedagogia não crítica é a tecnicista, que ganhou força no Brasil no decorrer da ditadura militarquando o estado brasileiro implementou o desenvolvimento industrial. A pedagogia tecnicista pretendia introduzir na escola a lógica da empresa, tornando-a mais eficaz e produtiva. Propõe a relação mais imediata entre a educação e o sistema produtivo. Formar profissional apto para produzir numa sociedade industrial e tecnológica. Defendia o disciplinamento e a formação restrita par o mercado de trabalho. APRENDIZAGEM: aplicação de descobertas da psicologia, principalmente do BEHAVIORISMO, que entendia a aprendizagem como modificação do desempenho. “ Que o bom ensino depende de organizar efetivamente as condições estimuladoras, de modo que o aluno saia da situação de aprendizagem melhor do que entrou”. Libâneo,1990. “ a partir da psicologia, descobrir as leis naturais que causam a aprendizagem e aplicá-la”. 
- BURRHUS FREDERIC SKINNER – seu instrumento fundamental é o REFORÇO. CONTEÚDOS: eram ordenados e definidos fora da escola. O professor tinha o papel de elo entre a verdade científica e o aluno. MÉTODO DE ENSINO: deveria ser impessoal, eficiente, cientificamente comprovado. Etapas segundo o tecnicismo: - estabelecimento de comportamentos terminais – análise da tarefa de aprendizagem – executar o programa. AVALIAÇÃO: devia permitir o controle dos resultados de maneira quantitativa. Ocorria por meio de testes mediante provas, sempre ao final de um período letivo(bimestre,etapa,módulo). As respostas deveriam ser iguais as que estavam nos livros. Não havia espaço para pensamento criativo. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: também devia ser estruturada e objetiva, cada um tendo papéis bem claros. PROFESSOR: cabia a transmissão do conteúdo segundo técnicas definidas pelos especialistas. ALUNO: cabia um papel passivo, de aceitação do ensino que lhe era imposto. Os aspectos afetivos e pessoais eram desconsiderados. PAPEL DO PEDAGOGO: se tornou mais fragmentado. Pois existia o supervisor escolar, orientador escolar.
MANIFESTAÇÕES DAS PEDAGOGIAS NÃO CRÍTICAS( Tradicional, nova e tecnicista) NO DIA A DIA DA ESCOLA: pode ser detectada no senso comum e na prática pedagógica de alguns professores.
- aluno passivo e o professor é o ator principal, que repassa o saber
- a disciplina em vez de ser negociada é imposta autoritariamente
- alunos decorando a matéria um dia antes da prova
- professores elaborando provas com o objetivo de castigar alunos que comportaram mal
TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVAS: entendemos como críticas as concepções de educação que percebem ser impossível compreender a educação separada dos condicionantes sociais. CRÍTICAS: porque reconhecem a relação entre educação e sociedade. REPRODUTIVAS: pois “chegam invariavelmente à conclusão de que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que ela se insere”. Saviani,1989.
POR QUE AS TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVAS NÃO SÃO PEDAGÓGICAS? Essas teorias não se configuram como propostas de ensino e aprendizagem, e sim como abordagens da relação entre educação e sociedade. Nesse contexto, afirmava-se não ser possível, sob o capitalismo, a existência de uma proposta pedagógica vinculada aos interesses da classe trabalhadora.
PONTO NEGATIVO TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVAS SOBRE A EDUCAÇÃO: consiste em não acreditarem no poder emancipador da escola, o que gerou um certo pessimismo.
PONTO POSITIVO TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVAS SOBRE A EDUCAÇÃO: foi mostrar que a escola não é neutra, e sim, comprometida com os interesses dos dominantes. 
Saviani considera as teorias a seguir como uma equívoca relação da educação com a sociedade capitalista, contribuindo mais para a reprodução da sociedade de classes do que para a igualdade social:
- Teoria do sistema de ensino como violência simbólica( controlando elementos da cultura considerados legítimos e valorizados)
- Teoria da escola como aparelho ideológico do Estado ( inculcando a ideologia dominante)
- Teoria da escola dualista ( se organizando de forma dualista, com uma rede para os filhos dos trabalhadores e outra para os da elite)
O QUE AS TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVAS TÊM EM COMUM: têm em comum a concepção de que, na sociedade capitalista, a educação tem um papel marcante no processo de discriminação social. Sua função não é a de equalização, mas, sim, de dominação e marginalização das camadas trabalhadoras pelos detentores dos meios de produção.
TEORIAS DO SISTEMA DE ENSINO COMO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: principais autores dessa teoria foram PIERRE BOURDIEU e JEAN-CLAUDE PASSERON. Para esses autores, os grupos e as classes dominantes exercem uma violência simbólica em relação às classes dominadas.
- a escola impõe a todas as crianças o capital cultural da classe dominante, criando o habitus, uma formação durável, produto da interiorização dos princípios do arbitrário cultural capaz de perpetuar-se após a cessação da ação pedagógica. Todas as crianças são submetidas ao mesmo ensino, ao mesmo currículo, definido com base nos saberes da classe dominante.
TEORIA DA ESCOLA COMO APARELHO IDEOLÓGICO DO ESTADO: autor dessa teoria LOUIS ALTHUSSER. O Estado, embora se apresente como representante das necessidades e aspirações de todos os membros da sociedade, é, na verdade, representante da classe dominante. Essa classe se utiliza do Estado para se manter no poder por dois aparelhos:
- Aparelhos repressivos do Estado(ARE): funcionam por meio da violência, força: a polícia, os tribunais, as prisões, o exército.
- aparelhos ideológicos do Estado(AIE): agem por meio da transmissão e inculcação da ideologia: a família, a igreja, a mídia, o sistema jurídico.
O mais importante desse aparelho é a escola pois recebe todas as crianças indiferentemente de sua origem de classe, inculca nelas os mesmos saberes por anos e passam a ver o mundo de um mesmo modo.
TEORIA DA ESCOLA DUALISTA: autor CHRISTIAN BAUDELOT e ROGER ESTABLET. A escola, embora aparentemente seja a única e ofereça espaço para todos, indiferentemente de sua origem de classe, está dividida em duas grande redes: primário-profissional(PP) FORMA O PROLETARIADO e secundário-superior(SS) FORMA A BURGUESIA.
A escola valoriza o trabalho intelectual e desqualifica o trabalho manual, contribuindo para que o proletariado aceite a divisão entre planejamento e decisão(cabe a burguesia) e execução(cabe aos trabalhadores) existente no modo capitalista de produção.
TEORIAS CRÍTICAS DE EDUCAÇÃO ( PROGRESSISTAS): contribuíram para mostrar que a educação não é neutra, mas sim, que está relacionada ao movimento da sociedade. Caracteriza pela compreensão da relação existente entre educação e sociedade, na qual a educação tem um papel importante, mesmo não sendo redentora. Apostam na potencialidade da educação em oferecer a possibilidade de uma compreensão da realidade histórico-social e explicitar o papel do sujeito como construtor e transformador dessa realidade.
Essas teorias críticas, influenciaram o cenário brasileiro: PEDAGOGIA LIBERTÁRIA, PEDAGOGIA LIBERTADORA, PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
A PEDAGOGIA LIBERTÁRIA: está ligada a filosofia do anarquismo, com característica principal uma desconfiança profunda em relação ao papel do Estado, considerando nocivo e desnecessário por impedir a liberdade. Coloca como papel da escola “ exercer uma transformação da personalidade do aluno no sentido libertário e autogestionário”. Gazim,2005. Não aceita a ingerência, o mando do Estado na educação. CONTEÚDOS: são colocados à disposição do aluno, mas não exigidos. Surgiriam com base nas necessidades e interesses dos grupos, indiferentemente de uma organização seqüencial e linear de temas de estudo. MÉTODO DE ENSINO: se baseia na vivência grupal( através de assembléia, conselhos, eleições, reuniões, associações), na autosugestão, na inicitiva dos alunos. Segue o método indutivo e se estrutura em três etapas: possibilita contato, abertura, relações informais entre os alunos – o grupo se organiza por meio da participação e decisão coletiva – o grupo se organiza de forma mais efetiva na direção de conquista de sua liberdade. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO:assume características próprias. Ambos são livres, estando numa relação que cabe ao professor, orientar, catalisar as reflexões, organizar em conjunto com os alunos os momentos de reflexão e se misturar a eles no decorrer desse processo. AVALIAÇÃO: como o princípio que rege a educação libertária é contra qualquer forma de controle e de burocracia, não há avaliação formalmente estabelecida.
A pedagogia libertária não se efetivou em grande escala exatamente por propor a superação da escola burguesa.
A PEDAGOGIA LIBERTADORA: tem PAULO FREIRE seu autor mais conhecido. Está fortemente ligada aos movimentos de cultura popular e por isso, a marca de sua atuação é a educação “ não formal”, ou seja, fora da escola. A preocupação com a educação dos excluídos é a tônica dessa corrente pedagógica. A concepção dessa corrente pedagógica de que a educação é um ato político, que a conscientização dos educandos ( das massas) é uma ferramenta em prol da transformação social. PAPEL DA ESCOLA: propõe a formação da consciência política do aluno por meio da problematização da realidade. PAULO FREIRE considerava que a escola da sua época promovia uma educação bancária, ou seja, depositava informação no aluno, esperando que ele devolvesse num momento da avaliação. Para contrapor a educação bancária, FREIRE propõe a educação problematizadora, por meio de um método dialógico, ativo que exige uma relação de autêntico diálogo entre aprendiz e educador. Ambos são aprendizes, ambos ensinam. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: assume características bem definidas.Deve ser horizontal, sem hierarquia nem diferenciação, de modo que educador e educando se posicionem, ambos como sujeitos envolvidos no ato do conhecimento. CONTEÚDOS: denominados temas geradores. Para FREIRE o importante não era uma listagem preestabelecida de conteúdos, e sim que eles brotassem da vivência do grupo e contribuíssem significativamente para uma nova compreensão da realidade vivenciada, menos ingênua e mais crítica. AVALIAÇÃO: nessa concepção, não faz sentido propor ações formais de avaliação e sim acompanhar o progresso do grupo rumo à conscientização por meio da autoavaliação e de produção escritas.
PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: tem como seu principal representante DERMEVAL SAVIANI. Primeiro chamou-a de revolucionária e depois batizou de histórico-crítica. A posição da pedagogia histórico-crítica se baseia na compreensão de que a realidade não é estática e linear, mas sim dialética. Se diferenciava da teoria libertadora de FREIRE , que desconfiava do papel da escola como sendo bancária e apostava nos movimentos populares para promover a educação dos excluídos.
PAPEL DA ESCOLA: é socializar os conhecimentos e saberes universais, principalmente para as camadas sociais. A escola tem um espaço de ação no sentido de transformar a realidade, mas ela não pode tudo. Ela também é parte da sociedade, não sendo superior a todos os outros elementos que a formam. CONTEÚDOS: têm grande relevância para a pedagogia histórico-crítica. Eles são os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, mas sempre reavaliados em face das realidades sociais. A difusão dos conteúdos é tarefa primordial porque o acesso ao conhecimento é o melhor modo de favorecer a luta pela construção de uma sociedade mais justa.
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: deve ser interativa. Ambos são sujeitos do processo ensino-aprendizagem, mas com papéis distintos. PAPEL DO PROFESSOR: planejar e dirigir o processo de ensino-aprendizagem de modo que os alunos compreendem o conteúdo e o relacionem com suas vivências. O professor é visto como um profissional que precisa desenvolver uma competência técnica( saber ensinar, avaliar, etc) sempre aliada a um compromisso político.
PAPEL DO ALUNO: é participar ativamente desse processo, trazendo suas impressões e conhecimentos, agrupando com os trabalhados em sala de aula e colocando-a na prática social. METODOLOGIA: o método baseado na dialética, segue os seguintes passos: - prática social(ponto de partida) – problematização – instrumentalização – cartase ( incorporados pelos alunos) – prática social (ponto de chegada) AVALIAÇÃO: tem um papel importante. Deve ser diagnóstica( permanente e contínua), com o objetico de apontar ao professor e alunos o que já foi ou não assimilados.
NEOPRODUTIVISMO E SUAS FACES: NEOESCOLANOVISMO – PEDAGOGIA DAS COMPETÊNCIAS - NEOTECNICISMO
 NEOPRODUTIVISMO: essa concepção compreendia educação como fator de crescimento da produção e afirmava que seus benefícios atingiriam empresas, indivíduos e sociedade como um todo. Ao mesmo tempo que mantém a crença ( educação como fator de ampliação da produtividade da empresa), altera a base da teoria do capital humano, empurrando para o próprio indivíduo e isentando o Estado, a responsabilidade por sua própria formação.
NEOESCOLANOVISMO: retoma com bastante ênfase o lema “ aprender a aprender”( aprender a estudar, a buscar conhecimentos, a lidar com situações inusitadas) se relaciona à necessidade de atualização constante dos trabalhadores com o objetivo de manter a empregabilidade. CONTEÚDOS: são relativizados, considerados de menor importância sob a justificativa que a ciência se desenvolve tão rápido que é inútil aprender conceitos que serão substituídos em breve. PROFESSOR: é colocado como mero auxiliar no processo, não lhe cabe a tarefa de transmitir conhecimento. ALUNO: buscar aprender o que lhe for mais importante mediante seus interesses ou necessidades pelo trabalho.
NEOTECNICISMO: retoma o ideário tecnicista. Alguns pensadores voltam a defender uma relação mais próxima da escola com o mercado de trabalho. O neotecnicismo procura organizar a escola de modo que ela promova o ajuste dos indivíduos aos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade que orientam a produção flexível.
PEDAGOGIA DAS COMPETÊNCIAS: mantém fortes laços com o escolanovismo. Para KUENZER essa linha pedagógica se equivoca ao afirmar que a educação escolar é específica, intencional, sistematizada e criada pela humanidade para transmitir aos mais jovens os conhecimentos necessários para uma sobrevivência digna na sociedade.
RECUO DA TEORIA: recuo da teoria na educação significa supor que o professor deve ser formado tendo como base principalmente o saber-fazer (prática), já que o aprofundamento teórico seria perda de tempo.

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