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* SISTEMA DE LEQUES TERRÍGENOS * Conceito: depósitos em forma de leque ou cones compostos de sedimentos mal classificados, ocorrentes: no sopé de montanhas ou de cadeias de montanhas, na base de escarpas de falhas em crescimento na parte inferior dos vales e planícies submarinas, relacionadas à foz de alguns rios onde as encostas íngremes se tornam mais suaves. * Incluem: LEQUES ALUVIAIS LEQUES DELTÁICOS OU COSTEIROS (Fan deltas) CUNHAS DE CLÁSTICOS * LEQUES ALUVIAIS depósito sedimentar clástico em forma de cone, acumulado na base de regiões montanhosas onde a corrente confinada em vales estreitos, emerge em uma região baixa adjacente * * * * * LEQUES DELTÁICOS OU COSTEIROS (Fan deltas) leque aluvial que prograda em um corpo aquoso (lago ou oceano) caracterizado pela associação distal com as fácies do ambiente subaquoso biota lacustre/marinha e associação com folhelhos lacustres/marinho ( reservatórios de HC) * apresentam evidências de retrabalhamento por processos subaquosos partes: subaéreas, costeira, subaquosa processos similares aos dos leques aluviais; Ex: Formação Pendência * * Fonte: Tomazzelli, 2009 * * * * * CUNHAS CLÁSTICAS complexo de leques aluviais ou deltáicos, considerados com as fácies marginais associadas formados pela coalescência de leques aluviais ou fan deltas (bajadas) ou ao longo de falhas * espessa unidade de clásticos do registro geológico, geralmente associada com tectônica, blocos de montanhas, etc. persistentes em uma faixa linear e a maioria limitada por escarpas de falhas contemporâneas cascalhos e matacões próximos à fonte gradando rapidamente para material fino e para fácies de outros sistemas, podendo passar a turbiditos * * * LEQUES ALUVIAIS POTENCIAL ECONÔMICO Au e U singenéticos (Witwatersand – África do Sul, área do Blind River-Elliot – Canadá) Carvão Petróleo Água * Onde se formam ? em regiões áridas e semi-áridas (principalmente) alguns em regiões húmidas (Himalaias, Japão) alguns em regiões árticas ou planícies glaciais (“glacial outwash”) * morfologia em leque nem sempre preservada alinhamento longitudinal dos corpos depósitos podem estar associados com vários ambientes (topografia + condições climáticas) – fluvial, desértico, glacial, costeiro * Condicionantes para origem: contexto tectônico ativo responsável por fortes gradientes (1°– 25°) súbita mudança no mergulho, favorecendo a deposição e ação da corrente intermitente (gerada por tempestades sazonais em climas áridos ou da fusão da neve. grande suprimento de material (influenciado pelo clima e a tectônica (falhas normais, rifteamento) * vegetação escassa alta energia deposição rápida * Fonte: Tomazzelli, 2009 * * CARACTERÍSTICAS vão se irradiando com presença de canais mais profundos na região proximal e a medida que se distanciam tornam-se mais rasos mais comuns em regiões de climas árido e semi-árido fluxos episódicos * GEOMETRIA Cunha/Lobo Espessura até 104 m Extensão até 105 m * GEOMETRIA EXTERNA: depósitos cônicos-côncavos longitudinalmente convexos transversalmente GEOMETRIA INTERNA complexa devido à rápida progradação * * CONTROLES DA EVOLUÇÃO E GEOMETRIA: CLIMÁTICO alta precipitação declividades são suaves climas áridos mergulhos íngremes LITOLÓGICO controla a forma e o tamanho rocha fonte argilitos e folhelhos mais íngremes e largos TECTÔNICO escarpa de falha * MORFOLOGIA GERAL LEQUES DE CLIMA ÁRIDO determinada porção do leque cresce num determinado tempo e o restante fica abandonado centenas de km2 – 2 a 8 km alto gradiente – dezenas m/km rios efêmeros fluxos gravitacionais comuns (fluxos de massa) paleossolos raros presença de caliche * * * LEQUES DE CLIMA ÚMIDO canalização intensa (rede de canais entrelaçados na parte proximal e meandrantes na distal) centenas de km2 baixo gradiente – m/km rios perenes fluxos gravitacionais raros (associados mais a água limpa – fluvial) paleossolos comuns caliche raro * * * * UNIDADES MORFOLÓGICAS E FACIOLÓGICAS: Radialmente subdivididos em: LEQUE SUPERIOR (upper segment) gradiente > 5° canal principal (canyon) poucos canais conglomerado * LEQUE MEDIANO (middle) gradiente 5 – 2° múltiplos canais conglomerado + arenito * LEQUE INFERIOR (lower) gradiente < 2° diamictitos + arenitos/pelitos * PROCESSOS DEPOSICIONAIS TIPOS fluxos trativos (fluxos torrenciais canalizados e não canalizados) fluxos gravitacionais (fluxo de detritos e outros) * FLUXOS DE CORRENTES processos atuantes em sistema fluvial sedimentos transportados por tração, saltação e suspensão por fluxos de água canalizados ou não depósitos característicos das fácies distais de leques úmidos * DEPÓSITOS Fluxos canalizados preenchimento de canais margem de canais áreas inter-canais Fluxos não-canalizados (menos canalizados) áreas externas ao canal lençóis de sedimento depósitos de peneiramento * DEPÓSITOS DE CANAIS canais longos e estreitos tornam-se mais rasos para jusante padrão retílíneo – parte mais interna do leque padrão entrelaçado – parte mediana e externa camadas conglomeráticas >2 m espessura superfície basal côncava c/contatos erosionais com depósitos subjacentes e laterais * * Depósitos marginais (dique) e inter-canal pouco preservados em sequências antigas devido mudanças do canal camadas pouco espessas, granulometria fina a medida que se afastam do canal geometria em lençol (sheet) * Depósitos de inundação em lençol (sheetflood deposits) espalhamento da corrente fluvial durante evento de inundação fluxo emerge do canal (ponto de interseção) partes mais inferiores do leque diminuição da velocidade do fluxo + emergência dos canais + declive suave deposição de lençóis de sedimento barras de cascalho ou areia dissecados ou não por pequenos canais * Depósitos de inundação em lençol arenosos com pouca argila bem selecionados estratificação planar e cruzada * * DEPÓSITOS DE PENEIRAMENTO (SIEVE DEPOSITS) depósitos de corrente lobos permeáveis de cascalho que afinam para montante descarga da inundação se infiltra antes de atingir as bordas do leque típicos de regiões áridas * * * Fonte: Tomazzelli, 2009 * Depósitos de leques atuais: camadas maciças e extensas lateralmente de cascalho, bem selecionado, c/clastos angulosos e monomíticos, imbricados Depósitos antigos: pouco representativos devido deposição e cimentação preenchimento poros com argilominerais Pré-Cambriano Texas; placeres de Au e U da África do Sul * Depósitos de fluxos de detritos coesivos pobremente selecionados gradação inversa na parte basal camadas desorganizadas contendo bastante matriz argilosa impermeáveis e não porosos declives fortes * formam-se onde área fonte fornece abundante material lamoso vegetação escassa chuvas sazonais ou irregulares ocorrem misturados com depósitos de fluxo de corrente podem ser confinados em canais ou se espalhar lateralmente como lençóis ou lobos * * * DEPÓSITOS ASSOCIADOS A FLUXOS GRAVITACIONAIS depósitos de queda de rocha, deslizamento, escorregamento, avalanches de neve lama, areia, cascalho difícil de distinção dos de fluxo de detritos em sequências antigas * * FÁCIES E PROCESSOS TRATIVOS sistema baseado em Miall(1977, 1986) * Litofácies conglomeráticas * Gms * Gm * Gc * Gt * Gp (+ pavimento Gc) * Litofácies arenosas * St * St * Stf - dunas menores * Sp * Sm St * Arenito com estratificação oblíqua de ripples Ripples de ondulação: Simétricos e com bifurcações Sr * Sh (+ fragmentos carbonosos) * Estratificação horizontal de alto regime de fluxo Lineação de fluxo (“parting lineation”), criado por vórtices helicoidais Caso raro, não contemplado nesta classificação * antidunas Caso raro, não contemplado nesta classificação * Litofácies heterolíticas e lutíticas * Ht * Fm (pedogénese incipiente) * Fml (+ concreções óxidos Fe) * Forg * Intraclasto F(m, ml?) * SISTEMAS ASSOCIADOS #19. Slide 19 Fluvial Eólico Lacustre/Sabkha Parálico/Marinho * EXEMPLOS DE LEQUES NO BRASIL Leques deltáicos: For. Salvador – Bacia do Recôncavo For. Resende - Bacia de Resende For. Rio das Conta/Morro do Barro – Bacia de Camamu For. Maceió – Bacia Alagoas * Leques aluviais For. Cabo – Bacia de Pernambuco For. Poção – Bacia Alagoas For. Rio Pitanga – Bacia Sergipe
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