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OVOS PROF. ANA CECILIA FAM DEFINIÇÃO Do ponto de vista da biologia, ovo é o mesmo que Zigoto. É uma célula que se forma após a fusão do núcleo do óvulo com o núcleo do espermatozóide, o que dá origem à célula denominada ovo ou zigoto. É um corpo unicelular formado no ovário. É composto de protoplasma, vesícula germinativa e envoltórios, e contém nutrientes essenciais para nutrir o gérmen. (Ornellas, 2007) VALOR NUTRITIVO Boas fontes de proteínas; Rico em vitaminas A, D e complexo B; Quantidade de minerais é variável (ração); Gema é rica em gorduras (34%), onde 5% equivale a colesterol; ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO QUÍMICA: Peso: aproximadamente 50g 35g correspondem a CLARA ( 4g de proteína e vitamina B12). 15g correspondem a GEMA (6g de gordura, 2g de proteínas – vitaminas A, D, E, K e B – cálcio – ferro – enxofre) ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO CASCA: Escleroproteína ( ou albuminóide : proteína fibrosa que tem a função de sustentação e proteção); Colágeno (proteína insolúvel da pele e do tecido conectivo) Minerais (carbonato de cálcio e magnésio). A casca é porosa, permitindo o intercâmbio entre o ar interno e externo, cobertos por uma cutícula de cera com intuito de evitar perda de água e entrada de microorganismos; Coloração depende da raça e não do VN. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO GEMA: São arrendodadas, composta de fosfo e lipoproteínas; Ovovitelina; fosfoproteína conjugada; Lecitina: lipoproteína; Pigmentos: Xantofila/ Caroteno/ Criptoxantina A coagulação ao calor (65 ⁰C) e a emulsificação são as principais propriedades utilizadas em dietética. As gemas constituem bons agentes emulsificantes para gorduras ou óleos e água. Cor depende da dieta das galinhas; CLARA: Composta por espessa mistura de proteínas de alto valor biológico. (ovoalbumina, avidina, ovoglobulina, etc) e água; Água: 87,8% Ovoalbumina: principal proteína A coagulação (60 ⁰C) está vinculada à desnaturação da proteína. Agentes que causam a desnaturação da proteína são calor, força mecânica, o congelamento, a ação ácida. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO PROPRIEDADES Coagulação; Emulsificação; Formação de espumas. PROPRIEDADES COAGULAÇÃO: vinculada à desnaturação das proteínas. Os agentes causadores podem ser o calor, o congelamento, e ação de ácidos. EMULSIFICAÇÃO: A gema constitui bom agente emulsificante (misturar 2 líquidos não miscíveis). A maionese é um exemplo de emulsão. A estabilidade do sistema pode ser restaurada no caso de desequilíbrio. FORMAÇÃO DE ESPUMA: a espuma da clara de ovo é bastante utilizada na culinária por conferir leveza e textura. Neste processo ocorre retenção de ar devido a viscosidade da albumina, conferindo esponjosidade e leveza as preparações (ponto de aeração) OUTRAS PROPRIEDADES CORANTE: luteína e zeanxantina da gema, apreciado na culinária; AGLUTINANTE: textura suave e uniforme (ex: patês); ANTICRISTALIZANTE: a clara evita a cristalização dos açúcares em produtos de confeitaria (ex: coberturas, suspiros, etc) CONSERVAÇÃO Conservação por calor Na pasteurização há comprometimento da gema e da clara. Prejudicando a propriedade de formar espuma. Na liofilização a reconstituição é tranqüila e mostra a manutenção das propriedades da clara. Conservação pelo frio No congelamento a clara perde um pouco sua viscosidade, e a gema tende à gelificação das sua lipoproteínas com produto final menos emulsificante; Temp. de 0 a 4 C e UR de 74 a 85% 1 a 10 meses Não deve ser guardado na porta da geladeira. CONSERVAÇÃO MO ENVOLVIDOS NA DETERIORAÇÃO DOS OVOS CONSERVAÇÃO Teste da luz: colocar contra luz, se estiver denso (fresco), oco (velho); Teste da água: Para saber se um ovo é fresco, deve-se mergulhá-lo em água, se afundar é fresco, se boiar é velho. Quanto mais envelhecido, mais absorve ar pela casca que é mais porosa. Fresco: casca fosca e áspera, clara e gema firmes (centralizada), pH ácido (CO2) Velho: casca lisa e com certo brilho, clara quase liquefeita, gema dilatada, pH alcalino CONSERVAÇÃO APLICAÇÕES EM TÉCNICA DIETÉTICA Utilizado ovos de várias espécies (aves, tartarugas e peixes), principalmente o de galinha; Para dar forma aos alimentos devido a propriedades de coagular retendo a forma A clara batida é usada em merengues, bolos suflês para dar leveza a preparações. Isso se deve a viscosidade da albumina que permite a retenção de ar. A adição ácido ou açúcar em pequenas quantidades aumenta a estabilidade da clara, mas requer um batido mais prolongado. Sal compromete o volume e estabilidade da espuma. Adição de sal ou ácido acelera a coagulação protéica. APLICAÇÕES EM TÉCNICA DIETÉTICA Temperatura ambiente é mais favorável para bater as claras (rentabilidade e aeração); Com aquecimento em banho-maria em preparações com clara batida o volume aumenta pela expansão do ar retido. Na clara batida existe uma película de proteína que rodeia a bolha de ar, sendo indicada a sua mistura nas preparações em ultimo lugar, para que não se rompa essa bolha, escapando o ar e diminuindo o volume. Revestimento das preparações como à milanesa; Utilizados com ingredientes de massas, bolos, tortas, pães, omeletes, frigideiras, molhos, maionese etc. Poderá ser servido cozido, frito ou pochê APLICAÇÕES EM TÉCNICA DIETÉTICA APLICAÇÕES EM TÉCNICA DIETÉTICA CUIDADOS: Quebrar um a um; Não utilizar cru (salmonelose); Cortar ovos cozidos (facas mergulhadas na água quente); Evitar cozimento excessivo (Enxofre da protéina liberam sulfeto de hidrogênio) odor desagradável e cor escura. Após a cocção esfriar rapidamente a fim de evitar o anel escurecido em torno da gema (sulfeto de ferro S aquecido da clara + Fe da gema); Não acrescentar ovos a misturas quentes para não talhar; CUIDADOS: BIBLIOGRAFIA CAMARGO, E.B., et al. . Técnica dietética: seleção e preparo de Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2005. ORNELLAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de Alimentos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2001. PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dietética. São Paulo: Ed. Manole, 2003. TEICHMANN, Ione T. Mendes. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul, RS: Educs, 2000.
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