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SISTEMA NERVOSO

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SISTEMA NERVOSO:
UMA ABORDAGEM DESCRITIVA SOBRE FUNÇÕES, ESTRUTURA E TIPOLOGIA
Relatório de revisão bibliográfica, solicitado pelo professor Hemetério Oganda, como requisito de avaliação parcial da II Unidade, da disciplina Biologia II, no Instituto Federal Bahia – IFBA, Câmpus Salvador.
Salvador
2014
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
O sistema nervoso é uma complexa rede, responsável por integrar e coordenar os múltiplos processos biológicos que ocorrem simultaneamente no organismo. Além de agir como sistema de comunicação interno do organismo, é responsável, também, pela percepção, processamento, resposta e transmissão das interações e variações do meio externo em relação ao indivíduo.
O sistema nervoso regula as funcionalidades orgânicas do corpo, analisando esse conjunto de interações. Portanto, pode ser considerado como a central de sensoriamento, transmissão, análise/processamento e respostas do corpo, tendo em vista que é o responsável pela coordenação dos múltiplos sistemas do corpo.
Esse complexo sistema é dividido em duas partes principais: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). Esses dois sistemas em conjunto são constituídos por diversos órgãos, dos quais destaca-se: a complexa rede de neurônios, que abrange todos os extremos do corpo; o cérebro, que funciona de forma análoga à um computador, contudo exercendo funções singulares de desenvolvimento complexo, através do aprendizado ou emoções, por exemplo; e a medula espinhal, à qual atua como centro de transmissão e integração dos nervos.
Nesse relatório, abordar-se-á aspectos teóricos referentes ao Sistema Nervoso. Abordando desde a sua constituição, classificação, estrutura, órgãos e sistemas, funcionalidades, propriedades e características. Desse modo, o objetivo desse trabalho é efetuar uma abordagem descritiva a respeito do sistema nervoso.
Pretende-se utilizar como metodologia: a ilustração dos sistemas e órgãos apresentados ao decorrer do relatório, descrevendo-os sempre que possível; a revisão de literatura, a fim de fomentar o debate, provendo fontes capazes de esclarecer e possibilitar uma rica descrição do tema proposto. A revisão de literatura far-se-á com base na utilização de artigos científicos, apostilas virtuais, websites eatlas do corpo humano.
 SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso possui como unidade morfológica básica, as células nervosas, os neurônios. A comunicação do sistema nervoso faz-se por meio de micro impulsos elétricos. De acordo com Abril (2008, p. 12), esses impulsos “trafegam pelas longas vias semelhantes a cordões, os nervos. O encéfalo, a medula espinhal, as raízes nervosas, e os nervos forma uma complexa rede de comunicação e comando que somam mais de 100 bilhões de neurônios”.
O sistema nervoso é deveras complexo, tendo em vista que é constituído por vários sistemas e subsistemas. De forma geral, o sistema nervoso é constituído pelo Sistema Nervoso Central (SNC) e pelo Sistema Nervoso Periférico (SNP), ambos ilustrados na figura 1. Para Montanari (2013, p. 73) o SNC é constituído pelo encéfalo e medula espinhal, enquanto o SNP é constituído por aglomerados de neurônios, os gânglios nervosos, pelo tecido nervoso, que é uma extensa rede de neurônios, que formam nervos, e estende-se por todo o corpo.
Figura - (a) sistema nervoso central; (b) sistema nervoso periférico
 
(a) (b)
Fonte: MENDONÇA, 2014.
Os nervos, por sua vez, são responsáveis por conectar o sistema nervoso central e os órgãos periféricos, tendo em vista que é responsável pela transmissão e comunicação elétrica entre os sistemas. Os nervos transmitem os impulsos nervosos de todas as naturezas, isto é, tanto de comunicação, resposta, processamento interno, quanto de sinais externos. De acordo com Montanari (2013, p. 73):
O tecido nervoso recebe informações do meio ambiente através dos sentidos (visão, audição, olfato, gosto e tato) e do meio interno, como temperatura, estiramento e níveis de substâncias. Processa essas informações e elabora uma resposta que pode resultar em ações, como a contração muscular e a secreção de glândulas, em sensações, como dor e prazer, ou em informações cognitivas, como o pensamento, o aprendizado e a criatividade. Ele é ainda capaz de armazenar essas informações para uso posterior: é a memória.
Os locais onde os nervos originam-se dá a eles seus nomes, de modo que os nervos conectam o encéfalo à outros órgãos, denomina-se nervos cranianos; sendo que, caso a conexão seja feita na medula espinhal denominar-se-á como sendo nervos espinhais. De acordo com a mesma autora o tecido nervoso é constituído de dois tipos de células básicas: neurônios, responsáveis pela transmissão, e células neuroglia, que não serão abordados, mas que são responsáveis pela sustentação ou defesa dos neurônios.
 CÉLULAS NERVOSAS – NEURÔNIO
Como explicado, o sistema nervoso é constituído de um complexo sistema de comunicação, onde o elemento essencial são os neurônios. Essas células dividem-se em algumas partes específicas, como apresentado na figura 2. O corpo celular é a parte principal da célula, e é onde está contido o núcleo celular e as mitocôndrias. No corpo, dependendo do tipo de neurônio, pode estar conectado os dendritos.
Figura - Estrutura dos neurônios
Fonte: MENDONÇA, 2014.
Grosso modo, há duas vias de comunicação dos neurônios: pelos dentritos ou pelos axônios. Os dentritos são a conexão dos neurônios com outros neurônios, ou com células de natureza semelhante a estas, que podem existir em outros órgãos. Portanto, destinam-se a comunicação local no corpo: é o meio de comunicação das células com as próprias células no meio interno. Para Abril (2008, p. 12) “os axiônios transmitem mensagens para fora do corpo celular, para outros neurônios, ou células musculares ou glandulares”.
Como apresentado na imagem, os dentritos tendem a ser mais curtos e com muitas ramificações, enquanto os axiônios tendem a ser mais longos e com menor quantidade de ramificações. O neurônio é constituído ainda pela bainha de mielina, que atua como isolante elétrico dos axônios, impedindo que os neurônios entrem em curto-circuito enquanto transmitem os sinais elétricos. Entre as bainha há um espaço vazio, que as separa, o nódulo de Ranvier. Sendo que o material das bainhas são produzidos pelas células de Schwann.
São os neurônios os elementos responsáveis pela comunicação do sistema nervoso. A transmissão se dá por impulso nervosos, também conhecidos como potenciais de ação. Segundo Abril (2008, p. 15),
esses impulsos são os mesmos por todo o corpo – cerca de 100 mV de intensidade e duram cercade de 1 ms. [...] em geral, quando um neurônio recebe impulsos suficientes de outros neurônios, ele dispara o seu impulso, numa onda de íons (partículas com carga elétrica) em movimento. O impulso salta de um neurônio para o outro, em pontos de encontro chamados sinapses.
O terminal do axiônio é o local onde ocorre a sinapse, fenômeno onde há a transmissão do sinal pela fenda sináptica, que é o espaço “vazio” que separa dois neurônios. A comunicação torna-se possível através dos neurotransmissores, que são compostos químicos liberados através de vesículas sinápticas e que propiciam a comunicação ou a inibição da mesma.
Os neurônios podem ser classificados de acordo com o seu prolongamento, ou pela sua função. Com base no prolongamento, existem três tipos de neurônios, ilustrados na figura 3, Neurônios unipolar, neurônio bipolar e neurônio multipolar. Na figura 3 (b), apresenta-se o processo de renegeração dos neurônios, em caso de danos, todavia esse processo não será abordado aprofundadamente.
De acordo com Montanari (2013, p. 76), os neurônios unipolar ou pseudounipolares, são aqueles que surgem no período embrionário como neurônios bipolares. Os dois prolongamentos iniciais, entretanto, unem-se ao decorrer do desenvolvimento, ao corpo da célula, sendo que “as arborizações terminais do ramo periférico recebem estímulos, funcionando como dendritos, e estes estímulos, sem passar pelo corpo celular, transitampara o axônio, que se dirige para o SNC. Ocorrem nos gânglios sensitivos.”.
Figura - (a) tipos de células nervosas; (b) regeneração das células nervosas
 
(a) (b)
Fonte: MENDONÇA, 2014.
Os neurônios bipolares são aqueles que apresentam os dois prolongamentos, os dentritos e os axiônios, contudo o corpo celular apresenta-se entre os dois. O neurônio multipolar é aquele que apresenta mais de dois prolongamentos celulares, sendo que são os neurônios mais comuns, estando presente no cérebro e cerebelo. Quanto a funcionalidade, Montanari (2013, p. 77), classifica-os como sendo:
– neurônios sensoriais (aferentes), que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo e os conduzem ao SNC para o processamento. São neurônios pseudounipolares;
– interneurônios, que estabelecem conexões entre outros neurônios. Estão localizados no SNC. Muitos são neurônios bipolares;
– neurônios motores (eferentes), que se originam no SNC e conduzem os impulsos para outros neurônios, glândulas ou músculos. São neurônios multipolares.
 SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O Sistema Nervoso Central (SNC) é responsável pela recepção, análise e integração entre as diversos informações provindas dos nervos. A partir da análise conjunta, entre os diversos mecanismos que compõem o encéfalo, torna-se possível definir respostas aos diversos tipos de estímulos elétricos recebidos.
O SNC é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, situados e protegidos pelo crânio, ou caixa craniana, e pela coluna vertebral, respectivamente. Tanto o encéfalo, quanto a medula espinhal, são constituídos por três subcamadas protetoras, as meninges: dura-máter, parte mais externa, constituída por vasos sanguíneos; aracnoide-máter, situada na intermédia, constitui-se de tecido conjuntivo; e pia-máter, parte mais interna e que está intimamente conectada ao SNC.
Figura – Proteção do SNC
Fonte: MENDONÇA, 2014.
O SNC possui mais uma camada de proteção: o fluido cerebroespinhal (FCS), ou líquor, o qual é uma substância de natureza aquosa produzida a partir de ventrículos cerebrais. A função da FCS é fundamental para a longevidade do encéfalo e medula espinhal, pois através desse líquido reduz-se quaisquer impactos externos, absorvendo e dispersando forças que poderiam gerar danos ou lesões ao órgão. Em ambos, preenche o espaço entre as meninges aracnoide e pia-máter.
 encéfalo
O encéfalo é um dos principais sistemas do SNC, pois para além da capacidade de um computador, é responsável por diversos processos deveras complexos. Suas funções abrangem desde a resposta imediata a estímulos do meio, até o processo de aprendizagem, as capacidade de possuir emoções e a possibilidade de realizar autocrítica. Cada parte do encéfalo é responsável pela execução de alguma ação específica, como apresenta a figura 5.
Figura – (a) Estrutura encefálica (b) funções do encéfalo
(a) (b)
Fonte: MENDONÇA, 2014.
Este órgão é constituído, como apresenta a figura 5, pelo cérebro, cerebelo, bulbo e medula espinhal, em conjunto, constituem a central de processamento do indivíduo. O cérebro, individualmente, corresponde a mais de quatro quintos de todos os tecidos que constituem o encéfalo. De acordo com Abril (2008, p. 18), o cérebro “tem aparência rugosa, coberto de dobras, sulcos e fissuras”. As funções do órgão são diversas, de modo que este divide-se em lobos. Segundo a mesma fonte, os principais lobos do cérebro são:
Lobo Frontal, o qual é responsável: pela fala, no que se refere a organização e coerência; pelo “engate” inicial para os movimentos; e, também, pelos aspectos referentes a personalidade dos indivíduos.
Lobo Temporal, como sugere o nome, é o local onde armazena-se as memórias, é nele que funções como a capacidade de efetuar o reconhecimento de sons, tons e intensidades ocorre. Dividindo-se em: fissura lateral e sulco temporal superior.
Lobo Parietal, é uma área fundamental para a sobrevivência e adaptação do espécime, tendo em vista o fato de ser a “área relacionada à percepção e interpretação de sensações corporais como tato, temperatura, pressão e dor”.
Lobo Occipital, último dos quatro lobos cerebrais, é responsável pela “análise e interpretação da informação visual, a partir de sinais nervosos enviados pelos olhos”.
O cerebelo, por sua vez, tem tamanho muito reduzido, quando comparado ao cérebro, tendo em vista que ocupa aproximadamente a décima parte de todo o volume do encéfalo. Para Abril (2008, p. 18), o cerebelo “tem funções relacionadas com a organização da informação motora enviada aos músculos, para que os movimento sejam suaves e coordenados”.
O bulbo ou tronco encefálico, é a parte mais inferior do encéfalo, é ele quem precede a medula espinhal. Esse região é a com maior nível de automação em todo o encéfalo. Tendo em vista que, segundo Exata (p. 24), ele é responsável pelo “controle da frequência respiratória, controle dos batimentos cardíacos e atividades reflexas como espirro e tosse.”
 Encéfalo primitivo
Além dos aspectos abordados anteriormente, que incluem a coordenação e racionalidade dos indivíduos, há ainda uma parte mais interna do encéfalo, denominada encéfalo primitivo, que é responsável pelos “instintos”. Nesse contexto, os instintos abrangem ações tomadas sem a devida consciência ou racionalidade dos atos, principalmente em momentos de intenso estresse ou em crises.
As partes que constituem o encéfalo primitivo denominam-se sistema límbico e partes associadas, que atua no inconsciente e nos comportamentos instintivos. E divide-se em:
Corpo mamilar – atua como chave (on-off), e vincula-se as memórias;
Bulbos olfatórios – processamento e identificação dos odores;
Hipocampo – responsável pelas memórias de curto prazo, compreensão de novas experiências e processo de aprendizagem;
Amígdala do cerebelo – controla sensações como fome, sede, desejo sexual e necessidades do corpo.
Giro parahipocampal – auxilia na redução das emoções violentas, além de formar e recuperar informações sobre topografia dos ambientes;
Mesencéfalo – faz a comunicação com o córtex e tálamo;
Fórnice – um dos responsáveis pela comunicação interna do organismo;
Giro de cíngulo – responsável pela alteração das emoções.
 MEDULA ESPINHAL
A medula espinhal é uma parte constituinte do sistema nervoso central, sendo, principalmente, responsável por mediar a comunicação do encéfalo com as outras partes do corpo humano. É uma estrutura de extrema importância para o sistema nervoso e para o correto funcionamento do corpo, já que está direta ou indiretamente ligada aos órgãos do organismo humano.
A medula espinhal é um cordão cilíndrico que está localizado no interior da coluna vertebral tendo cerca de 45 centímetros de comprimento em um homem adulto e cerca de 1 a 1,7 centímetros de diâmetro. A medula deve ser protegida ao máximo de agressões externas e por isso mesmo está localizada no interior das vertebras. Uma lesão na medula espinhal pode comprometer o correto funcionamento do corpo e afetar áreas relacionadas ao movimento, especialmente, dos membros superiores e inferiores.
A medula está ligada ao bulbo e se prolonga até um pouco depois das costelas. O bulbo é um órgão que compõe o encéfalo e é responsável por transmitir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice versa, além de enviar os impulsos que controlam diversas atividades do corpo humano, como, por exemplo, digestão, excreção, respiração e circulação.
A medula espinhal é responsável por atuar como uma estação nervosa retransmissora, na medida em que recebe impulsos nervosos recolhidos de todas as partes do corpo e somente depois reenvia para o encéfalo. Além de ser responsável por intermediar a comunicação entre o corpo e o encéfalo, a medula também é responsável por tomar ações simples e rápidas para certos tipos de estímulos.
Caso, como por exemplo, alguma pessoa toque em um recipiente ou local quente, está irá retirar instantaneamente a parte do corpo que está em contato com a superfície com alta temperatura. Essa ação instintiva realizada,que foi consequência do toque em local quente é um estimulo simples e que tem uma resposta diretamente da medula espinhal e não de outra parte do sistema nervoso.
Como já explicado, tal como o encéfalo, a medula espinhal, representa na figura 7, é composta por meninges e envolta por um liquido, chamado de cefalorraquidiano, líquor ou FCS, cuja função principal é fornecer proteção para a medula. As três membranas (meninges) da medula espinhal são a Dura-máter, Aracnoide e Pia-máter, sendo a dura-máter, a mais externa, a aracnoide, a intermediária e a pia-máter, a mais interna. O líquido cefalorraquidiano preenche o espaço que existe entre as duas meninges mais externas.
Figura – Medula espinhal, meninges e sua estrutura.
Fonte: VIRTUOUS, 2010.
A medula possui em seu no centro do seu interior um fino canal que percorre toda sua extensão e que também é preenchido pelo liquido cefalorraquidiano. A medula é formada por uma substância branca e por uma substância acinzentada, sendo que a branca está localizada na parte externa e a cinza na parte interna, como representado na Figura 1. A parte cinza possui o formato da letra H e é a região que dá origem às raízes nervosas.
A medula espinhal é, portanto, uma estrutura constituinte do sistema nervoso central e que possui grande importância para o processo de transmissão de informações para o encéfalo e resposta para estímulos simples. Sendo assim, não deve sofre impactos muito grandes que podem causar lesões graves na mesma e deixar a vítima da lesão com graves sequelas.
 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O organismo humano apresenta uma série de ações e comandos que podem ser voluntários, que depende da vontade do individuo, ou pode ser involuntário que não depende da vontade do individuo. Atividades como movimentar alguma parte do corpo e pensar são exemplos de ações voluntarias. Já ações como os movimentos das vísceras e o batimento do coração são autônomas, por que independem da vontade do individuo.
Essas ações autônomas estão sob o controle do sistema nervoso periférico autônomo (SNPA), e para realizar tais ações, esse sistema nervoso atua sobre as musculaturas lisa e cardíaca, promovendo contrações nas mesmas. O sistema nervoso autônomo é formado pelos nervos e gânglios nervosos que, são em geral ramificações da medula espinhal e do encéfalo.
O SNPA têm a função de regular a atividade e o ambiente interno do corpo, por meio do controle de atividades relacionadas à digestão, respiração, circulação sanguínea, ao sistema urinário e endócrino, ou seja, atividades que não dependem da vontade de nenhuma pessoa. A regulação dessas atividades é feita por meio de neurofibras motoras que levam os impulsos do sistema nervoso central para a musculatura cardíaca, vísceras, músculos não estriados e para os outros locais de atuação do SNPA. A transmissão dos impulsos ocorre, no caso do SNPA por meio de dois tipos de neurônios: o pré-ganglionar e pós-ganglionar.
O SNPA é dividido em simpático e parassimpático. Esses dois ramos atuam sob os mesmos sistemas, músculos e órgãos, mas de maneira oposta de modo que um estimula e o outro inibe. O simpático é responsável pelo estímulo, como por exemplo, aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, enquanto que o parassimpático estimula atividades relaxantes. Além disso, os impulsos nervosos do sistema simpático partem da região lombar e torácica da medula e o neurotransmissor liberado para estimular as atividades é a noradrenalina ou adrenalina, enquanto que no parassimpático os impulsos partem do encéfalo e do final da medula e o neurotransmissor utilizado é a acetilcolina.

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