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Capítulo 41. Litíase urinária epidemiologia, fisiopatologia e diagnóstico

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432
Capítulo 41
Litíase urinária: 
epidemiologia,
fisiopatologia e diagnóstico
Dr. Ricardo Brianezi Tiraboschi 
Dr. José de Bessa Junior
Dr. Victor Pereira Paschoalin 
Palavras-chave: litíase ureteral, litíase urinária, fatores de risco, epidemiologia, prevalência, diagnóstico
Epidemiologia
A litíase urinária é um problema relativamente comum 
na prática urológica, com significativo ônus e negativas re-
percussões para a sociedade. A compreensão dos aspectos 
epidemiológicos dessa doença é fundamental para o plane-
jamento tanto das ações individuais quanto coletivas para 
sua prevenção, diagnóstico e tratamento. 
Existem relatos de cálculos renais desde a antiguidade, 
em múmias egípcias de cerca de 6.000 anos e relatos de 
litotomias terapêuticas realizadas na Índia há aproximada-
mente 3.000 anos.1
Nas últimas décadas, por volta de 2 milhões de consul-
tas foram realizadas a cada ano nos EUA para a avaliação 
de litíase urinária ou de condições diretamente decorrentes 
dela e estima-se que esse número aumente a cada ano.2-4
Os cálculos urinários são mais frequentes nos homens 
do que nas mulheres, acometem indivíduos em todas as fai-
xas etárias, com pico de incidência entre os 20 e 40 anos. 
A prevalência aumenta com a idade e varia regionalmente e 
entre as etnias, sendo mais comum nos caucasianos do que 
nos asiáticos, hispânicos e afrodescendentes.5
Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres 
apresentarão sintomas decorrentes de cálculos urinários até 
os 70 anos. Na maioria dos casos, os cálculos contêm cál-
cio, mais comumente oxalato de cálcio.6,7
A prevalência da litíase urinária vem aumentando nas úl-
timas décadas. De 3,8% em 1980 cresceu para 5,2% em 1994 
e para aproximadamente 9% no ano de 2010. Nesse mesmo 
período o percentual relativo de mulheres com cálculo tam-
bém aumentou de 25% para aproximadamente 35% dos ca-
sos. Achados semelhantes têm sido observados na população 
pediátrica, com aumento do diagnóstico, das consultas e das 
internações relacionadas à litíase urinária.8-10
Estudos recentes demonstraram associação entre “síndro-
me metabólica” e litíase renal. As mudanças no estilo de vida 
nos últimos anos, caracterizadas pela maior ingesta calórica, de 
proteínas de origem animal e sódio e pelo maior sedentarismo 
levaram a um aumento da prevalência de obesidade. Esses as-
pectos, acrescidos da maior capacidade de diagnóstico em vir-
tude do progresso tecnológico, seriam as principais explicações 
para o aumento da incidência e prevalência da doença.11,12
A história natural do cálculo renal assintomático é pouco 
estudada. Os estudos populacionais que avaliaram o risco de 
progressão, a possibilidade de episódios sintomáticos e as taxas 
de intervenção nestes casos são por vezes conflitantes.13
Estudo recente realizado na Coreia e que acompanhou 
pacientes assintomáticos com cálculo renal por um período 
médio de 30 meses, observou que 50% dos pacientes perma-
neceram assintomáticos, enquanto os demais apresentaram 
eventos relacionados aos cálculos. Destes, aproximadamente 
metade (25% dos casos) eliminou seus cálculos espontanea-
mente e os demais 25% necessitaram de intervenção urológi-
ca complementar (litotripsia extracorpórea ou ureteroscopia). 
Observou-se que pacientes mais jovens, com cálculos meno-
res e cujos cálculos não cresceram no período eram mais pro-
pensos à eliminação espontânea do cálculo. Não houve asso-
ciação entre evolução assintomática ou passagem espontânea 
do cálculo com os seguintes fatores: posição do cálculo nos 
cálices, gênero, diabetes, hipertensão arterial, história fami-
liar, cálculo prévio ou índice de massa corpórea (IMC).14
433
Litíase urinária e endourologia
Esses achados estão em concordância com estudos prévios 
que avaliaram, em pacientes sintomáticos com dor aguda no 
flanco secundária a urolitíase, as taxas de eliminação espon-
tânea, bem como o tempo para que o cálculo fosse eliminado. 
Nesses estudos demonstrou-se correlação entre o tamanho do 
cálculo e sua posição no ureter com a eliminação espontânea: 
cálculos menores e mais distais são mais propensos a serem 
eliminados sem intervenção e em menor tempo.15-17
A possibilidade de recorrência é outro aspecto impor-
tante. Dentre os pacientes com antecedente de litíase renal, 
a frequência de recorrência sintomática de cálculo é de 
aproximadamente 15% no primeiro ano, entre 35% e 40% 
nos próximos cinco anos e 50% em dez anos. A recorrência, 
assim como a incidência, é mais comum entre os homens do 
que entre as mulheres.18,19
Fisiopatologia e fatores de risco
Aproximadamente 80% dos cálculos urinários contêm 
cálcio na sua composição primária, mais comumente oxalato 
de cálcio e com menor frequência fosfato de cálcio. Os de-
mais cálculos são compostos por ácido úrico, estruvita (fos-
fato de amônio magnesiano) e cistina. Um mesmo paciente 
pode ter mais de um tipo de cálculo concomitantemente.
Existem diversas teorias relacionadas à gênese dos cál-
culos e um aspecto assume papel central na sua gênese: su-
persaturação de substâncias usualmente solúveis na urina. 
Hipercalciúria, hiperoxalúria, hiperuricosúria, e cistinúria, 
decorrentes da maior excreção renal e/ou volume urinário 
baixo causam excesso de soluto. Isto leva a supersaturação 
do soluto e precipitação, resultando na formação de cristais, 
que podem se agregar formando um cálculo renal.20
A associação de maior quantidade de solutos e menores 
concentrações de inibidores de formação de cálculo (mag-
nésio, citrato, e pirofosfato), particularmente a hipocitratú-
ria, está ligada a nefrolitíase em adultos e crianças.21-23
Fatores dietéticos como ingesta pobre em cálcio, rica 
em oxalato, rica em sódio, rica em proteínas de origem ani-
mal e baixa ingesta líquida estão também frequentemente 
associados à gênese dos cálculos.24,25
Altas doses de vitamina C também têm sido associadas à 
maior incidência de cálculos.26
Especial ênfase de aspecto funcional está relacionada 
aos trabalhadores que passam parte de sua jornada diária 
diante de fontes de calor como em fundições, siderúrgicas, 
padarias ou até mesmo sob sol direto no caso da construção 
civil, condições estas que elevam as incidências de litíase e 
ressaltam a importância de uma grande ingesta hídrica.
A baixa ingesta de líquidos está amplamente relaciona-
da à formação de cálculos e atribuem-se, dentre outros fa-
tores, ao baixo volume urinário o papel preponderante no 
aumento da concentração de solutos, condição importante 
para a gênese dos cálculos. Em um estudo prospectivo ran-
domizado, pacientes portadores de cálculo renal apresen-
taram produção diária de urina 250 a 350 mL menor do 
que os controles.27,28
Uma variedade de condições médicas tem sido associa-
da ao aumento do risco de formação de cálculos, incluindo 
hipertensão arterial, gota, diabetes mellitus e obesidade, o 
que sugere que a nefrolitíase deva ser compreendida como 
um distúrbio sistêmico. Atribui-se às mudanças do estilo de 
vida, principalmente o sedentarismo e obesidade o aumento 
da atividade litiásica e a maior incidência de cálculos nas 
últimas décadas, especialmente nas mulheres.29-35
Alterações anatômicas como rim em ferradura e rim es-
pongiomedular também estão associadas à maior formação 
de cálculos.36
Uso de medicações com maior potencial de precipitação 
urinária, a exemplo de indinavir, aciclovir, sulfadiazina e 
triantereno, está associado à formação de cálculos.37,38
O risco de formação de cálculos é significativamente 
maior nos pacientes submetidos a cirurgias bariátricas. Es-
tudos demonstram que as técnicas atuais estão associadas a 
maior absorção entérica de oxalato e importante oxalúria, 
promovendo supersaturação por sais de oxalato de cálcio o 
que favoreceria a formação de cálculos.39
 História prévia de litíase está associada com recorrên-cia de cálculos em taxas que variaram de 10% em cinco 
anos, até 50% em dez anos. A disparidade desses achados 
pode ser atribuída a variações metodológicas e aos métodos 
de imagem empregados nos diferentes estudos. As recor-
rências foram mais comuns nos homens.13,40-42
Histórico familiar de nefrolitíase, assim como algumas 
doenças genéticas estão associadas a maior prevalência de 
cálculos. A relação entre história familiar e risco de for-
mação de cálculo renal foi avaliada em 38.000 homens no 
estudo Health Professionals Follow-up Study, nos Estados 
Unidos. Durante um período de oito anos, indivíduos com 
história familiar positiva tiveram um risco relativo de 2,6 
de formação de cálculo renal, em comparação com aque-
les sem essa história.28
Dados de história familiar não fazem distinção entre fa-
tores genéticos e ambientais. No entanto, há evidências de 
predisposição genética para o desenvolvimento de cálculo 
renal. Acredita-se que ocorra o acometimento de múltiplos 
loci gênicos, que regulariam a absorção, a reabsorção e a 
excreção de cálcio, a absorção de oxalato, assim como a 
absorção e a excreção de citrato.43
Os cálculos de ácido úrico estão associados à urina 
persistentemente ácida, frequentemente observada em pa-
cientes com diarreia crônica, em decorrência da depleção 
de bicarbonato, assim como em indivíduos com distúrbios 
metabólicos, aqui inclusos gota, diabetes, resistência insulí-
nica e obesidade.44-48
Os cálculos de estruvita são formados em pacientes com 
infecção do trato urinário inferior por bactérias produtoras 
de urease como Proteus sp e Kelbsiella sp. A estruvita é 
produzida quando há o aumento da produção de amônia em 
solução de pH elevado que diminui a solubilidade dos fos-
fatos propiciando a formação dos cálculos.49
434
Diagnóstico
O diagnóstico da litíase urinária é inicialmente sus-
peitado pela apresentação clínica. Os pacientes apresen-
tam-se habitualmente com dor aguda no flanco, pode 
haver hematúria, vômitos e em algumas situações fe-
bre. A avaliação inicia-se pela história clínica completa 
e pelo exame físico. A confirmação diagnóstica deve 
ser amparada em exames de imagem apropriados. Na 
maioria das vezes há a necessidade de diagnóstico de 
modo rápido e com a maior acurácia possível, seja para 
implantação de medidas terapêuticas de alívio dos sin-
tomas, seja para definir a estratégia subsequente para o 
tratamento definitivo.
Ultrassonografia (US):
A ultrassonografia do trato urinário (Figura 1) deve 
ser considerada o método de imagem inicial.50 Tem am-
pla aplicação, por ser reprodutível, bastante difundida 
em nosso meio e com custo relativamente baixo. Tem 
como vantagem importante também a possibilidade de 
ser realizada sem restrições em crianças e gestantes, 
uma vez que não envolve exposição a radiação.
Figura 1. Ultrassonografia mostra cálculo em pelve renal (seta) associado 
com hidronefrose.
É um método bastante acurado para identificar li-
tíase nos cálices, pelve, nas proximidades da junção 
pieloureteral e ureterovesical. Possibilita ainda iden-
tificar cálculos radiotransparentes não observados nas 
radiografias do abdômen, ainda muito empregadas na 
pesquisa inicial dos cálculos.
A sensibilidade e especificidade médias da US para 
avaliação de litíase são de 61% e 97%, respectivamente. 
A ultrassonografia é limitada na detecção de pequenos 
cálculos renais, sobretudo aqueles inferiores a 5 mm, bem 
como dos cálculos no trajeto ureteral.51
O emprego do Doppler (Figura 2) para medir o índice de 
resistividade da artéria renal ou principalmente para a avalia-
ção da presença de jatos ureterais permite o incremento da 
sensibilidade na detecção do cálculo.52-54
Figura 2. Ultrassonografia mostra cálculo na junção vesicoureteral esquerda 
e ausência de jato ureteral.
Quando combinados, os achados de dilatação pieloca-
licinal, visualização direta do cálculo e ausência de jato 
pelo meato ureteral a sensibilidade da US para diagnosti-
car obstrução ureteral pode chegar a 96%.55
Radiografia simples do abdômen (RX abdômen)
A radiografia simples do abdômen (Figura 3) possibi-
lita a identificação de cálculos radiopacos, porém não é 
capaz de identificar cálculos radiotransparentes (de ácido 
úrico), além de ter importantes limitações na identificação 
de pequenos cálculos e dos cálculos sobrepostos às estru-
turas ósseas (Figura 4A). Não fornece informação quanto 
a presença de obstrução e sofre interferência negativa da 
sobreposição de alças intestinais, especialmente em situa-
ções como constipação intestinal e distensão gasosa. 
Figura 3. Radiografia simples do abdômen: cálculo coraliforme à esquerda.
435
Litíase urinária e endourologia
A despeito de suas limitações, a radiografia simples do 
abdômen tem seu papel na investigação dos quadros de li-
tíase urinária. A sensibilidade e especificidade na detecção 
de cálculos variam de 44 a 77% e de 80 a 87%, respecti-
vamente.56
A radiografia deve ser evitada quando for considerada 
a realização de tomografia pela exposição à radiação e cus-
tos adicionais, entretanto é exame muito útil para compa-
rações durante o seguimento da litíase urinária.55,57,58
Urografia excretora 
A urografia excretora (Figuras 4B e 4C) tem impor-
tante papel histórico no diagnóstico da litíase. Foi, no 
passado, e por longo período, o método diagnóstico de 
escolha, porém seu uso vem gradativamente perdendo 
espaço em favorecimento da tomografia computadori-
zada sem contraste como exame padrão.59 Auxilia na 
avaliação das relações anatômicas do rim com órgãos 
vizinhos (cólon, pulmão, etc.) no planejamento da cirur-
gia renal percutânea.
Figura 4. Radiografia simples (A) de paciente com dor aguda no flanco 
direito sabidamente portador de litíase renal esquerda (seta branca). Notar 
na pelve à direita imagens cálcicas (setas pretas) em projeção do ureter 
direito de difícil diferenciação entre flebólito e cálculo ureteral. A urografia 
excretora (B) deste paciente demonstra cálculo ureteral distal (C) (seta 
branca no detalhe) ocasionando hidronefrose.
A urografia excretora tem como característica favorá-
vel a possibilidade, mesmo que de maneira indireta e apro-
ximada, de informar acerca da função renal; e do nível e 
magnitude da obstrução ureteral. É útil na identificação do 
cálculo, marcadamente os radiopacos, na detecção de ano-
malias congênitas ou anormalidades anatômicas do siste-
ma coletor e ureter e em demonstrar tumores uroteliais.
A realização do preparo intestinal para a melhor visuali-
zação, a necessidade de obtenção de filme tardio nos casos 
de obstrução severa podem levar a uma demora entre a ad-
436
missão e o diagnóstico. Outra desvantagem é a necessidade 
de contraste iodado, associado às reações adversas menores 
em 5 a 10% dos casos e a reações anafiláticas graves em 
até 1% dos indivíduos. Inconveniente adicional é a potencial 
nefrotoxicidade induzida pelo uso do contraste.55,59
Tomografia computadorizada (TC)
A tomografia computadorizada helicoidal (Figura 5) 
foi introduzida na prática clínica no início da década 
de 90. Diferentemente da TC convencional, na qual 
a aquisição da imagem e o deslocamento do pacien-
te ocorrem separadamente, na TC helicoidal ambos 
ocorrem simultaneamente, permitindo rápida captura 
de imagem, evitando problemas como perda de área e 
registros imprecisos em função do movimento respi-
ratório, uma vez que a aquisição de imagem pode ser 
realizada em uma única apneia. Esta técnica é denomi-
nada helicoidal porque durante o exame o foco do raio 
X descreve uma rota helicoidal ao redor do paciente. 
Os cortes do tomógrafo entre 3-5 mm são ideais para 
detecção de cálculos.60
Figura 5. TC helicoidal sem contraste; corte axial (A) mostra cálculo ureteral 
à direita. Na reconstrução coronal (B): cálculo ureteral com hidronefrose a 
montante e litíaseem cálice superior.
Considerando-se essas características, apresenta os 
maiores índices de sensibilidade e especificidade dentre 
os métodos diagnósticos, respectivamente 98% e 97%, e 
é considerado o exame padrão para avaliação de litíase 
urinária. No entanto, apesar da indicação, seu emprego é 
muitas vezes limitado por se tratar de um método ainda 
não disponível de maneira universal.
A superioridade da TC helicoidal no diagnóstico diferen-
cial da dor aguda no flanco e da litíase urinária foi demons-
trada desde os estudos iniciais da década de 90 e vem sendo 
repetidamente confirmada em estudos subsequentes.59-61
Em um estudo envolvendo 417 pacientes com dor agu-
da no flanco, a sensibilidade e especificidade da TC foi de 
95 e 98%, respectivamente.62 Uma meta-análise de 4 estu-
dos, incluindo 296 pacientes, concluiu que a TC helicoidal 
sem contraste é significativamente melhor que a urografia 
excretora para diagnosticar e excluir cálculos urinários.63
A tomografia helicoidal sem contraste também pode 
detectar sinais secundários de obstrução do trato urinário. 
A probabilidade de detecção destes sinais varia de acordo 
com a duração da dor. Em um estudo com 227 pacientes 
com ureterolitíase aguda, presença de dilatação ureteral foi 
observada em 84% dos indivíduos após 2 horas de dor e 
em 97% deles após 8 horas de dor. Do mesmo modo, a 
dilatação do sistema coletor foi observada em 68% após 
2 horas de dor e em 89% dos indivíduos após 8 horas de 
dor. A presença de estrias perirrenais (Figura 6), moderada 
a intensa ocorreu em 5 e 51% respectivamente após 2 e 8 
horas de início do quadro doloroso.64
Figura 6. TC evidencia estrias perirrenais (setas), sinal secundário de 
obstrução da via excretora.
Nos pacientes agudamente acometidos e que não pos-
suem sinais de dilatação ureteral pode ser difícil diferenciar 
cálculos de flebólitos na sobreposição do trajeto ureteral.
Nesta situação, o sinal do halo (Figura 7) ou anel 
ureteral que representa o edema que circunda o cálculo, 
auxilia na diferenciação. Tal sinal apresenta sensibilida-
de de 77% e especificidade de 92%.65,66
437
Litíase urinária e endourologia
Figura 7. TC helicoidal demonstra cálculo ureteral esquerdo, sinal do halo 
ureteral ao redor do cálculo (seta).
O uso da TC em pacientes com dor aguda no flanco 
e suspeita de litíase urinária traz como vantagem adi-
cional, além da acurácia em diagnosticar os cálculos, 
demonstração precisa de condições patológicas cau-
sadoras da dor abdominal. A TC fornece ainda, dados 
quanto à densidade do cálculo, sua estrutura interna, 
dimensões nos diversos eixos e a distância dos cálculos 
até a pele, parâmetros bastante úteis como prognóstico 
de eliminação espontânea e como preditor de suces-
so do tratamento endourológico. Em estudo realizado 
com pacientes no primeiro episódio de suspeita de
litíase urinária, 33% tiveram um diagnóstico diferente 
da suspeita inicial, sendo que 50% destes apresenta-
vam alguma patologia significativa.67
Deve ser ressaltada a rapidez do exame, visto que é 
possível estabelecer um diagnóstico adequado em ape-
nas 5 minutos. 
Mesmo cálculos radiotransparentes na radiografia 
simples de abdômen, como o de ácido úrico, têm alto 
coeficiente de atenuação em relação aos tecidos abdo-
minais e são facilmente detectáveis.
A TC fornece ainda dados quanto à densidade do cál-
culo, sua estrutura interna, dimensões nos diversos eixos 
e a distância dos cálculos até a pele, parâmetros bastante 
úteis como prognóstico de eliminação espontânea e como 
preditor de sucesso de tratamento endourológico.
São consistentes as evidências que demonstram 
que a densidade do cálculo e distância até a pele 
(Figura 8) afetam significativamente o sucesso da li-
totripsia extracorpórea por ondas de choque.68,69 De 
maneira geral cálculos com densidade maior do que 
1.000 unidades Hounsifield e distância até a pele 
superior a 10 cm têm menor probabilidade de frag-
mentação com a litotripsia extracorpórea por ondas 
de choque.
Figura 8. TC helicoidal demonstra cálculo em pelve renal com medida da 
densidade e distância até a pele.
Embora cálculos de ácido úrico, cistina e estruvita 
possam até ser diferenciados do oxalato de cálcio, a TC 
é limitada em diferenciar o cálculo de oxalato de cálcio 
monohidratado do dihidratado ou distinguir oxalato de 
cálcio de fosfato de cálcio.70-72
Estudos recentes com TC com dupla energia sugerem 
que esta modalidade de imagem aprimorada, na qual se 
utiliza duas fontes de energia, pode ser mais sensível que 
a TC helicoidal padrão na determinação da composição 
do cálculo.73-75
Uma exceção à acurácia diagnóstica da TC helicoidal 
é na investigação dos cálculos secundários aos inibido-
res das proteases do HIV, principalmente o indinavir. Tais 
cálculos são extremamente radiotransparentes e por vezes 
os sinais de obstrução podem ser mínimos ou ausentes e 
nesses pacientes o emprego de contraste pode ser neces-
sário para estabelecer o diagnóstico.76,77
Com a difusão da TC helicoidal nas duas últimas déca-
das existe preocupação crescente com os riscos da exposição 
à radiação.78 Esforços estão sendo concentrados no sentido 
de produzir estratégias com o objetivo de diminuir a dose de 
exposição à radiação sem comprometer a acurácia diagnós-
tica.79 A comparação da exposição à radiação dentre os di-
ferentes métodos diagnósticos está demonstrada na tabela 1.
Tabela 1. Exposição à radiação de acordo com as modalidades de imagem. 
Método Exposição a radiação (mSv)
Radiografia simples 0,5-1
Urografia excretora 1,3-3,5
TC helicoidal padrão 4,5-5
TC de baixa dose 0,97-1,9
TC com contraste 25-35
438
A tomografia computadorizada helicoidal com empre-
go de baixa dose de radiação (TC de baixa dose) permite a 
identificação de cálculos renais e ureterais com sensibilida-
de e especificidade similares à TC helicoidal padrão, porém 
com redução significativa da dose de radiação (Tabela 3).80
Em pacientes com índice de massa corporal (IMC) menor 
do que 30, TC de baixa dose tem sensibilidade de 86% na 
detecção de cálculos menores que 3 mm e 100% de sensibi-
lidade para detectar cálculos maiores que 3 mm.81
Uma meta-análise de estudos prospectivos mostrou que 
a TC de baixa dose diagnosticou litíase urinária com sensi-
bilidade de 96% e especificidade de 94%.82
Atualmente já existem protocolos de diagnóstico e se-
guimento da litíase urinária propagando o racional da TC 
que inclui uso da TC de baixa dose nos indivíduos com 
IMC menor que 30, pois apresenta boa acurácia diagnóstica 
e menor exposição à radiação.79
Ressonância nuclear magnética (RNM)
A RNM (Figura 9) é raramente usada para o diagnós-
tico da litíase urinária, exceto na avaliação de gestantes 
quando existe indicação específica para reduzir a exposi-
ção a irradiação. Nesses casos, havendo forte suspeita de 
litíase urinária e ausência de achados ultrassonográficos, a 
RNM pode definir o nível da obstrução e em alguns casos 
também fazer uma estimativa do tamanho do cálculo.83-85
Figura 9. RNM ponderada em T2 sem uso de contraste, corte axial (A) e 
reconstrução da imagem coronal (B) mostra cálculo em pelve renal bilateral 
maior à direita associado com hidronefrose. O cálculo é visto como imagem 
de hipossinal (seta) e a dilatação do sistema coletor como hipersinal.
Considerações finais
Algumas características relevantes dos métodos diagnós-
ticos acima discutidos podem ser observadas na tabela 2.
Tabela 2. Comparação dos métodos diagnósticos para investigação da 
litíase urinária.
Vantagens Desvantagens
Ultrasso-
nografia 
do trato 
urinário
Alta disponibilidade 
Não expõe a radiação
Bom para avaliar hidronefrose
Aumento da sensibilidade com 
uso do Doppler
Baixo desempenho em 
pequenos cálculos 
Requer ultrassonografista 
habilitado 
RX 
abdômen
Custo baixoAlta disponibilidade 
Exposição baixa a radiação 
Útil em situação aguda 
Sensibilidade e especifici-
dade baixas 
Necessidade de radiolo-
gista com habilidade para 
melhores interpretações 
Urografia 
Excretora
Longa história como exame 
padrão, grande maioria dos 
urologistas habituados 
Útil no planejamento cirúrgico e 
confirmação diagnóstica
Necessita contraste 
endovenoso
Exposição moderada a 
radiação
TC
Alta acurácia, maior sensibilida-
de e especificidade
Pode distinguir cálculo radio-
transparente, tumor e sangue
Custo
Disponibilidade ainda não 
uniforme
Exposição moderada a 
radiação
RNM
Potencial de localizar o local da 
obstrução no ureter
Isento de radiação 
Custo mais alto
Baixa disponibilidade
Cálculos podem passar 
despercebidos
O uso combinado de métodos diagnósticos para a litía-
se urinária é controverso na literatura, mas frequentemente 
aumenta a acurácia global. Alguns estudos sugerem que 
a combinação de ultrassonografia e radiografias simples 
do abdômen possibilita resultados comparáveis aos obser-
vados com a Tomografia Computadorizada Helicoidal de 
maneira isolada e pode ser uma alternativa útil na avalia-
ção inicial dos pacientes com dor aguda no flanco, espe-
cialmente quando a TC não for disponível.86
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