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Direito Administrativo - II Unidade Regime Jurídico – Outras prerrogativas 1.0. Autoexecutoriedade dos atos da administração pública. Possui eficácia imediata, independe da autorização do Poder Judiciário. Obs: Exceto os atos condicionados a termos e condições. Súmulas 346 e 473 do STF: origem 2.0 Autotutela dos atos da Administração Pública: aptidão da administração para exercer sobre seus próprios atos. 2.1. Revogação de ato < Conveniência e/ou Oportunidade > Discricionariedade: 2.2. A revogação de ato não retroage à origem. Eficácia ex nunc. Danos causados a particulares por conta da revogação devem ser indenizados, desde que comprovado. 2.3. Anulação: resulta de um juízo de legalidade. Opera efeitos retroativos. Efícia ex tunc. Obs: Revogação e Anulação são instrumentos que se valem a Adm pública para exercer a autotutela. A Lei 9.784/99 Lei de Proc. Adm: consagra a autotutela. A Lei Estadual 12.209/11 > Lei de Proc. Adm. Obs: é importante a Adm arbitrar os conflitos a fim de desafogar o Judiciário. Poder de expropriar (desapropriar): atividade de cunho excepcional, visto que a C.F consagra direito a propriedade, devido essa medida ser tomada se não houver outro meio. É o poder que a administração exerce no caso necessário de: Extinção de propriedade privada e construção da propriedade pública em moldes originários. Confronto: Supremacia do Interesse Público (princípio) sobre o Privado X Direito Constitucional à propriedade privada. Competência: chefe do Executivo de cada esfera. Pressupostos básicos: 1- necessidade pública. 2- utilidade pública. 3- Interesse Social. 4- Indenizações que devem ser: a) prévia b) justa c) em pecúnia c.1) exceção: desapropriação (deve ser precedido do devido processo legal, contraditório e ampla defesa): sanção para política agrária. Desapropriação – sanção para política urbana: Competência dos municípios. Pagos em títulos da dívida pública municipal. Exceção: não indenização: perda da propriedade s/ pagar multa de indenização. Ordem judicial. Imóveis destinados a cultivo ilegal. Obs: se o cultivo se destina a fins de pesquisa ou industrial não cabe desapropriação. Bem contrabondiado (destruído) ou produto de descaminho Desfazimento: o bem não é destinado a finalidade prevista em face a um vício de legalidade. 1. Retrocessão: o bem ainda existe e está integrado. 2. Perdas e danos: caso o bem não exista mais ou esteja deteriorado. Poder de requisitar bens (móvel e imóvel) e serviço Poder de ocupar temporariamente imóvel alheio: Calamidade pública, eleições, comoção interna (conflito interno guerra civil). Estes poderes não envolvem o dever de indenizar, salvo se causar danos. Poder de instituir servidão: ato pelo qual a Adm. P. determina o compartilhamento de imóvel. O imóvel não deixa de ser privado. Não há aqui, extinção da propriedade privada. Competência: chefe do poder executivo de cada esfera. Efeitos econômicos: Se o imóvel é valorizado com a servidão, o Estado não indeniza e o proprietário deve pagar o tributo de melhoria. CF, art. 145, III: pago uma única vez (ainda que possa ser pago de forma parcelada). Caso a obra pública concernente à servidão não valorizar ou desvalorizar cabe indenização. Poder de decretar tombamento de determinado bem: O poder público impõe restrições aos bens que protejam os seus valores artísticos, estético, histórico, cultural ou paisagístico. O proprietário não recebe indenização. Efeito jurídico: Imputar ao bem uma restrição quanto ao seu uso quanto ao valor tombado. Competência: órgão ou entidade gestora do interesse de patrimônio de cada esfera. Obs: não afeita o exercício do direito de propriedade. Pode ser vendido, alugado, cedido. Ex: um prédio teve a sua fachada tombada pelo seu valor artístico. Logo, não poderá realizar nenhum tipo de modificação/alteração. Poder de aplicar sanções: Poder de alterar e rescindir unilateralmente contratos: Alterações. Qualitativa: modificar projetos e especificações. Não se sujeita a limites percentuais ou financeiros. Utilizado por vezes, para fraudar o erário. Quantitativo: mais do mesmo. A adm quer mais daquilo que se contratou. Alterações de quantidade estão sujeitos a limitação de até 25% do valor corrigido e atualizado do contrato. Obras. Compras e Serviços: até 25%. Pode lavrar 05 aditivos de 5% por exemplo. Reforma de móvel (equipamento) ou imóvel (prédio): até 50%. Em razão de vícios ocultos. Reforma é sempre caixinha de surpresa. Acopla-se ao contrato originar um Termo Aditivo Contratual. Termo este que deve ser claro, objetivo (preciso) com as novas especificações ou quantidades. Novo prazo: prerrogativa que perdura no lapso temporal de vigência do contrato. Rescisão: 1. Inadimplemento total – ilícito contratual grave. O contratado deve sofrer sanções, razão pela qual se exige o devido processo legal, assegurados o contraditório e ampla defesa. 2. Situações do contrato que inviabilizam o contrato: Ex: decretação de falência – que acarreta extinção da personalidade jurídica empresarial. Ex: falecimento do contratado. Ex: decretação de insolvência civil do contratado pessoa física. 3. Razões de interesse público: Discricionariedade – juízo de conveniência e oportunidade para a ADM. Aqui cabe indenização pelos impactos (danos) causados ao contratado. 4. Caso fortuito/força maior: Situação alheia à vontade do contratado sem culpa. Os serviços já prestados (comprovadamente) deverão ser pagos pela adm. Não cabe indenização. Poder de encampar: Prerrogativa que a Adm exerce quando ao rescindir unilateralmente um contrato, toma para si a execução do serviço, em face da continuidade dos serviços públicos. Imunidade tributária: imunidade entre governos. Imunidade intergoverno ou intergovernamental. Imunidade recíproca dos entes federados. 1. Noção: um ente federado não pode tributar outro. 2. Alcance objetivo. Espécies de tributo: a) impostos b) taxas c) contribuição d) empréstimo compulsório e) contribuições especiais. 3. Alcance subjetivo: Entes federados (União, estados, DF, Municípios). Autarquias e fundações públicas estaduais, federais. STF ampliou essa imunidade a fim de alcançar as empresas estatais prestadores de serviços públicos. Juízo privativo: vara de Fazenda Pública é uma esfera judiciária definida na Lei de Organização Judiciária para o exclusivo propósito de acolher processos. Fazenda: envolve os entes federados, autarquias e fundações públicas em que a Fazenda Pública é autora ou ré. Precatório: ordem de pagamento de valores definidos contra o Estado decorrentes de sentenças condenatórias. Processo especial de execução: que se submete ao Poder Público. Ordenar o pagamento. Inclusão do valor na lei orçamentária anual. Presunção de veracidade de seus atos: presunção relativa. Princípios da Administração Pública Enunciação objetiva que limitam os poderes públicos da Adm. Objetivo: Prover ou suprir lacunas ou omissões normativas. Guiar a acuidade da interpretação das normas de direito Público. IMPORTANTE: Quanto mais uma interpretação da norma se distancia de um principio, mais equivocada ela estará. Valor estruturante de um sistema jurídico. O rol de princípios não estático não é taxativo. Princípio da Sustentabilidade socioambiental: 1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o privado (ou princípio da finalidade pública): princípio fundante. Finalidade Pública: esse limite incorre em desvio ou abuso de poder: responsabilidade civil, administrativa e penal e ainda política (crime de responsabilidade). Abuso de poder: ultrapassar os limites, os deveres e sujeições aos poderes. Instrumentos de garantia: Controle interno da Administração Pública: atua de ofício ou por provocação: Trabalha na anulação. Art. 74, I a IV, CF. Controle externo > Legislativo > Regra > de ofício, a exceção é por provocação. Controle Político: casas legislativas: Tramitação de projeto CPI: cassação do mandato. Controle Legislativo financeiro:Tribunais de contas: órgãos auxiliares do P. Legislativo. Ex: TCU/TCE/TCM. Gestor público: obrigação de prestar contas no último dia último do mês de janeiro. Omissão dessa obrigação ensejará: tomada de contas especial por parte do Tribunal de Contas. Alcance subjetivo: quem está sujeito à prestação de contas: agentes públicos, agentes privados (subvenção) – que receberam recursos públicos para alguma finalidade. Ordenadores: Agente público: ordenador de despesa (OD). 1. Agente político (P.R, Governador, Prefeito). 2. O.D que não é agente político Competência dos TC’S quanto aos Ordenadores de Despesa: 1. O.D Agente Político: Apresentar parecer prévio (opinião técnica-jurídica). Quem julga as contas do ente político é a casa legislativa da esfera na qual ele está vinculado. 2. O.D não é Agente Político: Quem julga as contas é o T.C Não faz coisa julgada. É possível ser questionado pelo judiciário: se não observar o devido processo legal (contraditório e ampla defesa) e quanto ao mérito. Vereditos possíveis. 1. Aprovação pura e simples. 2. Aprovação com recomendação – presença de vício formal, não macula o mérito. 3. Aprovação com nova recomendação + multa para o ordenador (caso o vício formal seja repetido). 4. Aprovação com ressalva: cabível quando o Tribunal deixa de julgar algum item de prestação de contas. Julgamento a fim de se evitar contradições. Julga apenas B e faz uma ressalva de A. Ao julgar B já está julgando A. 5. Aprovação + recomendação + ressalva + multa. 6. Desaprovação: irregularidades ensejadora de prejuízos ao erário. Recai sobre o O.D - Multa (R$). - Imputar ao O.D responsabilidade financeira (R$). Encaminhamentos: 1ª Intimação 2ª Inscrição na dívida ativa. 3º Emissão CDA > Título executivo extrajudicial. 4º Execução fiscal. Lei 6.830/80 Controle externo judiciário: Não incide sobre o mérito discricionário. Regra: por provocação. Exceção: de ofício. Controle externo social ou popular: Instancia habilitada a provocar as outras instancias (Legislativo e Executivo). Alguém habilitado em nome próprio ou de terceiros. Não tem o poder de ANULAR. 2. Princípio da Legalidade: A administração Pública só é dado fazer o que a lei lhe autoriza. Competência - explícita e implícita (pressupostos instrumentais) O legislador não tem como prever todas as hipóteses. Implícitos: viabiliza a competência explícita. A definição daquilo que a lei autoriza deve decorrer não de uma interpretação literal e legalista, mas de uma interpretação do conjunto do ordenamento jurídico. Legalidade X Legitimidade Legalidade: o que está previsto em lei. Legitimidade: Em conformidade com o ordenamento jurídico com a CF.
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