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HISTÓRIA DA TV E DA NOVELA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – RADIALISMO
ROTEIRO PARA TELEVISÃO
LARISSA THAÍS SOARES DE ANDRADE
Em 1950 Assis de Chateaubriand trouxe para o Brasil a televisão e fundou em São Paulo a TV Tupi, entretanto trouxe consigo os mesmos estilos de programas que o rádio quando este surgiu. Naquela época, os programas que existiam eram patrocinados por pequenas empresas, os quais aproveitavam o espaço para própria promoção. 
Até então, o desenvolvimento era bem lento, até que a partir dos anos de 1960, empresas multinacionais tentavam utilizar-se desse espaço, mas por conta da pouca abrangência de audiência, acabavam por direcionar suas verbas para mídias mais representativas. 
Em julho de 1960 a TV Excelsior investiu pesado na televisão e a via como um produto que gerava lucros, então criou a grade de horários (horizontal e vertical) e profissionalizou o uso do tempo para vender às empresas de publicidade. Esta também é a primeira emissora de TV a primeira novela diária ao ar, com “2-5499 ocupado”. 
Aqui no Brasil, a novela teve influência do folhetim francês, do melodrama cubano e das soap operas dos EUA. Elas não abordavam somente o amor como causa e efeito de tudo, mas outras problemáticas surgiram, dando maior verossimilhança com a realidade, criando assim a fidelização dos expectadores, que se identificavam a cada nova trama com os personagens a ponto de interagir com os atores como se aquilo tudo fosse a realidade. A princípio, a novela era veiculada em grandes rádios, como por exemplo, a rádio nacional, entre outros. Com o surgimento da televisão, ela ganhou novos moldes, por se tratar não somente de som, mas de imagem. 
E com isso, a rede Globo de televisão ganhou destaque. Com o surgimento do videoteipe, o que favoreceu a melhoria da qualidade de produção, a Globo, que acabara de associar-se ao grupo Time Life, começou sua saga para o aperfeiçoamento de suas produções. Mudando sua forma de ver TV e mercado, a Globo passou a planejar e criar profissionais qualificados para trabalhar nas telenovelas. Em 1969, quando o Jornal Nacional entrou no ar foi que se teve de fato o firmamento da emissora como a maior dentro de seu ramo.
Com a censura, causada pela ditadura, a Globo teve que se adequar às exigências de programas a serem veiculados. Foi ai que as novelas de época surgiram, a priori, eram contadas as histórias dos livros de literatura clássicos, o que os ajudou a passar despercebidos pela ditadura. Com o tempo, histórias como “Que rei sou eu” foram contadas, com mensagens claras, mas que não eram tão facilmente notadas, passando sem ser notada pela censura.
Em 1970, a Globo cria do “Padrão Globo de Qualidade”, tudo para agradar o público-alvo, até pouco tempo atrás, as classes A e B. Sua programação era notadamente voltada a essa audiência, tanto que programas que se utilizavam do improviso, foram cortados. A emissora passou a investir em narrativas mais próximas da realidade, onde o posicionamento político era bastante claro, entretanto não abandonaram o melodrama, apenas modificaram a forma de trabalhar isso. 
Em 1981 surge o SBT e 1983 a TV Manchete, que finalmente bateram de frente com a TV Globo, a diferença entre elas era que o SBT focou nas classes C e D, e a Manchete bateu com a Globo por focar nas classes A e B. Mesmo tendo uma equipe boa, a Manchete não conseguiu se manter à frente na audiência.
Outras emissoras como A Rede Record, a CNT/Gazeta também entraram na briga por ibope, e entre os anos de 1997 até 1999 deixaram a TV Globo em maus lençóis, no que se refere a fatias de audiência. O SBT com os programas voltados para a “massa” (referindo-se aqui à parcela da população das classes C e D) passa a colocar programas voltados a esse público no chamado horário nobre da televisão. Mas ainda assim, no que tange à telenovela, a TV Globo conquistou a tão sonhada hegemonia e lucratividade com seus produtos audiovisuais, criando um padrão único de fazer novela.

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