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Trabalho-Dto Empresarial I Prof. Claudia

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Representação Comercial 
1) Norma Regulamentadora: Lei nº4.886, de 09 de dezembro de 1965 - Regula as atividades dos 
Representantes Comerciais autônomos.Lei nº 8.420, de 08 de maio de 1992 - Introduz alterações na Lei 
nº 4.886/1965, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos. 
 
2) A Representação Comercial pode ser definida como uma relação comercial na qual uma das partes, 
seja ela pessoa física ou jurídica, se obriga a realizar determinados negócios para a outra parte, sem 
vínculo empregatício, mediante o pagamento de uma remuneração. Exerce a representação comercial 
autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física 
3) Distribuição: Essa espécie contratual será utilizada quando a mediação tiver como objeto produtos, ou 
seja, “coisa”. Além disso, o contrato somente será considerando como instrumento particular de 
distribuição se o contratado/distribuidor tiver a posse direta do bem objeto da intermediação. 
 
 Agência: Essa espécie contratual deverá ser utilizada quando o objeto for a intermediação de promoções, 
ou seja, o agente não distribui, sua função é exclusivamente promover a atividade do agenciado, sendo 
referido como promotor de eventos, dedicando-se à promoções comerciais, artísticas, culturais, 
esportivas. 
 
Representação Comercial: Esse se confunde mais com o contrato de distribuição, vez que se trata 
também da intermediação que tem como objeto bem móvel, “coisa” física. Contudo a grande diferença é 
que nessa espécie contratual o representante não tem a posse direta dos bens. 
4) Em regra, o representante não tem poderes para concluir os negócios em nome do representado. Os 
pedidos serão aprovados ou não pelo representado. O parágrafo único do art. 1º: quando a representação 
comercial incluir poderes atinentes ao mandato mercantil, serão aplicáveis, quanto ao exercício deste, os 
preceitos próprios da legislação comercial. 
5) O Representante Comercial por não ter vínculo empregatício, poderá representar várias empresas e 
sua remuneração é à base de comissões. 
6) Geralmente, o contrato assinado com o representado, especifica a região na qual o representante 
deverá atuar, na qual o mesmo atuará com exclusividade ou não. 
O representante comercial não pode representar mais de uma empresa para o mesmo segmento de 
negócio. Isto não significa que ele não possa atender várias empresas de segmentos diferentes.É 
imprescindível que o representante esteja inscrito na Junta Comercial e no Conselho Regional de 
Representantes comerciais para exercer legalmente esta profissão. 
7) Deveres do Representante Comercial 
O representante comercial é obrigado a informar à representada os detalhes do andamento de seu 
trabalho, segundo as disposições do contrato ou quando lhe for solicitado. Além disso, é objetivo do 
representante trabalhar na expansão dos negócios da representada, promovendo seus produtos. 
Direitos do Representante Comercial 
- Independentemente da existência de contrato escrito, o representante tem direito a 1/12 de todas as 
comissões recebidas durante o período de exercício da representação. Se houver contrato, valerá a 
indenização prevista nele, não podendo ser inferior a 1/12; 
- A indenização é devida, quando a representada dispensar os serviços do representante, sem justa 
causa, ou se o representante tiver um motivo justo, de acordo com a Lei. 
- Terá direito ao aviso prévio,; 
- Em caso de rescisão injusta por parte do representado, as comissões pendentes, geradas por pedidos 
em carteira, ou em fase de execução, terão seus vencimentos antecipados à data da rescisão; 
- O risco do negócio é sempre da empresa representada e, sendo assim, o representante comercial não 
responde pelo inadimplemento do cliente, por esse motivo, a legislação que regula a sua atividade, proíbe 
a cláusula del credere, ou seja, cláusula de garantia de crédito,que impede que o valor não pago seja 
descontado das comissões a receber. 
- No caso de falência do representado, as importâncias por ele devidas ao representante comercial, 
relacionadas com a representação, inclusive comissões vencidas e vincendas, indenização e aviso prévio, 
serão considerados créditos trabalhistas. 
- Somente tem direito ao aviso prévio os representantes comerciais que tenham contrato de 
representação vigorado por mais de seis meses conforme artigo 34 da lei 4.886/65. 
8) Nos casos de rescisão injusta do contrato de representação por parte do representado, eventual 
retribuição pendente, gerada por pedidos em carteira ou em fase de execução e recebimento, tem 
vencimento na data da rescisão (art. 32, parágrafo 5º da Lei 4.886/65). No caso de rescisão de contrato 
por iniciativa do representante comercial, de forma imotivada, as comissões pendentes serão pagas até o 
dia 15 do mês subsequente à liquidação das faturas. 
Franquia 
1)Norma reguladora:LEI No 8.955, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1994. 
2) O artigo 6º da Lei 8.955/94 estabelece que o contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado 
na presença de duas testemunhas. O contrato será considerado válido independentemente de ser levado 
a registro perante cartório ou órgão público. 
3)Sim, ser franqueado não é, necessariamente, para qualquer tipo de investidor. O franqueado possui um 
negócio, mas obrigatoriamente precisa seguir padrões e sistemas de gerenciamento pré-estabelecidos 
pelo franqueador, ou seja, o negócio é seu, mas tem que seguir regras. As regras são essenciais para 
manter os padrões da rede que norteiam o seu sucesso. 
4)Master: Trata-se de uma forma de franquias em virtude da qual o franqueador concede a uma outra 
pessoa física ou moral, o direito de explorar normalmente um franquia num vasto território, (por exemplo, 
um país) de forma a este assinar de seguida contratos de franquias com outros franqueados 
individuais.Piloto: A inovação está no início de um sistema de franquias. Sistemas de franquia oferecem 
aos seus franqueados além da inovação um benefício adicional. Eles vendem para eles a garantia de que 
o sucesso do seu tipo de operação é apoiado por pelo menos um projeto piloto. Os fatores de sucesso na 
fase piloto para as futuras operações dos franqueados. 
 
5) O contrato de franquia é previsto e regulamentado na Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, apesar 
de inúmeros contratos antecederem a edição da lei. Pela complexidade das relações envolvidas, a lei 
deixa ampla margem para que as partes disponham da forma que melhor lhes convier, podendo-se 
recorrer subsidiariamente, conforme o caso, a outros diplomas como o CDC e o Código Civil. 
6) É espécie de contrato consensual, bilateral, oneroso, comutativo, formal, de execução continuada e, via 
de regra, de adesão e intuito personae. 
7) O contrato de franqueamento ou franquia envolve pelo menos duas partes:Franqueador: é a pessoa 
jurídica que outorga sua marca, seus produtos e serviços. È o concedente, titular dos direitos transferidos 
pelo contrato;Franqueado: é a pessoa física ou jurídica beneficiada por essa outorga, que, licenciado pelo 
contrato, operacionaliza a distribuição dos produtos e serviços. 
8) O franqueador deverá prestar os serviços e entregar os manuais ao franqueador, os quais houver se 
obrigado na Circular de oferta da Franquia. O franqueado tem o dever de respeitar as determinações 
contratuais, após o prazo apropriado do contrato de franquia, referentes à implantação de atividade 
concorrente da atividade do franqueador, a respeito da não divulgação do know-how ou segredo de 
indústria que venha ter acesso em função da franquia. 
 
9) O contrato de franquia extingue-se pelo decurso do prazo, pelo implemento de condição resolutiva, 
pelo distrato bilateral ou pela resolução baseada em culpa da parte que houver descumprido as 
obrigações legais ou contratuais.

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