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Administração da Produção e operações Adm. Prof. Ms Claudio Ferreira Jose.claudio@estacio.br UNESA – ANGRA DOS REIS Administração 5º Período Curso Superior de Tecnologia em Logística 3º Período Componente Curricular: Administração da Produção e Operações Adm – 5º Periodo Logística - 3º Período Carga Horária: 88 h. Ementa/Descrição: Conceitos e Evolução Histórica. Medidas de Produtividade. Planejamento de capacidade. Localização da empresa. Projeto de Processos, Produtos e Serviços. Projeto de Rede de Operações Produtivas. Projeto e medida do Trabalho.Arranjo de instalações. Os sistemas de Planejamento e Controle de Produção. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Administração da Produção E OPERAÇÕES Bibliografia Básica: CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção – uma abordagem introdutória. São Paulo: Campus, 2005 HEIZAR, Jay; RENDER, Barry. Administração de operações: bens e serviços. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001 RITZMAN, Larry; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações. São Paulo: Prentice-Hall, 2009 Bibliografia Complementar: ARAUJO, M. Administração da Produção e Operações – uma abordagem prática. Brasport 2009 CORREA, Carlos A.; CORREA, Henrique L. Administração de produção e de operações. São Paulo:Atlas, 2009 LAUGENI, F.P.; MARTINS, P.G. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2005 MOREIRA, D.A. Administração da produção e operações. Cengage Learning, 2008 SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009 Administração da Produção E OPERAÇÕES Horário das aulas: de: 19:00 às 22:30 horas Sexta-feira Faltas: O discente pode ter ATÉ 05 faltas no semestre (25% das aulas). As aulas são presenciais. Média: O discente deverá alcançar média 6,0 (utilizando as duas maiores notas do semestre). A presença será dada no final de cada aula. Administração da Produção E OPERAÇÕES VOCÊ APRENDE MAIS Voceaprendemais.com.br REGRAS: - O lançamento das horas AAC dos cursos e eventos realizados pelo portal Você Aprende Mais serão de 15 em 15 dias, desta forma, os lançamentos ocorrerão todos os dias 15 e 30 do mês. Caso estas datas sejam finais de semana ou feriados, o lançamento será no próximo dia útil posterior. - O pré-requisito para que o aluno tenha suas horas lançadas será a de ter realizado pelo menos 75% do conteúdo do curso. - As horas concedidas por cada atividade seguirá a informação exposta em cada produto no portal www.voceaprendemais.com.br. Válido para atividades realizadas a partir de 01/07/2015. Sem complicação, sem precisar abrir requerimento e sem solicitar ao coordenador de curso. EVOLUÇÃO HISTÓRICA A função produção Revolução industrial Padronização de componentes Administração da Produção e Operações A FUNÇÃO PRODUÇÃO O Processo de Transformação Inputs Outputs Recursos Humanos, Instalações e Processos, Materiais, Terra, Energia e Informação Bens Serviços Processo de transformação Medida de Performance (Qualidade, Custo, Produtividade, etc.) Administração da Produção e Operações História da Gestão de Operações Eli Whitney (fins de 1700) - Intercambiabilidade de Partes Máquina de processar algodão Frederick Winslow Taylor (inicio 1900) - Administração científica Henry Ford (inicio 1900) - Produção em massa Alfred P. Sloan, Jr. (1920) - Planejamento Centralizado e - Controle Descentralizado Administração da Produção e Operações História da Gestão de Operações Tahiichi Ohno – Toyota - STP - Produção Enxuta W. Edwards Deming / Juran- 1950 - Controle Estatístico da Produção no Japão Wickham Skinner - 1969 - Estratégia da Manufatura de reativo e operacional para estratégico Administração da Produção e Operações História da Gestão de Operações Produção de BENS e também SERVIÇOS 1970 Primeiras versões do ERP denominados MRP – Material Requirements Planning TQC – Total Quality Control – 1980 evolui para TQM – Total Quality Management Administração da Produção e Operações Conceitos de APO A função produção pode ser entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em outro com maior utilidade. Ela acompanha o homem desde a antiguidade, quando se polia a pedra a fim de transformá-la em um utensílio doméstico. De uma forma geral a Administração da Produção e Operações diz respeito àquelas atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à prestação de um serviço. Administração da Produção e Operações Conceitos de APO Neste sentido, a palavra produção liga-se mais de perto às atividades industriais, enquanto que a palavra operações refere-se às atividades desenvolvidas em uma empresa de serviços. Nas indústrias as atividades que são o objeto da Administração da Produção encontram-se, prioritariamente, concentradas na fábrica. Nas empresas de serviços as atividades ligadas às operações são espalhadas, sendo que às vezes é difícil reconhecê-las. Administração da Produção e Operações Conceitos de APO Administração da Produção e Operações refere-se às atividades orientadas para a produção de um produto ou serviço. Ela lida com os meios de produção (matéria-prima, equipamento e mão-de-obra), buscando utiliza-los juntamente com as funções gerencias, de forma eficiente e eficaz para obter produtos e serviços de qualidade que atendam aos consumidores e alcançar os objetivos das organizações. Administração da Produção e Operações Conceitos de APO O sistema de produção é definido como o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas no processo produtivo de bens e serviços. Ele recebe insumos na forma de materiais, pessoas, capital, etc., que são transformados em produtos e serviços, podendo este processo ser classificado das seguintes formas: Administração da Produção e Operações Conceitos de APO I - Pelo grau de padronização dos produtos: produtos padronizados e produtos sob medida; II - Pelo seu tipo de operação: processo contínuos e processos discretos, onde este último é subdividido em processos repetitivos em lote e processos por projetos; III – Pela natureza do produto: manufatura de bens ( algo tangível ) e prestação de serviços ( algo intangível ). Administração da Produção e Operações ENGENHARIA/ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ENGENHARIA/ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL ENGENHARIA/ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES PRODUÇÃO EM MASSA PRODUÇÃO ENXUTA Administração da Produção e Operações ENGENHARIA/ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL Na ENGENHARIA/ADM INDUSTRIAL foram introduzidos novos conceitos: linha de montagem, posto de trabalho, estoques intermediários, monotonia do trabalho, arranjo físico, balanceamento de linha, produtos e processos, motivação, sindicatos, manutenção preventiva, controle estatístico de qualidade e fluxograma de processos Administração da Produção e Operações PRODUÇÃO EM MASSA : Caracteriza-se por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima variação nos tipos de produtos finais. Esses conceitos predominaram até meados da década de 1960. Administração da Produção e Operações PROCESSOS AUTOMATIZADOS X MANUAIS Produção Valor 5,00 7,00 25.000 50.000 75.000 = Processo Automático = Processo Semi-automático = Processo Manual Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1 -Classificação Tradicional 1.a Produção Contínua (fluxo em linha) 1.b Produção Intermitente( Fluxo intermitente – Lote ou tarefa) 1.c Produção de grandes projetos (sem repetição) 2 -Classificação Cruzada ( Schroeder) Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.a - Produção Contínua (fluxo em linha) Seqüência linear na fabricação Balanceamento ( para evitar gargalos) Produção em massa Produção contínua propriamente dita Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.a - Produção Contínua (fluxo em linha) Características básicas: Alta eficiência Acentuada inflexibilidade Alta automação Padronização Grandes volumes Alto custo c/ maquinário Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente: Produção feita em lotes ou tarefas Pode ser: normal ou por encomenda Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente Características básicas: Mão de obra e equipamentos organizados por centro de trabalho por tipo de habilidade, operação ou equipamento. Processo flui de forma irregular de um centro de trabalho a outro. Equipamentos genéricos Mão de obra tende a ser mais especializada Tempos mortos nas mudanças leva a ineficiência Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente Características básicas: Maior flexibilidade Menor eficiência Acarretará problemas com... Controle de estoque Programação da produção Controle de qualidade Maior custo com manutenção e Treinamento de mão de obra Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente Neste Grupo, por exemplo, incluem-se as empresas que fornecem componentes para as linhas de montagem, elas mesmas com pequenas linhas de montagem – ou acabamento – ao final do processo. Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente É o caso das fornecedoras da cadeia automobilística, da cadeia de eletrodomésticos. Geralmente, empresas do ramo metal mecânico trabalham nesta configuração, com departamentos de usinagem, fundição, solda. Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.b - Produção Intermitente Dentro da prestação de serviços podem-se citar as oficinas de reparo para automóveis e aparelhos eletrônicos, laboratórios de análises químicas. Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 1.c - Produção para grandes projetos Características básicas: Normalmente diferencia-se bastante das outras duas Cada projeto é um único produto que levará um longo prazo para ser concebido Normalmente não há repetitividade Mão de obra muito especializada Não há um fluxo do produto Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 2 - Classificação cruzada (Scroeder) 1981 Procura ampliar o conceito para as organizações prestadoras de serviços Tipo de Fluxo X Tipo de Atendimento ao consumidor Administração da Produção e Operações Tipos de Sistema de Produção 2 - Classificação cruzada (Scroeder) 1981 Atendimento ao Consumidor Sistemas orientados p/ estoque Sistemas orientados p/ encomenda Administração da Produção e Operações Sistema Orientado p/ Estoque Serviço rápido Flexibilidade na escolha - Menor Ênfase Estoque, previsão de demanda, planejamento da capacidade produtiva Reposição do Estoque Padronização Normalmente Padronizado Administração da Produção e Operações Sistema Orientado p/ encomenda Operação ligada a um cliente em particular Discute-se preço e prazo de entrega Ênfase Cumprimento do prazo de entrega Padronização Não há e sim diferenciação Administração da Produção e Operações Orientação P/ Estoque P/ Encomenda Fluxo em linha Refinaria de Petróleo Veículos especiais Ind. Química Cia Telefônica Fluxo Intermitente Móveis, metalúrgicas Móveis sob medida Fast food Restaurante, Peças especiais Projeto Arte p/ exposição Edifícios Casas pré fabricadas Navios Fotografia artística Aviões Administração da Produção e Operações Estoques de MP Estoques de PA SM SM SM SM PA 1 PA 2 DINÂMICA DO PCP PMP define necessidades de PA MRP define necessidades de OC/OF/OM Foco no sequenciamento das ordens MP = Matéria Prima PA = Produtos Acabados PCP= Planejamento e Controle de Produção PMP = Planejamento-Mestre de Produção MRP = Planejamento das necessidades de Material OC = Ordens de Compra OF = Ordens de Fabricação OM = Ordens de Montagem Administração da Produção e Operações PRODUÇÃO ENXUTA : Introduzida a partir de meados de 1960, com o surgimento de novas técnicas produtivas, como o JIT(Just in Time), Engenharia simultânea, Consórcio modular, desdobramento da função qualidade, comakership, sistemas flexíveis de manufatura, manufatura integrada por computador e benchmarking. Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Just-in-time Engenharia simultânea Consórcio modular Desdobramento da função qualidade (QFD) Comakership Sistemas flexíveis de manufatura Manufatura integrada por computador Benchmarking Produção customizada Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Just-in-time É o gerenciamento da produção usando o mínimo de matéria prima possível. Requer um rígido controle de abastecimento. Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Engenharia simultânea Envolve a participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto. Clientes e fornecedores são também envolvidos com objetivos de reduzir prazos, custos e problemas de fabricação e comercialização; Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Consórcio modular A primeira fábrica no mundo a adotar esse tipo de conceito foi a Volkswagen, na divisão de caminhões e ônibus, de Resende, no Rio de Janeiro. Diversos parceiros trabalham juntos dentro da planta da VW, nos seus respectivos módulos, para a montagem de veículos. Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Desdobramento da função qualidade (QFD) ( Quality Function Deployment-QFD) : como o próprio nome sugere, a qualidade é desdobrada em funções que primam por procedimentos objetivos em cada estágio do ciclo de desenvolvimento do produto, desde a pesquisa até a sua venda Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Comakership O termo pode ser traduzido como “Co-fabricação” , pois o fornecedor participa ativamente, envolvendo-se com as várias fases do projeto, como seu planejamento, custos e qualidade, pois possui a garantia de contratos de fornecimento de longo prazo. O COMAKERSHIP representa o mais alto nível de relacionamento entre cliente e fornecedor Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Sistemas flexíveis de manufatura São máquinas de controle numérico interligadas por um sistema central de controle e por um sistema automático de transporte Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Manufatura integrada por computador Integração total da operação manufatureira por meio de sistemas de computadores = CIM – Computer integrated manufacturing Administração da Produção e Operações NOVOS CONCEITOS Benchmarking São as comparações das operações realizadas em uma unidade produtiva com os indicadores apresentados por empresas líderes em seus segmentos Administração da Produção e Operações Classificação de Benchmarking TIPO DESCRIÇÃO Classe Mundial Comparação com empresas classe mundial, não se referindo a concorrentes, estabelecendo parcerias para troca de informações. A companhia classe mundial, normalmente facilita este tipo de parceria visando fortalecer sua imagem no mercado. Os prêmios de qualidade servem para a classificação desse tipo de empresas Paralelo ou Funcional Comparação à nível de processos com empresas não concorrentes. Esta forma permite a quebra de paradigmas, fornecendo novas ideias para processos semelhantes. Administração da Produção e Operações 46 Classificação de Benchmarking TIPO DESCRIÇÃO Competitivo Este tipo de comparação é o mais difícil e mais caro, pois depende da obtenção de informação dos concorrentes. Normalmente oferecidas por empresas de pesquisa de mercado especializadas ou publicações em revistas dedicadas àquele tipo de indústria. Entretanto é o tipo de Benchmarking mais direto. Uma forma de se praticar este tipo de Benchmarking é a de comprar o produto do concorrente e aplicar a engenharia reversa para interpretar os processos dos concorrentes. Interno Comparação à nível de processos promovida internamente à empresa. Este é o Benchmarking mais fácil, porém limitando todo o seu potencial à peculiaridades e paradigmas da cultura da empresa. Administração da Produção e Operações 47 OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/OPERAÇÕES OBJETIVO DA ADM DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES As atividades desenvolvidas por uma empresa visam transformar insumos (mão-de-obra e matéria-prima) em produtos acabados e/ou serviços, consomem recursos que nem sempre agregam valor ao produto final. É objetivo da ADM da Produção/Operações a gestão eficaz dessas atividades. Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho Daniel Moura - UFCG 1 - Qualidade: Fazer certo as coisas Qualidade reduz custos, menos erros, menos falhas, menor retrabalho e desperdícios e maior lucro. Qualidade aumenta a confiança – Satisfação do Cliente Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 2 – Rapidez: Quanto mais rápida for a entrega de bens ou serviços, ao consumidor, melhor: - Rapidez da operação Interna A resposta rápida aos consumidores externos é auxiliada sobretudo pela rapidez na tomada de decisão, movimentação de materiais e das informações internas das operações. Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 2 – Rapidez: Quanto mais rápida for a entrega de bens ou serviços, ao consumidor, melhor: Rapidez reduz estoques: Através da movimentação e processamento de peças em lotes menores, peças se movimentando com mais rapidez. Estoques entre os estágios se reduzirão. Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 3 – Confiança/Credibilidade: Atender adequadamente às solicitações e prazos dos consumidores Credibilidade economiza tempo; Credibilidade economiza dinheiro; Credibilidade dá estabilidade. Se tudo em uma operação for perfeitamente confiável, e assim permanecer por algum tempo, haverá um nível de confiança entre as diferentes partes das operações. Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 4 – Flexibilidade: Capacidade de mudar a operação Flexibilidade de produto/serviço: habilidade de introduzir novos produtos ou serviços Flexibilidade do composto (mix):variedade e composto de produtos e serviços Flexibilidade de entrega: habilidade de mudar a programação de entrega do bem ou do serviço Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 4 – Flexibilidade: Flexibilidade agiliza a resposta Flexibilidade economiza tempo Flexibilidade mantém credibilidade Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Cinco objetivos de desempenho 5 – Custo: Fazer as coisas mais barato Todos os objetivos implicam em custos Uma forma de melhorar o desempenho dos custos, é melhorar o desempenho de outros objetivos operacionais Quanto menor o custo de produzir bens e serviços, menor pode ser o preço a seus consumidores Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Definição de Produção Do latim producere, o termo produção refere-se à ação de produzir, à coisa produzida, à forma de se produzir ou à totalidade dos produtos da terra ou da indústria. O verbo produzir, por sua vez, está relacionado com engendrar, procriar,criar, procurar, originar, ocasionar e fabricar. Quando se refere a um terreno, por exemplo, produzir significa, neste caso, dar frutos. Por outro lado, quando a palavra produzir se aplica a uma coisa, quer dizer render ou dar lucro. Administração da Produção e Operações Definição de Produtividade Produtividade é o resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do que se produz, do que é rentável. É a relação entre os meios, recursos utilizados e a produção final. É o resultado da capacidade de produzir, de gerar um produto, fruto do trabalho, associado à técnica e ao capital empregado. Produtividade é a expressão da eficiência de qualquer negócio. Para uma indústria, por exemplo, a produtividade está diretamente ligada à eficiência na produção. Administração da Produção e Operações Conceito de Produtividade OUTPUT INPUT PRODUTIVIDADE = OUTPUT INPUT Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO ESCASSEZ DE RECURSOS MÃO-DE-OBRA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA RESTRIÇÕES LEGAIS FATORES GERENCIAIS QUALIDADE DE VIDA Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO Indica o nível de investimentos em máquinas, equipamentos e instalações em relação à mão-de-obra aplicada. À medida em que um parque industrial envelhece, perde produtividade. As substituições de equipamentos são feitas sempre visando o ganho em produtividade Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE ESCASSEZ DE RECURSOS Tem gerado problemas de produtividade, como a energia elétrica, por exemplo, em 2001 e 2002 gerou muitos problemas na indústria nacional. Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE MÃO-DE-OBRA Não adianta ter mão-de-obra barata, que não seja produtiva. Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA São os grandes responsáveis pelo aumento da produtividade nos últimos anos Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE RESTRIÇÕES LEGAIS Caso das exigências da legislação local que implicam em adaptações onerosas Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE FATORES GERENCIAIS Tem a ver com a capacidade dos administradores em se empenharem em programas de melhoria de produtividade Administração da Produção e Operações AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE QUALIDADE DE VIDA Reflete a cultura do ambiente em que a empresa está inserida. Muitas organizações se preocupam em melhorar a qualidade de vida de seus “colaboradores” na certeza de que o retorno em termos de produtividade é imediato Administração da Produção e Operações Impacto econômico da melhoria da produtividade e qualidade AÇÃO GERENCIAL Redução no “input” por unidade de “output” Aumento no “output” por unidade de “input” Produtividade melhorada Preços mais altos Maior valor percebido Maior participação no mercado Aumento na receita Maiores lucros Melhoria nos processos produtivos Melhoria na qualidade do produto Baixos custos de manufatura e serviços Aumento no “output” e redução no “input” Administração da Produção e Operações Formas de se melhorar a produtividade Produzir mais output usando o mesmo nível de inputs. Produzir a mesma quantia de output usando menor nível de inputs. Produzir mais output usando menor nível de inputs. Administração da Produção e Operações SISTEMAS DE PRODUÇÃO Administração da Produção e Operações Ciclo da Produtividade Medida da Produtividade Planejamento da Produtividade Avaliação da Produtividade Melhoria da Produtividade Figura 1.3 Administração da Produção e Operações Âmbitos de Medida da Produtividade Nacional PIB Renda PER CAPITA Empresa Produtividade Total Produtividade Parcial Administração da Produção e Operações CÁLCULOS DE EFICIÊNCIA Exemplo 1.1 Qual a eficiência de um transformador elétrico que no processo de redução de tensão de 11000 volts para 110 V recebe a energia (carga) de 850 Kwh e envia 830 Kwh? Solução: eficiência = out in e = 830 = 0,98 ou 98% 850 Exemplo 1.2 Qual a eficiência econômica de uma empresa que incorreu em custos de R$ 150.000,00 para gerar uma receita de R$176.000,00? Solução e = 176.000 = 1.17 ou 117% 150.000 Produtividade Parcial do Trabalho – PPT É a relação entre as saídas totais no período, a preços constantes e a entrada de mão de obra, a preços constantes. Exemplo 1.3 A industria de papelão ondulado produziu em 1997, 2 milhões de toneladas com o emprego de 15.466 empregados. Em 2002, a produção foi de 2,6 milhões de toneladas com a participação de 13.354 colaboradores. Achar as produtividades em 1997 e 2002, assim como sua variação. Solução: 1997 PPT 1997 = 2.000.000 = 129,32 t/H.ano 15.466 PPT 2002 = 2.600.000 = 194,70 t/H.ano 13.354 PPT 1997-2002 = 194,70 = 1,505 ou 50,5% 129,32 Projeto e Medida do Trabalho Moreira, 1996 Administração da Produção e Operações Entende-se como trabalho o conjunto específico de tarefas de cada empregado. Qualquer organização tem, portanto, um conjunto de trabalhos, espalhados de acordo com certos critérios pelas várias unidades funcionais. O projeto do trabalho diz respeito exatamente à especificação dos conteúdos e dos métodos associados a cada um desses trabalhos. O objetivo do projeto do trabalho é criar um ambiente produtivo e eficiente, onde cada um saiba o que fazer e como fazê-lo. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Projeto do trabalho: 1 - quais os requisitos do projeto do trabalho em relação à satisfação, conforto e bem-estar dos funcionários; 2 – como sistematizar a busca por métodos de trabalho, isto é, quais são as técnicas disponíveis tanto para documentar um método atual como para propor outros métodos alternativos; 3 - como efetuar a medida do trabalho, ou seja, os registros do tempo necessário para fazer o trabalho, de maneira que possam ser estabelecidos padrões de tempo (no final das contas, de eficácia) contra os quais comparar o desempenho dos empregados. Descrição de cargo É a descrição formal e organizada de deveres e responsabilidades. Deve dizer o que deve ser realizado, como é realizado o trabalho e porque deve ser feito. É uma função padrão. 1 – Identificação do Cargo 2 – Sumário do Cargo 3 – Tarefas Executadas Administração da Produção e Operações Descrição de cargo 4 – Supervisão dada e recebida 5 – Relação com outros cargos 6 – Máquinas, ferramentas e materiais 7 – Condições de Trabalho 8 – Definições de Termos Incomuns 9 – Comentários que ajudam a esclarecer os itens acima. Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações Especificação Do Cargo Declaração de qualidades humanas mínimas aceitáveis para o desempenho adequado do cargo. Em contraste à descrição de cargo, é um padrão de pessoal. 1 – O cargo requer que nível de estudo? 2 – Qual o nível de experiência? 3 – A pessoa deve extrovertida? 4 – Qual o grau de iniciativa que o candidato deve possuir? Administração da Produção e Operações Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Ao longo do século passado, pode-se dizer que o projeto do trabalho recebeu grande influência de duas grandes diferentes correntes de pensamento, baseadas em duas concepções do homem em si e quase que radicalmente opostas: 1 - a corrente mecanicista ou objetiva, inspirada nos trabalhos de Frederick W. Taylor: o movimento da racionalização do trabalho, através de uma adequação perfeita entre o homem e a máquina; 2 - a corrente comportamental ou humanista: o movimento de relações humanas a partir do foco no próprio indivíduo, suas necessidades físicas e psicológicas, seu bem-estar e sua satisfação com o trabalho que faz. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Trabalhos que são muito especializados, consistindo de algumas poucas atividades e altamente repetitivos, tendem a gerar insatisfação, absenteísmo e, às vezes, baixa produtividade, embora sejam projetados principalmente para aumentar a eficácia do trabalhador. Para motivar o funcionário, apela-se para aumentos salariais e prêmios por produção e aumento de produtividade. Esta opção não pode ser usada indefinidamente. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Outras técnicas motivacionais: 1 - técnicas que aumentam a variedade do trabalho: ampliação do trabalho (dar ao trabalhador uma porção maior da tarefa total); rotação do trabalho (trabalhadores trocam periodicamente de funções entre si) e enriquecimento do trabalho (aumenta o nível de envolvimento do trabalhador no planejamento e coordenação do trabalho); 2 - técnicas que atuam sobre a duração do trabalho: a técnica do tempo flexível (dá ao trabalhador a oportunidade de programar suas próprias horas de trabalho). Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Estudos indicam três elementos psicológicos da motivação: 1 - o trabalho deve ser sentido pelo trabalhador como útil, atraente e com sentido; 2 - o trabalhador deve assumir responsabilidades pelos resultados; 3 - o trabalhador deve ser informado sobre esses resultados. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações A existência de dois sistemas nas organizações (um social e outro técnico) abre uma nova discussão. O sistema técnico refere-se ao aparato físico (máquinas, equipamentos e conhecimento tecnológicos envolvidos nos processos da produção), enquanto que o sistema social incorpora as organizações formal e informal dos grupos de trabalho. O sistema sócio-técnico, fusão dos dois sistemas, diz respeito a um projeto de trabalho que procure equilibrar as qualidades sociais e humanas dos trabalhadores com as pressões e necessidades tecnológicas do ambiente. Isso leva a uma relativa necessidade de liberdade para que os trabalhadores possam opinar sobre a forma de fazer o trabalho e também para que se auto-organizem. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Nem todas as empresas estão preparadas para conceder esta liberdade, assim como nem todos os trabalhadores estão preparados para tê-la. Há, ainda, o receio dos gerentes em compartilhar de sua autoridade com os empregados. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações MEDIDA DO TRABALHO Medir o trabalho: determinar o intervalo de tempo que uma operação leva para ser completada. Para cada operação pode-se definir um tempo padrão, obtido após uma série de considerações, tanto sobre o operador como sobre o método de trabalho seguido. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações A determinação do tempo padrão para se realizar uma tarefa possui duas grandes utilidades: a) serve para estudos posteriores que visem determinar o custo industrial associado a um dado produto; b) serve para avaliar, pela redução ou não do tempo padrão, se houve melhoria no método de trabalho, quando se faz um estudo de métodos. Projeto e Medida do Trabalho Administração da Produção e Operações Determinação do tempo padrão de uma operação: a) estudo de tempos com cronômetros; b) tempos históricos; c) dados padrão pré-determinados; d) amostragem do trabalho. Cada uma dessas formas possui suas vantagens e desvantagens, adaptando-se melhor ou pior às situações práticas. Número de Pessoas a Contratar Depois das etapas acima é necessário se determinar a quantidade de pessoas que irão realizar o trabalho. Podemos exemplificar da seguinte maneira: Previsão de emissão de Notas Fiscais para o mês seguinte: 22.000 Notas Fiscais Administração da Produção e Operações Número de Pessoas a Contratar Cada Nota é emitida, pelo estudo de tempos, em 2 minutos, já incluídos período de atrasos e interrupções. Desta forma, para cada Nota fiscal emitida precisamos de 0,03 homem/hora. ( 2 minutos por Nota / 60 minutos(hora)) = 0,03 Administração da Produção e Operações Número de Pessoas a Contratar Precisamos emitir (previsto) 22.000 Notas no mês. 0,03 homem/hora X 22.000 Notas = 660 homem/hora Como cada trabalhador pode contribuir com 160 horas trabalhadas por mês, (40 horas normais de trabalho X 4 semanas = 160 horas de trabalho) Administração da Produção e Operações Número de Pessoas a Contratar Então temos: 660 homens/hora (para cumprir a tarefa prevista) / 160 horas de trabalho = 4,125 homens para a realização da tarefa. Finalmente chegamos à conclusão de que precisamos contratar 04 empregados para a realização da tarefa. Problemas a serem analisados: Absenteísmo e Turn Over Administração da Produção e Operações FÓRMULAS ABSENTEÍSMO TURN OVER (Admissões + Desligamentos)/2 X 100 nºde Empregados do mês anterior nº de horas de atrasos + nº de horas de faltas X 100 nº de Empregados X horas trabalhadas Administração da Produção e Operações ABSENTEÍSMO 1 – Verifica-se, em várias empresas, que existem pessoas propensas a faltar ao serviço. As causas básicas provavelmente estão no próprio indivíduo. Em torno de 10 % dos empregados da empresa são responsáveis por 70 a 80% do total das faltas. 2 – RAZÕES – A doença representa, aproximadamente 50% das razões apresentadas para as faltas. Outras razões são: transportes, acidentes fora do trabalho, cuidar do filho. Administração da Produção e Operações ABSENTEÍSMO 3 – DATAS – Quando se realiza um acompanhamento direto e real,percebemos que a maior incidência de faltas está compreendida nas segundas e sextas-feiras, depois do pagamento, antes e depois de feriados. Este fato demonstra falta de responsabilidade por parte do empregado. 4 – IDADE E SEXO - Verifica-se que entre os empregados abaixo de 20 anos de idade a taxa de absenteísmo gira em torno de 5,5%. A média entre os trabalhadores é de 3,0% e para empregados acima de 50 anos de idade esta taxa decresce a 2, 5%. Num estudo realizado, o absenteísmo feminino foi o dobro do masculino. Administração da Produção e Operações ABSENTEÍSMO 5 – CONDIÇÕES DE TRABALHO – Horas excessivas de trabalho, trabalhos monótonos. fraca supervisão, mau controle de produção, são fatores que aumentam o índice de absenteísmo. Estas condições podem ser corrigidas pela Administração da empresa. Administração da Produção e Operações FÓRMULA ABSENTEÍSMO nº de horas de atrasos + nº de horas de faltas X 100 nº de Empregados X horas trabalhadas Ex.: Horas de atrasos = 13,33 horas Horas de faltas = 24 horas Total de empregados = 50 Horas trabalhadas = 50 X 220 h = 11.000 horas Administração da Produção e Operações Aplicando a fórmula ABSENTEÍSMO nº de horas de atrasos + nº de horas de faltas X 100 nº de Empregados X horas trabalhadas Ex.: 13,33 horas + 24 horas X 100 50 X 220 horas 37,33 horas X 100 11.000 0,003393 X 100 = 0,33% de Absenteísmo Administração da Produção e Operações TURN OVER 2 – CUSTOS DE TREINAMENTO – Envolve tempo do supervisor, do Departamento de Recursos Humanos e do trainee. 3 – ACIDENTES – Geralmente o índice de acidentes é mais alto em empregados novos. 4 – PERDA DE PRODUÇÃO – Existirá uma lacuna entre a saída de pessoal e a contratação de novos, gerando perda de produção. Administração da Produção e Operações TURN OVER 5 – PAGAMENTO – Quem está sendo treinado recebe mais por menor carga de serviços executados. 6 – CUSTO DO EQUIPAMENTO – O equipamento a ser utilizado não está em sua capacidade total de produção, gerando ociosidade. 7 – DESPERDÍCIOS – Os empregados novos, geralmente, ocasionam maior índice de desperdício de material. Administração da Produção e Operações TURN OVER 8 – HORAS EXTRAS – Geralmente, para se cobrir a lacuna entre a saída de um empregado e a plena capacitação do “novato”, obriga o pagamento de horas-extras, além de perturbar os contratos para datas de entrega. Administração da Produção e Operações Aplicando a fórmula TURN OVER Ex.: (20 admissões + 15 demissões) / 2 X 100 50 35 / 2 X 100 50 17,5 X 100 = 0,35 X 100 = 35 % de Turn Over 50 (Admissões + Desligamentos)/2 X 100 nº de Empregados do mês anterior Administração da Produção e Operações PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE O que é capacidade? A palavra capacidade é comumente associada à ideia de volume máximo, espaço ou quantidade máxima de alguma coisa (capacidade estática). Assim, dizemos que o tanque de combustível de um carro tem capacidade para 55 litros; um estacionamento tem capacidade para 220 carros; a capacidade do Maracanã é 82.238 espectadores. Os gerentes de produção a utilizam para designar a escala de operações. PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE O que é capacidade? Por conseguinte, um estacionamento tem capacidade para 100 veículos, um reator tem capacidade para 200 litros, um teatro tem capacidade para 500 lugares. Entretanto, a dimensão tempo deve ser adequadamente incorporada à utilização dos ativos. Desta maneira, se um reator tem capacidade de 200 litros por hora, sua capacidade diária será 4800 litros por dia; se um teatro tem capacidade para 500 pessoas por apresentação de 2 horas, logo, sua capacidade diária será de 6000 pessoas por dia. Portanto, a capacidade de uma operação pode ser definida como a quantidade máxima de operações realizadas num espaço de tempo em condições normais de trabalho. CAPACIDADE DE PRODUÇÃO: Para Stevenson capacidade de produção refere-se ao teto de carga que uma unidade operacional pode suportar. Para Gaither e Frasier é “o maior nível de produção que uma empresa pode manter dentro de uma estrutura de programação de trabalho realista, levando em conta um período de inatividade normal e supondo uma disponibilidade suficiente de entradas para operar a maquinaria e o equipamento existente”. Para Moreira é a quantidade máxima de produtos e/ou serviços que podem ser produzidos num determinado tempo. EXEMPLO: Se num determinado departamento de montagem de uma empresa tivermos 5 empregados, cada qual trabalhando 08 horas diárias, realizando a montagem de um componente à razão de 20 montagens por hora e por empregado, a capacidade de departamento, expressa em número de montagens do componente por dia, será: 5 empregados x 8 horas x 20 montagens = 800 montagens dia hora x empregado Algumas vezes uma unidade produtiva trabalha com a unidade total ou Utilização utilização = índice de produção média X 100% Capacidade Máxima Exemplo: Uma loja pode estar dimensionada para atender a 200 clientes em média por dia, mas presentemente, estar atendendo apenas 120 clientes em média por dia. Neste caso a capacidade é de: 120 / 200 x 100 = 60% Ou seja a loja está operando 60% de sua capacidade. Ou ainda: Certa unidade está operando com 110% de sua capacidade. Isto terá lógica se dissermos que a capacidade de atendimento da loja foi violado, ou seja ela está atendendo um volume maior do que o planejado. Ou seja: 220/200 x 100 = 110% Então a loja estará atendendo um volume acima de sua capacidade devendo assim elaborar uma redistribuição de seus horários e número de atendentes. MEDIDA DE CAPACIDADE Existem duas formas de se medir a capacidade de uma unidade produtiva: Através da produção Através dos insumos USANDO MEDIDAS DE PRODUÇÃO INSTITUIÇÃO MEDIDAS DA CAPACIDADE Siderúrgica Refinaria de petróleo Montadora de automóveis Companhia de papel Companhia de eletricidade Fazenda Toneladas de aço/mês Litros de gasolina/ dia Número de carros/ mês Toneladas de papel/ semana Megawats/ hora Toneladas/de grãos/ ano USANDO MEDIDAS DE INSUMOS Companhia aérea Restaurante Teatro (ou cinema) Hotel Hospital Escola Número de assentos/ vôo Número de refeições/ dia Número de assentos Número de quartos (hóspedes) Número de leitos Número de vagas Algumas medidas de capacidade Conversão entre medidas de Capacidade entre Produção e Consumo Operação Medidas de Capacidade Insumos Inputs Produção Outputs Fábrica de Ar Condicionado Horas de Máquinas disponíveis Nº de Unidades por semana Hospital Leitos disponíveis Nº de Pacientes tratados por semana Teatro Nº de Assentos Nº de clientes entretidos por semana Universidade Nº de Estudantes Nº de estudantes graduados por ano Lojas de Vendas no Varejo Área de Vendas Nº de itens vendidos por semana Cia Aérea Nº de Assentos Nºde passageiros pro semana Motivos que acarretam as economias e deseconomias de escala Economias de Escala - Diminuição do custo unitário de produção com o aumento da taxa de produção - Diluição dos custos fixos Custos de construção não aumentam proporcionalmente à capacidade da instalação Diminuição de custos na compra de materiais - Vantagens do processo com foco no produto Deseconomias de Escala Aumento do custo unitário de produção com o aumento da taxa de produção Aumento da complexidade da operação Operação próxima ou superior a capacidade nominal Taxa de utilização próxima a 100 % Custos de transporte PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE Capacidade é importante para: 1 – Contabilidade – prepara as informações de contabilidade de custos necessárias para avaliar as decisões de ampliação de capacidade 2 - Finanças – Realiza a análise financeira dos investimentos para a ampliação da capacidade proposta e obtém fundos para apoiá-los 3 – Recursos Humanos – que precisa contratar e treinar funcionários para apoiar os planos de capacidade 4 – Sistemas de Informação Gerencial – elabora os bancos de dados usados para determinar padrões operacionais que ajudam a calcular faltas de capacidade 5 – Marketing – fornece as previsões de demanda necessárias para identificar faltas de capacidade PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE Capacidade é importante para: 6 – Operações – precisa selecionar estratégias de capacidade que fornecem os níveis de capacidade para atender a demanda futura mais efetivamente 7 – Compras – que obtém capacidade externa terceirizada PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE O planejamento de capacidade é fundamental para a empresa, uma vez que a falta ou excesso desta, leva a organização a sérios problemas. Para se definir uma estratégia de capacidade alguns questionamentos devem ser realizados: a) Que proteção é necessária para lidar com a demanda variável e incerta? b) Devemos ampliar a capacidade antes que exista demanda, aguardar até que exista demanda ou esperar até que a demanda seja mais certa? PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Estratégia Vantagens Desvantagens Antecipação à demanda Sempre há capacidade para atender à demanda. A receita é maximizada e os clientes são atendidos. A utilização da fábrica sempre é relativamentebaixa e seus custos são elevados. Consegue absorver demandas extras, para o caso de previsões pessimistas. Riscos maiores ou permanentes de sobrecapacidade, se a demanda não atingir níveis previstos Quaisquer problemas na partida de novas unidades tem menor probabilidade de afetar o suprimentodos clientes. Antecipação ao desembolso do capital. net 121 PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Estratégia Vantagens Desvantagens Acompanhamentoda Demanda Sempre há demanda para atender e manteras plantas funcionando a plena capacidade, minimizando os custos unitários da produção. Capacidade insuficiente para atender totalmente a demanda. Há redução da receita e não atendimento da totalidade dos pedidos dos clientes. Reduz o risco de adoção de tecnologias obsoletas, de má apuração da capacidade da concorrênciae de super expansão, devido a uma previsão otimista da demanda. Sem habilidade para aproveitar aumentos da demanda a curto prazo. É adiadoo desembolso de capital com as fábricas. Risco de falta, ainda pior, se houver problemas com a partida das novas fábricas. 122 PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 1 - PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE CAPACIDADE a quantidade máxima de produtos e serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva, num dado intervalo de tempo. Unidade produtiva Fábrica Posto de atendimento médico Lojas Posto de trabalho Uma simples máquina Armazéns Departamentos IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES SOBRE CAPACIDADE Estudos de Mercado Previsão da demanda DECISÕES SOBRE A CAPACIDADE Planejamento das instalações Produtivas Necessidades de mão de obra Equipamentos 1ª RAZÃO PARA A IMPORTANCIA DA DECISÃO SOBRE A CAPACIDADE Elas têm um impacto potencial sobre a habilidade da empresa em atender a demanda futura: a capacidade planejada dá o limite de atendimento possível. Além disso, existe o compromisso dos recursos a longo prazo: modificações drásticas na capacidade dificilmente são viáveis sem que se incorra em novos custos, forçosamente substanciais. 2ª RAZÃO PARA A IMPORTANCIA DA DECISÃO SOBRE A CAPACIDADE Uma segunda razão diz respeito a relação entre capacidade e custos operacionais. Esse excesso acontece quando a capacidade supera ou fica abaixo da demanda que varia no curto prazo devido aos fatores sazonais e no longo prazo devido as condições gerais dos negócios. 3ª RAZÃO PARA A IMPORTANCIA DA DECISÃO SOBRE A CAPACIDADE O alto custo inicial que se segue às decisões sobre a capacidade também justifica a importância de um estudo bem feito da capacidade. Esta razão interliga-se as demais, sendo que uma acaba reforçando a outra. Em síntese, as decisões sobre capacidade merecem muita atenção pelo seu caráter essencialmente estratégico, que se reflete no envolvimento de grandes somas de dinheiro, na imobilização forçada de recursos, nas dificuldades posteriores de mudança e no grande impacto sobre os custos de operação. EXPANSÃO DA CAPACIDADE Ao longo do tempo, à medida em que a demanda apresenta um padrão de crescimento, a empresa provavelmente necessitará ir acrescentando alguma capacidade àquela já existente. Em geral, esse acréscimo de capacidade não se dá de forma contínua, mas sim “aos saltos”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de fatores específicos do momento. Desta forma as empresas podem: Procurar instalações completamente novas; Acomodar a necessidade extra de capacidade em outro local. Classificação das capacidades A capacidade pode ser classificada em capacidade instalada, de projeto, efetiva ou de carga e realizada. 1 - Capacidade instalada: É a quantidade máxima que um sistema produtivo pode produzir ininterruptamente desconsiderando as perdas. Portanto, é a capacidade produtiva obtida numa jornada de trabalho de 24 horas ignorando as paradas para manutenção e perdas decorrentes de erros de programação da produção. Exemplo: Uma refinaria de óleo tem capacidade de produzir 8 toneladas por hora. Qual é a capacidade instalada da refinaria? Capacidade instalada = 8 toneladas / hora x 24 horas x 30 dias = 8 x 24 x 30 = 5.760 toneladas por mês. Classificação das capacidades A capacidade pode ser classificada em capacidade instalada, de projeto, efetiva ou de carga e realizada. 2 - Capacidade disponível ou de projeto: refere-se à capacidade máxima de um sistema produtivo numa jornada de trabalho sem considerar as perdas envolvidas. Exemplo: A refinaria do exemplo anterior tem 720 horas mensais de capacidade (24 x 30), sua capacidade disponível pode ser: Classificação das capacidades CAPACIDADE DISPONÍVEL - CD Um turno Um turno diário com 08 horas, 5 dias por semana. CD = 8*5*4= 160 horas mensais Dois Turnos Dois turnos diários.CD = 2(8*5*4) = 320 horas mensais Três Turnos Três Turnos diários. CD = 3(8*5*4) = 480 horas mensais Quatro Turnos Quatro turnos diários 8 horas cada um sete dias por semana (quatro equipes se revezam para manter funcionamento ininterrupto respeitando o descanso semanal). CD = 3(8*7*4) = 672 horasmensais Horas Extras Cada hora trabalhada além da jornada de trabalho normal é somada à capacidade disponível. As tentativas de operar com a máxima capacidade disponível devem ser analisadas com cautela, pois, corre-se o risco de se operar em “deseconomia de escala”. Ou seja, aumenta-se o custo de produção com horas-extras, adicional noturno, baixa qualidade e produtividade. Classificação das capacidades 3 - Capacidade efetiva ou de carga: capacidade efetiva nada mais é que a capacidade disponível subtraídas das perdas planejadas dessa capacidade. As perdas planejadas são: setups (tempo de preparação), manutenções preventivas, auditorias da qualidade, trocas de turnos, intervalos de operações, etc. Ce = Cd - Pp 4 - Capacidade realizada: é a capacidade real em determinado período. Nada mais é que a capacidade resultante da subtração das perdas não planejadas da capacidade efetiva. As perdas não planejadas são: ausência de matéria-prima, funcionários, energia, máquinas; deficiências de qualidade, manutenção corretiva, etc. Cr = Ce - Pñp Classificação das capacidades Exemplo: Capacidade Projetada: 160 horas por semana Atividades Planejadas Mudançade Produtos (SetUps) 20 h Manutenção Preventiva Regular 16 h Nenhum trabalho programado 8 h Amostragens de Qualidade 8 h Tempos de Troca de Turnos 7 h Total 59 h Atividades Não Planejadas Paradas para Manutenção 18 h Investigaçãode falhas de qualidade 20 h Falta de Estoque de Material 8 h Faltas do pessoal 6 h Espera pelos rolos de papel 6 h Total 58 h Classificação das capacidades Capacidade Projetada: 168 horas por semana Atividades Planejadas: 59 horas por semana Atividades NÃO Planejadas: 58 horas por semana. Capacidade Efetiva = Cap. Projetada – Par. Plan. = Ce = Cp – Pp Ce = Cp – Pp = Ce = 168 – 59 = Ce = 109 horas/semana Capacidade Realizada = Cap. Efetiva – Par. Ñ Plan. = Cr=Ce-Pñp Cr = Ce – Pñp = Cr = 109 – 58 = Cr = 51 horas/semana Utilização: Ce X 100 = Ut = 109 X 100 = Ut = 64,88% Cd 168 Eficiência: Cr X 100 = 51 X 100 = Ef = 46,78% Ce 109 ÍNDICES DE CAPACIDADE Índice de Eficiência: indica a eficiência do sistema produtivo na realização das operações programadas. Índice de eficiência = Capacidade realizada X 100 Capacidade Efetiva Índice de Utilização: demonstra a percentagem de uso da capacidade disponível. Índice de Utilização = Capacidade Efetiva X 100 Capacidade disponível ÍNDICES DE CAPACIDADE Outra medida importante a ser determinada é o GRAU DE EFICÁCIA GERAL DO EQUIPAMENTO (Overall Equipment Efectiveness : OEE). Desenvolvida por Cormac Campbell, da OEEE Consulting Ltd., a OEE trata-se de um método que considera três aspectos de desempenho: tempo disponível para uma operação; qualidade dos produtos / serviços; tempo de ciclo (taxa de atravessamento). Essas três métricas são importantes indicadores de desempenho, entretanto, mostram um cenário incompleto da eficácia geral do maquinário. A OEE é o resultado da multiplicação das três dimensões individuais. ÍNDICES DE CAPACIDADE Por exemplo, se um equipamento foi projetado para funcionar 10 horas, mas ele fica quebrado (parado) por três horas, sua disponibilidade é de 70%. Se o mesmo equipamento produz 95 peças que atendem os requisitos de qualidade num total de 100 peças produzidas, sua taxa de qualidade é de 95%. Da mesma forma, ao operar a 75 ciclos por minuto e considerando uma capacidade de projeto de 100 ciclos por minuto, logo, sua taxa de atravessamento é 75%. Neste caso, basta multiplicarmos a taxa de disponibilidade (70%) pela taxa de qualidade (95%) e pela taxa de atravessamento (75%). OEE= 0,7x0,95x0,75 = 0,5 ou OEE=50% Planejamento e Controle da Capacidade de Produção O planejamento e controle da capacidade têm como objetivo determinar a capacidade efetiva capaz de atender a demanda. Naturalmente, o planejamento da capacidade deve ser flexível o suficiente para reagir de forma coerente às flutuações da demanda. Na prática, isso significa introduzir ou suprimir incrementos na capacidade física. Para isso, as empresas devem fazer previsões da demanda futura considerando um período mínimo de 2 a 18 meses. No entanto, em muitos segmentos se faz necessário uma previsão considerando prazos menores. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Os níveis de capacidade devem ser definidos no médio e curto prazo de forma agregada. Isto é, as decisões de capacidade devem ser tomadas de forma ampla e generalizada. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Metas do planejamento e controle da capacidade O planejamento e controle da capacidade (PCC) possui objetivos em diversos aspectos de desempenho: 1 - Reduzir custos pelo equilíbrio entre capacidade e demanda. Sem utilização excessiva ou subutilização da capacidade. 2 - Assegurar que toda demanda seja atendida sem perdas de receita. 3 - Aumentar o capital de giro pela redução de estoques. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Metas do planejamento e controle da capacidade 4 - Aumentar a qualidade de produtos e serviços e reduzir a probabilidade de ocorrência de erros. 5 - Aumentar a velocidade de resposta à demanda do cliente, seja pela geração de pequenos estoques, seja pela acertada previsão da demanda. 6 - Flexibilidade: capacidade de responder a aumentos inesperados na demanda. 7 - Confiabilidade: fornecer o produto/serviço sem interrupções. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção A tomada de decisões nas questões referentes ao planejamento e controle da capacidade segue uma sequência lógica. Inicialmente, prevemos a demanda e a capacidade em determinado período de planejamento. Em seguida, identificamos quais as políticas alternativas de capacidade que poderiam ser adotadas para atender de forma eficaz e eficiente as variações na demanda. Finalmente, selecionamos a política de capacidade com maior adequação as circunstâncias. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 1a Fase: Previsão da demanda Para Wilker, demanda é: “(...)a quantidade de um determinado produto ou serviço que os consumidores desejam adquirir num determinado período de tempo. Portanto, trata-se de um desejo, um plano. Mostra o máximo que um consumidor pode aspirar considerando o preço e sua renda. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 1a Fase: Previsão da demanda Por ser um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano, e não a sua realização. Não se deve confundir demanda com compra, nem oferta com venda. Demanda é o desejo de comprar, oferta é o desejo de vender. A demanda se expressa por uma determinada quantidade em um dado período” (...) Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 1a Fase: Previsão da demanda Os departamentos de vendas, marketing e de produção são os responsáveis diretos pela previsão da demanda. Quando não estimamos a demanda corremos o risco de apenas reagir a eventos futuros sem nos prepararmos efetivamente para eles. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 1a Fase: Previsão da demanda Para que as previsões da demanda possam ser úteis ao planejamento e controle da produção, três requisitos são essenciais: 1 - As previsões devem ser expressas nas mesmas unidades de capacidade; 2 - Deve ser tão exata quanto possível; 3 - Deve indicar a incerteza relativa. Em outras palavras, deve mostrar em que medida a demanda real pode diferir da demanda média prevista. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 2a FASE: POLÍTICAS DE CAPACIDADE Uma vez determinada a demanda e a capacidade, se faz necessário considerar as políticas de resposta às flutuações da demanda. Existem três maneiras “puras” de se reagir frente às variações: 1 - Política de Capacidade Constante: despreza as variações e mantém constante as atividades; PCC 2 - Política de Acompanhamento da Demanda: ajusta a capacidade em função das variações da demanda; PAD 3 - Política da Demanda ou Gestão da Demanda: objetiva ajustar a demanda tornando-a compatível com a capacidade. PGD Normalmente, o que se vê é um misto das políticas acima, predominando, ora uma, ora outra. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLÍTICA DE CAPACIDADE CONSTANTE - PCC Em uma política de capacidade constante (PCC) o volume agregado de produção é invariável diante das previsões de flutuação da demanda. Quando são processados materiais não perecíveis, cuja comercialização não ocorre tão logo sejam processados, eles são colocados em estoque antes das vendas. Portanto, essa política é viável para produtos não perecíveis que apresentam reduzido grau de sazonalidade. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLÍTICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA – PAD A política de acompanhamento da demanda (PAD) busca adequar a capacidade aos níveis da demanda prevista. Trata-se de uma política mais adequada as situações em que não se pode estocar a produção, como na prestação de serviços e na fabricação de produtos perecíveis. Ao contrário da PCC, a PAD evita o desperdício de recursos de pessoal e a subutilização da capacidade disponível. Nas situações nas quais a produção pode ser estocada, a PAD contribui para a redução dos estoques e, consequentemente, dos custos de financiamento e armazenagem. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLÍTICA DE GESTÃO DA DEMANDA - PGD Sonho que qualquer gerente de produção, a demanda estável e uniforme reduz custos, melhora o serviço, permite maior utilização da capacidade e melhora o lucro potencial. Ciente disso, muitas organizações buscam administrar a demanda, transferindo seus picos para os períodos mais tranquilos. Administrar a demanda não é responsabilidade dos gerentes de produção, mas sim dos departamentos de marketing / vendas. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLÍTICA DE GESTÃO DA DEMANDA - PGD Cabe ao gerente de produção avaliar o gerenciamento da demanda e assegurar que o sistema de produção satisfaça a demanda mais estável. As principais estratégias para o gerenciamento da demanda são: 1 - Alterar a demanda: a principal maneira é alterando o preço. Promoções e descontos em períodos de baixa procura. No inverno sorvetes, ventiladores estarão em oferta. Outra estratégia é aumentar a publicidade para alavancar as vendas fora de época. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLITICAS DE CAPACIDADE NA PRÁTICA Cada uma das políticas “puras” de capacidade descritas acima somente são viáveis quando suas vantagens compensam fortemente suas desvantagens. Frequentemente, as políticas puras não atendem todos os objetivos de competitividade. Estes compreendem, na maioria das vezes redução de custos, de estoques, e de investimentos em capital e ainda agilidade orientada para os clientes. Por esse motivo, muitas empresas escolhem uma política mista das três abordagens. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção POLITICAS DE CAPACIDADE NA PRÁTICA Por exemplo: uma empresa pode ter pico de demanda no mês de janeiro e deslocar parte dessa demanda para o mês anterior por meio de descontos (Política de Gerenciamento da Demanda). Ajustes na capacidade podem ser necessários para mudanças amplas de demanda em períodos subsequentes (Política de Acompanhamento da Demanda). Mesmo ajustando a demanda, esta pode não ser suficiente para eliminar a formação de estoques (Política de Capacidade Constante). Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 3a FASE: ESCOLHA DA POLÍTICA DE CAPACIDADE Ao decidirmos qual política de capacidade adotar, devemos levar em conta as consequências de cada política em seu contexto. Dois métodos são extremamente úteis no processo de avaliação das consequências da adaptação de políticas específicas de capacidade: Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção 3a FASE: ESCOLHA DA POLÍTICA DE CAPACIDADE 1 - Método das representações acumuladas de demanda e de capacidade; 2 - Teoria das filas. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção MÉTODO DAS REPRESENTAÇÕES ACUMULADAS A figura apresenta a previsão de demanda agregada de um produto cujas vendas apresentam grande sazonalidade. Consideremos que a fábrica em questão possui uma capacidade de 300 toneladas por mês. A fábrica deve atender ao pico de demanda em setembro reservando tempo para os produtos passarem pelo sistema de distribuição. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção MÉTODO DAS REPRESENTAÇÕES ACUMULADAS Uma boa maneira de se determinar se a capacidade constante de 300ton/mês pode satisfazer à demanda é medir o grau de sobrecapacidade (áreas A e C) e o grau de subcapacidade (área B). Se o grau de sobrecapacidade for maior que o grau de subcapacidade, logo, a capacidade atual é viável, pois, basta que os estoques dos períodos de sobrecapacidade sejam utilizados nos períodos de subcapacidade. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção Essa abordagem, no entanto, apresenta problemas. Meses diferentes têm diferentes tempos produtivos. Alguns meses apresentam redução da disponibilidade, seja pela redução da disponibilidade de mão-de-obra, seja pela redução da disponibilidade dos equipamentos. Outro problema é que a sobrecapacidade pode ocorrer depois que a demanda expirou. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção TEORIA DAS FILAS O método das representações acumuladas somente é útil quando há possibilidade de se estocar os produtos acabados. Nas operações em que a estocagem é inviável, em razão de sua natureza, como em grande parte das operações de serviços, um conjunto de problemas surge ao planejamento e controle da capacidade. Por mais que nos esforcemos para prever a demanda com o menor nível de erro, não podemos saber exatamente quando cada cliente individual chegará e quanto tempo será consumido em seu processamento. Uma equação que descreve a probabilidade de chegada pode ser determinada, mas não o momento exato de cada chegada. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção TEORIA DAS FILAS Apesar da incerteza quanto ao tempo de chegada dos clientes e quanto ao tempo de processamento de cada cliente, eles chegam de acordo com uma distribuição de probabilidades. Normalmente são processados pela lógica do FIFO (First In First Out, primeiro a entrar, primeiro a sair), aguardam o processamento, são processados por sistemas em paralelo e saem da operação. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção TEORIA DAS FILAS Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção TEORIA DAS FILAS As filas tendem a ocorrer em frente a um centro de trabalho, como o balcão de passagens de um aeroporto, um centro de máquinas ou um computador central. O motivo é que o horário de início ou de chegada dos clientes varia, e o tempo de processamento pode variar de um cliente para outro. Os modelos de fila de espera empregam distribuições de probabilidade para fornecer estimativas do tempo de atraso médio do cliente, do tamanho médio das filas de espera e da utilização do centro de trabalho. Pode-se utilizar estas informações para escolher o nível de capacidade mais eficaz (com o menor custo), atingindo o equilíbrio entre serviço e custo. Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Fases do planejamento e controle da capacidade de produção Podemos quantificar o processo de chegada através de sua taxa média de chegadas (λ) e/ou seu intervalo médio entre chegadas (IC) Ex: Um posto de pedágio com 5 atendentes, onde entre 7 e 8 horas da manhã chegam 20 automóveis por minuto. λ:20 veículos por minuto IC: 3 segundos λ e IC são valores médios, em um dado instante diferentes valores podem ser observados A fim de caracterizar ainda mais uma fila podemos definir sua distribuição de frequências Processos com os mesmos valores médios podem apresentar grandes variações de seus valores individuais durante o tempo observado Processos regulares são raros Existem situações onde o ritmo de chegadas sofre variações durante o dia Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Determina como é feito o atendimento aos clientes da fila Ex: Observando um atendente, podemos constatar que ele atende 6 veículos por minuto ou que gasta 10 segundos para atender um veículo Podemos quantificar o processo de chegada através de sua taxa média de atendimento (μ) e/ou seu tempo ou duração médio de serviços (TA) μ = 6 clientes por minuto TA = 10 segundos por cliente Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Uma fila pode possuir um ou mais servidores para atender os clientes A qualidade do serviço pode ser melhorada adicionando convenientemente novos servidores ao sistema Ex: fila de supermecado Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Descreve como os clientes são escolhidos para entrar em um serviço após a fila ser formada First-Come-First-Served (FCFS) FIFO Filas comuns onde o primeiro a chegar é o primeiro a ser atendido Last-Come-First-Served(LCFS) LIFO Aplicado em sistemas de controle de estoque e em filas de prioridades Filas com Prioridades Preemptivo O cliente com maior prioridade é servido imediatamente Não-preemptivo O cliente com maior prioridade entra na frente da fila, mas deve aguardar se algum cliente já estiver em atendimento Filas Randômicas Planejamento e Controle da Capacidade de Produção TAMANHO DA FILA Tamanho Médio Característica mais visível de uma fila O dimensionamento adequado desta característica possibilita um atendimento satisfatório Tamanho Máximo Área destinada a espera por atendimento Ex: número de cadeiras em uma barbearia, tamanho do buffer, etc Dependendo do tamanho e da demanda um cliente pode ser recusado Ex: central telefônica Deve ser projetada de forma atender a demanda Planejamento e Controle da Capacidade de Produção TEMPO MÉDIO NA FILA Média do tempo gasto por cada cliente desde o momento em que chega na fila ao que ele é atendido Principal causa de irritação dos clientes O ideal é que não exista tempo de espera Ex: Se entrarmos em uma fila com 10 pessoas à frente o tempo de espera será igual ao somatório dos tempos de atendimento de cada um dos 10 clientes ou, possivelmente, será igual a 10 vezes a duração média de atendimento Planejamento e Controle da Capacidade de Produção VARIÁVEIS RANDÔNICAS São utilizadas para modelar diversos aspectos de uma fila Quando afirmamos que a duração média de atendimento é de 10 segundos não estamos dizendo que todo atendimento é de 10 segundos Diferentes momentos podem registrar diferentes valores Caso fosse coletada uma grande quantidade de dados poderíamos deduzir que existe um padrão de atendimento expresso por uma distribuição de probabilidade É nula a probabilidade de atender um cliente em menos de 5 segundos A probabilidade de atender um cliente em 10 segundos é de 18% A probabilidade de atender um cliente em 25 segundos é de 0,5% Planejamento e Controle da Capacidade de Produção VARIÁVEIS RANDÔNICAS Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Cenário Fila de um banco formada por pessoas que deseja um novo talão de cheques Chegada No período de meia hora chegaram ao sistema 12 pessoas Onde Intervalo – tempo entre uma chegada e outra Momento – instante de chegada de um novo cliente Definir Λ – Taxa Média de Chegada IC – Intervalo Médio de chegadas 24 clientes por hora 2,5 minutos Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Atendimento Dados anotados para cada atendimento em minutos Determinar µ – Taxa Média de Atendimento TA – Tempo ou duração Média Cliente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração 1 2 1 1 3 2 1 4 2 3 1 3 30 clientes por hora 2 minutos Planejamento e Controle da Capacidade de Produção Tempos de fila Total de clientes atendidos Tempo Médio na Fila (TMF) Número Médio na Fila (NMF) Mesmo sendo a capacidade de atendimento (μ) superior ao ritmo de chegada (λ) foi observada a formação de filas Em um sistema de filas, geralmente, tanto o processo de chegada como o de atendimento não são regulares Cliente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Duração 0 0 0 0 0 3 4 0 3 1 3 2 12 (3+4+3+1+3+2)/12 = 1,33 minutos (3+4+3+1+3+2)/45 = 0,36 cliente INSTALAÇÕES Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Segundo Weil o planejamento de uma indústria, desde a concepção inicial até o projeto final, pode ser dividido em cinco estágios: 1 – A ideia inicial; a pesquisa de mercado; o estudo do processo 2 – A produção-piloto 3 – A determinação da localização 4 – O projeto preliminar de construção 5 – O projeto final Estudo de localização é encontrar o local mais adequado á implantação da Indústria, ao MENOR CUSTO TOTAL, para transformar inputs em outputs, transportá-lo e entregar a seus consumidores. Devemos ter muito cuidado no planejamento da localização e diversos fatores devem ser considerados e mensurados, quando possível, exigindo dos gestores uma visão muita clara da indústria globalmente falando e de sua própria organização. l 176 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Duas alternativas iniciais se apresentam. 1ª - O estudo pode ser conduzido por pessoal interno da organização ou 2ª - contratar consultorias especializadas no mercado. A segunda opção é a mais utilizada pois as empresas, geralmente, não possuem pessoal capacitado para tal tarefa, além de serem considerados os deslocamentos para análises e o tempo despendido – o que traria sérios problemas para a empresa. Isso é fato, como também é sabido que o custo de uma consultoria completa é muito elevado. Desta forma, pode-se realizar a contratação de assessoria para comandar uma equipe interna de pessoal qualificadas para estas análises. IMPORTANTE: não se deve delegar a responsabilidade destes estudos a pessoas com poucas horas disponíveis. Isso pode acarretar em análises rápidas e inconsistentes, gerando problemas administrativos e financeiros futuros. l 177 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização A palavra chave para o sucesso da escolha da localização é o TRABALHO EM EQUIPE que deve reunir pessoas dos mais variados setores. Por ser um fator estratégico, a responsabilidade pela decisão caberá ao mais alto signatário da organização e não pode ser delegada a outros setores ou pessoas. Da equipe de análise devem fazer parte pessoal de Vendas e de Pessoal. “O primeiro mostrará o potencial do mercado da zona levada em consideração; o segundo pesquisará a existência de mão de obra e seu nível salarial. Igualmente indispensável é a colaboração de um pesquisador para a obtenção de dados sobre energia, água, matérias-primas e outros fatores.” Estaremos estudando cada uma das situações e demonstrando a sua complexidade e a responsabilidade das escolhas ofertadas à alta direção. l 178 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Século passado: era muito comum uma empresa ser implantada apenas visando a fonte de matérias primas, levando ao conceito de que “A indústria se instala ao lado do carvão”. Hoje, devido às tecnologias logísticas já não podemos decidir a localização de uma empresa apenas por estes fatores, tornando muito complexa a decisão. Os empresários tem uma resistência natural quanto a mudança de local da indústria, principalmente pelos custos iniciais oriundos desta decisão. Minimiza-se esta resistência utilizando-se de algumas razões que devem ser muito bem estudadas e exploradas. Aparecimento de novos mercados, que justifiquem a existência de unidades produtoras neles localizados; Concorrência feita pela manufatura local ao produto transportado de fonte produtora afastada l 179 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização c) Limitação ou esgotamento da matéria-prima na zona atual de produção, tornando imperiosa a mudança ou a expansão em novo local; d) Custo exagerado da expansão local devido ao elevado preço dos terrenos próximos; e) Atração exercida por matérias-primas pouco dispendiosas, subprodutos de outros processos industriais, como por exemplo, escória de altos fornos e gases de refinação de petróleo; f) Atração exercida pela isenção de impostos e pela obtenção de financiamento a longo prazo. As condições brasileiras são diferentes das condições europeias pois possuí áreas geoeconômicas distantes e diferenciadas. l 180 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Os estudos de Schimidt-Renner apontam: um fator restritivo de localização em determinada região: - Macrofatores e um que delimita a localização em uma área restrita dentro da região – Microfatores. Uma tendência atual para a implantação de unidade industrial é “fugir” das megalópolis e se instalar em cidades menores devido aos elevados custos de terreno industrial e à dificuldade de mão de obra – principalmente quanto à sua locomoção l 181 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Critérios Em fatores quantitativa e qualitativamente avaliáveis; Em macro e microfatores; Em fatores: 1 – relacionados com a produção 2 – relacionados com a distribuição 3 – gerais, que tanto afetam a produção quanto à distribuição (clima e impostos) l 182 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Fatores suscetíveis de avaliação quantitativa 1 – Disponibilidade e transporte de matéria prima e/ou produtos acabados 2 – disponibilidade e transporte de combustíveis 3 – energia – principalmente a elétrica 4 – água 5 – resíduos industriais e esgoto 6 – mercado para os produtos manufaturados e seu transporte para os pontos de distribuição ao consumo 7 – transporte em geral 8 – impostos e taxas federais, estaduais e municipais 9 – facilidades governamentais e atrativos diversos 10 – bancos e meios de financiamento locais l 183 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Fatores suscetíveis de avaliação qualitativa 1 – Mão de obra da região, ambiente social e sindical; 2 – perspectiva de expansão do mercado local com a implantação da indústria; 3 – alternativas para o transporte, o transporte e a saturação de seus meios; 4 - acidentes e fatores geográficos; 5 – clima; 6 – zoneamento face a regulamentos municipais – ruídos, resíduos, fumaça, vias de acesso; 7 – segurança nacional 8 – competição pelos serviços e os fatores já avaliados (o efeito de entrada de terceiros no mercado local de energia, mão de obra, água, etc) 9 – sistemas de comunicação existentes; 10 – serviços de manutenção. l 184 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: MACROFATORES 1 – O mercado e suas necessidades de satisfação, incluindo-se uma previsão futura, por extrapolação do consumo atual; 2 – o processo técnico econômico e as necessidades de energia, matérias-primas e integração com outras indústrias; 3 – a ecologia, o meio geográfico e o clima; 4 – o ambiente preferível para localização da indústria no meio rural, no meio urbano ou numa megalópole; 5 – mão de obra disponível; 6 – as necessidades de criação de núcleos sociais (vila operária, escola, cooperativa, etc) l 185 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: MICROFATORES 1 – Consequências danosas para a comunidade oriundas do processo tecnológico adotado – ruídos, emanações nocivas, resíduos 2 – posição relativa às vias de transporte, portos e desvios ferroviários; 3 – conformação do terreno e suas condições para a construção desejada; 4 – possibilidade de fácil acesso dos funcionários à empresa; 5 – condições de segurança contra acidentes - inundações, incêndios – contra vibrações de tráfego pesado, contra propagação de sinistros ocorridos na vizinhança l 186 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Seleção Regional Para Ireson os macrofatores são aqueles cujo custo varia conforme a região escolhida para a localização. 1 – matéria prima, incluindo: transporte e relação de peso e volume entre matéria prima e o produto final; 2 – mão de obra; 3 – mercado, incluindo: custos eventuais de armazéns regionais, transporte do produto acabado, custo de representantes comerciais, risco no transporte e demora na entrega; 4 – serviços para a fábrica: água, combustível, energia para o futuro, serviços externos – manutenção, bombeiros, transporte de acesso, esgotos; 5 – condições climáticas: interesse de pessoas de nível cultural mais elevado em permanecer na região – não só em face do clima, mas de outras condições mesológicas: recursos locais de ordem educacional, recreativa, etc, custo de construção mais resistentes ás intempéries, necessidade de aclimatação, interrupção natural de fornecimento de matérias primas, água e eletricidade, l 187 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Seleção Regional Possibilidade de acesso ao local em qualquer tempo, deterioração de edifícios ou de depósitos ao ar livre etc; 6 – leis e códigos de ética l 188 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Fatores de Localização: Seleção Regional Localização Específica Indo mais a fundo na localização, existem fatores que determinam a localização específica: 1 – escolha entre localização urbana, suburbana e rural; 2 – custo do terreno; 3 – transporte local; 4 – zoneamento local; 5 – serviços municipais locais; 6 – sindicalização local; 7 – clima; 8 – maior ou menor facilidade de compra de terrenos adjacentes; 9 – impostos municipais; 10 – possibilidade de problemas com a vizinhança. l 189 Gestão da Produção e das Operações II Estudo de Localização Naturalmente, encontraremos situações que
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