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Relatório de Ponto de Fusão INTRODUÇÃO O ponto de fusão é uma propriedade físico-química definida como a temperatura em que o sólido passa ao estado líquido. A energia cedida ao sistema durante a fusão (calor de fusão) é utilizada para romper as ligações intermoleculares que matem as moléculas – ou íons – unidas. O ponto de fusão de uma substância pura costuma ser um valor definido de temperatura à uma determinada pressão ou pode ser uma faixa de variação de no máximo 2 ºC. Uma substância impura possui um intervalo de fusão maior que 2 ºC: quanto mais impura a amostra, maior a faixa de temperatura. O intervalo de fusão é determinado pela diferença entre a temperatura inicial, aquela em que os primeiros cristais se liquefazem, e a temperatura final, em que toda a amostra se encontra no estado líquido Figura 1 – Transformação do estado físico da substância O ponto de fusão pode ser utilizado tanto para identificar sólidos orgânicos – comparando o valor obtido experimentalmente com os dados de compostos conhecidos – quanto para definir a pureza desse composto, observando-se o intervalo da temperatura durante a fusão. Figura 2 – Variação da temperatura de fusão de uma substância pura. Figura 3 – Variação da temperatura de fusão de uma substância impura. OBJETIVO Determinar o ponto de fusão da amostra e a partir do resultado obtido identificar a substância química presente na amostra 12. MATERIAL Suporte; Garra; Mufa; Tubo de Thiele; Bico de Busen; Óleo Vegetal; Capilar; Termômetro; Barbante; Borracha; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Prendeu-se o tubo de Thiele com uma garra, que foi presa no suporte com uma mufa, a uma altura em que fosse acessível à chama produzida no bico de Bunsen. Fechou-se uma das pontas do capilar na chama do bico de Bunsen. Colocou-se uma pequena quantidade da amostra dentro do capilar. Uniu-se, com a borracha, o capilar ao termômetro, de modo que a ponta do capilar que continha a amostra atingisse o bulbo de mercúrio. Prendeu-se outra garra no suporte e amarrou-se um barbante no termômetro, formando uma alça. Pendurou-se o termômetro na garra através do barbante e o mergulhou no tubo de Thiele, de forma que a borracha ficasse a uma certa altura em relação ao óleo, para que quando o mesmo expandisse não a alcançasse, e começou-se o aquecimento da alça do tubo de Thiele com o bico de Bunsen. Figura 4 – Esquema montado para a determinação do ponto de fusão Observou-se a temperatura na qual a amostra começou a fundir e a temperatura na qual ela terminou de fundir. RESULTADOS O experimento foi executado 4 vezes e obteve-se os seguintes resultados: Ti (ºC) Tf (ºC) ΔT (ºC) Média (ºC) 1º Exp. 122 130 8 126 2º Exp. 124 131 7 127,5 3º Exp. 126 128 2 127 4º Exp. 126 127 1 126,5 Média Final: 126,75 ºC DISCUSSÃO Pelos resultados reportados na tabela anterior, nota-se que o intervalo de temperatura (ΔT) foi diminuindo a cada execução. Isso se deve ao fato de que os dois primeiros experimentos foram feitos com a chama alta para que o aquecimento fosse rápido e se tivesse uma ideia do ponto ou da faixa de fusão. Já os dois últimos tiveram um aquecimento lento quando a temperatura se aproximou dos pontos adquiridos anteriormente para que o experimento fosse mais acurado. De acordo com os resultados dos dois últimos experimentos, a amostra pode ser considerada pura visto que as faixa de ponto de fusão obtidas foram pequenas: 2°C e 1ºC, na 3ª e na 4ª execução, respectivamente. CONCLUSÃO Com uma lista de sólidos possíveis fornecida em laboratório e a partir dos resultados obtidos, conclui-se que a substância contida na amostra 12 era a benzamida, que possui ponto de fusão de 127,3 ºC, uma temperatura próxima à encontrada no experimento. Figura 5 – Estrutura molecular da benzamida REFERÊNCIAS Análise Orgânica- Métodos e Procedimento para a Caracterização de Organoquímica/ Cláudia Costa Neto. Rio de Janeiro, Editora UFRJ. 2004. Práticas de Química Orgânica/ Jacqueline Aparecida Marques, Christiane Philippini Ferreira Borges. Campinas- SP. Editora Átomo, 2007.
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