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Relatório de Ponto de Ebulição INTRODUÇÃO O ponto de ebulição é uma propriedade físico-química definida como a temperatura em que a pressão de vapor de um liquido é igual à pressão externa exercida sobre uma superfície, sendo conhecido como ponto de ebulição normal quando a pressão atmosférica equivale a 1 atm (760mmHg). Nesse ponto uma substância passa do estado líquido para o estado gasoso. O ponto de ebulição de uma substância pura, ou uma mistura azeotrópica, costuma ser um valor definido de temperatura à uma determinada pressão ou pode ser uma faixa de variação de no máximo 2 ºC. As misturas, pelo contrário, não têm um ponto de ebulição fixo (depende da composição da mistura) e durante a ebulição a temperatura não se mantém constante, tendo um intervalo maior do que 2º C e sendo maior quanto mais impura a substância for. Figura 1 – Transformação do estado físico da substância O ponto de ebulição pode ser utilizado tanto para identificar líquidos orgânicos – comparando o valor obtido experimentalmente com os dados de substâncias conhecidas – quanto para definir a pureza dessa substância, observando-se o intervalo da temperatura durante a ebulição. Figura 2 – Gráfico da temperatura de ebulição de uma substância pura. Figura 3 – Gráfico da temperatura de ebulição de uma substância impura. OBJETIVO Determinar o ponto de ebulição da amostra e a partir dos resultados obtidos identificar a substância química presente na amostra 6. MATERIAL Suporte; Garra; Mufa; Tubo de Thiele; Bico de Bunsen; Óleo Vegetal; Capilar; Termômetro; Barbante; Elástico; Microtubo; Pipeta; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Prendeu-se o tubo de Thiele com uma garra, que foi presa no suporte com uma mufa, a uma altura em que fosse acessível à chama produzida no bico de Bunsen (aproximadamente 4 dedos). Fechou-se uma das pontas do capilar na chama do bico de Bunsen. Com a pipeta, encheu-se o microtubo de amostra até a metade e colocou-se o capilar com a ponta fechada virada para cima. Uniu-se, com o elástico, o microtubo ao termômetro, de modo que a parte que continha a amostra atingisse o bulbo de mercúrio. Prendeu-se o termômetro em outra garra no suporte e o mergulhou no tubo de Thiele, de forma que o elástico ficasse a uma certa altura em relação ao óleo, para que quando o mesmo expandisse com o aquecimento não o alcançasse, e começou-se o aquecimento da alça do tubo de Thiele com o bico de Bunsen para que se formassem correntes de convecção no óleo, mantendo uma temperatura uniforme em todo o fluido. Figura 4 – Esquema montado para a determinação do ponto de ebulição Observou-se a temperatura quando a primeira bolha apareceu (T1), quando se formou o colar de bolhas (T2) e quando o líquido entrou no capilar (T3). RESULTADOS O experimento foi executado 4 vezes e obteve-se os seguintes resultados: T1 (ºC) T2 (ºC) T3 (ºC) Média (ºC) 1º Exp. 62 60 60 60,6 2º Exp. 62 63 59 61,3 3º Exp. 57 60 58 58,3 4º Exp. 58 64 57 59,6 Legenda: (T1) Temperatura na qual a primeira bolha apareceu. (T2) Temperatura na qual se formou o colar de bolhas. (T3) Temperatura na qual o líquido entrou no capilar. DISCUSSÃO Considera-se como o ponto de ebulição adquirido experimentalmente a média de todas as temperaturas adquiridas: 59,95 ºC. Na 4ª execução nota-se que houve uma grande variação de T1 para T2. Isso se deu possivelmente pelo fato de não se ter afastado a chama do tubo de Thiele assim que surgiram as primeiras bolhas, produzindo então um aquecimento além do necessário para que houvesse a formação do colar de bolhas. Nos outros experimentos nota-se que as variações de temperatura foram menores, pois houve um aquecimento mais lento, obtendo-se então resultados mais precisos. Devido a flutuação dos resultados e a inexperiência da executora do experimento, admitira-se um erro de 5º C. Desta forma, será considerando que o valor do ponto de ebulição encontrado é 59,95 ± 5 ºC. CONCLUSÃO Com uma lista de líquidos possíveis fornecida em laboratório e a partir dos resultados obtidos, conclui-se que a substância contida na amostra 6 era ou acetona ou o clorofórmio ou o metanol, pois estes possuem respectivamente ponto de ebulição de 56,05 ºC; 61,17 ºC e 64,6 ºC, temperaturas que se incluem na faixa de erro admitida (59,95 ± 5 ºC). Ademais, a amostra continha um cheiro característico de acetona, admitindo-se então que essa era a substância presente. Figura 5 – Estrutura molecular da acetona REFERÊNCIAS Figura 1: SlideShare, Isadora Girio. Disponível em: http://pt.slideshare.net/isadoragirio/estados-fsicos-da-matria-42001988 Acesso em 21/04/2016 Figura 2: Brasil Escola. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/construcao-um-grafico-mudanca-estado-fisico-Agua.html. Acesso em 21/04/2016 Figura 3: Ciência Físico-Química, Maria Antunes. Disponível em: http://cfq-maria.blogspot.com.br/2012/12/ponto-de-ebulicao.html Acesso em 21/04/2016 Figura 4: Scientific Eletronic Library Online. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 40422014000500023 Acesso em 21/04/2016 Figura 5: Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Acetone-skeletal.png. Acesso em 21/04/2016 Química Nova, Sociedade Brasileira de Química. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=173. Acesso em 21/04/2016 PAVIA, D.L; LAMPMAN, G.M; KRIZ, G.S; ENGEL, R.G. Química orgânica experimental: Técnicas de escala pequena. Segunda edição. Bookman. http://www.uepg.br/pet/Material%20Didatico/2014/Ponto%20de%20fus%C3%A3o%20e%20ebuli%C3%A7%C3%A3o.pdf
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