Buscar

Resumo - Teoria Geral do Direito Civil I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Fato Material: Ele não tem consequências para o Direito.
Fato Jurídico: é todo o acontecimento de origem natural ou humana que gere consequências jurídicas. Ele se subdivide em natural ou humano. 
Fatos jurídicos naturais: são eventos juridicamente relevantes que decorrem, em regra, da própria natureza humana, sem intervenção humana. O ordinário é que acontece regularmente. O extraordinário ocorre raramente, por exemplo, um tsunami. 
Fatos jurídicos humanos: trata-se de situações juridicamente relevantes que encontram origens na vontade humana, que cria, ou estingue direitos. O ilícito é que ao contrário do direito. O lícito é o que é de acordo com o direito, ele pode ser um ato jurídico ou negócio jurídico. O Ato Jurídico decorre de uma conduta humana lícita, mas os efeitos são previstos em leis. O negócio jurídico manifestação da vontade humana, que pode criar modificar, conservar ou extinguir as relações jurídicas. 
Fato, ato e negócio jurídico 
Fato jurídico: ocorre independentemente da ação ou da vontade das pessoas. 
Ex: o óbito.
O próprio decurso de tempo, causando consequências jurídicas, como a prescrição, a decadência, etc.
O ato jurídico lato sensu: é a atuação humana, dependente da vontade, para que se realizem atos com consequências jurídicas. É toda ação humana capaz de criar, extinguir, manter, alterar ou transferir direitos, ou seja, são os atos humanos que causam consequências jurídicas.
Ex: danificar o carro de outrem.
Dos negócios jurídicos
O negócio jurídico: é a relação entre duas ou mais pessoas determinadas, causando os efeitos do ato jurídico. 
Ex: compra de um imóvel. 
Celebração de um contrato de compra e venda, de aluguel, de empréstimo, de doação, etc.
Todos os negócios jurídicos e todos os atos jurídicos são também fatos jurídicos. Porém, nem todos os fatos jurídicos tratam-se de fatos ou negócios jurídicos. 
Existem dois tipos de fatos jurídicos. Sendo eles:
- Fatos jurídicos naturais ou stricto sensu: são eventos juridicamente relevantes que decorrem, por consequência da própria natureza, sem intervenção humana.
Ex: um relâmpago que danifica um carro protegido por seguro.
- Fatos jurídicos humanos ou lato sensu: tratam-se de situações juridicamente relevantes que encontram originalidade na vontade humana, que cria ou estingue direitos.
Nulidade do Negócio Jurídico: O negócio jurídico que tem a nulidade absoluta, não pode surtir efeitos jurídicos e é diferente da anulabilidade que pode ser aperfeiçoado e gerar efeitos.
Para que o negócio jurídico seja absolutamente nulo, são necessários os seguintes pressupostos:
a) agente plenamente incapaz (vide-se o art. 3 do CC que fala sobre a incapacidade plena do indivíduo).
B) inobservância da forma prescrita em lei quando for exigida.
C) quando o objeto for ilícito, impossível ou indeterminável
D) pela simulação. 
Anulabilidade ou nulidade relativa do Negócio Jurídico: diferentemente da nulidade absoluta, o negócio jurídico que não se encaixar aos contextos exigidos para que ele tenha validade, ainda haverá meios para aperfeiçoa-lo, ao contrário da nulidade absoluta, que não existe aperfeiçoamento do mesmo.
São causas da nulidade relativa:
A) agente relativamente incapaz (art. 4 do CC)
B) quando existir vício no consentimento 
C) quando se tratar de vício social ou fraude contra credores
CLASSIFICAÇÃO DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em:
a) Vícios do Consentimento: são aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre, podendo ser eles: Erro; Dolo; Coação; Lesão e; Estado de Perigo.
b) Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
	Defeitos
	Vício
	Efeito
	Erro
	Vontade
	Anulável
	Dolo
	Vontade
	Anulável
	Coação
	Vontade
	Anulável
	Lesão
	Vontade
	Anulável
	Estado de Perigo
	Vontade
	Anulável
	Fraude contra Credores
	Social
	Anulável
	Simulação
	Social
	Nulo
Vício do negócio jurídico 
a) Erro ou Ignorância (art. 138/144, CC)
É a falsa percepção do declarante sobre algum elemento estrutural do negócio jurídico. 
O erro é como uma distorção, ou seja, a vontade interna é vista diferente da vontade externa. O erro, pode recair sobre a pessoa, objeto ou coisa.
No erro a distorção é causada pelo próprio declarante, sem qualquer influência externa. O tratamento jurídico se dá a nulidade relativa ao negócio jurídico, podendo ser aperfeiçoado. 
Erro substancial: é aquele determinante na prática do NJ. 
Erro sobre a qualidade essencial do objeto: incide em dar qualidades inexistente no negócio jurídico. 
Ex: falar que o relógio é de ouro, sendo que ele era apenas dourado.
Erro sobre a pessoa: nesta hipótese o erro pode referir a identidade física do sujeito, civil ou qualidade essencial do objeto.
B) Dolo (art. 145/150, CC)
O dolo sempre tem como finalidade prejudicar o declarante do negócio. 
Existem dois tipos de dolo, sendo eles:
Dolo principal: o dolo principal é aquele que dá causa ao negócio jurídico, sem o qual ele não se teria concluído (CC, art. 145), acarretando, então, a anulabilidade daquele negócio”. Conclui-se, portanto, que o dolo é essencial para que o negócio não se concretize, por isso que a anulação do negócio é válida.
Ex: celebração de NJ por conta da conduta dolosa de terceiros.
Dolo acidental ou consciente: é quando existe a intenção de enganar, porém, o negócio acontece com ou sem dolo; contudo, surge ou é concluído de forma mais onerosa ou menos vantajosa para a vítima. Ele não tem influência para a finalização do ato, conforme dita o artigo 146: “É acidental o dolo, quando a seu despeito o ato se teria praticado, embora por outro modo”. O dolo acidental não acarreta a anulação do negócio jurídico, porém obriga o autor do dolo a satisfazer perdas e danos da vítima.
Dolo positivo: Acontece a partir de uma atuação comissiva (que depende de ação anterior). Ex: Subtrair algo para si ou para outrem é um crime comissivo.
Dolo negativo: Origina-se de uma omissão, uma ausência maliciosa juridicamente relevante, como dispõe o artigo 147: “nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado”
Dolus bônus ou malus: Dolus bonus seria o dolo tolerável, que não teria gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade. É comumente encontrado no comércio em geral, onde comerciantes exageram nas qualidades de suas mercadorias. Isso não torna o negócio jurídico anulável, pois o homem deve ter a diligência de não deixar se envolver por este tipo de dolo.
É a situação onde a parte "sabe" que está sendo enganada. 
Ex: produtos com imagem meramente ilustrativas, etc.
Dolo de terceiros: É a situação que o dolo parte de um terceiro fora da eficácia direta do negócio jurídico. 
Conforme dispôs o Código Civil:
“Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou”. (art. 148)
Ou seja, o dolo de terceiro só pode configurar a anulação do negócio jurídico se alguma das partes tiver conhecimento deste. Deve haver uma participação do beneficiado na consumação do negócio viciado para anulá-lo. Caso nenhuma das partes esteja a par do dolo, o terceiro tem apenas a obrigação de ressarcir todas perdas e danos da parte que foi lesada, não anulando o negócio jurídico.
Dolo de representante: É quando o dolo provém do representante da parte, que visa o benefício próprio através do negócio defeituoso. 
Dolo quanto a idade: NJ celebrado por menor púbere, desassistido pelo representante legal será válido, em caso da omissão do menor sobre sua idade,que incide em um erro recusável. 
C) Coação: é toda ameaça ou pressão exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra a sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que caracteriza a coação é o emprego da violência psicológica para viciar a vontade de um individuo para a celebração do NJ. 
Requisitos 
A) deve ser a causa do ato - o negócio deve ter sido realizado somente por ter havido grave ameaça ou violência, que provocou na vítima fundado receio de dano à sua pessoa, à sua família ou aos seus bens. Sem ela, o negócio não se teria concretizado.
B) deve ser grave – a coação deve ser de tal intensidade que efetivamente incuta ao paciente um fundado temor de dano a bem que considera relevante. Ameaça pode ser grave, apta para intimidar pessoas
C) deve ser injusta – deve ser ilícita, contrária ao direito, abusiva. Prescreve, com efeito, o art. 153, 1ª parte, que “não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito.”
D) deve ser de dano atual ou iminente – a lei refere-se ao dano próximo e provável, afastando, assim, o impossível, remoto ou eventual. Tem em vista aquele prestes a se consumar, variando a apreciação temporal segundo as circunstâncias de cada caso.
E) deve acarretar justo receio de dano – não mais se exige que este seja igual, pelo menos, ao decorrente do dano extorquido, visto que essa proporção ou equilíbrio entre o sacrifício exigido e o mal evitado, prevista no CC 1916, era alvo de críticas e não consta em outras legislações.
F) Deve constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima, ou a pessoas de sua família – o termo “família” tem hoje acepção ampla, compreendendo não só a que resulta do casamento, como também a decorrente de união estável. Também não se faz distinção entre parentesco legítimo ou ilegítimo ou decorrente da adoção, qualquer que seja a sua espécie (art. 227, §6º, CF).
Presentes todos esses requisitos, o NJ será integralmente invalidado e será integralmente invalidado e incidira a indenização de perdas e danos.
D) Estado de perigo: configura-se em estado de perigo a pessoa que assume obrigação excessivamente onerosa para salvar-se, ou pessoa de sua família, de grave dano conhecido da outra parte.
1) a existência e a atualidade de um dano grave: Existência: haver um dano grave à própria pessoa, ou a seu familiar ou a terceiro, que por qualquer circunstância seja beneficiada pela intenção do declarante (devedor); Atualidade: “o dano atual significa que o acontecimento que pode originar o dano já existe e caso não seja interrompido, consequências lesivas advirão, com certeza”. Para o declarante deve existir a pressão de escolha entre dois males, isto é, sujeitar-se ao dano ou participar de um negócio em condições desvantajosas.
A diferença entre estado de perigo e coação: o estado de perigo é a situação onde o indivíduo se encontra e alguém se aproveita disso para a realização de um negócio jurídico, enquanto, a coação consiste na ameaça para que este isto ocorra.
E) Lesão 
Atualmente a lesão se justifica como forma de proteção ao contratante que se encontra em estado de inferioridade, que, por premências várias, mesmo nos contratos paritários, perde a noção do real e acaba realizando negócios absurdos do ponto de vista econômico, evidenciando que sua vontade está viciada por pressões variadas. Ex: quando você tem objetivo na realização de algo e faz o oposto, o NJ está lesionado pois criou-se um “vício de consentimento”. O vício do consentimento está previsto no artigo 157 do CC, que se configura quando alguém obtém lucro manifestamente desproporcional ao valor real do objeto do negócio, aproveitando-se da inexperiência ou da premente necessidade do outro contratante, o que pode ser colocado em dois elementos: um objetivo e um subjetivo. 
Fraude contra credores: pratica fraude contra credores o devedor insolvente ou na iminência de o ser que desfalca seu patrimônio, onerando ou alienando bens, subtraindo-os à garantia comum dos credores (artigos. 158 à 165 CC). Se a alienação for gratuita, presume-se a fraude. Se onerosa, será preciso demonstrar, além da insolvência, a existência do dolo de fraudar (consiliun fraudis). Registre-se que certas circunstâncias podem indicar que o outro contraente sabia da insolvência do devedor, como, por exemplo, o parentesco próximo, a amizade íntima, o preço vil, a venda ou doação do único bem do devedor.
Simulação
É a declaração enganosa da vontade visando produzir efeitos diversos do ostensivamente indicado, com o fim de criar uma aparência de direito, para iludir terceiros ou burlar a lei. É um ato bilateral, em que duas ou mais pessoas fingem a prática de um ato jurídico, como a doação de homem casado à sua amásia através de uma compra e venda simulada. A simulação não será um defeito do ato jurídico se não houver prejuízo a alguém ou violação da lei. 
Existem dois tipos de simulação, sendo elas: fraudulenta ou maliciosa e absoluta. 
Absoluta: as partes, nesta hipótese não tem intenção de praticar NJ algum e tem como objetivo simulação de uma farsa.
Relativa: decorre de um NJ aparentemente simulado que visa ocultar o NJ verdadeiro.
Subjetiva: nessa hipótese um sujeito transmite direitos para outrem, e este transmite este direito para uma terceira pessoa que se beneficia disso.
Simulação inocente: existem duas correntes doutrinárias que tratam dessa espécie de simulação, sendo elas:
1º corrente diz que isso enseja a invalidade do NJ, pois, o código não distingue a inocência da maliciosa, portanto, não se interpreta de uma forma que faça distinção entre ambos.
2º corrente diz que o NJ é valido pois não há uma intenção de burlar de alguma forma a lei ou a terceiro.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
São institutos criados pela lei para garantir segurança jurídica, equilíbrio das relações sociais, podemos analisar a seguinte afirmação "eu até posso ter direitos, e eu os tenho, mas tenho prazo para fazer recorre-los, sob pena de haver prescrição, ou haver decadência." Se o prazo for protestativo o prazo é decadencial, se o prazo for subjetivo o prazo é prescricional. 
Direito subjetivo: O direito ao qual, corresponde um dever jurídico da outra parte, quando há um direito subjetivo, por detrás desse direito meu há um dever seu. (direito a uma prestação).
Ex: Uma pessoa deve 10 mil reais para outra, e esta pessoa tem o crédito de 10 mil reais, ou seja, a outra tem o dever jurídico de me devolver esses 10 mil reais, ou seja, sempre que temos um direito subjetivo a segunda parte tem o dever de algo, a violação do Direito de receber os 10 mil reais até determinada data cria-se uma pretensão (é o poder de cobrar judicialmente), porém essa pretensão não é vitalícia, temos um prazo estabelecido pelo juiz para que tenhamos a possibilidade da cobrança (prazo prescricional). 
Direito protestativo: É o direito que eu tenho que não se relaciona com o dever jurídico da outra parte, mas uma mera sujeição. 
Ex: Quando alguém coloca uma arma na sua cabeça e te obriga a assinar um contrato, isso será considerado um defeito no NJ, de acordo com o Código Civil o agente tem 4 anos para anular o NJ pelo seguindo as normas do art. 180 do CC. 
Em análise: "Eu tenho direito de prescrever o NJ porque fui coagido? Esse direito jurídico corresponde a um dever jurídico de terceiros?" 
Não, pois, diferentemente do direito subjetivo, o direito protestativo faz com que os agentes não possam violar, o direito de terceiros, pelo fato de “eu” não depender da vontade de outrem para cumprir meus direitos.
No direito protestativo o agente é obrigado a aceitar o exercício do dever, como no exemplo, da coação moral ser fundamental para a celebração do NJ. O agente tem que ir até o juiz, efetuar a anulação do negócio jurídico, da mesma forma dos direitos subjetivos. 
O direito protestativo também tem uma "data de validade", nesse caso o prazo será decadencial.

Outros materiais