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Bacilos Gram positivos nao formadores de esporos ( livros base: Tortora e Murray)

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Bacilos G+ não formadores de esporos: Corynebacterium, Lysteria, Erysipelothrix e Gardnerela
Corynebacterium( “formato de clava”)
Este é um gênero com mais de 100 espécies que normalmente contem ácidos micólicos de cadeias curtas. 
-Bastonetes G+ retos ou ligeiramente curvados em forma típica de V ( andorinha)
-Sem esporos
-Aeróbios ou anaeróbios facultativos
-Catalase+
-imóveis
-Produção de AC.lático a aprtir da fermentação de carboidratos
-Grânulos metacromáticos no interior das células, ou seja, que apresentam cor diferente do corante primário
-Algumas espécies são lipofílicas, e requerem meio enriquecido com lipídeos para crescerem
-comuns no solo, água, alimentos e mucosas de homens e animais ( tratos gastrintestinal,urinário e respiratório superior)
Corynebacterium difhteriae
( “couro” ou “pele” (referente à membrana coriácea que se
forma inicialmente na faringe)
-Bacilos pleomórficos que se coram irregularmente. Grânulos corados com azul de metileno
-colônias grandes
- A espécie é dividida em 4 biotipos de acordo com a morfologia colonial da bactéria e algumas propriedades bioquímicas, sendo eles: belfanti, gravis, intermedius e mitis, sendo gravis e mitis os dois mais ligados a casos de difteria,que pode se dar de forma cutânea e respiratória.
-Fator de virulência:
	-Toxina diftérica: do tipo A-B, inibe a síntese de proteínas.
- O homem é o único reservatório e portador do bacilo na orofaringe/pele.
-Disseminação: pessoa a pessoa por contato com a pele ou gotículas.
-Diagnóstico:
	-Cultura em meios não seletivos e seletivos
	-Testes bioquímicos e seqüenciamento de genes
-Tratamento, prevenção e controle:
	-Uso de antitoxina diftérica p neutralizar a exotoxina
	-Penicilina/eritromicina p eliminar C.diphteriae e parar produção de toxina.
-imunização com toxoide diftérico pra pacientes convalescentes p estimular produção de anticorpos
	-Vacina diftérica e doses de reforço em população suscetíveis
As mais comumente utilizadas, geralmente combinadas como toxoide tetânico são :
Em crianças . Triplice (proteção contra difteria, tétano e coqueluche) . DT (proteção contra difteria e tétano) .Em adultos DT (proteção contra difteria e tétano). 
-Doenças clínicas:
	As manifestações clínicas da difteria são determinadas pelo (1) sítio da infecção; (2) nível de imunidade do paciente; e (3) virulência do microrganismo. A exposição ao C. diphtheriae pode resultar em colonização assintomática em pessoas completamente imunizadas, doença respiratória branda em pacientes parcialmente imunizados, ou em uma doença fatal, às vezes fulminante, em indivíduos não imunizados.
-Difteria respiratória: início súbito com quadro de faringite exsudativa, dor de garganta,febre baixa e mal-estar; presença de espessa pseudomembrana na faringe;
 nos casos graves as complicaçôes cardíacas e neurológicas são as mais preocupantes.
Os sintomas da difteria envolvendo o trato respiratório desenvolvem-se após um período de 2 a 4 dias de incubação. Os microrganismos multiplicam-se nas células epiteliais da faringe ou superfícies adjacentes e, inicialmente, causam danos localizados como resultado da atividade da exotoxina. O início é repentino, com mal-estar, dor de garganta, faringite exudativa e febre baixa. O exudato evolui para uma espessa pseudomembrana, composta de bactérias, linfócitos, células plasmáticas, fibrin, e células mortas, que podem recobrir as tonsilas, úvula e palato, e pode se estender para a nasofaringe ou para a laringe . A pseudomembrana se adere firmemente ao tecido subjacente e fica difícil a remoção sem provocar sangramento do tecido (exclusivamente na difteria). Assim que o paciente se restabelece, após aproximadamente uma semana do curso da doença, a membrana se desprende e é expectorada. Complicações sistêmicas em pacientes com infecção severa envolvem primariamente o coração e sistema nervoso. Na maioria dos pacientes com difteria as evidências de miocardite podem ser detectadas tipicamente entre 1 a 2 semanas de doença, quando começam a aparecer sinais de melhora da faringe. Os sintomas podem se apresentar gradualmente ou de forma aguda, progredindo para um quadro de doença grave que pode culminar em deficiência cardíaca, arritmias e morte. A neurotoxicidade é proporcional à gravidade da doença primária e é influenciada pela imunidade do paciente. A maioria dos pacientes com doença primária grave desenvolve neuropatia, inicialmente localizada no palato mole e faringe, e mais tarde, envolvendo o oculomotor e causando paralisia ciliar com progressão para neurite periférica.
-Difteria cutânea: uma pápula pode se desenvolver na pele, progredindo para uma A difteria cutânea lesão ulcerada crônica; podem ocorrer sinais sistêmicos.
A difetria cutânea é adquirida pelo contato da pele com outra pessoa infectada. O microrganismo coloniza a pele e ganha acesso ao tecido subcutâneo através de fissuras na pele. Uma pápula se desenvolve inicialmente e, então, evolui para uma úlcera crônica que não cicatriza e que, algumas vezes, é coberta por uma membrana acinzentada. Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes também são frequentemente encontrados nestas feridas.
Outras espécies de corinebactérias
C. urealyticum não é encontrado em pessoas saudáveis, é importante patógeno do trato urinário Forte produtor de urease, torna a urina alcalina e provoca formação de cristais de estruvita C. pseudotuberculosis e C. ulcerans podem carregar o gen tox , causando também a doença, principalmente C. ulcerans.
Listeria e Erysipelothrix
Os bacilos aeróbios, não formadores de esporos e Gram positivos são um grupo heterogêneo de bactérias. Alguns são patógenos humanos bem conhecidos (p. ex., Corynebacterium diphtheriae, Mycobacterium tuberculosis), outros são primariamente patógenos animais que podem causar doenças humanas (p. ex., Erysipelothrix rhusiopathiae, Rhodococcus equi), e outros são patógenos oportunistas que infectam tipicamente pacientes hospitalizados e imunocomprometidos (p. ex., Corynebacterium jeikeium). Embora a apresentação clínica das doenças possa ser característica, a detecção e a identificação dos organismos no laboratório podem ser problemáticas. Uma técnica que é útil para a identificação preliminar destas bactérias envolve a morfologia microscópica. Os bacilos Gram positivos que são uniformes incluem Listeria e Erysipelothrix, os temas deste capítulo. Os bacilos corineformes (que incluem o gênero Corynebacterium) compreendem um grande grupo de bacilos de forma irregular. O último grupo de bactérias em forma de bastão é caracterizado pela presença de ácidos micólicos de cadeia longa em suas paredes celulares. Este componente da parede celular torna difícil corar as bactérias com a coloração de Gram; por isso, a coloração acidorresistente foi desenvolvida. Bactérias que são parcialmente ou completamente acidorresistentes incluem Nocardia, Rhodococcus e Mycobacterium.
Listeria monocytogenes
-Bastonetes Gram +, curtos, regulares, não esporulados e não encapsulados 
-Aparecem isolados ou em pares oul em cadeias curtas
-Anaeróbios facultativos 
-Catalase +, oxidase - 
-Móveis a 28ºC (1 a 5 flagelos peritríquios, mobilidade em cambalhota)
-β hemólise fraca em agar sangue de carneiro
-Colônias pequenas e lisas 
-Intervalo de Tº de 4º a 45ºC. Temperatura ótima de crescimento entre 30º e 37ºC. 
-Isolado no solo, água residual, vegetação, animais, em pequena quantidade no trato gastrintestinal de humanos, silagens, alimentos processados como queijo, resíduos de matadouros.
-Doença( listeriose ) associada a consumo de produtos contaminados( comida de microondas), disseminação transplacentária. Picos deacometimento em meses quentes.
-Patógeno intracelular facultativo que invade células e sobrevive no interior delas.
- Comum em grávidas, recém nascidos, idosos e pacientes com imunidade celular comprometida.
Pode ocorrer infecção sintomática aguda durante a gravidez. Presença de febre, faringite, mialgia, mal estar, dor noabdome inferior, diarréia e sinais de infecção urinária.
-Fatores de virulência:
	-Evita eliminação mediada por anticorpos
	-Produz internalinas, que são fatores de adesão celular, hemolisinas ( listeriolisina O e 	2 fosfolipases C), e a proteína ActA, que media a mobilidade intracelular direcionada pela actina.
	-Resiste aos ácidos estomacais e sais biliares.
Uma vez dentro do intestino, Listeria expressa internalina que se liga à E-caderina no epitélio do hospedeiro 1. A bactéria é engolfada pela célula epitelial do hospedeiro 2. Ao escapar do fagossoma, Listeria se replica 3 . Com cada nova bactéria tornando-se circunscrita por uma nuvem de actina 4. A Listeria então se movimenta através da célula com a fomação de filamentos de actina 5. Podendo contaminar outras células vizinhas e repetindo os passos de 3 a 5. Esses mecanismos permitem que a Listeria seja transferida de uma célula a outra sem nenhuma exposição a fatores imunológicos solúveis e que estão no meio extracelular, como anticorpos e complemento.
-A habilidade de crescer a 4°C permite alta concentração em alimentos contaminados.
-Patogênese e imunidade:
L. monocytogenes é um patogeno intracelular facultativo. Posteriormente à ingestão de comida contaminada, L. monocytogenes é capaz de sobreviver à exposição a enzimas proteolíticas, ao ácido estomacal e aos sais de bile, com a ação protetora dos genes de resposta ao estresse. As bactérias são capazes de aderir às células hospedeiras via interação de proteínas presentes na superfície da bactéria (i.e., internalina A, InlA) com receptores de glicoproteínas presentes na superfície do hospedeiro (p. ex., caderina epitelial, E-caderina). 	Outras internalinas (p. ex., InlB) podem reconhecer receptores em uma ampla gama de células hospedeiras. Estudos com modelos animais têm mostrado que a infecção é iniciada nos enterócitos ou nas células M, nas placas de Peyer. Após a penetração nas células, o pH ácido do fagolisossomo que circunda a bactéria ativa a exotoxina bacteriana listeriolisina O e duas diferentes enzimas fosfolipases C, levando à liberação da bactéria no citoplasma da célula. A bactéria se replica e migra para a membrana celular. Este movimento é mediado por uma proteína bacteriana ActA, localizada na superfície celular de uma das extremidades da bactéria, que coordena o agrupamento de actina. A extremidade distal da cauda de actina permanece fixa, enquanto a polimerização ocorre adjacentemente à extremidade da bactéria. Por isso, a bactéria é empurrada para a membrana da célula, onde uma protrusão (filopódio) é formada, empurrando a bactéria para a célula adjacente. Após a ingestão da bactéria pela
célula adjacente, os processos de lise do fagolisossomo, replicação bacteriana e movimento direcional se repetem. A entrada nos macrófagos após a passagem pela mucosa intestinal transporta a bactéria para o fígado e para o baço, levando à disseminação da doença. Os genes responsáveis pela lise da membrana, pela replicação intracelular e pelo movimento direcional são agrupados juntos e regulados por um único gene, prfA ou gene do “fator de regulação positivo”. A imunidade humoral não é, relativamente, importante para o controle de infecções causadas por L. monocytogenes. Essas bactérias podem se replicar nos macrófagos e movimentarem-se dentro das células, impedindo a depuração mediada pelos anticorpos. Por essa razão, pacientes com falhas na imunidade celular, mas não na imunidade humoral, são
particularmente sensíveis às infecções graves.
-Diagnóstico laboratorial:
-Cresce sob refrigeração
-Isolamento em Agar sangue com 5-10% de CO2
-Coloração de Gram com visualização e G+
-Prova da catalase ( +)
-teste de mobilidade
- infectar cobaias ( fatal)
-Resiste a desidratação e morre com pasteurização
-exibe β hemólise estreita
-possui fosfolipase que as identifica em chromo-agar listeria
-Tratamento, prevenção e controle:
	-Penicilina/ampicilina sozinhas ou combinadas com gentamicina
	-Evitar ingestão de alimentos de origem animal, crus ou parcialmente cozidos, 	requeijão e vegetais não lavados.
-Doença: Listeriose
-NEONATAL : 
De início precoce e De início tardio 
-Precoce: abortos, natimortos, prematuros 
Granulomatose infantisséptica – abcessos e granulomas múltiplos 
-Tardio: Meningite ou meningoencefalite duas a 4 semanas após o nascimento 
-GESTANTES: 
Durante o terceiro trimestre, com sintomas simples como o de uma gripe 
-ADULTOS SAUDÁVEIS: 
Febre, diarréia aquosa, sintomas de gripe, dor de cabeça 
Meningite em imunocomprometidos, suspeitar de pacientes transplantados, gestantes, e avaliar o histórico do paciente.
Erysipelothrix rhusiopatiae
-Bacilo G+ não formador de esporos. Delgados e com tendência a formar filamentos ( tipo cabelo)
-Microaerófilos,preferindo ambiente com suplementação de CO2
-colônias pequenas e lisas
-α-hemolíticas em cultura
-Produzem neuraminidase e cápsula de proteção antifagocítica
-resiste a ressecamento e ↑[sal ] 
-Causa erisipela
-Comum em animais domésticos e selvagens
-Em humanos causa infecção cutânea ou septicemia associada a endocardite
-doença ocupacional em açougueiros, processadores de carne, fazendeiros, criadoes de aves, manipuladores de peixes e veterinários.
-Diagnóstico:
 	- Coloração de gram feita em biopsia coletada de borda da lesão
 	-Cresce em Agar sangue e chocolate incubados com 5-10% de CO2.
	-Prova de motilidade e catalase
	produção de sulfeto de H2 em ferro triplo açúcar.
-Tratamento , prevenção e controle:
 	-Penicilina, cefalosporina e fluoroquinolona
 	-Vacinação pros suínos
-Doenças clínicas:
A doença animal (particularmente em suínos) é amplamente conhecida, porém a doença humana é menos comum. Duas formas primárias de infecção humana causada por E. rhusiopathiae foram descritas: (1) infecção cutânea localizada (erisipeloide); e (2) forma septicêmica. Erisipeloide é uma lesão de pele inflamatória que se desenvolve no local de um trauma após 2 a 7 dias de incubação. A lesão se apresenta mais comumente nos dedos ou mãos e aparecem arroxeadas com bordas aumentadas. Esta lesão se espalha, de forma lenta e perifericamente, enquanto a descoloração na área central desaparece gradualmente. A lesão dolorosa é prurítica e o paciente experimenta uma sensação de queimação ou latejamento. A supuração é incomum, uma característica que distingue erisipeloide das erisipelas estreptocócicas. A cura pode ser espontânea, porém pode ser apressada com a terapia antibiótica apropriada. Uma infecção cutânea difusa também pode se desenvolver. Essa está frequentemente associada a manifestações sistêmicas e os resultados das culturas de sangue são tipicamente negativos para os organismos. A forma septicêmica das infecções causadas por Erysipelothrix é incomum, mas quando presente está frequentemente associada à endocardite. A endocardite por Erysipelothrix pode ter um início agudo, mas geralmente é subagudo. O envolvimento de válvulas cardíacas previamente não danificadas (particularmente, a válvula aórtica) é comum. Outras complicações sistêmicas (p. ex., formação de abscesso, meningite, osteomielite) são relativamente incomuns.
Erisipeloide: lesão de pele dolorosa, prurítica, inflamatória com uma borda arroxeada alta e
com o centro claro; infecção cutânea difusa pode se desenvolver raramente com manifestações sistêmicas.
Doenças septicêmicas: o isolamento da bactéria no sangue está tipicamente associado com a endocardite (tanto a aguda quanto a forma crônica mais comum); raramente, formação de abscesso, meningite ou osteomielite podem se desenvolver.
Estudo de Caso e Questões
Um homem de 35 anos de idade foi hospitalizado por causa de dor de cabeça, febre e confusão mental. Este paciente recebeu um transplante de rim 7 meses antes e, desde então, começou a receber fármacos imunossupressivos para evitar a rejeição do órgão. O CSF foi
coletado e revelou uma contagem de células brancas de 36 células/mm3 com 96% de leucócitos polimorfonucleares, uma concentração de glicose de 40mg/dLe uma concentração
proteica de 172 mg/dL. O Gram do CSF foi negativo para os organismos, no entanto cocobacilos Gram positivos cresceram em culturas de sangue e CSF.
1. Qual é a causa mais provável da meningite deste paciente?
1. O cocobacilo Gram positivo mais comum que causa meningite em pacientes imunocomprometidos é Listeria monocytogenes. Streptococcus pneumoniae, a causa mais
comum de meningites bacterianas nos EUA, também deve ser considerado. Embora este organismo seja um diplococo Gram positivo, as células elongadas podem ser confundidas com
pequenos bacilos Gram positivos (cocobacilos), por microscopistas inexperientes. Porém,
Listeria é movel e produz beta hemólise fraca em meio de agar sangue, diferentemente de S. pneumoniae.
2. Quais são as fontes potenciais deste organismo?
2. As fontes mais comuns deste organismo são queijos, requeijão e carnes frias, mal cozidas. Listeria pode se multiplicar nestes produtos alimentares em altas concentrações, mesmo quando armazenados no refrigerador. Outras fontes deste organismo incluem leite contaminado, legumes crus e repolho.
3. Quais fatores de virulência estão associados a este organismo?
3 . Listeria é um patógeno intracelular, que o protege da fagocitose. Cepas virulentas também produzem fatores de aderência celular e hemolisinas. A habilidade do organismo de crescer em baixas temperaturas o torna capaz de se multiplicar em diferentes lugares até atingir concentrações que causam a doença.
4. Como essa doença seria tratada? Quais antibióticos são efetivos in vitro? Quais antibióticos não são eficazes?
4. O tratamento de infecções causadas por Listeria é complicado pelo fato de o organismo ser naturalmente resistente a vários antibióticos comumente utilizados, incluindo as cefalosporinas. O tratamento de escolha para infecções graves é a combinação de ampicilina
ou penicilina com um aminoglicosídeo. Testes de susceptibilidade aos antimicrobianos devem
ser realizados, uma vez que o aumento de resistência destes organismos vem sendo notado.
Gardnerella vaginalis
Vaginose bacteriana 
-Atua sinergisticamente com bactérias anaeróbicas produzindo uma secreção malcheirosa; 
G. vaginalis na ausência de microbiota anaeróbica mista e sintomas constitui provavelmente a microbiota vaginal normal.
-Além de seu papel na vaginose bacteriana, G. vaginalis também foi isolada de infecções do trato genital feminino associada a complicações da gravidez, bem como de lactentes nascidos de mães com essas complicações; 
Células epiteliais vaginais recoberta por bacilos : indicadoras Essas complicações consistem em infecções intra-uterinas, infecções intra-amnióticas, doença inflamatória pélvica pós-aborto e endometrite pós-parto;
-Isolamento e identificação de espécies de Gardnerella:
 O isolamento de G. vaginalis é mais bem obtido com meios semi-seletivos, embora a bactéria cresça efetivamente ágar sangue e ágar chocolate; 
A identificação presuntiva de G. vaginalis baseia-se na morfologia celular típica em esfregaços.No método de Gram são observados pequenos cocobacilos gram-positivos (variável) no crescimento e na hemólise em ágar sangue, e negativo na oxidase e catalase; A identificação definitiva pode ser efetuada com base nas reações bioquímicas
-Sensibilidade de Gardnerella a antimicrobianos 
Metronidazol é o antimicrobiano de escolha pois a vaginose está sempre associada a anaeróbios .Penicilina, ampicilina, eritromicina.

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