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Tay Sachs infantil, Estudo Genetico de

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Estudo Genético de Tay-Sachs infantil 
 
A Doença de Tay-Sachs é uma desordem autossômica recessiva resultante de uma deficiência da 
enzima hexosaminidase A. Também é denominada de Degeneração cerebromacular, Gangliosidose GM2 
tipo I, Gangliosidose tipo I, Deficiência em hexosaminidade, unidade alfa, variante B, Idiotia amaurótica 
familial, Idiotia amaurótica infantil e Lipidose por deposição de gangliósides. 
Na ausência da enzima hexosaminidase A, a GM2 gangliosidase não é hidrolisada e acumula 
principalmente no tecido neuronal. Isto resulta em uma degeneração neuronal progressiva. Clinicamente, 
uma criança com Doença de Tay-Sachs desenvolve-se normalmente até os 3 ou 6 meses de idade. Os 
primeiros sintomas aparecem por volta do terceiro mês de vida com uma mancha na mácula dos olhos em 
forma de "cereja-vermelha". 
Os sintomas da doença aparecem lentamente, ocorrendo perda da visão periférica e surgimento de 
uma resposta anormal ao medo. A criança apresenta uma regressão gradual das funções neurológicas e 
eventualmente se torna incapaz de engatinhar, de se virar, sentar ou segurar coisas. Outros sintomas 
incluem aumento da perda da coordenação progressiva, incapacidade para engolir e dificuldades 
respiratórias. Eventualmente, a criança fica cega, com atraso mental, paralisia, e não responde aos 
estímulos do ambiente que a rodeia. Pacientes com Tay-Sachs infantil vêm a óbito geralmente antes dos 
cinco anos de idade. 
Não há diferença significativa na sua prevalência quanto ao sexo, mas é predominante na infância, 
acometendo mais raramente jovens e adultos. Como a severidade da doença relaciona-se a atividade 
enzimática residual, as crianças apresentam a forma mais severa, pois nelas encontra-se uma atividade 
enzimática residual ou ausente. Os jovens apresentam severidade intermediária e os adultos têm quadro 
clínico menos agressivo. 
 
Genética 
O gene Hexa, situado em 15q23-q24, codifica a subunidade alfa da hexosaminidase A. Mutações neste 
gene levam a 98% dos casos de Doença de Tay-Sachs na população judaica Ashkenazi. 80% dos casos 
se devem a uma inserção de 4 bases no exon 11 (InsTATC1278). A substituição de G para C no intron 12 
(IVS12+1) responde por 16% dos casos. Por sua vez, 2% dos casos se devem a transição de glicina para 
serina na posição 269 na subunidade alfa da hexosaminidase A. 
 
Importância do screening genético 
A freqüência de portadores das mutações que causam a doença de Tay-Sachs é extremamente 
aumentada na população de origem judaica, atingindo cerca de 1 a cada 36 nascimentos em países 
ocidentais. A incidência da doença também é grande, atingindo aproximadamente 1 em cada 3.600 
nascimentos nesta população. Um estudo realizado em Porto Alegre apresentou uma freqüência de 0,024 
para uma população judaica de origem Ashkenazi. 
A recente elucidação das mutações que causam a doença de Tay-Sachs introduziu a possibilidade de 
utilizar testes para detectar portadores das mutações na população geral e nas populações com maior 
prevalência da doença. O estudo é indicado para pessoas com história familiar de Tay-Sachs e deve ser 
utilizado principalmente em famílias de origem judaica, onde a incidência da doença é alta, para a 
detecção de portadores e auxílio no aconselhamento genético. No Brasil, a população judaica esta 
estimada em 90.000 indivíduos, justificando a necessidade do teste genético no país. 
 
Departamento de Genética Humana 
O Departamento de Genética Humana do Instituto Hermes Pardini realiza o estudo das mutações no 
Exon 11 e no Íntron 12 através da técnica de PCR/RFLP. Estas mutações são as responsáveis pela 
grande maioria dos casos da doença de Tay-Sachs. 
Condição 
1 tubo de sangue total (EDTA). 
Conservação para envio 
Enviar em temperatura ambiente até 2 dias ou refrigerado entre 2° e 8°C em até 7 dias. 
Tempo de liberação 
 30 dias úteis após as 18:30h 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
1. Geller, Mauro; Squeff, Fabiano Alves; Guerra, Juliana Elvira Herdy; Lima, Olímpia Alves Teixeira. 
Aspectos genéticos e clínico-terapêuticos da Doença de Tay-Sachs / Genetic and clinical therapeutics 
aspects of Tay-Sachs disease. J. Bras. Med. 81(5/6):17-22, nov.-dez. 2001. 
2. Rozenberg, Roberto e Pereira, Lygia da Veiga. The frequency of Tay-Sachs disease causing mutations 
in the Brazilian Jewish population justifies a carrier screening program. Sao Paulo Med. J., July 2001, 
vol.119, no.4, p.146-149. 
3. http://www.phar-mecum.com.br/atual_jornal.cfm?jor_id=3485 
4. Buchalter, M. S; Wannmacher, C. M; Wajner, M. Tay-Sachs disease: screening and prevention program 
in Porto Alegre. Rev. Bras. genetica;6(3):539-47, 1983.

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