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aula10 bens II

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Dos bens reciprocamente considerados
Bem principal e acessório:
Código Civil
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Nos imóveis o solo é principal, sendo acessório tudo que nele se incorporar permanentemente, p. ex., uma árvore plantada ou uma construção, já que é impossível separar a idéia de árvore plantada ou de construção da idéia do solo. Nos móveis, principal é aquela para a qual as outras se destinam, para fins de uso, enfeite ou complemento (p. ex., numa jóia, a pedra é acessório do colar). (Maria Helena Diniz)
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Dos bens reciprocamente considerados
Bem principal e acessório:
 Obs1. A coisa principal determina a natureza da coisa acessória. Se o principal é bem imóvel, o acessório também o será; 
 Obs2. A coisa acessória pertence ao titular da principal.
 Obs3. Salvo disposição expressa em contrário, a coisa acessória segue a principal, em decorrência do princípio da gravitação jurídica.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
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Espécies de bens acessórios
 a) Frutos: utilidades produzidas periodicamente pela coisa, cuja percepção não altera a substância desta. Podem ser subdivididos da seguinte maneira:
a1) Quanto à sua origem:
a1.1) naturais: cria de animais, ovos, furtos de árvores;
a1.2) industriais: produção de uma fábrica;
a1.3) civis (rendimentos): rendas, alugueis, juros.
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Espécies de bens acessórios
 a) Frutos: 
a2) Quanto ao seu estado:
a2.1) pendentes: quando ligados à coisa que os produziu;
a2.2) percebidos: se já separados;
a2.3) percipiendos: que deviam ser mas não foram percebidos;
a2.4) consumidos: os que não mais existem. 
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Espécies de bens acessórios
 b) Produtos: utilidades que podem ser retiradas da coisa, diminuindo sua quantidade até esgotamento: petróleo de um poço, pedras de uma pedreira;
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Espécies de bens acessórios
 c) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em um bem imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo:
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
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Espécies de bens acessórios
 c) Benfeitorias: obras ou despesas que se fazem em um bem imóvel para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo:
c1) necessárias: reforço das fundações de um prédio, troca de telhado, dedetização de uma plantação; 
c2) úteis: fixação de grades em janelas, construção de uma garagem;
c3) voluptuárias: construção de uma piscina, decoração. 
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Espécies de bens acessórios
 d) Pertenças: Coisas acessórias destinadas, de forma permanente, a conservar ou facilitar o uso, prestar serviço ou servir de adorno do bem principal. Embora sejam classificadas como bens acessórios, as pertenças mantêm sua individualidade e autonomia. Não há subordinação física em relação à coisa principal, mas sim econômico-jurídica.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
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Espécies de bens acessórios
d) Pertenças:
Exemplos: aparelho de ar-condicionado numa sala de aula; máquina de uma fábrica; computador de uma escola de computação.
Obs1. Em regra, as pertenças não são alcançadas pelo negócio jurídico que envolver o bem principal:
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
 
 
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Bens considerados em relação ao titular do domínio
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
 
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 Espécies de bens públicos
 a) Bens públicos de uso comum: podem ser usados por todos gratuitamente. Praças, jardins, ruas, estradas, praias. O poder público, contudo, pode restringir seu uso ou instituir pagamento de contribuição (ex. Pedágio):
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
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Espécies de bens públicos
 
 b) Bens públicos de uso especial: usados pelo poder público para estabelecimento dos serviços relacionados às administrações federal, estadual e municipal. Prédios onde funcionam os tribunais, escolas públicas, secretarias, ministérios, quartéis;
 c) Bens públicos dominicais: compõem o patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios (também autarquias e fundações públicas).
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Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
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Bens considerados em relação ao titular do domínio
Obs1. Os bens públicos de uso comum e de uso especial são inalienáveis, salvo se perderem sua destinação, mediante lei especial e hasta pública:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Obs2. Os bens públicos dominicais podem ser alienados:
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
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Bens considerados em relação ao titular do domínio
Obs3. Predomina a tese de que os bens de empresas públicas e sociedades de economia mista são considerados bens públicos quando estiverem afetados ou destinados à execução de serviço público.
Art. 99. (…)
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
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