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2 - Meios de movimentação de carga 130412

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Curso 
Tecnologia em Construção Naval 
Disciplina: Construção naval II 
Docente: Julio César 
Tema 
Meios de movimentação de 
carga 
 
 
Introdução 
• O transporte de peças e materiais nos estaleiro e portos utilizam os mais 
variados guindastes, esteiras, veículos industriais e containers. Esteiras são 
características de processos contínuos, em linhas de produção. Nos 
estaleiros, onde os trabalhos são intermitentes, elas podem ser empregadas 
em alguns processos quase contínuos, como as linhas de painéis, áreas de 
pré-tratamento de chapas e outros. Containers e pallets são empregados no 
manuseio de peças pequenas, tubulações, sistemas a serem instalados no 
casco e outros. Veículos industriais, também chamados de trolleys, podem 
ser apoiados sobre pneus ou sobre trilhos. Normalmente têm capacidade 
para suportar grandes cargas e são preferidos para transportar peças a 
longas distâncias ou através de percursos variados, pois em curtas distâncias 
a flexibilidade dos carros é superada pela eficiência dos guindastes. Os 
guindastes dividem-se em pórticos, pontes rolantes, guindastes de lança e 
guindastes móveis. São os meios mais utilizados nos estaleiros nas oficinas e 
na área de edificação. 
 
Meios de elevação 
• Guindastes 
• Ponte rolante 
• Gruas móveis 
• Empilhadeira 
• Pau de carga 
 
Cronograma ideal para uma 
movimentação 
• Preparação 
• Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da 
carga 
• Sair da área de risco. 
• Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única pessoa. 
• Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la corretamente. 
• Movimentação da carga. 
• Abaixar a carga conforme indicação do movimentador. 
• Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar. 
• Desacoplar a eslinga. 
 
Pontos a considerar em 
uma movimentação 
• A Carga: Peso e centro de gravidade 
• Qual a eslinga para qual aplicação 
• Cordas 
• Cabos de aço 
• Laços 
• Cintas 
 
Alguns itens para um 
levantamento seguro 
• Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações 
de peso e estabilidade. 
• Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de 
elevação. 
• Nunca use cintas avariadas. 
• Não deixe a carga em contato direto com o piso. 
• Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-
la. 
• Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo 
gancho. 
• Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, 
verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão 
dos vértices da cinta. 
 
Formas de Levantamento 
 
• As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas 
diferentes de levantamento ilustrado. Algumas cintas são especificamente designadas 
para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento. 
 
Existem também eslingas combinadas 
Cabo - corrente 
Corrente com encurtador 
Corrente - cintas 
Corrente - laço sintético 
 
• Após definir qual tipo de eslinga iremos utilizar 
(cabo, corrente, cinta e combinada) devemos 
também definir o dimensional das mesmas. A 
carga deve ser transportada sem que a eslinga 
seja sobrecarregada. A capacidade inscrita na 
plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que 
pode ser elevada com a eslinga. 
Modos de movimentação 
Como se assegurar que a 
carga não se solte 
• Possibilidades de acidentes nunca podem ser 
descartadas. A eslinga pode se soltar do gancho 
do meio de elevação, ou mesmo o gancho da 
eslinga, pode se soltar da carga. 
 
 
Comunicação entre operador 
e movimentador 
• Sinalização com as mãos; 
• Comunicação verbal (somente quando o operador estiver 
• Próximo e possa ouvi-lo); 
• Radiocomunicação 
• Sinalização ótica ou sonora 
 
Sinais visuais 
Evolução do porte dos 
navios 
 
 
• O aumento do porte dos navios foi um problema que a engenharia 
conseguiu resolver com facilidade, já que desde a inserção do contêiner era 
previsto ganhos com a economia de escala. O grande problema desta 
evolução, não está em construir grandes embarcações, pois os lucros da 
utilização do contêiner tornam viáveis tais construções, mas sim, nos acessos 
marítimos e capacidade dos terminais portuários que limitam o tráfego dos 
navios. 
• Os terminais portuários convencionais possuem uma infraestrutura 
operacional limitada, que é definida pela pouca quantidade e capacidade 
dos guindastes e de outros equipamentos, além da dimensão desses 
terminais convencionais que possuem seus canais de acesso com baixo 
calado em relação aos terminais mais desenvolvidos, impossibilitando a 
entrada de navios com calado maiores. Outro fator limitador, para o acesso 
marítimo de alguns terminais, é o calado aéreo. 
 
Guindastes de bordo para 
navio 
• Guindastes para contêineres e granéis 
 
 
 
 
 
CBW CBB CBB CBG MPG 
 
 
 
 
 
CBW 
 
Esses tipos de guindastes suportam cargas de 5 até 60 ton. E alcance de 12 a 
40m. 
 
Guindastes para cargas 
pesadas 
CBB 120 CBB 240 CBB350 CBB 450 
Esses tipos de guindastes suportam cargas de 120 a 450 ton. 
Guindastes especiais 
CPS CBW-F MPC 
Esses tipos de guindastes suportam cargas de 5 a 60 ton. e com 
alcance de 12 a 38m. 
Guindastes sobre pontões 
e barcaças 
Movimentação de granéis sob condições portuárias e movimentação de granéis em mar aberto 
CBB 240 CBG 300 CBG 350 
MPG 
Esses tipos de guindastes suportam cargas de 30 a 45 
ton, alcance de 28 a 38m. e produtividade média 
de 1000 a 1400 [t/h]. 
Guindastes offshore 
 
Guindastes navais Offshore 
Capacidade de carga 30 a 400 ton. e alcance de 3 a 100m. 
Guindastes navais Offshore compactos Guindaste tipo mastro (MTC) 
Guindaste Ram Luffing (RL) Guindastes para aplicações especiais 
Outros tipos de 
guindastes 
Guindastes móveis portuários 
Guindastes empilhadores de 
contêineres sobre pneus 
Descarregadora contínua 
de navio 
As características mais importantes da 
descarregadora contínua é sua taxa 
de descarregamento. 
 
CSU 1200 - capacidade nominal de 
800 a 1500 ton/h 
CSU 2000 - capacidade nominal de 
1500 a 3000 ton/h 
Capacidades disponíveis de 
descarregamento: 
Ponte rolante 
• Pontes rolantes são estruturas suportadas pelas 
paredes do prédio, ou eventualmente presas ao 
teto, enquanto pórticos são estruturas semelhantes 
autossustentadas e apoiadas sobre trilhos no chão. 
Ambos podem usar acessórios para prender as 
peças, tais como cintas, cabeçotes magnéticos, 
ganchos e correntes. 
Componentes e 
comparativos 
Componentes 
 
Ponte 
 
Cabeceiras 
 
Viga(s) 
 
Carro talha 
 
Talha 
 
Trolley 
Ponte rolante com garras 
inclinadas 
Essas avançadas pontes rolantes têm capacidades 
de 30,5 a 100 toneladas. O comprimento de cada 
alcance pode variar de 32 a 45 metros. Essas pontes 
rolantes podem aceitar todos os tipos de 
commodities com sua carga unitária com gancho, 
granel com garra e contêineres com capacidade de 
espalhar. 
 
Pontes rolantes para 
contêineres 
Pontes rolantes navio-
terra 
Navio Panamax 
Gruas móveis 
• São embarcações compostas de grandes guindastes que suportam 
grandes cargas, mais usados para fazer movimentação de cargas 
em alto mar e construção de plataformas, pontes e portos. 
O SSCV Thialf (Semi-Submersible Crane 
Vessel Thialf) é o maior guindaste do 
mundo. Cada um dos 2 guindastes 
pode ergueruma carga máxima de 
7100 toneladas e trabalhando em 
conjunto, podem erguer uma carga 
de 14200 toneladas. É montado em um 
navio e pertence a companhia 
holandesa de construção off-shore 
Heerema. 
Pau de Carga 
Tipo de guindaste simplificado, que normalmente trabalha em conjunto 
com um mastro da embarcação. Constituído de uma vara, conjunto de 
polias e cordames, tem por função içar as cargas para transporte do cais 
ao porão da embarcação, e vice-versa 
Navio Roll-on Rool-off 
São os navios em que a carga entra e sai dos porões 
e cobertas, na horizontal ou quase horizontal, 
geralmente sobre rodas (automóveis, ônibus, 
caminhões) ou sobre veículos (geralmente carretas, 
trailers, estrados volantes, etc.). Existem vários tipos de 
RoRos, como os porta- carros, porta-carretas, multi-
propósitos, etc., todos se caracterizando pela grande 
altura do costado e pela rampa na parte de ré da 
embarcação. 
Navios químicos e 
petroleiros 
•navios químicos: apresentarem um convés principal 
coberto de tanques típicos de formato arredondado. 
•Em petroleiros: requerem revestimento adequado 
dos tanques para evitar contaminação e 
aquecimento dos tanques. 
Navios porta contentores 
• Os porta-contentores são 
utilizados em serviços de 
linha normalmente 
combinando o transporte 
transoceânico em navios 
de grandes dimensões 
(“navios mãe”) com a 
distribuição em navios 
feeder. Frequentemente os 
navios “feeder” são auto-
descarregadores (“self-
discharging”), são 
equipados com gruas para 
poder servir portos menos 
desenvolvidos. 
• Esses navios possuem aberturas retangulares no 
convés principal e cobertas de carga chamadas 
escotilhas de carga, por onde a carga é 
embarcada para ser arrumada nas cobertas e 
porões. A carga é içada ou arriada do cais para 
bordo ou vice-versa pelo equipamento do navio 
(paus de carga e ou guindastes) ou pelo existente 
no porto. 
 
Navios Carga Geral e 
Graneleiros 
• A segurança na movimentação de cargas é 
indispensável se estendendo desde a preparação 
do operador até o destino da carga. 
• É necessário ter conhecimento de que carga irá 
transportar para a escolha do devido 
equipamento de manuseio. 
• Para o projeto de uma embarcação há um grande 
influenciador em sua forma, e não é somente o 
peso da carga que irá transportar, mas sim a 
traçao e o equipamento que esta necessitará 
para a manusear. 
 
Referências bibliográfica 
Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia 
Siderúrgica de Tubarão) - Noções Básicas de Amarração, 
Sinalização e Movimentação de Cargas. 
 
Tecnologia de estaleiro - Coligido pelo Prof. Gonçalves de Brito 
e Prof. José Manuel Gordo 
 
SOBENA - Definição da estrutura analítica de produto de um 
navio 
SUEZMAX em função dos ativos disponíveis no estaleiro - Bruno 
Stupello, Valdir Lopes Anderson, Marcos Mendes de Oliveira 
Pinto. 
http://www.liebherr.com/pt-PT/default_lh. wfw

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