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Curso Tecnologia em Construção Naval Disciplina: Construção naval II Docente: Julio César Tema Meios de movimentação de carga Introdução • O transporte de peças e materiais nos estaleiro e portos utilizam os mais variados guindastes, esteiras, veículos industriais e containers. Esteiras são características de processos contínuos, em linhas de produção. Nos estaleiros, onde os trabalhos são intermitentes, elas podem ser empregadas em alguns processos quase contínuos, como as linhas de painéis, áreas de pré-tratamento de chapas e outros. Containers e pallets são empregados no manuseio de peças pequenas, tubulações, sistemas a serem instalados no casco e outros. Veículos industriais, também chamados de trolleys, podem ser apoiados sobre pneus ou sobre trilhos. Normalmente têm capacidade para suportar grandes cargas e são preferidos para transportar peças a longas distâncias ou através de percursos variados, pois em curtas distâncias a flexibilidade dos carros é superada pela eficiência dos guindastes. Os guindastes dividem-se em pórticos, pontes rolantes, guindastes de lança e guindastes móveis. São os meios mais utilizados nos estaleiros nas oficinas e na área de edificação. Meios de elevação • Guindastes • Ponte rolante • Gruas móveis • Empilhadeira • Pau de carga Cronograma ideal para uma movimentação • Preparação • Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga • Sair da área de risco. • Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única pessoa. • Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la corretamente. • Movimentação da carga. • Abaixar a carga conforme indicação do movimentador. • Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar. • Desacoplar a eslinga. Pontos a considerar em uma movimentação • A Carga: Peso e centro de gravidade • Qual a eslinga para qual aplicação • Cordas • Cabos de aço • Laços • Cintas Alguns itens para um levantamento seguro • Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade. • Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação. • Nunca use cintas avariadas. • Não deixe a carga em contato direto com o piso. • Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder elevá- la. • Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho. • Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta. Formas de Levantamento • As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado. Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento. Existem também eslingas combinadas Cabo - corrente Corrente com encurtador Corrente - cintas Corrente - laço sintético • Após definir qual tipo de eslinga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta e combinada) devemos também definir o dimensional das mesmas. A carga deve ser transportada sem que a eslinga seja sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que pode ser elevada com a eslinga. Modos de movimentação Como se assegurar que a carga não se solte • Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A eslinga pode se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da eslinga, pode se soltar da carga. Comunicação entre operador e movimentador • Sinalização com as mãos; • Comunicação verbal (somente quando o operador estiver • Próximo e possa ouvi-lo); • Radiocomunicação • Sinalização ótica ou sonora Sinais visuais Evolução do porte dos navios • O aumento do porte dos navios foi um problema que a engenharia conseguiu resolver com facilidade, já que desde a inserção do contêiner era previsto ganhos com a economia de escala. O grande problema desta evolução, não está em construir grandes embarcações, pois os lucros da utilização do contêiner tornam viáveis tais construções, mas sim, nos acessos marítimos e capacidade dos terminais portuários que limitam o tráfego dos navios. • Os terminais portuários convencionais possuem uma infraestrutura operacional limitada, que é definida pela pouca quantidade e capacidade dos guindastes e de outros equipamentos, além da dimensão desses terminais convencionais que possuem seus canais de acesso com baixo calado em relação aos terminais mais desenvolvidos, impossibilitando a entrada de navios com calado maiores. Outro fator limitador, para o acesso marítimo de alguns terminais, é o calado aéreo. Guindastes de bordo para navio • Guindastes para contêineres e granéis CBW CBB CBB CBG MPG CBW Esses tipos de guindastes suportam cargas de 5 até 60 ton. E alcance de 12 a 40m. Guindastes para cargas pesadas CBB 120 CBB 240 CBB350 CBB 450 Esses tipos de guindastes suportam cargas de 120 a 450 ton. Guindastes especiais CPS CBW-F MPC Esses tipos de guindastes suportam cargas de 5 a 60 ton. e com alcance de 12 a 38m. Guindastes sobre pontões e barcaças Movimentação de granéis sob condições portuárias e movimentação de granéis em mar aberto CBB 240 CBG 300 CBG 350 MPG Esses tipos de guindastes suportam cargas de 30 a 45 ton, alcance de 28 a 38m. e produtividade média de 1000 a 1400 [t/h]. Guindastes offshore Guindastes navais Offshore Capacidade de carga 30 a 400 ton. e alcance de 3 a 100m. Guindastes navais Offshore compactos Guindaste tipo mastro (MTC) Guindaste Ram Luffing (RL) Guindastes para aplicações especiais Outros tipos de guindastes Guindastes móveis portuários Guindastes empilhadores de contêineres sobre pneus Descarregadora contínua de navio As características mais importantes da descarregadora contínua é sua taxa de descarregamento. CSU 1200 - capacidade nominal de 800 a 1500 ton/h CSU 2000 - capacidade nominal de 1500 a 3000 ton/h Capacidades disponíveis de descarregamento: Ponte rolante • Pontes rolantes são estruturas suportadas pelas paredes do prédio, ou eventualmente presas ao teto, enquanto pórticos são estruturas semelhantes autossustentadas e apoiadas sobre trilhos no chão. Ambos podem usar acessórios para prender as peças, tais como cintas, cabeçotes magnéticos, ganchos e correntes. Componentes e comparativos Componentes Ponte Cabeceiras Viga(s) Carro talha Talha Trolley Ponte rolante com garras inclinadas Essas avançadas pontes rolantes têm capacidades de 30,5 a 100 toneladas. O comprimento de cada alcance pode variar de 32 a 45 metros. Essas pontes rolantes podem aceitar todos os tipos de commodities com sua carga unitária com gancho, granel com garra e contêineres com capacidade de espalhar. Pontes rolantes para contêineres Pontes rolantes navio- terra Navio Panamax Gruas móveis • São embarcações compostas de grandes guindastes que suportam grandes cargas, mais usados para fazer movimentação de cargas em alto mar e construção de plataformas, pontes e portos. O SSCV Thialf (Semi-Submersible Crane Vessel Thialf) é o maior guindaste do mundo. Cada um dos 2 guindastes pode ergueruma carga máxima de 7100 toneladas e trabalhando em conjunto, podem erguer uma carga de 14200 toneladas. É montado em um navio e pertence a companhia holandesa de construção off-shore Heerema. Pau de Carga Tipo de guindaste simplificado, que normalmente trabalha em conjunto com um mastro da embarcação. Constituído de uma vara, conjunto de polias e cordames, tem por função içar as cargas para transporte do cais ao porão da embarcação, e vice-versa Navio Roll-on Rool-off São os navios em que a carga entra e sai dos porões e cobertas, na horizontal ou quase horizontal, geralmente sobre rodas (automóveis, ônibus, caminhões) ou sobre veículos (geralmente carretas, trailers, estrados volantes, etc.). Existem vários tipos de RoRos, como os porta- carros, porta-carretas, multi- propósitos, etc., todos se caracterizando pela grande altura do costado e pela rampa na parte de ré da embarcação. Navios químicos e petroleiros •navios químicos: apresentarem um convés principal coberto de tanques típicos de formato arredondado. •Em petroleiros: requerem revestimento adequado dos tanques para evitar contaminação e aquecimento dos tanques. Navios porta contentores • Os porta-contentores são utilizados em serviços de linha normalmente combinando o transporte transoceânico em navios de grandes dimensões (“navios mãe”) com a distribuição em navios feeder. Frequentemente os navios “feeder” são auto- descarregadores (“self- discharging”), são equipados com gruas para poder servir portos menos desenvolvidos. • Esses navios possuem aberturas retangulares no convés principal e cobertas de carga chamadas escotilhas de carga, por onde a carga é embarcada para ser arrumada nas cobertas e porões. A carga é içada ou arriada do cais para bordo ou vice-versa pelo equipamento do navio (paus de carga e ou guindastes) ou pelo existente no porto. Navios Carga Geral e Graneleiros • A segurança na movimentação de cargas é indispensável se estendendo desde a preparação do operador até o destino da carga. • É necessário ter conhecimento de que carga irá transportar para a escolha do devido equipamento de manuseio. • Para o projeto de uma embarcação há um grande influenciador em sua forma, e não é somente o peso da carga que irá transportar, mas sim a traçao e o equipamento que esta necessitará para a manusear. Referências bibliográfica Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) - Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas. Tecnologia de estaleiro - Coligido pelo Prof. Gonçalves de Brito e Prof. José Manuel Gordo SOBENA - Definição da estrutura analítica de produto de um navio SUEZMAX em função dos ativos disponíveis no estaleiro - Bruno Stupello, Valdir Lopes Anderson, Marcos Mendes de Oliveira Pinto. http://www.liebherr.com/pt-PT/default_lh. wfw
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