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Dentes Molares: Função e Anatomia

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Molares (dentes)
Os dentes molares são aqueles que na maioria dos mamíferos apresentam o maior número de acidentes anatómicos, muito por culpa do seu objetivo. Situa-se na parte posterior da mandíbula. Chamam-me molares porque a sua função principal é a de triturar e especialmente moer os alimentos, e por isso o nome deriva de “mó”, ou “pedra de moinho”. Visto que estes dentes têm várias cúspides (ou pontas) na sua área de contacto com os alimentos são multicúspides.
Além disso, o primeiro molar possui uma importante função como chave de oclusão. Ou seja, visto que é o primeiro dente da dentição permanente a erupcionar guia a erupção de todos os outros dentes. No entanto, com frequência, a erupção dos primeiros molares passa despercebida, visto que o mesmo erupciona sem que exista a rizálise de nenhum dente.
Visto que são dentes com muitos acidentes anatómicos com depressões e saliências, e além disso serem dentes posteriores a sua higienização costuma de ser mais difícil, em especial enquanto estão a erupcionar. São portanto dentes muito susceptíveis à cárie dentária. A perca destas peças dentárias provoca sempre transtornos, quer a nível da oclusão, quer a outros níveis, como por exemplo a perca da dimensão vertical. Em virtude de possuir muitas fissuras, com frequência a colocação de selantes de fissura é equacionada pelo profissional de saúde com vista a prevenir a cárie dentária. O Selante de fissura acaba por impermeabilizar a área da fissura. Na dentição de um adulto existem 12 molares. Com frequência o terceiro molar, vulgo siso, causa problemas em vista do facto de na atualidade os humanos não terem espaço para a erupção do terceiro molar. Costuma de crescer também apenas no final da
Primeiro Molar Superior
adolescência.
Diferenças entre Superiores e Inferiores:
Os dentes superiores possuem raízes mais robustas, aparecendo por vezes três raízes, duas vestibulares e uma palatina. Os inferiores por outro lado, possuem apenas duas raízes, e são menos robustas, uma mesial e outra distal.
As coroas dos molares inferiores possuem um declive lingual acentuado.
As bordas mesiais e distais são convergentes para cervical nos dentes superiores e têm tendência para o paralelismo nos dentes inferiores.
As faces oclusais têm formato quadrangular e tendem ao losango nos dentes superiores e são mais retangulares nos inferiores.
Diferença entre o Primeiro Molar e o Segundo Molar Superior:
O primeiro molar possui quatro cúspides e o segundo molar possui três cuspides.
A ligar a cúspide mesio-lingual à cúspide disto-vestibular no primeiro molar, existe uma ponte de esmalte.
Segundo Molar Superior
Convergência mais pronunciada das bordas vestibulares e linguais para distal no segundo molar.
Segundo molar possuir forma semelhante a um coração, com duas cúspides vestibulares e uma palatina.
Face lingual é maior que a vestibular no sentido mesio-distal no primeiro molar.
Presença de um tubérculo, conhecido como tubérculo de Carabelli, nos primeiros molares, no terço médio-mesial a palatino.
Terceiro Molar Superior
Pode ser semelhante ao primeiro ou ao segundo molar.
Apresentam raízes mais curtes e com frequência fusionada.
A face oclusal é muitas vezes acometida de sulcos e cúspides suplementares.
Com frequência a forma tricuspídea está presente apesar de variar muito em relação à sua morfologia.
Diferenças entre Primeiros e Segundos Molares Inferiores:
Primeiro molar apresenta cinco cúspides, três vestibulares e duas linguais. A maior cúspide é a mesio-
Primeiro Molar Inferior
vestibular.
O segundo molar apresenta quatro cúspides, e o sulco principal tem forma de X.
Contorno pentagonal (visão oclusal) no primeiro molar e contorno retangular nos segundos molares.
O Sulco principal tem forma de W com vértices para vestibular nos primeiros molares.
Terceiro Molar Inferior:
Menor que os primeiros e segundos molares inferiores.
Podem assemelhar-se ao primeiro ou segundo molar inferior;
Diferenciam-se dos primeiros e segundos molares visto que apresentam raízes mais curtas e com frequência fusionadas.
Com frequência a face oclusal é acometida por sulcos e cúspides complementares.

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