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ESTÁCIO – Curso de Fisioterapia / Cinesioterapia – Prof. João Luiz Pandolphi 
EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS RESISTIDOS - I 
Desempenho muscular: 
Capacidade do músculo de realizar trabalho (força x distância). 
É afetado por todos os sistemas corporais, mais especificamente por fatores como: 
 Características morfológicas do músculo; 
 Função metabólica; 
 Bioquímicas e biomecânicas; 
 Função Cardiovascular; 
 Função Respiratória; 
 Cognitiva e emocional. 
O músculo deve ser capaz de produzir, de manter e de regular a tensão muscular para prever as forças que serão aplicadas 
no corpo, responder a elas, controlá-las e atender as demandas físicas da vida cotidiana de maneira segura e eficiente. 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESEMPENHO MUSCULAR: 
 FORÇA 
o Se refere a habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força resultante com base nas demandas 
impostas sobre o músculo. 
o Força Muscular: É a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer 
uma resistência durante um esforço máximo único. 
o Força Funcional: relaciona-se com a habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir ou controlar forças, 
pretendidas ou impostas, de modo suave e coordenado, durante atividades funcionais. 
 POTÊNCIA 
o Está relacionado com a força e a velocidade do movimento e é definida como trabalho (força X distância) produzido 
pelo músculo em unidade de tempo (força X velocidade / tempo), ou seja, é a taxa de desempenho do trabalho. 
o Quanto maior a intensidade do exercício e menor tempo necessário para gerar força, maior a potência muscular. 
 RESISTÊNCIA À FADIGA. 
o Refere-se à habilidade de realizar atividades de baixa intensidade, repetitivas ou sustentadas, por um tempo 
prolongado. 
o Resistência Muscular à fadiga: é a habilidade de um músculo contrair-se repetidamente contra uma carga 
(resistência), gerar e manter tensão e resistir à fadiga. 
Exercício resistido 
É qualquer forma de exercício ativo no qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida por uma força externa, 
aplicada manual ou mecanicamente. Também é chamado de TREINAMENTO RESISTIDO. 
 Benefícios: 
o Favorecem o desempenho muscular: restauram, melhoram ou mantêm a força, a potência e a resistência muscular 
à fadiga; 
o Aumentam a força do conjunto dos tecidos conjuntivos: tendões, ligamentos, etc. 
o Contribuem para maior densidade mineral óssea ou menor desmineralização óssea; 
o Diminuem a sobrecarga nas articulações durante a atividade física; 
o Reduzem o risco de lesão dos tecidos moles durante a atividade física; 
o Contribuem com o possível desenvolvimento da capacidade de reparar e regenerar tecidos moles lesados, devido 
a um impacto positivo na remodelação do tecido; 
o Favorecem a melhora do equilíbrio; 
o Favorecem o desempenho físico durante atividades cotidianas, ocupacionais e recreativas; 
o Produzem alterações positivas na composição corporal: da massa muscular magra ou da gordura corporal; 
o Favorecem a sensação de bem-estar físico; 
o Melhora da qualidade de vida. 
 
Princípios físicos de treinamento 
 Princípio da sobrecarga 
o Descrição: Baseia-se no uso do exercício resistido para melhorar o desempenho muscular. É a aplicação de uma 
carga que exceda a capacidade metabólica do músculo, ou seja, o músculo tem de ser desafiado a trabalhar em 
um nível mais alto do que está acostumado. 
o Aplicação: Enfoca a colocação progressiva de carga sobre o músculo manipulando a intensidade ou o volume do 
exercício. 
o Intensidade do exercício resistido: quantidade de peso (resistência) imposta sobre o músculo; 
o Volume do exercício: engloba variáveis como número de repetições séries ou frequência do exercício. 
ESTÁCIO – Curso de Fisioterapia / Cinesioterapia – Prof. João Luiz Pandolphi 
 Princípio da adaptação específica 
o Este princípio sugere que, para a elaboração dos programas de exercícios, é fundamental uma estrutura básica de 
especificidade. Este princípio aplica-se a todos os sistemas corporais e é uma extensão da Lei de Wolff 
o Especificidade do treinamento: Sugere que os efeitos adaptativos do treinamento, como por exemplo, a melhora 
da força, da potência e da resistência à fadiga, é altamente específica do método de treinamento empregado. 
 Princípio da reversibilidade 
o Alterações adaptativas nos sistemas corporais, como aumento da força ou resistência física em resposta as um 
programa de exercícios resistidos, serão transitórias a menos que as melhoras induzidas pelo treinamento sejam 
regularmente utilizadas nas atividades funcionais. 
o Descondicionamento físico: (redução do desempenho muscular), começa dentro de uma semana ou duas depois 
de cessados os exercícios resistidos e continua até os efeitos do treinamento serem perdidos. 
Fatores que influenciam a geração de tensão no músculo 
 Reservas de energia, Suprimento Sanguíneo; 
 Fadiga (local, geral); 
 Recuperação do exercício; 
 Idade; 
 Fatores psicológicos (Atenção, Motivação, Feedback). 
Adaptações Fisiológicas associadas ao exercício resistido 
o Adaptações neurais (aprendizado motor e melhora da coordenação) Ocorre antes das adaptações morfológicas; 
o Adaptações do músculo esquelético 
 Hipertrofia–aumento do tamanho de uma fibra muscular individual causado por um aumento no volume 
miofibrilar. 
 Intensidade moderada 4 a 8 semanas; 
 Alta intensidade 2 a 3 semanas; 
o Adaptações vasculares e metabólicas 
 Quando os músculos se hipertrofiam (treinamento de alta intensidade e baixo volume) a densidade dos leitos 
capilares diminui devido ao aumento do número de miofilamentos por fibra. 
o Adaptação do tecido conjuntivo 
 A força tensiva dos tendões e ligamentos, assim como do osso, aumenta com o treinamento resistido elaborado 
para melhorar a força e a potência muscular. 
Determinantes dos Exercícios Resistidos 
 Alinhamento dos segmentos do corpo durante o exercício; 
 Estabilização das articulações proximais ou distais para prevenir movimentos compensatórios; 
 Intensidade: Carga do exercício (nível de resistência) - Carga submáxima X Carga Máxima 
 Volume: número de repetições e séries, número de exercícios por sessão; 
 Frequência: número de sessões de exercício por dia ou por semana; 
 Intervalo de repouso: tempo destinado à recuperação entre séries e sessões de exercícios; 
 Modo do exercício: tipo de contração muscular, posição do pcte, aplicação da resistência; 
 Periodização: Variação do volume e intensidade em períodos específicos; 
 Integração da função: Uso de exercícios resistidos que simulem as demandas funcionais. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
ANTES: 
 Avaliar ADM e força do paciente; 
 Explicar ao paciente o plano de exercícios e os 
procedimentos; 
 Colocar o paciente em uma posição confortável; 
 Posicionamento do fisioterapeuta; 
 Evitar Valsalva. 
DURANTE: 
 A resistência é usualmente aplicada na extremidade 
distal do segmento onde se insere o músculo a ser 
fortalecido; 
 A resistência se dá na direção oposta ao movimento 
desejado; 
 Estabilize os segmentos apropriados evitando a 
compensação do corpo; 
 Use a biomecânica do movimento; 
 Aplique a resistência apropriada, o movimento deve 
ser homogêneo e sem tremores;

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