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APS 2 Direito Civil II

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REDE DE ENSINO DOCTUM
FACULDADE DE DIREITO DA SERRA
ADRIANO CINTRA CORREIA
DIREITO CIVIL - II
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
3º PER. A
SERRA/2016
�
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
�
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
1. O que é uma obrigação solidária e quais são os seus tipos?
2. Quais são as características da solidariedade?
3. O que são relações internas? E externas?
4. As obrigações solidárias podem se originar de duas formas. Quais são elas?
5. Na solidariedade ativa, se os credores não demandarem o devedor, o que este pode fazer?
6. Se um credor acionar o devedor ao tempo da obrigação, qual fenômeno ocorrerá?
7. Caso um credor venha a falecer, havendo herdeiros, o que ocorrerá?
8. Caso um credor perdoe a dívida do devedor integralmente, o que ocorrerá?
9. Qual é a problemática da exceção pessoal na solidariedade ativa?
10. O julgamento contrário a um dos credores faz o que com os demais? E o favorável?
SOLIDARIEDADE PASSIVA
11. O que caracteriza a solidariedade passiva?
12. O que ocorrerá se um devedor falecer?
13. Diferencie renúncia da solidariedade de perdão da dívida.
14. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida 
aproveitam aos outros devedores?
15. Pode um dos devedores e o credor pactuarem algo além do que já foi pactuado sem 
comunicar aos demais devedores?
16. O devedor demandado pode opor exceções pessoais de outro codevedor em face do credor?
17. Caso um devedor seja culpado pela impossibilidade da prestação, o que ocorrerá com 
os demais? E com ele?
18. Quem responde pelos juros de mora? E perante os outros devedores, o que ocorre? 
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
19. O que são bens divisíveis?
20. Como um bem pode se tornar indivisível?
21. Por que a indivisibilidade é jurídico-econômico e não material ou física?
22. Disserte sobre a indivisibilidade da obrigação e da prestação.
23. Numa obrigação divisível, como ela é dividida?
24. Quando uma obrigação é indivisível?
25. Analise os aspectos de divisibilidade e indivisibilidade, dissertando sobre as obrigações 
de dar coisa certa, dar coisa incerta, fazer, e, não fazer.
26. O que ocorre quando a prestação não é divisível tendo dois ou mais devedores? O que 
ocorre com o devedor que paga a dívida?
27. Quando ocorre a pluralidade de credores, como os devedores se desobrigarão?
28. O que é caução de ratificação?
29. O que ocorre quando um só credor recebe a prestação por inteiro?
30. O que ocorrerá quando um credor perdoar a dívida?
31. Quando a prestação perde a qualidade de indivisível? 
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS
32. Quais são os artigos das Obrigações Facultativas?
33. O que quer dizer a faculdade dessa obrigação?
34. Ocorre a concentração nessa relação obrigacional?
35. Por que o credor está submisso nessa relação?
36. Quais são os elementos subjetivos e objetivos dessa relação?
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS
37. O que são obrigações cumulativas?
38. Em que momento pode-se dizer que o devedor cumpriu a obrigação?
39. Como o credor pode exigir a obrigação e quando ele pode recusá-la?
OBRIGAÇÕES FRACIONÁRIAS
40. O que são obrigações fracionárias?
41. É lícito a credor exigir qual parte da prestação?
42. E sobre o devedor qual parte ele deve prestar?
CESSÃO DE CRÉDITO
43. Numa relação em que a cessão de crédito está ocorrendo, identifique o cedente, o cessionário e o cedido.
44. Em qual polo da relação obrigacional a cessão de crédito ocorre?
45. Quando a cessão de crédito não poderá ser realizada? Cite exemplos de cada situação.
46. O que é cessionário de boa-fé? Quando a cláusula proibitiva de cessão não lhe poderá ser imposta?
47. Discorra sobre os acessórios de um crédito em sua cessão?
48. Quando a cessão de crédito é eficaz perante Terceiros?
49. Que direito tem o Cessionário de crédito hipotecário?
50. Discorra sobre a notificação do devedor na cessão e crédito.
51. O que ocorrerá quando se verificarem várias cessões do mesmo crédito?
52. O que ocorre com o devedor que cumpre a prestação frente ao credor primitivo sem ter sido notificado?
53. O que são atos conservatórios e o que o Cessionário pode fazer com eles?
54. Discorra sobre a cessão a título oneroso.
55. Como responde o cedente sobre a solvência do devedor?
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
56. Quais alterações ocorrem na Relação Obrigacional com a Assunção da Dívida?
57. Como são classificados os tipos de Assunção da Dívida? Explique cada uma delas.
58. Quais são os requisitos para a Assunção da Dívida?
59. É obrigatório o consentimento do Credor? E caso ele silencie?
60. O que ocorre com as garantias especiais na Assunção da Dívida?
62. Sobre as exceções pessoais na Assunção da Dívida, com elas se processam?
61. O que ocorre caso a Assunção da Dívida seja anulada?�
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OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
1. O que é uma obrigação solidária e quais são os seus tipos?
É aquela em que havendo multiplicidade de sujeitos em qualquer um dos polos da relação obrigacional, credores ou devedores, estes podem, conforme disponha o caso, o credor solidário exigir a totalidade da prestação e o devedor solidário se obriga a satisfazê-la integralmente, como se fossem os únicos credores ou devedores existentes. São três os tipos de solidariedade a Ativa, a Passiva e a Mista, esta última modalidade não está expressamente regulamentada. (CC, art. 264)
2. Quais são as características da solidariedade?
Pluralidade subjetiva, unidade objetiva, somente se manifestam nas relações externas, não se presume, isto é, decorre da lei ou da vontade das partes, com exceção do direito tributário.
3. O que são relações internas? E externas?
Interna, é aquela que ocorre exclusivamente entre os sujeitos do polo, ativo ou passivo, cada um entre si. Externa, ocorre entre credores e devedores, sujeitos de ambos os polos, decorre da possibilidade de qualquer credor exigir a prestação e satisfazê-la qualquer um dos devedores, ou seja, é a própria relação.
4. As obrigações solidárias podem se originar de duas formas. Quais são elas?
Originam-se da Lei ou da vontade das partes. (CC, art. 265)
5. Na solidariedade ativa, se os credores não demandarem o devedor, o que este pode fazer?
O devedor poderá, dentro do prazo, demandar quaisquer dos co-credores para, sem prejuízo de mora, convalidar a prestação. (CC, art. 268)
6. Se um credor acionar o devedor ao tempo da obrigação, qual fenômeno ocorrerá?
O da “prevenção judicial”, restringindo a liberdade do devedor, que deverá efetivar a prestação àquele que o reclamou primeiro.
7. Caso um credor venha a falecer, havendo herdeiros, o que ocorrerá?
Os herdeiros terão direito a quota-parte que lhes cabe, poderão exigir e receber a fração do crédito que corresponde ao seu quinhão hereditário de que o de cujus era titular, exceto se a obrigação for indivisível. (CC, art. 270)
8. Caso um credor perdoe a dívida do devedor integralmente, o que ocorrerá?
Os outros co-credores, em caso sintam-se lesados, poderão exigir daquele que perdoou a dívida, a fração que lhes correspondia àquela prestação. (CC, art. 272)
9. Qual é a problemática da exceção pessoal na solidariedade ativa?
Deixa expressa a regra de que a defesa que o devedor possa alegar contra um só dos credores solidários não pode prejudicar os demais. Assim, aos outros credores solidários não poderá o devedor opor a exceção pessoal, vício de consentimento, por exemplo, oponível a apenas um deles (CC, art. 273).
10. O julgamento contrário a um dos credores faz o que com os demais? E o favorável?
Contrário, não atingirá os demais; Favorável, proposta a ação por um dos co-credores ou pelo devedor comum, aproveitará a todos, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor-réu, pois tal exceção, sendo pessoal, só a este pode ser oposta (CC, art. 274).
SOLIDARIEDADEPASSIVA
11. O que caracteriza a solidariedade passiva?
A pluralidade de sujeitos no pólo passivo, isto é, dois ou mais devedores na relação obrigacional.
12. O que ocorrerá se um devedor falecer?
Havendo herdeiros, estes responderão pelo débito até o limite de suas quotas ou quinhão hereditário, exceto se a obrigação for indivisível; mas, se reunidos, serão considerados como tão somente um devedor solidário em relação aos demais devedores (CC, art. 276).
13. Diferencie renúncia da solidariedade de perdão da dívida.
Renúncia da solidariedade é o ato unilateral do credor quanto a apenas um ou mais devedores solidários, neste caso, o credor só poderá cobrar do beneficiado a sua quota na dívida e não mais a integralidade independente de concordância entre os outros co-devedores (CC, art. 282). Perdão da dívida é o mesmo que remissão, neste caso o credor isenta da obrigação um ou mais devedores abrindo mão de seu crédito, restando aos demais responder apenas pelo restante da dívida, porém, ainda solidariamente.
14. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida aproveitam aos outros devedores?
Sim. Porém, a solidariedade subsiste quanto ao débito remanescente, ou seja, os outros devedores permanecem solidários, descontada a parte do codevedor que realizou o pagamento parcial ou foi perdoado (CC, art. 277).
15. Pode um dos devedores e o credor pactuarem algo além do que já foi pactuado sem comunicar aos demais devedores?
Não. A alteração gravosa da obrigação só pode ocorrer com a aquiescência de todos os outros devedores. Como esses atos alteram a relação obrigacional, prejudicando os demais devedores solidários, apenas poderão obrigar aquele que os estipulou à revelia dos outros (CC, art. 278).
16. O devedor demandado pode opor exceções pessoais de outro codevedor em face do credor?
Não. Posto que a causa seja personalíssima das exceções, o devedor solidário não pode invocar as que sejam pessoais de outros devedores, apenas as que pessoalmente lhe competem (CC, art. 281).
17. Caso um devedor seja culpado pela impossibilidade da prestação, o que ocorrerá com os demais? E com ele?
A obrigação de repor ao credor o equivalente em pecúnia pela prestação que se impossibilitou compete a todos os codevedores, fazendo com que subsista a solidariedade para estes quanto ao encargo de pagar o equivalente; porém pelas perdas e danos (CC, arts. 402 a 404) só responderá o culpado (CC, art. 279), pois se é uma pena civil, resultante de culpa, e pessoal, não pode ir além da pessoa do próprio culpado, já que ninguém é responsável por culpa alheia.
18. Quem responde pelos juros de mora? E perante os outros devedores, o que ocorre? 
Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; porém, quem deu causa deverá ressarcir o acréscimo aos demais respondendo a estes pela obrigação acrescida (CC, art. 280).
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
19. O que são bens divisíveis?
Bens divisíveis são os que se podem fracionar desde que não ocorra a alteração na sua substância, isto é, das qualidades essenciais do todo, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, formando um todo perfeito (CC, art. 87).
20. Como um bem pode se tornar indivisível?
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes (CC, art. 88).
21. Por que a indivisibilidade é jurídico-econômico e não material ou física?
Jurídico-econômico, visto que, a obrigação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão em virtude do aspecto material da coisa, pela natureza do direito, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico (art. 258 do CC).
22. Disserte sobre a indivisibilidade da obrigação e da prestação.
Diz-se indivisível a obrigação definida pela impossibilidade natural ou jurídica de fracionar a prestação, na qual cada devedor é obrigado pela totalidade da prestação e cada credor só pode exigi-la por inteiro.
23. Numa obrigação divisível, como ela é dividida?
Nessa situação, cada um dos devedores só está obrigado a cumprir sua quota-parte da dívida e cada um dos credores só pode exigir sua parte do crédito (art. 257 do CC).
24. Quando uma obrigação é indivisível?
Nesse caso, por conta da impossibilidade de divisão do objeto, cada devedor está obrigado pela totalidade da prestação, e cada credor pode exigi-la por inteiro (art. 258 do CC).
25. Analise os aspectos de divisibilidade e indivisibilidade, dissertando sobre as obrigações de dar coisa certa, dar coisa incerta, fazer, e, não fazer.
De Dar coisa certa: pode ser divisível ou indivisível. Será ela sempre divisível na transmissão de direito de propriedade, mesmo que indivisível o objeto da transmissão, pois a propriedade é suscetível de fracionamento em cotas abstratas. Mas será indivisível a obrigação que tiver por objeto a transmissão de um direito real indivisível, como a servidão.
De Dar coisa incerta: podem ser divisíveis ou indivisíveis. Divisível se tratada de quantitativos determinados, como arroz, feijão, entre outros, e indivisível quando versar sobre coisa genericamente determinada, como um cavalo, por exemplo.
De Fazer: é indivisível, pois não aproveita ao credor se não foi prestada em sua integralidade. Entretanto, Serra Lopes adverte que nas obrigações de Fazer não homogêneas, pautadas pela quantidade e não pela qualidade, pode-se verificar a divisibilidade.
De Não Fazer: é indivisível, já que a abstenção é sempre indivisível em relação à sua origem una (distinta).
26. O que ocorre quando a prestação não é divisível tendo dois ou mais devedores? O que ocorre com o devedor que paga a dívida?
Por conta de a prestação ser indivisível, cada qual se obriga pela integralidade da dívida, não sendo possível quitá-la parcialmente. O pagamento da dívida por um dos codevedores nessa modalidade faz cessar a indivisibilidade. Assim, aquele que quitou a dívida, poderá exigir dos outros coobrigados a fração que a cada um competia (CC, art. 259).
27. Quando ocorre a pluralidade de credores, como os devedores se desobrigarão?
Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando a todos o total devido; ou a um só deles, dando este caução de ratificação pelos demais credores (CC, art. 260, I e II).
28. O que é caução de ratificação?
Essa caução de ratificação nada mais é do que uma garantia oferecida pelo credor que recebe o pagamento, de fato, refere-se a um termo de quitação do débito assinalando que a dívida foi adimplida (art. 260, II do CC).
29. O que ocorre quando um só credor recebe a prestação por inteiro?
Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros cocredores assistirá o direito de exigir dele em dinheiro conforme a parcela que incumbiria a cada um na obrigação (art. 261 do CC).
30. O que ocorrerá quando um credor perdoar a dívida?
Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros cocredores; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota-parte do credor remitente (art. 262 do CC).
31. Quando a prestação perde a qualidade de indivisível? 
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. A indenização pelas perdas e danos é expressa sempre em dinheiro, sendo a obrigação pecuniária divisível por sua própria natureza (art. 263 do CC).
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS
32. Quais são os artigos das Obrigações Facultativas?
O Código Civil não positivou esse tipo de obrigação, entretanto, ele subsiste da mesma forma de modo que exista a faculdade alternativa para o devedor de substituir o objeto da prestação.
33. O que quer dizer a faculdade dessa obrigação?
A faculdade a que alude esse tipo de obrigação não diz respeito a possibilidade ou não de cumprimento da obrigação pelodevedor, mas sim, na entrega de outro objeto da prestação previamente pactuado na relação.
34. Ocorre a concentração nessa relação obrigacional?
Não. Nesse caso, não há o ato de escolha como nas Obrigações Alternativas (concentração). Assim sendo, nas obrigações facultativas, há um único vínculo obrigacional e uma única prestação, que possui o objeto imediatamente estabelecido, tal como previamente consignada em contrato.
35. Por que o credor está submisso nessa relação?
De certa forma, a posição do credor é de submissão, dado que se ele não aceitar o cumprimento dessa forma, mesmo depois de consignada em contrato, ele ficará em mora.
36. Quais são os elementos subjetivos e objetivos dessa relação?
Apesar de não ter sido mencionado, nessa modalidade, a relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: o subjetivo, formado pelos envolvidos (credor e devedor); objetivo, formado pelo objeto da obrigação (prestação); e o ideal, determinação que sujeita o devedor a cumprir determinada prestação em favor do credor (vínculo jurídico).
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS
37. O que são obrigações cumulativas?
Podem ser chamadas também de conjuntivas e caracterizam-se pela incidência de duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis por um único título e um único fato jurídico na origem. São necessariamente obrigações compostas ou objetivamente complexas. Dá-se, assim, a obrigação cumulativa ou conjuntiva sempre que, havendo mais de um objeto a que o devedor se obriga, todos devem ser cumpridos, sob pena de inadimplemento absoluto da obrigação.
38. Em que momento pode-se dizer que o devedor cumpriu a obrigação?
O devedor apenas se exonerará da obrigação quando prestar as duas ou mais prestações decorrentes da mesma causa ou do mesmo título de forma conjunta, pois, enquanto uma delas não tiver sido adimplida, poderá o credor exigi-las na totalidade do devedor, sendo-lhe lícita a recursa da oferta parcial.
39. Como o credor pode exigir a obrigação e quando ele pode recusá-la?
O credor não pode ser obrigado a receber — nem o devedor a pagar — por partes, se assim não se convencionou. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, pode o credor recusá-la desde que não tenham sido satisfeitas as várias prestações como fora uma só (CC, art. 314). Mas o pagamento, se houve ajuste, poderá ser simultâneo ou sucessivo. Assim sendo, o devedor só se quitará fornecendo todas as prestações, visto que, as prestações parciais só podem ser aceitas quando houver assentimento expresso do credor.
OBRIGAÇÕES FRACIONÁRIAS
40. O que são obrigações fracionárias?
Podem ser chamadas também de conjuntas e ocorrem quando no concurso de credores e devedores, a obrigação fraciona-se. Todos eles repartem o bônus e ônus da obrigação. Nessa modalidade concorre uma pluralidade de devedores ou credores, de forma que cada um deles responde apenas por parte da dívida ou tem direito apenas a uma proporcionalidade do crédito. P. ex: uma obrigação pecuniária (de dar dinheiro), em princípio, é fracionária.
41. É lícito a credor exigir qual parte da prestação?
Ao credor é lícito exigir apenas a sua quota-parte do bônus a perceber que lhe seja correspondente. P. ex: art. 1.380 do CC.
42. E sobre o devedor qual parte ele deve prestar?
Ao devedor é lícito prestar apenas a fração do ônus de sua responsabilidade que lhe seja correspondente. P. ex: art. 1.317 do CC.
CESSÃO DE CRÉDITO
43. Numa relação em que a cessão de crédito está ocorrendo, identifique o cedente, o cessionário e o cedido.
Nesse evento, o alienante do crédito — credor da relação — toma o nome de cedente, o adquirente — terceiro — o de cessionário, e o devedor, sujeito passivo da obrigação, o de cedido.
44. Em qual polo da relação obrigacional a cessão de crédito ocorre?
A cessão de crédito ocorre exclusivamente no polo ativo, vez que, subsista a transferência, pelo credor a um terceiro, de título oneroso ou gratuito e não de dívida.
45. Quando a cessão de crédito não poderá ser realizada? Cite exemplos de cada situação.
Como regra, qualquer crédito pode ser objeto de cessão, salvo por impossibilidade decorrente: da natureza da obrigação (ex: alimentos de direito de família); da lei (ex: credito penhorado); e da convenção com o devedor (pacto non cedendo). CC, art. 286.
46. O que é cessionário de boa-fé? Quando a cláusula proibitiva de cessão não lhe poderá ser imposta?
Cessionário de boa-fé é o sujeito o qual não pode ser responsabilizado pelos danos decorrentes da conduta ilícita do cedente, porquanto não tinha conhecimento da ocorrência de fraude. A cláusula proibitiva não pode ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação, o que está em sintonia com a valoração da eticidade. Para tanto, a cessão deverá ser feita por instrumento público ou particular com as formalidades da procuração e com registro em Cartório de Títulos e Documentos.
47. Discorra sobre os acessórios de um crédito em sua cessão?
A regra geral é aquela de que o acessório tem o mesmo destino do principal, isto é, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios (acessorium sequitur principale), a não ser que as partes convencionem o contrário (CC, art. 287).
48. Quando a cessão de crédito é eficaz perante Terceiros?
Torna-se eficaz na medida em que, a transmissão, seja celebrada mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 654, atinentes ao instrumento de mandato (art. 288 do CC).
49. Que direito tem o Cessionário de crédito hipotecário?
A cessão de crédito garantida por hipoteca abrange a garantia (art. 287), e, por se tratar de crédito imobiliário, é de toda conveniência para o cessionário que se proceda a averbação da cessão no registro de imóvel ao lado do registro da hipoteca (CC, art. 289).
50. Discorra sobre a notificação do devedor na cessão e crédito.
O devedor deverá ser notificado de quem achar-se-á como novo credor, tanto por via judicial, quanto particular, ou ainda revestir a modalidade da notificação presumida, que assim se considera a que resulte de qualquer escrito público ou particular, declarando-se ciente tão logo tornar-se-á notificado da cessão feita (CC, art. 290).
51. O que ocorrerá quando se verificarem várias cessões do mesmo crédito?
Ocorrendo pluralidade de cessões, cujo título representativo seja da essência do crédito, o devedor deve prestar a obrigação a quem se apresentar como portador do instrumento (CC, art. 291). P. ex: na averbação de imóvel, torna-se proprietário aquele que, dentre as várias cessões, primeiro o averbar.
52. O que ocorre com o devedor que cumpre a prestação frente ao credor primitivo sem ter sido notificado?
Nesse caso, fica desobrigado, já que se o devedor não foi notificado da cessão, deve pagar ao credor primitivo. Se notificado mais de uma vez, deve pagar a quem primeiro apresentar o título da obrigação cedida, exceto se a obrigação constar de escritura pública, hipótese em que prevalecerá a anterioridade da notificação (CC, art. 292).
53. O que são atos conservatórios e o que o Cessionário pode fazer com eles?
Atos conservatórios são o mesmo que uma “atitude jurídica”, tomada pelo cessionário, para se obter uma garantia, conferindo-lhe direitos relativos ao crédito cedido. Assim, este pode, não só praticar os atos conservatórios, mas também todos os demais atos inerentes ao domínio, inclusive ceder o crédito a outrem. P. ex: ação de arresto. (CC, art. 293).
54. Discorra sobre a cessão a título oneroso.
Os contratos a título oneroso são aqueles que trazem vantagens para ambos os contraentes, pois estes sofrem um sacrifício patrimonial, correspondente a um proveito almejado. Nas cessões onerosas, o cedente sempre será responsável pela existência do crédito, mesmo na ausência de convenção a esse respeito (CC, art. 295).
55. Como responde o cedente sobre a solvência do devedor?
Não está o cedente, em regra,obrigado pela liquidação do crédito, salvo se tiver agido de má-fé, induzindo o cessionário a celebrar um negócio que lhe será prejudicial. Entretanto, nada impede que as partes venham a assentir expressamente essa responsabilidade. Quando responsável, aquele só responderá pela fração que recebera do cessionário, com juros e correção (CC, arts. 296 e 297).
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
56. Quais alterações ocorrem na Relação Obrigacional com a Assunção da Dívida?
No pólo passivo, ocorre a transação pela qual um terceiro — assuntor — se obriga perante o credor a efetuar a prestação devida por outrem — devedor —, tornando-se este devedor daquele.
57. Como são classificados os tipos de Assunção da Dívida? Explique cada uma delas.
Liberatória ( ocorre quando há libertação do devedor originário. O Assuntor assume o lugar do devedor originário na relação.
Cumulativa ( ocorre quando o Assuntor assume o débito conjuntamente ao devedor primitivo.
Expromissória ( também chamada de unifigurativa ou externa. Essa modalidade se verifica quando não ocorre o consentimento do devedor primitivo. A avença ocorre entre o Credor e o novo Devedor (Expromitente). P. ex: um amigo enfermo que não pode manifestar sua opinião e outro assume sua dívida.
Bifigurativa ( sobrevém como assunção interna, pois ocorre por meio de um acordo transmissivo entre o antigo e o novo devedor, uma vez que, aquele delega a este o débito. O Credor deve consentir. A doutrina considera como um negócio jurídico trilateral. Pode-se fixar prazo para o Credor se manifestar, mas, no seu silêncio, entender-se-á sua recusa.
58. Quais são os requisitos para a Assunção da Dívida?
1o. Consentimento do Credor;
2o. Validade do Negócio Jurídico;
3o. Solvência do novo Devedor (Assuntor) ao tempo da Assunção da Dívida.
59. É obrigatório o consentimento do Credor? E caso ele silencie?
Sim, é imprescindível a anuência do credor. Todavia, pode-se afixar prazo para que este se manifeste, contudo, no seu silêncio, entender-se-á sua recusa (CC, art. 299).
60. O que ocorre com as garantias especiais na Assunção da Dívida?
As garantias especiais, somente se conservam quando houver concordância expressa do devedor primitivo, caso contrário, consideram-se extintas (CC, art. 300).
61. O que ocorre caso a Assunção da Dívida seja anulada?
Se o contrato de assunção vier a ser anulado, ocorre o renascimento da obrigação para o devedor originário, com todos os seus privilégios e garantias, salvo as que tiverem sido prestadas por terceiros, exceto se este tinha conhecimento do defeito jurídico que viria pôr fim à assunção (CC, art. 301).
62. Sobre as exceções pessoais na Assunção da Dívida, com elas se processam?
As defesas pessoais que competiam ao devedor primitivo, decorrentes do vínculo anterior existente, tais como a alegação de que o negócio jurídico era anulável por vício de consentimento, vício de forma, coação, simulação ou fraude, não podem ser opostas pelo assuntor — novo devedor — ao credor, o que parece justo, pois a vontade ensejadora e caracterizadora do negócio é outra (CC, art. 302). Se é assim, somente poderá opor as exceções pessoais que lhe disserem respeito, ou decorrentes da própria relação jurídica (p. ex: compensação, novação etc.).

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