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DIREITO TRIBUTARIO I - RESUMO - ESTACIO

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AULA 1
DIREITO FINANCEIRO
Ramo do direito publico que normatiza a atividade financeira do Estado. 
ELEMENTOS DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
ORÇAMENTO PUBLICO: Passa a ideia de projeção, planejamento, nesse ponto que se difere da prestação de contas, uma vez que esta trata de gastos pretéritos. É a relação entre receita e despesa.
RECEITA PUBLICA: É toda a entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas que venham a acrescer o patrimônio estatal. Todos os tributos são classificados como receita, uma vez que seu pagamento é compulsório e os valores integram o patrimônio estatal.
As receitas se dividem em Derivada e Originaria:
1 – RECEITA DERIVADA: É aquela obtida através de uma condição de superioridade do Estado, ou seja, prepondera o poder de império do Estado, por exemplo, a arrecadação de tributos.
2 – RECEITA ORIGINARIA: Aquela obtida em situação de igualdade entre o particular e o Estado, ou seja, são relações contratuais, por exemplo, isto é, um contrato de locação em que o município figura como locador (proprietário) e o dinheiro do aluguel é revertido para a composição de benfeitorias no imóvel. Contudo se esse dinheiro for revertido a titulo de indenização perde a característica de ser receita passando a ser considerado INGRESSO.
INGRESSO: É toda a entrada de dinheiro nos cofres públicos.
DESPESA PUBLICA:
CREDITO PUBLICO: O credito vai aparecer nas situações em que as despesas superam as recitas.
DISCIPLINA NORMATIVA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Do Art. 163 até o Art. 169 trata das finanças publicas, trazendo suas normas gerais.
SUBSISTEMAS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CONSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: Insere-se entre os Arts. 145 a 156, dividindo-se, por sua vez, em inúmeros outros subsistemas, abordando temas como os princípios gerais, as limitações ao poder de tributar e os impostos da União, Estados e Municípios.
CONSTITUIÇÃO FINANCEIRA PROPRIAMENTE DITA: Disciplina o relacionamento financeiro governamental, a repartição de receita, o crédito público e a moeda nos seus arts. 157 a 164. Os Arts. 34 e 35 da CF estabelecem também hipóteses de intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal e dos Estados nos Municipios, caso ocorra descumprimento de determinadas obrigações financeiras. No campo tributaria há muitas violações ao pacto federativo, ou seja, os Estados fazendo interferência nos Municipios ou a União intervindo nos Estados ou nos Municipios, todas as intervenções com intuito de arrecadar mais receitas isso ocorre devido ao federalismo fiscal assimétrico.
FEDERALISMO FISCAL ASSIMETRICO: Existe por conta da desproporcionalidade de obtenção de receita.
CONSTITUIÇÃO ORÇAMENTARIA: Regula o planejamento financeiro do Estado e controle da sua execução, conforme expressamente previstos nos Arts. 70 a 75 e 165 a 169 da CF/88.
LEI 4.320/64 (LEI DE FINANÇAS PUBLICAS)
LEI COMPLEMENTAR 101/00 (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL)
DIREITO TRIBUTARIO
Direito tributário é um ramo do direito publico que normatiza a obtenção de receita tributária.
Existem aproximadamente 84 tributos existentes no Brasil, incluídos entre eles as taxas, contribuições, impostos.
A relação tributaria nascerá através de relações jurídicas tributárias.
Classificações das Despesas Publicas
1 - orçamentarias e extra orçamentarias:
Também pode ser classificada como ordinária ou extraordinária.
Despesa ordinária é aquela que ocorre periodicamente para o poder publico pagar, ex.: Os salários dos servidores. São aquelas que estão dentro do planejamento inicial, já previstas no orçamento. 
Despesa extra ordinária 
2 - Despesas Correntes e Despesas de capital (Art. 11, L. 4320/64)
Receita corrente é considerada aquela decorrente de tributos, de execuções fiscais e exploração de rendimentos dos bens estatais, logo a despesa corrente (Art. 12 e 13, L. 4320/64) é aquela usual, de manutenção da maquina administrativa. 
Receita de capital é aquela decorrente da conversão de bens em capital, logo as despesas de capital são aquelas que contribuem para formação e aquisição de bem de capital, ou seja tem por finalidade a manutenção de patrimônio da administração pública. 
3 - Despesa produtiva, reprodutiva ou improdutiva
Classificação doutrinária. 
- Despesas Produtivas: São as que se limitam a criar utilidades por meio da atuação estatal. Ex.: Poder judiciário; atividade policial. 
- Despesas Reprodutivas: São aquelas que representam aumento da capacidade produtora do país. 
- Despesas Improdutivas: Aquelas consideradas desnecessárias, uma vez que o custo é muito maior que o benefício. Ex.: Cidade das artes, gastos com a copa do mundo, obras de embelezamento. 
PROCESSAMENTO DAS DESPESAS PUBLICAS
FASE 1 - FIXAÇÃO DA DESPESA
 Se constitui no valor total previsto da despesa na LOA (Lei Orçamentária Anual).
O administrador público vai fazer a dotação orçamentária, provisionando qual será o valor das receitas e despesas. 
FASE 2 - PROGRAMAÇÃO DA DESPESA
Esta previsto na lei de responsabilidade fiscal.
FASE 3 - EMPENHO DA DESPESA
Considerado o ato emanado da autoridade administrativa que confirma a relação jurídica com o contratado antecedendo a despesa, cria para o Estado a obrigação de pagamento.
O Estado garante o pagamento da despesa, reservando o dinheiro para que ao contratar possua verbas para efetuar o pagamento. 
FASE 4 - LIQUIDAÇÃO DA DESPESA
Considerada o procedimento através do qual se verifica o implemento da obrigação, ou seja, o cumprimento da obrigação autorizando o inicio da fase de ordem de pagamento.
FASE 5 - ORDEM DE PAGAMENTO
O ordenador da despesa determina o pagamento, apos a verificação da liquidação. É o despacho da autoridade publica autorizando o pagamento.
FASE 6 - PAGAMENTO
Finalização da obrigação de pagar, que implica a entrega de cheque nominal, finalizando assim a relação.
PRINCIPIO DA LEGALIDADE DA DESPESA E SANÇÕES POR SUA INOBSERVÂNCIA
Toda a despesa da administração pública está prevista em leis. 
As sanções estão previstas no código penal, na lei de responsabilidade fiscal, chegando ate a atingir direitos políticos do acusado.
AULA 2
RECEITA E RESPONSABILIDADE FISCAL
O tributo serve para aumentar o patrimônio estatal para que este ente consiga cumprir todas as suas obrigações.
Receitas é o conjunto de verbas que o Estado recebe para constituir o seu patrimônio estatal (dinheiro, bens, etc.).
As receitas possuem classificações:
1.1 - RECEITA ORDINÁRIA
Diz respeito a previsibilidade, é aquela que o Estado sabe que vai arrecadar. Ex.: as receitas oriundas do IPTU, o Estado todo ano possui uma estimativa dos valores em que receberá.
1.2 - RECEITA EXTRAORDINÁRIA
É aquela que o Estado não tem a estimativa de receber, ou seja, não são previsíveis. Ex.: a instituição, somente em caso de guerra, de empréstimos compulsórios ou contribuição de guerra.
2.1 – RECEITA ORIGINÁRIA
O estado atua como se fosse um particular, ou seja, em condições de igualdade, sem impor o seu poder de império. Ex.: contrato de locação de um prédio da administração pública
2.2 – RECEITA DERIVADA
Ela é obtida compulsoriamente pelo Estado, através do seu poder de império, o particular é obrigado a pagar. Ex.: o pagamento de tributos.
3 – RECEITAS CORRENTES E RECEITAS DE CAPITAL (Art. 11, Lei 4320/64)
PROCESSAMENTO DA RECEITA PUBLICA
A partir da inclusão da receita no projeto de lei orçamentaria ela passa por algumas fases:
a) PREVISÃO, que é a receita orçada (art. 51 da Lei 4.320/64); 
b) LANÇAMENTO (art. 53 da Lei 4.320/64); 
c) ARRECADAÇÃO, que é o objeto da receita (art. 56 da Lei 4.320/64); 
d) RECOLHIMENTO, que é o repasse pelo agente arrecadador ou, ainda, o pagamento direto pelo contribuinte. 
RENÚNCIA DE RECEITA:
A receita é imprescindível para que o Estado possa movimentar a máquina pública. Nesse sentido, prevalece no Direito brasileiro a regra da renúncia indiscriminada de receita, conforme dispõe o art. 14 da Lei Complementar 101/2000 que prevê, inclusive, o que vem a ser renúncia de receita.
Art. 14 da LC 101/00.A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:       
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
O STF já se manifestou no sentido de que não há reserva de iniciativa do Chefe do Executivo para propor leis que implicam redução ou extinção de tributos e, consequentemente, redução de receitas. 
Leis de natureza tributária enquadram-se na regra de inciativa geral, o que autoriza qualquer parlamentar a apresentar projeto de lei sobre instituição, modificação ou revogação de tributo (art. 61, § 1º, II, “b”, CRFB/88), incluindo, portanto, legislação que verse sobre renúncia fiscal.
AULA 3
ORÇAMENTO PÚBLICO
É a relação existente entre a receita e a despesa.
O orçamento público é pautado em leis e a CF (ART. 165) traz 3 leis orçamentarias importantes:
PLANO PLURIANUAL
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTARIAS 
Serve para estabelecer as prioridades do Governo, ou seja, em que áreas pretende utilizar as receitas.
LEI ORÇAMENTARIA ANUAL (Art. 165, § 5º, CF):
A lei orçamentaria dura exatamente 1 ano (Principio da Anualidade Orçamentaria).
A natureza jurídica da LOA é de lei formal, ou seja, é classificada de tal forma para distinguir das leis materiais, aquelas que possuem conteúdo normativo propriamente dito. As leis formais possuem conteúdo eminentemente funcional. 
No caso de inconstitucionalidade em uma lei formal não é cabível o controle concentrado de constitucionalidade, porém, se a inconstitucionalidade tiver haver com orçamento, a parte da lei que trata do assunto será passível de controle concentrado.
TIPOS DE ORÇAMENTOS
CLÁSSICO OU TRADICIONAL; Existia antes da lei de 1964. Era simplesmente uma prestação de contas para a população.
DESEMPENHO OU DE REALIZAÇÕES; também existia antes de 1964, também era chamado de orçamento funcional. Passou a se preocupar nas realizações e resultados obtidos com as despesas.
PROGRAMA; Passou a ser implementado em 1964, com a Lei 4.320/64. Introduziu o modelo que conhecemos hoje, fazendo que o orçamento deixasse de ser apenas uma prestação de contas. Foi utilizado até o implemento da Lei 101/00.
 
RESPONSÁVEL OU ORÇAMENTO PARTICIPATIVO; Utilizado a partir da Lei 101/00. Trouxe sanções mais severas aos crimes de responsabilidade e mais participação popular, trazendo a possibilidade da população ser ouvida, através das audiências públicas, por exemplo. É utilizado até hoje no Brasil.
ESTRATÉGIA OU ORÇAMENTO DE BASE ZERO – OBZ; Modelo alemão, utilizado nos EUA. Trata-se de um orçamento mais detalhado, não é utilizado no Brasil.
Da maior publicidade, detalhamento ao orçamento.
LEGISLATIVO; Elaboração, discussão e votação competem ao poder legislativo cabendo ao executivo a sua realização. 
EXECUTIVO; Elaboração, aprovação e execução competem ao poder executivo. Utilizado pelos Estados absolutistas.
MISTO: é o caso brasileiro, ou seja, há participação dos poderes executivos e legislativo. O projeto é elaborado pelo executivo, o legislativo é competente para criar a lei e por fim o poder executivo executa.
PRINCIPIOS ORÇAMENTARIOS
ANUALIDADE ORÇAMENTÁRIA (Art. 2º, Lei 4320/64 e Art. 165, III e §9º, CF): A lei orçamentaria terá a duração de 1 ano. Não se confunde com anualidade tributária. 
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA (Art. 165, §5º, CF): Correlacionado ao principio da universalidade. As leis orçamentarias devem guardar compatibilidade e harmonia entre elas, estando de acordo com a universalidade.
UNIVERSALIDADE (Art. 165, §5º, CF e Art. 6º, Lei 4320/64): Tudo que for matéria orçamentaria deve, obrigatoriamente, dentro do PPA, da LDO e da LOA, com o fim de evitar as leis extravagantes. 
LEGALIDADE (Art. 165, CF): O orçamento público só pode ser feito através da criação de leis.
PUBLICIDADE ORÇAMENTÁRIA (Art. 37, Art. 165, §3º e Art. 166, §7º, CF): O orçamento deve ser mostrado para a população.
EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO: Não se deve gastar mais do que se arrecada, ou seja, deve haver o equilíbrio entre as despesas e as receitas.
CLAREZA OU TRANSPARÊNCIA (Art. 165 §6º CF e Art. 48 e 49, Lei 101/00): Legitima a publicidade. 
EXCLUSIVIDADE ORÇAMENTÁRIA (Art. 165, §8º, CF): Nada que não seja matéria orçamentaria pode estar na PPA, LDO e LOA.
NÃO VINCULAÇÃO (Art. 167, IV, CF): Também chamado de não afetação. Pode estar relacionado ao campo tributário ou ao campo financeiro. Significa que o dinheiro da arrecadação dos impostos não pode ser vinculado a qualquer tipo de órgão, fundo ou despesas. As exceções a esse princípio estão no campo da saúde, educação, repartição de receita tributária, administração tributária, operações de crédito por antecipação de receita.
CRÉDITO PÚBLICO
A expressão crédito público gera o endividamento público, pois sua obtenção inclui-se entre os diversos processos que o Estado possui para obtenção de verbas para alcançar finalidades fiscais (meramente arrecadatórias) ou extrafiscais (de intervenção do Estado no domínio econômico).
NATUREZA JURÍDICA:
Primeira corrente - é um simples ato de soberania, pois o Estado poderia unilateralmente modificar as condições do empréstimo público, sendo insuscetível de controle, até mesmo pelo Poder Judiciário. 
Segunda corrente - é um ato legislativo, em que o Estado não age com soberania, mas, sim, é submisso à lei que ele próprio editou, e, portanto, tem que cumprir as regras impostas pela legislação. 
Terceira corrente - é um contrato de direito administrativo.
Quarta corrente - mais tradicional, defende a natureza de contrato de direito privado, por seguir a disciplina do Código Civil.
CLASSIFICAÇÃO:
As operações de crédito por antecipação de receita são os empréstimos para suprir o déficit de caixa. 
Já as operações de créditos em geral são aquelas feitas a longo prazo relacionadas às despesas de capital.
Obs: Créditos Adicionais
AULA 4
DIREITO TRIBUTÁRIO
É o ramo do direito publico que normatiza a obtenção de receita derivada através dos tributos.
TRIBUTO (Art. 3º do CTN):
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Tributos são prestações pecuniárias compulsórias.
Os tributos devem ser fixados através de dinheiro, obrigatoriamente.
NATUREZA JURÍDICA (Art. 4º do CTN): 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Fato gerador é um fato jurídico previsto em lei que diz qual é a situação jurídica tributável.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
Utiliza-se atualmente no Brasil a teoria penta partite, em que são previstas 5 espécies de tributos:
1 – IMPOSTOS (Art. 145 CF)
2 – TAXAS (Art. 145 CF)
3 – CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (Art. 145 CF)
4 – EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (Art. 148, CF)
5 – CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS(Art. 149 e Art. 149-A c/c Art. 195, CF)
IMPOSTOS
É o único tributo não vinculado existente (Art. 16, CTN).
A função do imposto é a obtenção de receita para o poder publico, não há nenhuma contraprestação exercida pelo Estado.
Os impostos são, em regra, de competência privativa: Federais (Art. 153, CF), Estaduais (Art. 155, CF) e Municipais (Art. 156, CF).
A lei de cada ente federativo vai determinar qual é o fato gerador dos impostos.
IMPOSTOS DIRETOS E INDIRETOS
A distinção é feita através da repercussão tributaria, os tributos diretos não a possuem e os indiretos possuem.
A repercussão tributaria é o repasse do encargo financeiro do tributo no preço do produto. 
Exemplos de impostos indiretos: IPI e ICMS.
IMPOSTO PESSOAL E IMPOSTO REAL
Imposto pessoal é aquele cuja relação jurídica se da entre o fisco e o contribuinte em relação às características do contribuinte (características pessoais). Ex.: Imposto de Renda
Imposto real é aquele cuja relação jurídica se da entre o fisco e o contribuinte, mas em relação as características da coisa objeto de tributação. Ex.: IPVA – Veiculo; IPTU – Imóvel.
TAXAS (Art. 145, II, CF e Art. 77 a 79 CTN)
O fato gerador das taxas possuem apenas dois fatos geradores distintos, são frutos de um poder de policia ou são fruto de um serviço publico. 
O poder de policia tem haver com fiscalização ou autorização, sendo assim, o fato gerador tem haver com existir o exercício regular. A fiscalização tributaria é detentora de poder de policia.
O serviço público para que seja tributado precisa ter algumas características:
O serviço deve ser efetivo ou potencial, especifico e divisível.
A taxa que não possuir três desses requisitos é inconstitucional. 
As taxas possuem competência comum, isto é, todos os entes federativos podem instituir taxas, todos podem legislar sobre o assunto. 
O ente que cobra as taxas será aquele que executa o serviço publico ou o que possui a competência para executar o poder de polícia. 
DISTINÇÃO ENTRE TAXA E TARIFA
	TAXA
	TARIFA
	É UM TRIBUTO
	É PREÇO PÚBLICO
	RECEITA DERIVADA
	RECEITA ORIGINARIA
	INSTITUIDA EM LEI
	NATUREZA CONTRATUAL 
	REGIDO PELO DIREITO TRIBUTARIO
	REGIDO PELO DIREITO ADMINISTRATIVO
	TRIBUTO COMPULSÓRIO
	FACULTATIVO
	COBRADO PELO PODER PÚBLICO
	COBRADO PELO PARTICULAR
	SERVIÇO EFETIVO OU POTENCIAL
	SÓ PODE SER COBRADA DE FORMA EFETIVA
	NÃO ADMITE RESCISÃO
	ADMITE RESCISÃO
	OBSERVA OS PRINCIPIOS TRIBUTARIOS 
	NÃO OBSERVA OS PRINCIPIOS TRIBUTARIOS
	
	
	
	
	
	
	
	
O pedágio possui uma discussão muito ampla, possuindo 4 correntes que especulam a sua natureza:
1ª Corrente diz que é taxa, posição que foi adotada pelo STF no final dos anos 90;
2ª Corrente passou entender o pedágio como tarifa, que é o posicionamento majoritário, adotado pela jurisprudência;
3ª Corrente diz que pedágio não é nem taxa e nem tarifa, adota uma natureza própria, contida no Art. 150, V, CF;
4ª Corrente entende que o pedágio possui uma natureza híbrida, ou seja, se existir uma via alternativa, o pedágio terá natureza de tarifa e se não houver a natureza é de taxa. 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (Art. 145, III CF; Art. 81 e 82, CTN; DL. 195)
Tem como fato gerador uma obra publica e que dessa obra decorra a valorização de um imóvel. 
Cada um dos entes federativos pode criar, através de lei, contribuições de melhoria e quem vai cobrar será o ente que realizou a obra, sendo assim a competência é comum. 
A contribuição de melhoria serve para custear a obra, ou seja, para ressarcir o poder publico o valor daquela obra.
Limite Total - custo total da obra.
Limite Individual - o acréscimo de valor que o imóvel do particular vai valorizar. 
A contribuição de melhoria é vinculada a obra e a valorização dos imóveis.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (Art. 15, CTN e Art. 148, CF)
Art. 15, III, CTN - Este inciso III não foi recepcionado pelo Art. 150, IV da CF, por tratar-se de confisco.
Só pode ser instituído por lei complementar e é de competência exclusiva da União. 
O fato gerador do Empréstimo Compulsório será a lei complementar a ser editada na hipótese de guerra ou calamidade pública (Art.148, I, CF).
Ou no caso de investimento publico de caráter urgente e relevante interesse nacional. Nesta hipótese observa-se-a o principio da anterioridade tributaria (Art. 148 II, CF).
O empréstimo compulsório é um tributo vinculado ao custeio das despesas da guerra, da calamidade ou do investimento urgente. 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (Art. 149, CF)
Dividem-se em:
1 - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (Art.195 CF)
2 - CONTRIBUIÇÕES PARA AS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS 
3 - CIDE (CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMINIO ECONÔMICO)
4 - CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA (EC - 39 = Art. 149-A, CF)
AULA 5
CONSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
É um conjunto harmônico de normas tributárias em âmbito nacional destinados a implementar uniformemente com respeito ao pacto federativo todo um sistema de tributação no Brasil.
Engloba todos os entes da federação, União, Estados e Municípios, admitindo que existam, além do Código Tributário Nacional, códigos tributários municipais e códigos tributários estaduais.
A constituição outorgou competência aos entes (União, Estados e Municípios) para instituir tributos e a isso se deu o nome de Repartição de Competência Tributária. 
O intuito é amenizar a assimetria do federalismo fiscal presente no Brasil.
TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS (ART. 157, CF)
A transferência intergovernamental pode se dar de forma direta ou indireta. A direta são as repartições de receita e as indiretas são em relação aos fundos de participação:
INDIRETAS:
São aquelas destinadas aos fundos especiais (FPE – Fundo de participação dos Estados e FPM – Fundo de Participação dos Municípios – Art. 159, CF).
DIRETAS
REPARTIÇÃO DE RECEITAS 
O produto da arrecadação vai para um ente federativo diferente daquele competente para legislar sobre o tributo, ou seja, ocorre a transferência do dinheiro resultante do pagamento de determinado tributo. Apenas em alguns casos, definidos na CF (Art. 157 e Ss. CF) poderá ocorrer a repartição de receitas. Um exemplo desse sistema é a transferência voluntaria de metade do valor pago pelo IPVA, onde 50% do valor ficam para o município onde o veiculo esta registrado e o restante do valor vai para o Estado, que é o ente competente para legislar sobre tal matéria.
DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO
Sistema que serve para desvincular parte do valor recebido referentes a tributos vinculados, permitido pela CF, previsto no Art. 76 e Art. 80 do ADCT, tendo sido alterados pela EC 68/2011.
AULA 6
Limitações são proibições definidas na Constituição que impedem que o poder de tributar seja ilimitado. 
A diferença entre o poder de tributar, competência e capacidade é que o poder de tributar advém da soberania estatal, a competência nada mais e que a distribuição do poder de tributar feita pela Constituição Federal, sendo essa indelegável e, a capacidade é a faculdade de delegar as funções de arrecadar e fiscalizar, podendo até mesmo ficar com todo o valor recebido pelos tributos.
A função de legislar sobre determinado tributo é indelegável, o que pode se delegar é a capacidade de cobrar e receber os valores referentes ao tributo mencionado.
ISENÇÃO TRIBUTARIA
É matéria de lei. 
Está no campo da incidência e há fato gerador, porém o que não existe é a cobrança.
RENUNCIA DE RECEITA (Art. 14, LRF)
A diferença entre não exercer a competência tributaria e conceder benefícios tributários é que quando o ente não exerce a competência, ele não cria o tributo, ou seja, não há edição de lei (ex. imposto sobre grandes fortunas, que está definido na constituição, mas não há lei específica regulamentando o mesmo) e nos casos dos benefícios a competência foi exercida, há lei definindo o tributo, porém o ente concede isenção dos tributos para determinada categoria.
REPARTIÇÃO DE RECEITAE COMPETÊNCIA
A repartição de receitas tributárias não interfere na competência, pois a lei que regula o tributo será de um ente e o ente beneficiado com a repartição não terá competência para legislar sobre o tributo em questão. 
COMPETÊNCIA POSITIVA E NEGATIVA
Competência positiva é quando o ente legisla sobre o tributo e a competência negativa é quando o ente esta impedido de legislar sobre determinado tributo ou sobre determinadas situações, ou seja, é uma proibição ao exercício da competência positiva.
RESERVA DE COMPETÊNCIA E BENEFÍCIO FISCAL
A lei que concede um beneficio fiscal não é de iniciativa privativa do chefe do poder executivo 
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
COMPETENCIA PRIVATIVA – diz respeito aos impostos, Art. 145, I c/c Art. 153, Art. 155, Art. 156 CF:
Diz respeito a exclusividade do ente para instituir o tributo (impostos).
COMPETENCIA COMUM – diz respeitos as taxas (Art. 145, II, CF) e contribuições de melhoria (Art. 145, III, CF c/c Art. 77 a 82, CTN):
Diz respeito aos tributos contraprestacionais (taxas e contribuições de melhoria).
COMPETENCIA CUMULATIVA – diz respeito ao DF e da União nas hipóteses do Art. 147, CF:
É aquela exercida de forma cumulativa pela União e DF, na forma do Art. 147, CF.
COMPETENCIA RESIDUAL – Art. 154, I, CF:
COMPETENCIA EXTRAORDINARIA Art. 154, II, CF
COMPETENCIA CONJUNTA - Iniciativa conjunta dos estados para criação de uma única lei regulamentando determinado tributo. 
	UNIÃO FEDERAL
	COMPETENCIA
	TRIBUTO
	PRIVATIVA
	IMPOSTOS
	COMUM
	TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
	CUMULATIVA
	Art. 147, CF
	RESIDUAL
	Art. 154, I, CF
	EXTRAORDINÁRIA
	Art. 154, II, CF
 
A união é o único ente federativo que detém todos os tipos de competência tributaria.
O município possui apenas competência cumulativa e comum.
AULA 7
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
FONTE MATERIAL E FONTE FORMAL
Fonte material seria propriamente a exteriorização de riquezas, estas definidas pela fonte formal (lei, CF).
São as fontes formais que definem o sistema de tributação. 
Em relação as fontes formais, existem as fontes federais (leis da união), fontes estaduais (leis estaduais) e fontes municipais (leis municipais).
As fontes formais dividem-se em:
FONTES FORMAIS PRINCIPAIS:
Possuem uma ordem hierárquica estabelecida pela CF:
CF – possui três grandes funções:
1 – Outorgar Competência Tributária;
2 – Limitações constitucionais ao poder de tributar;
 3 – Estabelecer os Tributos.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIAS:
As EC em matéria podem fazer tudo, desde que não interfiram nas clausulas pétreas. As emendas podem até mesmo tratar sobre matéria de competência tributária, modificando a competência do ente federativo para a cobrança de determinado tributo, desde que tal mudança não prejudique a arrecadação do ente. 
LEIS COMPLEMENTARES
Servem para complementar a constituição (Art. 146, CF). Suas principais funções são: 
1 – Determinar a competência para instituição de 4 tributos (Empréstimo Compulsório, Contribuições Sociais Residuais, Imposto sobre Grande Fortuna e Imposto Residual);
2 – Dispor sobre conflitos de competência;
3 – regular as limitações constitucionais;
4 – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.
LEIS ORDINÁRIAS
É a lei operacional do direito tributário, a que trata sobre a maioria dos assuntos (Art. 97, CTN).
MEDIDAS PROVISÓRIAS
Possui praticamente as mesmas funções que a lei ordinária (Art. 62, CF).
LEI DELEGADA
DECRETO LEGISLATIVO
Uma das principais funções é incorporar os tratados internacionais ao direito positivo interno. 
RESOLUÇÕES
Podem ser editadas pelas casas legislativas (câmara dos deputados, senado, etc. Art. 155, § 1º, CF). Sua importância está em fixar alíquotas para os tributos, ex.: no caso do ITCMD a resolução do senado fixou alíquota máxima de 8%.
TRATADOS INTERNACIONAIS
O direito tributário abrange praticamente todos os tratados contrato, que são aqueles que tem haver com o sistema econômico e de tributação (ex.: MERCOSUL).
CONVÊNIOS
Existem dois tipos de convênios, os convênios fontes primarias e os convênios fontes secundarias. Estes últimos estão previstos no Art. 199, CTN (convênios sobre troca de informações entre procuradorias, receitas ou fazendas), enquanto que os primeiros estão no Art. 155, §2º, XII, “g”, CF.
DOUTRINA E JURISPRUDENCIA
DECRETOS
Pode ser considerado tanto fonte formal primaria ou secundaria.
Os decretos podem apenas criar obrigações tributarias acessórias (aquelas que não são especificamente o pagamento do tributo ou a sanção pelo descumprimento). 
Os decretos derivam de atos administrativos, ou seja, é o poder executivo que os edita. 
FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS
Sugerem uma menor rigidez formal, ou seja, estão endereçadas no Art. 100, CTN. 
Atos Administrativos
Decisão de órgãos administrativos
Costumes
Convênios (Art. 199, CF)
Decretos
DISTINÇÃO ENTRE LEI E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Lei é aquela que obedece ao processo legislativo.
A diferença é que lei esta em sentido estrito e legislação engloba um sentido mais amplo, abrangendo as fontes principais (leis) e as fontes secundarias (portarias, decretos, resoluções), conceito este definido no Art. 96, CTN.
Não há hierarquia entre leis tributarias o que existe é uma reserva de competência entre os entes definida pela CF. 
AULA 8
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
A competência tributária está relacionado ao poder de legislar que por sua vez está ligado ao poder de tributar, estas sofrem limitações, que se resumem, basicamente, nas imunidades e nos princípios constitucionais tributários.
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS – RELATIVOS AO VALOR SEGURANÇA JURIDICA
1 - PRINCIPIO DA LEGALIDADE: 
A legalidade tributaria possui previsão expressa no Art. 150, I, CF c/c Art. 97, CTN.
Este principio exterioriza duas situações básicas através dos verbos “instituir” e “majorar” tributos. 
A regra é que para instituir tributos somente a lei poderá ter esse poder e, a esta regra não há exceção. 
Em relação a majoração de tributos, há exceções:
 Art. 153, § 1º, CF: O poder executivo poderá majorar as alíquotas dos impostos: de importação e exportação, IPI e IOF, pois estes impostos são extra fiscais, possuem a função de intervir no mercado econômico, regulando assim a economia no país;
Art. 177, §4º, CF: A CIDE é uma contribuição de intervenção no domínio econômico, ou seja, extra fiscal. O poder executivo pode reduzir e reestabelecer;
Art. 97, §2º, CTN: Atualização de base de calculo não constitui majoração, sendo assim, não precisa de lei, podendo ser feita através de decreto do chefe do poder executivo. Devendo o limite da atualização será o índice da inflação, ultrapassando tal valor passara a ser tratado como majoração, sendo assim, é necessário edição de lei.
Art. 155, §2º, “g”, CF: Convenio CONFAZ do ICMS, este convenio é fruto do poder executivo, serve para evitar a guerra fiscal, violação do pacto federativo e limita a edição de uma lei, ou seja, se um Estado quiser conceder uma isenção de ICMS ele precisará de autorização do convenio para que a lei seja editada. 
2 – TIPICIDADE: 
É igual a tipicidade do campo penal, ou seja, ao praticar uma conduta prevista em uma hipótese de incidência o sujeito estará apto a efetuar o pagamento do tributo. 
3 – IRRETROATIVIDADE:
A regra é que a lei tributaria se aplica a fatos geradores futuros ou pendentes (Art. 150, III, “b” CF c/c Art. 105, CTN). 
Porém há exceções a este princípio:
Art. 106, CTN: Aplicação da lei a ato ou fato pretérito. No caso do inciso II, alínea “c” aplica-se a lei que trouxer penalidades mais brandas. 
Art. 144, CTN: Principio da Ultratividade – aplica-se a lei vigente a época do fato gerador, ainda que ela tenha sido posteriormente modificada ou até mesmo revogada.
4 – ANTERIORIDADE:
PRINCIPIOS TRIBUTARIOS – RELACIONADOS AO VALOR JUSTIÇA
1 - PRINCIPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA:Quem tem mais capacidade econômica deve pagar mais tributos e quem possui menos renda, deve pagar menos tributos.
PRINCIPIOS TRIBUTARIOS – RELACIONADOS AO VALOR LIBERDADE
AULA 9
PRINCIPIOS TRIBUTARIOS – RELACIONADOS AO VALOR JUSTIÇA
PRINCÍPIO DA ISONOMIA (Art. 150, II, CF)
Promover a igualdade prevista no Art. 5º, CF.
A ideia desse principio é promover uma justiça, evitando os privilégios odiosos (conceder benefícios tributários a uma determinada categoria em detrimento a outras pessoas que estão em igual situação).
O principio da isonomia é destinado ao legislador, pois é ele que deve observar o principio para não criar leis que vão de encontro a este.
 PRINCÍPIO DA GENERALIDADE/ PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE/ PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE (Art. 153, CF)
Princípios relacionados ao Imposto de Renda (Art. 153, CF), a tributação do imposto de renda é uniforme em todo o país.
O principio da generalidade diz respeito a pessoas e o principio da universalidade é relacionado a bens, isso significa que todos os bens de todas as pessoas, em qualquer lugar do Brasil, estão sujeitos de forma idêntica a tributação do imposto de renda. 
 
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (Art. 145, §1º, CF)
IMPOSTO PESSOAL: difere do imposto real (incide sobre a coisa), o imposto pessoal tem como essência a tributação da pessoa (ex.: imposto de renda).
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA: é o segmento que cobra os tributos, é uma especialização da administração pública, possui uma subdivisão:
FISCALIZAÇÃO
DIVIDA ATIVA – Setor de cobrança 
OBTER CERTIDÕES JUNTO AO PODER PÚBLICO
O legislador ao criar uma lei tributaria deve observar esses princípios, de forma que sempre que possível a respeite a capacidade contributiva das pessoas (física ou jurídica).
O STF entende que sempre que possível os tributos que observem a capacidade econômica subjetiva devem exteriorizar isso na sua forma de cobrança.
Os sub princípios são:
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
A proporcionalidade é um sub principio da capacidade contributiva, pois é uma forma de se alcançar a justiça da tributação (Alíquota fixa com base de calculo variante, ex.: IPVA e IPTU). Quanto maior o valor do bem, maior será a incidência de tributos.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Significa variar as alíquotas conforme a essencialidade do produto, ou seja, produtos mais supérfluos possuem tributação maior que produtos essenciais, mesmo que eles possuam o valor parecido. É uma forma que o legislador encontrou de exteriorizar a capacidade contributiva, tributando de forma mais pesada produtos que não são considerados essenciais (ex.: IPI – seletividade obrigatória e ICMS - facultativa).
PRINCÍPIO DA PROGRESSIVIDADE
Quanto maior for a base de calculo, maior será a aliquota (ex.: Imposto de Renda), ou seja, quanto mais a pessoa ganha, maior será a alíquota. 
É uma forma bem mais pesada de tributação uma vez que aumenta a alíquota e a base de calculo, sendo assim, o aumento real é muito maior. 
A progressividade só pode ser utilizada nos casos em que a Constituição autoriza expressamente, ela só é aplicada a 4 tributos, todos impostos:
1 – IMPOSTO DE RENDA (Art. 153, §2º, I, CF): é uma progressividade fiscal, arrecadatória, quanto mais o contribuinte ganha, mais ele paga. 
2 – ITR (Art. 153, §4º, I, CF): a progressividade é considerada extra fiscal, por ser interventiva, uma vez que tem suas alíquotas fixadas a fim de desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
3 – IPTU (Art. 182, §4º, II, CF / Art. 156, §1º, CF): pode assumir dois tipos de progressividade:
Extra Fiscal: descumprimento da função social da propriedade (Art. 182, §4º, II, CF), também é chamado de progressividade sanção, com objetivo de intervir na propriedade evitando que o contribuinte não de a destinação social da propriedade.
Fiscal: progressividade em razão do valor do imóvel, meramente arrecadatória (Art. 156, §1º, CF).
4 – ITCMD (Art. 155, §1º, IV, CF): O senado fixou a alíquota máxima desse imposto em 8% (Resolução 9, Senado Federal). A progressividade aqui está no valor do quinhão a ser recebido pelo herdeiro, quanto maior for o valor, maior será a alíquota. 
A diferença entre a progressividade e o instituto das alíquotas diferenciadas se dá no fato que a progressividade ocorre aumento da alíquota de acordo com a base de calculo e as alíquotas diferenciadas não há nexo de causalidade de aumento de alíquota conforme o aumento da base de calculo.
 PRINCÍPIO DA PERSONALIZAÇÃO (ou PERSONIFICAÇÃO)
Possui uma aplicação mais teórica. 
Atribuir características da pessoa a um tributo que é real. Ex.: isenção de IPTU de um deficiente físico.
PRINCÍPIO DO MÍNIMO EXISTENCIAL
Chega a ser uma utopia, pois seu objetivo seria que a tributação não deveria comprometer o mínimo existencial do contribuinte. 
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO CONFISCO (ou NÃO CONFISCO - Art. 150, IV, CF)
O confisco é um conceito jurídico indeterminado. Podendo ser identificado em duas hipóteses:
1 – A tributação ser tão pesada que absorva o patrimônio do contribuinte (Ex.: 25% de alíquota do IPTU, a cada 4 anos se perderia um imóvel);
2 – Tributação tão pesada que inviabilize o exercício de uma atividade profissional. 
O confisco não pode ser analisado isoladamente e sim dentro de um contexto.
PRINCIPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE (TÉCNICA DA NÃO CUMULATIVIDADE)
Afasta a cumulatividade dos tributos, que seria a incidência de tributos sobre tributos. 
A não cumulatividade é a possibilidade de deduzir o que foi pago na etapa anterior, evitando assim o efeito cascata.
A regra referente ao principio da não cumulatividade está ligado aos seguintes tributos: ao ICMS, IPI e, em alguns casos PIS e COFINS.
AULA 10
PRINCIPIOS TRIBUTARIOS – RELACIONADOS AO VALOR LIBERDADE JURÍDICA
PRINCIPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRAFEGO (Art. 150, V, CF)
Também é chamado de vedação a tributação do transpasse.
Não se pode cobrar pela circulação das pessoas dentro do território brasileiro, ressalvada a cobrança de pedágio.
A regra é que não se tributa pela circulação de bens, salvo no caso do ICMS, onde o que é tributado é a circulação de mercadorias, enquanto o bem não foi adquirido. 
PRINCIPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENÇA TRIBUTARIA EM RAZÃO DA PROCEDENCIA OU DO DESTINO (Art. 152, CF)
Veda que a tributação (alíquota) seja diferenciada em razão da procedência ou do destino do bem. 
Este principio se aplica em grande parte das vezes sobre os princípios estaduais e municipais. 
PRINCIPIO DA TRANSPARENCIA FISCAL (Art. 150, §5º, CF)
A população deve ser informada sobre a tributação que incide sobre o produto a venda. 
IMUNIDADES TRIBUTARIAS
Tem haver com o campo da não incidência tributária, ou seja, o não pagamento de determinado tributo apesar de estar caracterizado o fato gerador e haver lei regulando tal tributo. A não incidência pode se dar de 3 formas, todas elas não existindo fato gerador.
1 – PURA E SIMPLES: 
É o simples fato de não haver a lei regulando o tributo, trazendo as hipóteses de incidência tributária. 
2 – LEGAL:
A lei existe, regulando o tributo, mas diz os casos em que não haverá a incidência. Não há fato gerador.
3 – CONSTITUCIONAL:
Está prevista na constituição, recebendo o nome de imunidade tributária. 
A diferença elementar de ter uma não incidência legal e uma não incidência constitucional se da no fato de que a constituição restringiu o poder de tributar, ou seja, dar uma ordem ao legislador para que ele não possa exercer o poder de tributar em determinadas situações. É uma proibição ao exercício da competência tributaria positiva.
As imunidades são sempre matérias constitucionais. 
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
Majoritariamente é considerada como uma dispensa legal de pagamento e se dá sempre através de lei. Não há isenção na constituição.
ALIQUOTA ZERO
Atribuir o numeral zero a alíquota de determinado tributo. Não se trata de hipótese de não incidência e nem é sinônimo de imunidade, muito menos não se trata de hipótese de isenção, porque a alíquota pode ser alterada, em algunstributos, através de decreto. 
É um instrumento utilizado como política fiscal (extra fiscalidade) que se resume na atribuição do numeral zero as alíquotas proporcionando uma operação matemática em que qualquer numero multiplicado por zero será zero. 
As imunidades podem ser:
GENÉRICAS: Estão no Art. 150, VI, “a’ – “e”, CF e são aplicadas somente para os impostos.
ESPECÍFICAS: Estão espalhadas pelo texto constitucional e são aplicadas a todas as espécies de tributos.
OBJETIVAS: Recaem sobre coisas (bens)
SUBJETIVAS: Recaem sobre as pessoas (físicas ou jurídicas)
AULA 11
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
LITERAL OU GRAMATICAL
Leitura da lei, pode ser de 3 formas:
DECLARATORIA
RESTRITIVA
EXTENSIVA
HISTÓRICO OU EVOLUTIVO
TELEOLOGICO OU FINALISTICO
Trata-se da interpretação econômica do fato gerador. É a chamada norma anti-elisiva (Art. 116, CTN), desconsiderando a forma e atentando para o real conteúdo da operação. 
Pela teoria da interpretação econômica do fato gerador por influencia do direito alemão o interprete deve considerar os efeitos econômicos do fato gerador. Significa dizer que na lei tributária não se deve considerar o negocio jurídico regulado pelo direito privado, a forma jurídica por ele revestida, mas sim o seu conteúdo econômico.
A fazenda não anula o negocio jurídico, o que ela faz é a desconsideração, aplicando ao negocio os tributos que ela acha que esta certo. 
LOGICO OU SISTEMATICO
É o contexto jurídico em que a situação está inserida, interpretando a luz da constituição, do código tributário.
AUTENTICA 
É quando uma lei da interpretação a outra lei (Art. 106, CTN), permitindo que a atuação desta lei seja retroativa.
JURISPRUDENCIAL
A jurisprudência dos tribunais também serve para interpretar as leis tributarias.
VIGENCIA DA LEI NO TEMPO E NO ESPAÇO NO CAMPO TRIBUTÁRIO (Art. 101 – 104, CTN)
Em relação a aplicação das leis no espaço o principio que rege é o principio da territorialidade. Em tese a aplicação é onde esta realizado o domicilio do prestador do serviço, mas há muita discussão sobre o assunto uma vez que cada município pode possuir regras próprias sobre o assunto. 
Em relação a aplicação no tempo, os Art. 103 e 104 CTN definem a aplicação da lei. 
HERMENEUTICA DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Extrair da norma o seu real significado.
AULA 12
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (Art. 113, CTN)
Divide-se em principal e acessória.
A obrigação principal esta relacionada a prestação de dar, ou seja, representa o dinheiro para pagamento (Art. 113, § 1º, CTN).
A obrigação acessória esta relacionada ao cumprimento de uma prestação de fazer ou não fazer (Art. 113, §2º, CTN).
No direito tributário a obrigação principal não depende da obrigação acessória e vice versa, ou seja, ainda que não tenha que cumprir com a obrigação principal, deve-se observar a obrigação acessória. 
A partir do momento em que a obrigação acessória é descumprida ela será convertida em obrigação principal, em relação a penalidade pecuniária (Art. 113, §3º, CTN).
A obrigação decorre da pratica do fato gerador, que esta previsto em lei. 
As obrigações acessórias existem para facilitar nas atividades fiscalizatória e arrecadatoria.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Procedimento de cobrança de um tributo que se inicia com a prática do fato gerador.
As obrigações tributárias envolvem dois polos:
SUJEITO ATIVO - aquele que tem o direito de receber o tributo, ou seja, aqueles que possuem competência tributária ativa (entes federativos) e também, aquelas que não receberam a competência, mas sim a capacidade tributária ativa (ex.: órgãos que regularizam determinada atividade laboral: CRM; CREA);
SUJEITO PASSIVO - aquele que tem o dever de pagar o tributo, podendo ser diretamente o contribuinte (aquele que possui relação pessoal e direta com o fato gerador – sujeito passivo direto) ou o responsável tributário (possui relação indireta com o fato gerador – sujeito passivo indireto).
A responsabilidade tributária deve ocorrer em razão de vários critérios, que vão desde a mera conveniência do ente político até mesmo a sua real necessidade.
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE UM TRIBUTO:
Ocorre de três maneiras diferentes:
1 – RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA;
2 – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO;
3 – RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS;
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES

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