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	UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE (FACE)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)
	DISCIPLINA
	CÓDIGO
	CRÉDITOS
	TURMA
	PERÍODO
	PROFESSOR
	ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS
	202380
	04 
	A
	2013/2
	MARCOS ALBERTO DANTAS
AULA 10
O PODER NAS ORGANIZAÇÕES 
INTRODUÇÃO
O poder entendido como a capacidade de um indivíduo ou organização de influenciar o comportamento do outro está presente permanentemente nas interações sociais que permeiam qualquer estrutura organizacional.
O poder tem um enorme potencial transformador de caráter e de personalidades. É ainda revelador da alma, como descobriu Abraham Lincoln quando disse que "quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder". 
Quem, nas empresas, já não viu ou conheceu pessoas pacíficas, alegres e bondosas transformarem-se de repente em tiranos e durões, tão logo é anunciada sua promoção a chefe, gerente ou diretor? Claro, estes são casos de pessoas com recalques e inseguranças reprimidas que adquirem “coragem” de mostrar a verdadeira face, tão logo tenham em mãos um instrumento formal de “poder” – ou seja, a circular de promoção. 
Mas há também os “mandões” crônicos ou de nascença. Estes, independem do cargo para mostrar a face arrogante do poder: podem ser mensageiros, auxiliares, secretárias ou presidentes. “Tá no sangue”, como se diz na gíria. Para estes, de pouca valia têm as palestras, cursos, seminários e mesmo a psicoterapia. Só a própria vida é capaz de fazê-los mudar de postura – mas este é um longo e complicado processo que não cabe discorrer aqui. O que quero questionar é: de que serve tanto “poder”? 
O que define o poder de um executivo não é necessariamente sua capacidade de controle sobre a equipe, não é seu cargo, tampouco sua autoridade. O poder de um executivo pode ser reconhecido, avaliado e medido pela quantidade de justiça de que é capaz de praticar, pela sua capacidade de promover a autoestima em cada membro da equipe e pela felicidade de que é capaz de impregnar a organização - e ainda assim conseguir levá-la à condição de vencedora. 
O poder é um importante processo social entendido como a capacidade que possuem os indivíduos ou grupos sociais de modificar o comportamento de outros grupos ou pessoas. O poder pode ser considerado como um meio que o grupo ou indivíduo tem de fazer com que as coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos.
Levando em consideração o aspecto da legitimidade, teríamos que o poder manifesto pela autoridade é legítimo, pois é aceito pela sociedade e dentro das organizações. O exercício do poder legítimo, aceito consensualmente, é exercido pela autoridade. 
Há inúmeras relações informais que se estabelecem no âmbito das organizações. Interações entre indivíduos que ocorrem independentemente da estrutura formal e estabelecem outras relações de poder, que interferem e afetam o exercício do poder formal da estrutura burocrática.
O PODER DO LÍDER INFORMAL
Organização informal é como se dá, ao longo do tempo, o desenvolvimento da rede de relacionamentos pessoais. Em todos os níveis de uma organização, a coordenação e as decisões frequentemente acontecem fora dos canais formais, pois as pessoas interagem informalmente, criando inclusive regras e normas. Os gerentes, enquanto estão estabelecendo uma estrutura formal de papéis inter-relacionados, estão também criando uma estrutura social informal que afeta comportamentos de maneiras diferentes das planejadas. Quando ocorre uma mudança, os gerentes devem considerar o efeito da organização informal no comportamento dos indivíduos e grupos.
Os gerentes devem aproveitar o poder da organização informal para atingir os objetivos da empresa e considerar as implicações das interações entre a hierarquia formal e informal quando mudarem a forma de motivar e coordenar os empregados. A organização informal é sempre estabelecida e todos os empregados a conhecem. A estrutura hierárquica formal é o mecanismo de controle principal, mas a estrutura informal também deve ser usada para permitir que as pessoas encontrem melhores soluções. 
Nunca o mundo corporativo precisou tanto de líderes autênticos, determinados, ousados e com visão de futuro. Consideramos que novas características precisam ser incorporadas a todo aquele que exerce a liderança em seu ambiente de trabalho. As principais são: 
Habilidade de comunicação interpessoal; 
Habilidade de saber negociar sobre profunda pressão psicológica; 
Saber lidar com as derrotas temporárias; 
Usar de muito bom senso para não se precipitar ao tomar uma decisão importante; 
Saber incentivar, motivar e valorizar sua equipe de trabalho. 
Essas novas habilidades precisam ser treinadas e adaptadas a cada ramo de negócio, porque todo líder tem suas características natas, porém outras precisam ser aprendidas e desenvolvidas. 
PODER E ORGANIZAÇÕES
Na estrutura de funcionamento das organizações, a questão do poder é fundamental, pois se trata de um sistema de relações sociais em que existe permanentemente uma hierarquização baseada em diferentes capacidades dos indivíduos nas posições que estes ocupam na organização.
O exercício do poder, do ponto de vista administrativo, é inerente à função gerencial, pois se trata de induzir pessoas a agirem de acordo com determinadas expectativas. Nesse sentido, podemos concluir que quem administra, o faz influenciando o comportamento de outras pessoas e, consequentemente, exercendo algum poder institucional, derivado do cargo que ocupa, seja motivado por sua capacidade pessoal ou ambos.
Poder e controle nas organizações
O poder e o controle ocupam um lugar central na vida das organizações e existência dos seres humanos. Há inúmeros fatos que ilustram situações envolvendo relações de poder nas organizações e a intenção de um indivíduo ou grupo para tentar controlar outros: 
A disputa entre executivos para conseguir um cargo de direção (ou o próprio espaço);
A disputa entre departamentos para estabelecer a programação do ano seguinte;
A resistência dos trabalhadores para se oporem ao fechamento de uma fábrica;
Os abusos de autoridade do supervisor “tirânico” sobre o pessoal sob sua direção.
Devemos acrescentar que as organizações por si mesmas dispõem de poder, pois além de sofrerem interferências de outras instituições, influenciam o funcionamento de outras organizações, apresentando um poder Inter organizacional.
O controle faz parte das funções e processos das organizações. Poder e controle podem ser considerados como as duas faces de uma mesma moeda. Quem exerce controle, tem poder. Quem ter poder, exerce controle.
Nas organizações podemos identificar diferentes formas de controle: técnico, social, burocrático. Elas se articulam com várias fontes de poder, afetando os seus membros e toda a organização.
COMPONENTES DO PODER
Um componente importante da estrutura organizacional é a centralização ou a distribuição de poder. As relações de poder podem ocorrer entre indivíduos, departamentos, níveis hierárquicos, e em qualquer outra área dentro das organizações e entre elas. Podem apresentar aspectos importantes para tomadas de decisões.
Os relacionamentos de poder podem ser especificado rigidamente de modo antecipado ou desenvolver-se à medida que ocorre o próprio relacionamento. A maioria das relações de poder implicam o uso de mais de uma forma de poder. Isso acontece em função de os indivíduos e as unidades organizacionais desenvolverem relacionamentos ao longo do tempo.
Força: algumas organizações primam pela predominância da força na composição de seu poder, como organizações policiais, militares, o próprio Estado etc. Nos primeiros agrupamentos humanos, a força era a única componente do poder, mas com o advento do capitalismo, foram surgindo outros componentes que equilibram o poder manifesto pela força, muito embora ainda permaneça sendo um dos mais importantes componentes do poder.Autoridade: compreende-se como autoridade um direito estabelecido para tomar decisões e ordenar ações de outrem. 
Autoridade burocrática está baseada no cargo ou posição formalmente instituída. É a autoridade investida no cargo que o indivíduo ocupa. 
Autoridade tradicional baseia-se na crença, normas e tradições sagradas a que as pessoas obedecem em virtude da tradição. 
Autoridade carismática baseia-se na veneração extra cotidiana da santidade, poder heroico ou caráter exemplar de uma pessoa e ordens por ela reveladas.
Influência: é a habilidade para afetar decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assim proceder. Um aspecto que deve ser considerado é a posse de meios materiais ou não por parte de um grupo ou indivíduo que, utilizando habilidades na manipulação do que possui, adquire maiores parcelas do poder ou se constitui, de fato, numa fonte de poder, modificando o comportamento de outras pessoas de acordo com a sua vontade.
FORMAS DE PODER
O exercício do poder gera impactos importantes para as partes envolvidas e para a organização como um todo. O resultado mais comum é a obediência – o poder funciona. O poder também pode conduzir a um impacto mais dramático: o conflito.
Podemos perceber que os que usam o poder de forma indevida, não atinam para o enorme bem que poderiam fazer com esse mesmo poder. Afinal, o mesmo poder que aprisiona é o mesmo que pode libertar. O mesmo poder que proíbe é o mesmo que pode permitir. O mesmo poder que agride é o mesmo que pode afagar. O mesmo poder que insulta e falta com o respeito ao próximo é o mesmo que pode elogiar e dignificar o outro. Enfim, o mesmo poder que provoca lágrimas e tristezas é o mesmo poder que tem a capacidade de gerar sorrisos e felicidade. Tudo é só uma questão de escolha pessoal.
Dessa forma podemos identificar oito formas de poder:
 
Poder por coerção. Baseia-se na exploração do medo. O líder demonstra que poderá punir o subordinado que não cooperar com suas decisões ou que adotar uma postura de confronto ou indolência. As sanções podem ser desde a delegação de tarefas indesejáveis, passando pela supressão de privilégios, até a obstrução do desenvolvimento do profissional dentro da organização. Pode ser exercido por meio de ameaças verbais ou não verbais, mas devido ao risco de as atitudes do líder serem qualificadas como assédio moral, o mais comum é retaliar o empregado, afastando-o de reuniões e eventos importantes, avaliando seu desempenho desfavoravelmente ou simplesmente demitindo-o.
Poder por recompensa. Baseia-se na exploração de interesses. A natureza humana é individualista e, quase sempre, ambiciosa. Ao propor incentivos, prêmios e favores, o líder eleva o comprometimento da equipe, fazendo-a trabalhar mesmo sem supervisão. A recompensa pode ser pecuniária, ou seja, em dinheiro, ou mediante reconhecimento e felicitações públicas. O risco de se usar este expediente como principal artifício para exercício do poder é vincular a motivação das pessoas e sua eficiência a algum tipo de retorno palpável e de curto prazo, inclusive enfraquecendo a autoridade do líder.
Poder por competência. Baseia-se no respeito. O líder demonstra possuir conhecimentos e habilidades adequados ao cargo que ocupa, além de atitudes dignas e assertivas. Os subordinados reconhecem esta competência e a respeitam veladamente. Um exemplo fora do mundo corporativo é a aceitação de uma prescrição médica, porque respeitamos o título do médico e seguimos seu receituário mesmo sem conhecer o profissional previamente ou o princípio ativo do medicamento.
Poder por legitimidade. Baseia-se na hierarquia. A posição organizacional confere ao líder maior poder quanto mais elevada sua colocação no organograma. É uma autoridade legal e tradicionalmente aceita, porém não necessariamente respeitada. Um exemplo típico é o poder que emana do "filho do dono" que pode ser questionado, embora raramente contestado, se sua inexperiência for evidenciada.
Poder por informação. Baseia-se no conhecimento. O líder, por deter a posse ou o acesso a dados e informações privilegiadas, exerce poder sobre pessoas que necessitam destas informações para realizar seus trabalhos. Note-se que o mero acesso a informações valiosas é suficiente para conferir poder a estas pessoas. É o caso das secretárias de altos executivos.
Poder por persuasão. Baseia-se na capacidade de sedução. O líder usa de argumentos racionais e/ou emocionais para envolver e convencer seus interlocutores da necessidade ou conveniência de realizarem certas tarefas, aceitarem decisões ou acreditarem em determinados projetos. Trabalha com base em aspectos comportamentais buscando ora inspirar, ora dissuadir os subordinados, de acordo com os objetivos pretendidos.
Poder por ligação. Baseia-se em relações. O líder apropria-se de sua rede de relacionamentos para alcançar favores ou evitar desfavores de pessoas influentes. Em tempos de desenvolvimento das chamadas redes sociais, ampliar e usar relações interpessoais constitui vantagem comparativa significativa.
Poder por carisma. Baseia-se na exploração da admiração. O líder adota um estilo envolvente, enérgico e positivo e alcança a obediência porque seus liderados simplesmente gostariam de ser como ele. As pessoas imitam-no, copiam-no, admiram-no com a finalidade de identificação.
 Dentre todas as categorias apresentadas, não devemos idealizar uma forma de poder específica. Não há certo ou errado. Há o adequado. Em verdade, o mais indicado é que um líder saiba como, onde e quando exercer seu poder de acordo com o perfil dos subordinados, das circunstâncias e de seus objetivos. Assim, o poder carismático ou por recompensa podem proporcionar maior adesão e atração por suas ideias, da mesma maneira que o poder legítimo ou por coerção podem acarretar resistência por parte dos subordinados.

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