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PRINCÍPIOS DO SALÁRIO DIREITO DO TRABALHO

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Salário - Conceito
Alguns doutrinadores, como Amauri Mascaro Nascimento, defendem que não se encontra na doutrina um conceito seguro para o que é o salário. Justifica-se este posicionamento a partir da influência da economia que acabou por ampliar excessivamente seu conceito.
Contraposto a esse pensamento, Ricardo Resende, por exemplo, defende que o salário seria toda contraprestação ou vantagem paga, pelo empregador, na forma de pecúnia, em virtude do contrato de trabalho. Este posicionamento sofre críticas, uma vez que, nem sempre o empregado está trabalhando, mas continua recebendo salário. Ex: férias, 15 primeiros dias do afastamento por doença. 
O salário abrange todos os pagamentos diretos feitos pelo empregador.
Remuneração – Conceito
Remuneração é a soma dos pagamentos feitos pelo empregador (pagamentos direitos) com os pagamentos feitos por terceiros (pagamentos indiretos), ambos em virtude do contrato de trabalho. Gorjeta (Art. 457, CLT) e pagamentos que não são feitos pelo empregador são exemplos de pagamentos indiretos. 
Importante ressaltar que esta gorjeta não integra o salário, e sim a remuneração. Entendimento consolidado na Súmula 354, TST.
A remuneração pode ser considerada o gênero e o salário uma das espécies. A remuneração irá abranger tanto os pagamentos diretos como também os indiretos.
Portanto, as diferenças principais entre salário e remuneração dizem respeito a quem paga a verba. Salário – o empregador paga. Remuneração – terceiro faz o pagamento. E também sobre a repercussão, sendo que as remunerações não incidem sobre horas extras, no repouso semanal remunerado, no aviso-prévio e no adicional noturno, enquanto que o salário incide. 
Tipos de Salário
	a) Salário mínimo legal
		- é fixado em lei e é o mínimo que pode ser pago a um empregado por jornada completa de trabalho.
	b) Salário profissional
		- menor valor, fixado em lei, que pode ser pago para empregados de uma determinada categoria profissional regulamentada. Ex: engenheiro, médico.
	c) Salário normativo
		- menor valor devido a uma determinada categoria profissional, podendo ser fixado por sentença normativa ou norma coletiva. 
	d) Piso salarial
		- sinônimo de salário normativo sendo o valor mínimo que pode ser pago para uma classe profissional fixado em norma coletiva. 
	e) Salário-base
		- considerado a parte fixa e principal do salário. É ele que serve como base para a incidência de outras parcelas salariais ou para a soma de referidas parcelas como forma de compor o salário. 
	f) Salário complessivo
		- é o salário pago sem a discriminação de seus componentes. Exemplo: parcela que engloba parte do salário, horas extras e adicional noturno. Desta forma se torna impossível se verificar a regularidade do pagamento das verbas trabalhistas. Portanto é vedado o salário complessivo, conforme trata a Súmula 91 do TST. 
Tipos de Remuneração
	a) Abono
		- no sentido técnico, é uma antecipação do salário pelo empregador. Sua função é antecipar o reajuste do salário e era muito utilizado na época de inflação muito elevada. 
		- Exemplo: o piso salarial para uma determinada categoria é de R$ 900,00 e a data base é 15 de Julho. Contudo, é demonstrado pelos empregados uma grande insatisfação frente à inflação e consequentemente a diminuição de seu poder de compra. Assim, o empregador concede um abono de R$ 80,00 ao mês para amenizar a crise, até que o novo piso seja fixado. 
	b) Adicionais legais
		- São parcelas salariais que devem ser pagas pelo empregador, por razões especiais que tornam a atividade mais gravosa ao empregado. São considerados adicionais: acréscimo de 50% (mínimo) sobre a prestação de horas extraordinárias, insalubridade, periculosidade, transferência, adicional noturno, adicional por acúmulo de funções e adicional de fronteira (previsto em algumas normas coletivas).
		- Estas parcelas são também denominadas de salário condição, pois se deixar de existir a condição para o seu pagamento ele não será mais obrigatório. Neste sentido pode ser citada a Súmula 265 do TST: “a transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno”.
		- desde que pagos com habitualidade, os adicionais integram o salário, incidindo no cálculo de férias, décimo terceiro, FGTS, aviso prévio e horas extras. 
	c) Gratificações
		- as gratificações nasceram como atos de liberalidade do empregador frente a eventos socialmente relevantes, como as festas de fim de ano, Natal. 
		- O legislador com o objetivo de diferenciar as gratificações por mera liberalidade, criou as gratificações ajustadas. Dessa forma, as gratificações que não são habituais e que não geram uma expectativa de recebimento por parte do empregado diferem das gratificações que reiteram expectativas para os empregados diante sua habitualidade, chamadas de gratificações ajustadas e que integram o salário. 
	d) Décimo terceiro salário
		- o décimo terceiro salário surge como gratificação natalina sendo a parcela que os empregadores concediam aos empregados como gratificação de natal. Como razão dessa prática, o legislador resolveu torna-la compulsória.
		- atualmente, o décimo terceiro salário é assegurado constitucionalmente sendo devido aos trabalhadores urbanos e rurais, aos domésticos, aos servidores públicos, aos trabalhadores avulsos e, para alguns, aos trabalhadores temporários.
		- Caso o empregado não tenha trabalhado todos os meses do ano, ele receberá o décimo terceiro salário proporcional à razão de 1/12 avos, por mês trabalhado. Frações de 15 dias ou mais são consideradas mês inteiro de trabalho para o cálculo. 
	e) Prêmios ou bônus
		- vinculam-se a fatores de ordem pessoal do trabalhador ou do grupo. 
		- Não se confundem com os adicionais e não estão previstos na legislação, mas a jurisprudência lhe garante feição salarial, sendo que, se pagos com habitualidade, passam a integrar o salário para todos os fins. Assim, se ocorrer o cancelamento do pagamento, gerará alteração contratual lesiva. 
		- Exemplo: dono de loja estipula bônus de R$ 250,00 aos empregados que atingirem 90% da meta de vendas estipulada. 
	f) Comissões
		- as comissões possuem natureza jurídica de salário pago por unidade de obra ou por serviço.
		- Existem dois tipos de empregados comissionistas:
		1 – comissionistas puros (ou próprios) = aqueles empregados que recebem o salário exclusivamente à base da comissão. Exemplo: empregado recebe 5% daquilo que vender.
		2 – comissionistas mistos (ou impróprios) = são os empregados que recebem uma parte fixa mais comissões, conforme a produção. Exemplo: empregado recebe R$ 700,00 fixo, mais 7% sobre as vendas. 
		- Em ambos os casos é assegurado ao comissionista o salário mínimo (ou piso salarial, se aplicável). Essa garantia se refere ao todo recebido e não somente às comissões.
	g) Gorjetas
		- As gorjetas são formas exprimir a entrega de dinheiro, por parte de clientes da empresa, aos empregados, como forma de satisfação no tratamento recebido. 
		- São divididas em próprias (ou facultativas) que são aquelas concedidas espontaneamente e impróprias (ou obrigatórias) que são as fixadas na nota de despesa, ou seja, são as compulsórias. 
		- Elas integram a remuneração e não podem ser usadas como complementação do salário mínimo. 
http://www.tst.jus.br/web/guest/noticias//asset_publisher/89Dk/content/id/3498036
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html#SUM-354
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_51_100.html#SUM-91
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.html#SUM-265
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm

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