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RREEGGIISSTTRROO CCIIVVIILL DDEE PPEESSSSOOAASS NNAATTUURRAAIISS Juliana de Oliveira Xavier Ribeiro Sumário 1. Histórico e Processo legislativo do Registro Civil de Pessoas Naturais ___ 03 1.1 Processo Legislativo e Evolução ______________________________________ 03 1.2 Inovações na Família trazidas a partir da CF/88 _________________________ 03 1.3 Importância do Registro Civil da Pessoa Natural_________________________ 03 1.4 Império __________________________________________________________ 03 2. Natureza Jurídica dos atos praticados perante o Registro Civil de Pessoas Naturais ______________________________________________ 05 2.1 Importância do Registro Civil de Pessoas Naturais _______________________ 05 3. Estrutura do Registro Civil de Pessoas Naturais _____________________ 06 3.1 Características ____________________________________________________ 06 3.1.1 Organização e expediente (art. 44 – Lei 8.935/94)__________________ 06 3.1.2 Emolumentos_________________________________________________ 06 3.2 Escrituração e da Ordem de Serviço (LRP – art. 33)______________________ 07 3.3 Conservação ______________________________________________________ 09 4. Atos registráveis – ato que cria a relação Jurídica ___________________ 12 5. Atos averbáveis – altera e modifica relação Jurídica anterior __________ 13 5.1 Pontos Polêmicos – atos averbáveis e registráveis _______________________ 14 6. Livros obrigatórios _____________________________________________ 15 6.1 Outros Livros – exemplos ___________________________________________ 15 7. Livro “A” - Registro de Nascimento________________________________ 16 7.1 Características ____________________________________________________ 16 7.2 Da Personalidade e Capacidade Civil __________________________________ 16 7.3 Direitos da Personalidade ___________________________________________ 16 7.4 Filiação___________________________________________________________ 17 7.5 Obrigatoriedade de Registro _________________________________________ 19 7.6 Competência e Prazo _______________________________________________ 19 7.7 Declaração de Nascimento___________________________________________ 20 8. Assento de Nascimento _________________________________________ 22 8.1 Requisitos para o Registro de Nascimento - Art. 54 da LRP _____________ 22 8.2 Documentos necessários para o Registro_______________________________ 22 8.3 Não constará do Registro - Art. 5° da Lei 8.560/92 _____________________ 23 8.4 Declaração de Nascimento___________________________________________ 23 8.5 Pais não casados ou que não incide Presunção de Paternidade – Art. 1.607 à 1.609 CC __________________________________________________ 24 8.6 Outras formas de reconhecimento ____________________________________ 25 8.6.1 O reconhecimento do filho havido fora do casamento é irrevogável (art. 1.607 e seguintes) ________________________________________ 25 8.7 Averiguação oficiosa de Paternidade - Lei 8.560/92 – Art. 2°_____________ 25 9. Situações Especiais ____________________________________________ 27 9.1 Índios - Art. 231 CF ________________________________________________ 27 9.2 Gêmeos __________________________________________________________ 27 9.3 Registro de Exposto ou Menor Abandonado ____________________________ 27 9.4 Natimorto ________________________________________________________ 28 9.5 Parto Domiciliar ___________________________________________________ 29 9.6 Declaração de nascido vivo __________________________________________ 29 10. Nome _______________________________________________________ 30 10.1 Conceito ________________________________________________________ 30 10.2 Dúvidas ao Registar o nome ________________________________________ 30 10.3 Possibilidade do nubente acrescentar o nome ao de outro _______________ 30 10.4 Princípio da imutabilidade do nome __________________________________ 30 10.5 Nome da viúva___________________________________________________ 31 10.6 Os arts. 57 e 58 da LRP___________________________________________ 31 10.7. Erros de grafia ___________________________________________________ 33 10.8 Alteração do sobrenome da mãe em virtude de casamento _____________ 34 11. Registro de Óbito Livro “C“_____________________________________ 35 11.1. Conceito e características principais _________________________________ 35 11.2. Obrigatoriedade da certidão________________________________________ 35 11.3. Local e prazo para registro _________________________________________ 35 11.4. Criança com menos de 1 ano de idade _______________________________ 35 11.5. Cremação de cadáver_____________________________________________ 36 11.6. São obrigados a fazer a declaração de Óbito (art. 79 LRP)_______________ 36 11.7. Documentos Necessários __________________________________________ 36 11.8. Emissão da Declaração de Óbito (DO) _______________________________ 37 11.9. Requisitos para registro ___________________________________________ 37 11.10. Óbito de pessoa desconhecida (art. 81 LRP) _________________________ 38 11.11. Assinatura do Registro ___________________________________________ 38 11.12. Registro Posterior ao enterro ______________________________________ 38 11.13. Morte ocorrida em hospitais, prisões ou outros estabelecimentos públicos _______________________________________________________ 38 11.14. Pessoa encontrada vitimada por morte acidental ou violenta____________ 38 11.15. Morte presumida ________________________________________________ 39 12. Atos realizados no Exterior _____________________________________ 41 12.1 Atos realizados no exterior em campanha e a bordo de navios____________ 41 12.2 Opção de Nacionalidade – Livro “E” __________________________________ 42 13. Emancipação_________________________________________________ 45 13.1 Conceito ________________________________________________________ 45 13.2 Espécies de emancipação _________________________________________ 45 13.3 Obrigatoriedade do registro_________________________________________ 45 13.4 Quem pode fazer _________________________________________________ 45 13.5 Requisitos do registro _____________________________________________ 46 13.6 Consequências ___________________________________________________ 46 14. Interdição ___________________________________________________ 47 14.1 Conceito ________________________________________________________ 47 14.2 Procedimento ____________________________________________________ 47 14.3 Local do registro __________________________________________________ 47 14.4 Requisitos do registro _____________________________________________ 47 14.5 Onde a interdição é anotada________________________________________ 48 14.6 Fim da interdição _________________________________________________ 48 Registro Civil de Pessoas Naturais 3 1. Histórico e Processo legislativo do Registro Civil de Pessoas Naturais 1.1 Processo Legislativo e Evolução: ? Implementação de um ordenamento jurídico que envolva família/sociedade; ? Edição de novas regras que acompanhem a evolução da sociedade; ? Promulgação do Novo Código Civil com profundas inovações no Direito de família e conseqüente repercussão na área notarial e registral. 1.2 Inovações na Família trazidas a partir da CF/88: ? Nova relação entre Pais e filhos; ? Reconhecida a família monoparental; ? Desaparece a organização patriarcal; ? Reconhecimento da união estável como entidade familiar; ? Igualdade entre homens e mulheres ? Conceito de família como base da sociedade – proteção do Estado (art. 226 CF); ? Formas de família na CF/88: ? Casamento – civil, religioso com efeitos civis; ? União estávelentre homem e mulher; ? Família monoparental – formada por qualquer um dos pais e seus descendentes. 1.3 Importância do Registro Civil da Pessoa Natural: ? Registros públicos constituem prova autêntica, segura, eficaz, e acessível a todos. ? Está sujeito ao regime da Lei 6.015/73 e revestido de todos os princípios que lhes são inerentes. ? Os atos notariais garantem: ? Autenticidade – fé pública; ? Segurança – ao exprimir certeza – presunção de veracidade – juris tantun; ? Eficácia – produção de efeitos jurídicos desejados; ? Publicidade – princípio da publicidade. 1.4 Império: ? Nascimento da necessidade de registro – Supremacia da Igreja; ? Assentamentos restringiam-se apenas as anotações paroquiais; ? Casamento – Concílio de Trento (1545-1563) ? Entre católicos; ? Contrato indissolúvel; ? Presença obrigatória do ministro eclesiástico e testemunhas; ? Nascimento – somente o registro paroquial (assentamento de batismo). ? Regras básicas para o registro de nascimento, casamento e óbito dos acatólicos: Lei 1.144, de 11/09/1861, regulamentada pelo Decreto 3.069, de 17/04/1863. ? Instituição do registro civil com função probatória dos nascimentos, casamentos e óbitos: ? Decreto 9.886, de 07/03/1888 (em vigor a partir de 1°/01/1889). ? Decreto 181, de 24/01/1890 (instituiu o casamento civil). Legislações seguintes: Registro Civil de Pessoas Naturais 4 ? Lei 3.071, de 01/01/1916 – Código Civil Brasileiro. ? Decreto-Lei 1.116, de 24/02/1939 – retroagiu o período da faculdade do registro de nascimento a partir de 1° de Janeiro de 1879. ? Decreto 4.857, de 09/11/1939 (antigas disposições sobre Registros Públicos) ? Decreto-Lei 3.200, de 19/04/1941 – Organização e Proteção da Família. ? Lei 765, de 14/07/1949 – Registro Civil de Nascimento. ? Lei 883, de 21/10/1949 – Reconhecimento de filho legítimo. ? Lei 1.110, de 23/05/1950 – Reconhecimento dos Efeitos /civis do Casamento Religioso. ? Lei 4.121, de 27/08/1962 – Estatuto da Mulher casada. Legislações mais recentes: ? Lei 5.869, de 11/01/1973 – Código de Processo Civil. ? Lei 6.015, de 31/12/1973 – Lei dos Registros Públicos (com vigência a partir do 01 de Janeiro de 1976). ? Lei 6.515, de 26/12/1977 – Lei do Divórcio. ? Constituição Federal de 1988. ? Lei 8.069, de 13/07/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. ? Lei 8.560, de 29/12/1992 – Investigação de Paternidade dos Filhos havidos fora do casamento. ? Lei 8.935, de 18/11/1994 – Regulamentação dos Serviços Notariais e de Registro. ? Lei 8.971, de 29/12/1994 – Regulamentação do Direito dos Companheiros à Alimentos e à Sucessão. ? Lei 9.278, de 10/05/1996 – Regulamentação da União Estável. ? Lei 10.406, de 10/01/2002 – Novo Código Civil. Atenção: Subsidiariamente a Legislação Federal aplicável a matéria, deverão ser observadas pelos Notários e Registradores as normas técnicas estabelecidas pela Corregedoria – Geral da Justiça de seu Estado. Registro Civil de Pessoas Naturais 5 2. Natureza Jurídica dos atos praticados perante o Registro Civil de Pessoas Naturais ? Natureza declaratória: declaram fato pré-existente. Ex.: Certidão de Nascimento e Certidão de Óbito. Efeito comprobatório. ? Natureza constitutiva: constitui direito a partir do ato registral. Ex.: Registro de emancipação. Efeito de constituir o direito. ? Natureza publicitária: tornam o conhecimento oponível a todos os terc eiros. Ex.: Registro de Interdição. 2.1 Importância do Registro Civil de Pessoas Naturais ? Resguarda direitos que acompanham a pessoa natural desde seu nascimento até sua morte; ? É importante contribuinte para dados estatísticos, IBGE, INSS, Justiça Eleitoral; ? Demonstra o valor jurídico do Registro de Nascimento – CC, 1603 a 1605; ? É a primeira porta para o exercício da cidadania. Ex.: ser matriculado na escola, carteira profissional e participação de programas assistenciais. ? Aonde será feita a averbação? Art. 98 LRP ? Ato de averbação é datado, assinado e cotado conforme tabela de emolumentos. ? Qualquer alteração posterior ao registro deverá constar obrigatoriamente nas certidões. Exceções quanto à regra da publicidade. Registro Civil de Pessoas Naturais 6 3. Estrutura do Registro Civil de Pessoas Naturais ? Regras gerais referentes à escrituração e as ordens de serviço (do modus operandi de cada Serventia); Lei 6.015/73 (art.33 a 45) e Normas da Corregedoria de cada Estado; ? Notários e registradores podem praticar independentemente de autorização todos os atos previstos em Lei. Desnecessária autorização prévia do Juiz – Lei 8935/94 – Art. 41 3.1 Características: 3.1.1 Organização e expediente (art. 44 – Lei 8.935/94): Em cada sede municipal haverá no mínimo 1 Registrador Civil de Pessoas Naturais e nos municípios de significativa extensão de acordo com o juízo competente, cada Sede Distrital disporá de no mínimo 1 Registrador Civil. A Lei de Organização Judiciária de forma clara e precisa, delimitará a área que se constitui na circunscrição territorial de cada Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais. Placas indicativas – necessária a sua existência. 3.1.2 Emolumentos: Tabelas de Emolumentos deve ser fixada na Serventia, sendo calculado com base no URE (Unidade de Referência de Emolumentos), cujos valores serão fixados através de Edital da Corregedoria. Todos os atos deverão ser cobrados e expedidos recibo a mão obrigatoriamente (art. 14, p.u LRP). ? Isenção de emolumentos (art. 45 – Lei 8935/94 - art. 30 e parágrafos LRP) I. Modalidades de Isenção: a-) Isenção Geral: a primeira certidão de nascimento e óbito. Isto porque o legislador entendeu que tais atos são aqueles de maior repercussão na vida de uma pessoa: nascimento e a morte. b-) Isenção Parcial: art. 226, §1° CF – “O casamento é civil e gratuita sua celebração. Gratuito também será o seu registro”. Razão: falta de condições econômicas do interessado em efetivar o pagamento dos emolumentos. O que se deve entender por “reconhecidamente pobres” na LRP no art. 30, §1°? ? Equiparação ao conceito contido na Lei 5584/ 70. Assim, se o interessado declara por escrito, que seus rendimentos não ultrapassam a dois salários mínimos deverá ser reconhecido pobre. Dispensa-se a produção de provas. Basta a declaração do interessado. Declarante se sujeita sanções penais (art. 299 – CP) caso haja falsidade de informações. ? Outras hipóteses de isenção: - Não serão cobrados emolumentos para o registro de óbito atestado pelo Serviço de Verificação de óbitos. Tal serviço destina-se a apurar a causa da morte daqueles que falecem sem assistência médica, e sem que haja suspeita de que tem origem criminosa; - Gratuitas certidões para fins de alistamento militar; - Atos relativos a Crianças e Adolescentes protegidos pelo ECA; - Certidão de Óbito e nascimento requisitada pelo Conselho Tutelar. Registro Civil de Pessoas Naturais 7 ? Repasse de Verbas: A aplicação de recursos atenta prioritariamente à compensação de atos gratuitos. Em SP, por exemplo, se houver superávit a complementação é de 10 salários mínimos mensais. 3.2 Escrituração e da Ordem de Serviço (LRP – art. 33): a) Os Livros presentes em cada cartório serão: - “A” – registro de nascimento - “B” – registro de casamento - “B” auxiliar – registro casamento religioso para efeitos civis - “C” – registro de óbito - “C” auxiliar – registro de natimorto - “D” – registro de proclama. Cada um destes deverá conter 300 folhas. b) No cartório do 1° Ofício ou da 1°Subdivisão, em cada Comarca, haverá outro livro para inscrição dos demais atos relativos ao estado civil, designado sobre letra “E” – 150 folhas, podendo o Juiz competente, nas Comarcas de grande movimento, autorizar o seu desmembramento, pela natureza dos atos a serem registrados, em livros especiais. c) Localização do Registro – art. 34 LRP – em cada livro deverá haver índice alfabético de nomes das pessoas. Regras para organização de tal índice deverão ser estabelecidas pelo Oficial. Caracteres: I) Poderão optar pelo nome ou pelo sobrenome; II) Critério adotado deverá ser feita de maneira uniforme; III) Índice poderá ser substituído por sistema de fichas, que deverá abranger os nomes de todas as pessoas que se refiram os registros de suas modalidades. IV) Índices poderão ser organizados na memória do computador. Junta-se relatório em cada livro. Termo de Abertura e Termo de Encerramento: No termo de abertura deverão ser especificados o tipo de Registro e os números das folhas. O termo final do livro deverá tomar o número seguinte acrescido à respectiva letra. Exemplo: Livro de Registro de Nascimento Livro A – 1, último registro: número 300 Livro A – 2, primeiro registro: ‘numero 301 e sucessivamente. d) Escrituração – art. 35 LRP. A escrituração deverá ser feita na ordem cronológica das declarações. Declarações podem ser realizadas em parágrafos diferentes, com espaços em branco no início e fim de cada parágrafo. Números serão registrados por extenso. Não serão admitidas observações. Admitem-se emendas (observações ocorrendo correções de erros) e entrelinhas (observações lançadas entre linhas usando inserir no registro informações nele omitidas), desde que ressalvadas no final do registro e antes ou logo depois de serem lançadas as assinaturas. Registro Civil de Pessoas Naturais 8 Não são admitidas rasuras (branquinhos, etc) para suprimir letras ou palavras a serem substituídas por outras. Entre um assento e outro só poderá ser reservada uma linha. e) Divisão dos Livros – Página do Livro – 3 colunas Conteúdo dos Livros: registro, averbação e anotação – art. 36 LRP. 1ª coluna – Número de ordem – número do registro; 2ª coluna – Registro; 3ª coluna – Averbação, anotação e retificação. Normas da Corregedoria permitem em caráter facultativo o livro de transporte de anotação e averbação. Se adotado o livro cume, a 3ª coluna será destinada as retificações somente. f) Partes, procuradores e testemunhas – art. 37 LRP. Assinatura dos assentos, inserindo-se neles as declarações feitas de acordo com a lei ou ordenado na sentença. I) Procuradores – Deve dispor de poderes especiais para a prática do ato de vontade ou transmissão de informações; II) Declaração e forma : - a acordo com a Lei – conteúdo - ordenado por sentença – se por determinação houver de ser lavrado o assento. III) Leitura às partes e às testemunhas; IV) Testemunhas – art. 42 LRP – Condições exigidas pela lei Civil – art. 228, CC para o rol de testemunhas, ressalvadas a hipótese de amigos e parentes. Art. 228 do CC - Não podem ser admitidos como testemunhas: I – os menores de dezesseis anos; II – aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil; III – os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhe faltam; IV – o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes; V – os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade. Parágrafo único: Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo. Testemunha não seja conhecida do oficial, deverá apresentar documento de identidade. Deverá constar a qualificação da testemunha. g) Erro ou Omissão – art. 39 a 41 LRP: Se ocorrido o erro ou a omissão antes de serem colhidas as assinaturas poderá haver a adição (no caso de omissão) ou emenda (no caso de erro). Deverá ser realizado logo a seguir, tomando-se as assinaturas. Mesmo aos as assinaturas é possível suprimir-se a omissão ou corrigir-se o erro, desde que não tenha, ainda, sido lavrado outro assento. Feita a ressalva são novamente colhidas assinaturas. Outro assento for lavrado, a retificação somente poderá ser procedida mediante sentença judicial. Caso sejam lavrados serão tidas como inexistentes e sem efeitos jurídicos. Registro Civil de Pessoas Naturais 9 3.3 Conservação: ? Conservá-los em local apropriado, não deixando deteriorar-se pela ação do tempo e agentes nocivos. ? Livros não podem sair da Serventia, mesmo com necessidade de perícia, esta deve ocorrer na própria sede. ? Exceções mediante autorização judicial em: - cumprimento de ordem judicial; - efeitos de encadernação; - casamento fora das dependências da Serventia. I) Fiscalização e Correição – art. 48 e 49 LRP ? Independência limitada; ? Juízo da Direção do Foro da Comarca – Juiz Corregedor; ? Corregedoria – Geral da Justiça do Estado. II) Registro Fora do Prazo Prazo para o registro é de cinco dias. Se o oficial se recusar fazer ou retardar registro, averbação ou anotação poderá o interessado comunicar a autoridade judicial. Prazo para o oficial: 5 dias. Prazo para a justificativa será decidido pelo Juiz. Juiz ordenará que em 24 horas seja feito o registro, averbação ou justificação caso não haja justificativa. Do oficial. É cabível recurso administrativo do Oficial ao Corregedor Geral da Justiça. Somente poderá ser interposto pelo oficial. RECUSA OU RETARDAMENTO – ART. 47 LRP 5 dias Recusa oficial no fornecimento Pode queixar-se à autoridade judiciária 5 dia para oitiva do oficial Injustificativa da demora Recurso administrativo do Corregedor Geral da Justiça Multa – 1 a 10 salários mínimos Novo prazo – 24 horas, pena de prisão – inconstitucional – art. 5° LXI, CF Registro Civil de Pessoas Naturais 10 III) Mapas Estatísticos: ? Finalidade: A remessa de mapas visa permitir a fundação SEADE dados a respeito de casamento e óbitos – art. 49 LRP. Órgão Prazo Conteúdo IBGE Objetivo: censos Primeiros 8 dias dos meses 1, 4, 7 e 10 Nascimentos, casamentos e óbitos do trimestre anterior, conforme mapas fornecidos pelo IBGE, que pode solicitar ao oficial faça as correções necessárias. Pena: multa de 1 a 5 s. m., dívida da União + ação penal. Justiça Eleitoral, por meio do juiz eleitoral da zona de ofício. Objetivo: atualização de eleitorado Até dia 15 de cada mês Óbitos do mês anteriores, segundo mapas fornecidos pela Justiça Eleitoral ou mapas informatizados por ela aceitos. Direção do foro Objetivo: inventários Idem Óbitos de pessoas com bens a inventariar. A relação, em 3 vias, pode ser feita por cópia do mapa enviado à Justiça Eleitoral, trocando campo “eleitor – sim ou não” por “deixa bens – sim ou não”. Delegacia de Polícia da comarca ou, se não houver, à especializada em crimes contra a vida. Objetivo: notitia criminis Idem Cópia do mapa enviado à JE. Diretoria de Recursos Humanos do TJRS Idem Relação dos servidores e pensionistas do Poder Judiciário do Estado, com nome do falecido, filiação, data do óbito e número do registro. Se não ocorrer óbito, enviarácomunicação negativa. Diretoria de Pagamento Pessoal da Secretaria Estadual de Fazenda, ou a respectiva Exatoria, estando o ofício no interior do Estado. Idem Relação de óbitos de funcionários públicos estaduais, que pode ser cópia do mapa enviado à JE. Objetivo: atualização do pagamento do funcionalismo estadual. Junta do Serviço Militar da comarca. Objetivo: atualização do contingente de reserva Até dia 5 de cada mês Relação dos homens entre 17 e 45 anos falecidos no mês anterior, segundo formulários fornecidos pelo Comando do Exército ou mapas informatizados por ele aceitos. Serviço de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras Sem prazo Certidões dos registros de casamento e óbito de estrangeiros registrados no mês anterior. Objetivo: controle de imigração e nacionalidade. INSS Objetivo: fins da seguridade social Até dia 10 de cada mês Relação de todos os óbitos do mês anterior, devendo enviar comunicação negativa se não houver. A omissão sujeita o oficial a multa legal. O modelo da relação, as instruções complementares e a aceitação da relação emitida por meio informatizado, impressa ou em disquetes, competem ao INSS. A comunicação deverá ser feita por meio de formulários para cadastramento de óbito, conforme modelo aprovado pelo MPAS. Secretaria Estadual de Saúde Todo mês Planilha das Declarações de Nascidos Vivos (DN) e as primeiras vias das Declarações de Óbito (DO). A Planilha só deve incluir nascimentos, hospitalares e domiciliares, de crianças com menos de 2 anos. Deve Registro Civil de Pessoas Naturais 11 Órgão Prazo Conteúdo acompanhar as DN’s (1ª via – cor branca) emitidas pelo oficial nos termos do quadro abaixo. Procedimentos relativos à DN – objetiva-se evitar dupla emissão de DN, pelo hospital e pelo oficial Nascimento hospitalar a partir de 1992 O oficial faz o registro exigindo a apresentação da via amarela da DN emitida pelo hospital, se o registrado tem menos de 2 anos. Do assento de nascimento deve constar a apresentação da DNV e seu número. Para criança com mais de 2 anos, não se exige apresentação de DNV. O oficial não deve emitir DN, mesmo que não apresentada a via amarela pela parte, pois o hospital já a emitiu e encaminhou a via branca à Secretaria. Nesse último caso, cabe ao oficial encaminhar o requerente à Secretaria para obter 2ª via da DNV. Se a Secretaria informar por escrito a impossibilidade de fornecer a 2ª via, o registro será feito com base nos documentos exigidos pela legislação. Nascimento domiciliar a partir de 1992 O oficial emite a DN em 3 vias, sendo a amarela da família. A branca acompanha a Planilha. O oficial verifica se, apesar de domiciliar o nascimento, a mãe não foi atendida em seguida pelo hospital e se este não emitiu a DN. Registro Civil de Pessoas Naturais 12 4. Atos registráveis – ato que cria a relação Jurídica A) Código Civil – art. 9° Art. 9° - Serão registrados em registro público: I – os nascimentos, casamentos e óbitos; II – a emancipação por outorga dos pais ou sentença do juiz; III – a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV – a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. B) Lei registros públicos se refere em seu art. 29 a: ? Nascimento; ? Casamento; ? Óbito; ? Emancipação; ? Interdição; ? Sentença declaratória de ausência; ? Opções de nacionalidade; ? Sentenças de adoção. Registro Civil de Pessoas Naturais 13 5. Atos averbáveis – altera e modifica relação Jurídica anterior A) Código Civil – art. 10° Art. 10° - Far-se-á averbação em registro público: I – das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; III – dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção. Nota: Há um equívoco na segunda parte do inciso III do art. 10 CC ao se referir a adoção “extrajudicial”, pois conforme a redação do art. 1.623 do CC, a adoção passa a ser somente via judicial. B) Lei de registros públicos – art. 29, §1° e 97 e seguintes. Exemplos: Far-se-á a averbação pelo Oficial do Cartório do registro: ? à vista de carta de sentença ou de mandado; ? mediante petição acompanhada de certidão ou documento legal e autêntico, após audiência do Ministério Público. No livro de casamento, averbar-se-á a sentença de nulidade ou anulação de casamento, as de separação ou divórcio, declarando-se a data da prolatação pelo Tribunal ou Juiz, os nomes das partes e a data do trânsito em julgado. Averbar-se-á, também, o ato de restabelecimento da sociedade conjugal (art.10). No livro de nascimento averbar-se-á a perda da nacionalidade brasileira, quando comunicada pelo Ministério da Justiça. No livro de emancipação, interdições e ausências, averbar-se-ão: ? as sentenças a anular, desconstituir ou a por termo à interdição; ? as substituições dos curadores de interditos ou ausentes; ? as alterações dos limites da curatela; ? a cessação ou mudança de internação; ? a cessação de ausência pelo aparecimento do ausente. Averbar-se-á, também, no assento de ausência, a sentença de abertura da sucessão provisória, após o trânsito em julgado. Registro Civil de Pessoas Naturais 14 5.1. Pontos Polêmicos – atos averbáveis e registráveis a-) O divórcio deve ou não ser registrado no livro “E”? EMENTA: Tendo em vista o entendimento desta Serventia Registral acerca da manutenção do registro do divórcio no Livro “E” do Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca onde tramitou o processo, em obediência ao artigo 32 da Lei nº 6.515/77, que estabelece que a sentença definitiva do divórcio produzirá efeitos depois de registrada no registro público competente - lei especial e, portanto, não derrogada pela novel norma adjetiva (Código Civil) - e observando o artigo 1.525, V, do Código Civil, que exige o registro para que uma pessoa divorciada possa novamente se habilitar para um novo casamento, transcreve-se abaixo o procedimento registral adotado nesta Comarca, o qual, salvo melhor juízo, poderá servir para uniformização. ” Vistos O novo Código Civil, no entanto, elencou separadamente os atos que devem ser levados a registro no artigo 9º e aqueles objeto de averbação no artigo 10º. Nenhum dos dispositivos legais referidos faz uma enumeração exaustiva de modo que não se pode concluir que o divórcio está excluído do registro no livro E apenas porque não constou no elenco do art. 9º. Acresce-se a isso o fato de que o Código Civil, segundo maioria dos doutrinadores, é lei geral, de natureza material, não sendo incompatível com a Lei do Divórcio cujo art. 32 determina o registro da sentença no livro E do Registro Civil das Pessoas Naturais na Comarca onde tramitou o processo. Assim, concluo pela continuidade, nesta Comarca, do registro no Livro E do Registro Civil das Pessoas Naturais das sentenças de separação , divórcio e restabelecimento da sociedade conjugal. Ressalvo que se trata de matéria controvertida, ficando a cargo do magistrado prolator da sentença a determinação do respectivo registro no livro E, de modo que não procederei à devolução das cartas precatórias, cabendo ao Oficial de Registros cumprir seu objeto sm suscitar nova dúvida. Sapucaia do Sul, 11 de julho de 2005. Clarissa Costa de Lima. Juíza de Direito Diretora do Foro” Fonte: www.lamanapaiva.com.br b-) Realiza-se a averbação ou registro da adoção judicial, face à catalogação dada pelo Novo Código Civil Brasileiro?Para melhor compreensão da matéria, faz-se necessária a transcrição dos artigos 10, inciso III e 1.623, do CC. O artigo 10 do CC assim estabelece: “Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: ... III - os atos judiciais ou extrajudiciais de adoção”. Já o artigo 1.623 preleciona que a “a adoção obedecerá a processo judicial, observados os requisitos estabelecidos neste Código”. O parágrafo único do mesmo dispositivo prescreve que “a adoção de maiores de dezoito anos dependerá, igualmente, da assistência efetiva do Poder Público e de sentença constitutiva.” Desta forma, percebe-se que o Código Civil trouxe mais dúvidas do que respostas no que se refere à adoção, as quais precisam ser solucionadas. Porém, primeiramente, relacionar-se-ão as premissas irrefutáveis, conforme segue: a) Os filhos originários através da adoção terão os mesmos direitos e qualificações, proibida qualquer designação discriminatória; b) A adoção ocorrerá, sempre, por processo judicial (sentença constitutiva) e somente será possível se o adotante for maior de 18 (dezoito) anos e possuir, no mínimo, 16 (dezesseis) anos de diferença do adotado (arts. 1.618, 1.619 e 1.623). Registro Civil de Pessoas Naturais 15 6. Livros obrigatórios: ? Cada registro será lavrado em livro próprio, individualizado por lista alfabética. ? Livros obrigatórios: “A” – Registro de Nascimento; “B” – Registro de Casamento; “B” auxiliar – Registro de Casamento Religioso para efeitos civis; “C” – Registro de Óbito; “C” auxiliar – Registro auxiliar de Natimorto; “D” – Registro de Proclamas; “E” - Registro dos demais atos relativos ao estado civil: Emancipação, Interdição, Ausência, Opção de Nacionalidade, Registros de Nascimento, Casamento e Óbito de brasileiro ocorrido no estrangeiro. (Haverá este Livro somente no 1° Ofício de cada Comarca – parágrafo único do artigo 33 da LRP). 6.1 Outros Livros – exemplos: ? Livro tombo, o qual equipara-se a um livro protocolo em que são lançados dados referentes às habilitações de casamento e demais procedimentos diversos, como reconhecimentos de filho, retificações, mandados judiciais e outros documentos. Na escrituração do Livro Tombo devem constar os seguintes dados: número de ordem (numeração seqüencial que segue ao infinito, separada por barra da numeração correspondente ao número de atos lançados dentro de cada ano), data, natureza do documento, nome das partes e na última coluna a anotação do resultado do ato praticado. ? Protocolo de Correspondências Recebidas e Expedidas. ? Classificadores, caixas de arquivos ou microfilmagem para petições, mandados judiciais, cópias de declaração de óbito (DO), comunicações recebidas, comprovantes de remessa de mapas estatísticos, procedimentos diversos (trata-se da organização do arquivo por tipo de documento e data, a fim de facilitar futuras buscas). Registro Civil de Pessoas Naturais 16 7. Livro “A” - Registro de Nascimento 7.1 Características: ? Gera prova segura do Estado e capacidade das pessoas; ? A partir do registro que nasce, para o indivíduo os principais atributos de sua personalidade civil: ? Nome; ? Estado familiar; ? Capacidade civil; ? Sua naturalidade; ? Sua nacionalidade. ? Marco inicial para o exercício da cidadania. 7.2 Da Personalidade e Capacidade Civil: Art. 2° - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 3° - São absolutamente incapazes: - os menores de dezesseis anos; - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4° - São incapazes relativamente: - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; - os pródigos. Art. 5° - A menoridade cessa aos 18 (dezoito) anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único: Cessará, para os menores, a incapacidade: I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou... II - ... 7.3 Direitos da Personalidade: ? São direitos intransmissíveis e irrenunciáveis – arts. 11 e 12. ? Direito ao Corpo (arts. 13 a 15) ? Vedação da eutanásia; ? Disposição gratuita, para depois da morte. ? Direito ao Nome (arts. 16 a 18): ? Proteção do pseudônimo (art. 19). ? Direito à imagem (art. 20): ? Sem autorização, não é permitida a publicação de uma entrevista. Registro Civil de Pessoas Naturais 17 ? Direito à Privacidade (art. 21): ? A vida privada da pessoa natural é inviolável. 7.4 Filiação: ? Conceito: Liame entre filhos e seus pais que os geraram ou adotaram (parentesco natural ou civil); ? Art. 227, §6° da CF e 1596 e seguintes do CC: Art. 227- É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 1º - O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo os seguintes preceitos: I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil; II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. § 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. § 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII; II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica; V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins. Registro Civil de Pessoas Naturais 18 § 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente. § 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casose condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. § 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204. Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; II - nascidos nos trezentos dias subseqüentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga; V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido. Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse período e já decorrido o prazo a que se refere o inciso I do art. 1597. Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da paternidade. Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da paternidade. Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. Parágrafo único: Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação. Registro Civil de Pessoas Naturais 19 Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade. Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil. Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro. Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar- se a filiação por qualquer modo admissível em direito: I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos. Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz. Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo. ? Registradores não podem fazer qualquer menção sobre a natureza jurídica da filiação. 7.5 Obrigatoriedade de Registro ? Histórico: Religião Data e Re gulação Prova de Registro Católicos Antes de 1°Jan. de 1889 Certidão de Batismo extraído dos Livros Eclesiásticos Acatólicos Assentos de Registros Regulados pelo Decreto n° 3.069/1863 de 17/04 Decreto-Lei 1.116, de 24/02/1939, facultou os nascidos anteriormente à obrigatoriedade do Registro Civil. Temos Decreto 9886, de 07/03/1888. Católicos e Acatólicos Após 1° de Jan. de 1889 Obrigatoriedade de Registro Civil Território Nacional Lei de Registro Público 6.015, art. 50. Todo nascimento ocorrido em território nacional deve ser levado à registro. Pacto Internacional – Direitos Civis e Políticos Decreto Legislativo 592/92 Toda criança deve ser registrada e ter um nome – Adquirir nacionalidade 7.6 Competência e Prazo ? Características: ? Obrigatoriedade sem sanção; Exemplo: índios ? Campanhas informativas para o exercício da cidadania; ? Crianças sem registro – juridicamente inexistentes; ? Ato praticado gratuitamente – Art. 5º LXXVI – Lei 9.534/97 Registro Civil de Pessoas Naturais 20 ? Prazo para Registro – Art. 50 a 52 LRP: ? Prazo de 15 dias, contados do nascimento; ? Prazo ampliado em 3 meses para o declarante que residir em lugar distante, mais de 30 quilômetros da Sede da Serventia do Registro Civil; ? Declarante for Mãe – 45 dias. Justifica-se tal prorrogação em razão do período que ela precisa para se recuperar do parto. ? Local para Registro – Art. 50 a 52 LRP: ? Registro realizado no prazo – local do nascimento ou lugar da residência dos pais; ? Registro realizado fora do prazo – local da residência dos interessados; ? Comarca com mais de um Cartório de Registro Civil – será observada a divisão territorial – normas/circunstâncias geográficas (art. 50 e 46 LRP). ? Registro Tardio – Art. 46 LRP: ? Fora do prazo legal – serão registradas mediante despacho do juiz; ? No lugar da residência do interessado; ? Mediante determinação através de despacho judicial – dispensado se tratar de menor de 12 anos de idade; ? Reconhecimento tardio via judicial – juízo competente – prova de filiação – produzido meio documental ou testemunhal – constituir advogado (maior de 12 anos); ? Menores de 12 anos – dispensa de despacho judicial – Art. 46, §1° LRP. ? Não mais incide multa – Lei 10.215/2001. ? Juiz deverá exigir justificação ou outra prova se suspeitar de falsidade de declaração ? Interessado deve comparecer na Serventia e ali formular declaração e ser entrevistado REGISTRO DE NASCIMENTO PRAZOS NO PRAZO FORA DO PRAZO Regra geral 15 dias (art. 50) Somente mediante determinação judicial. Local de residência do interessado IMPEDIMENTO – PAI; cabe à mãe 45 dias (art. 52, § 1º) Falsidade declaração – juiz poderá exigir provas Residência a mais de 30Km da Serventia 03 meses (art. 50) Registro de menor de 12 anos de idade – dispensa A bordo de navio ou aeronave (art. 69) 05 dias – contados da chegada do navio ou aeronave 05 dias – parte serventia 7.7 Declaração de Nascimento ? Obrigatoriedade: Art. 52 – São obrigados a fazer a declaração de nascimento: 1°) o pai; 2°) em falta* ou impedimento do pai, a mãe, sendo neste caso o prazo para declaração prorrogado por 45 (quarenta e cinco) dias; Registro Civil de Pessoas Naturais 21 3°) no impedimento de ambos, o parente mais próximo, sendo maior e achando-se presente; 4°) em falta ou impedimento do parente referido no número anterior, os administradores de hospitais ou os médicos e parteiras, que tiverem assistido o parto; 5°) pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe; 6°) finalmente, as pessoas encarregadas da guarda do menor. § 1° Quando o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá ir à casa do recém-nascido verificar a sua existência, ou exigir atestação do médico ou parteira que tiver assistido o parto, ou o testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem visto o recém-nascido. § 2º Tratando-se de registro fora do prazo legal o oficial, em caso de dúvida, poderá requerer ao Juiz as providências que forem cabíveis para esclarecimento do fato. Comentários ? falta – significa a não identificação, morte ou local desconhecido da mãe ou parentes desta. Pela ausência de sanção legal limitou-se o legislador a estabelecer uma ordem de prioridade. Não é preciso que tal pessoa demonstre tal falta ou impedimento. Tendo o oficial motivo para duvidar da declaração, poderá: - ir à casa do recém-nascido,para verificar sua existência; - exigir atestação do médico ou parturiente que houver assistido o parto; - Testemunha, por escrito (02 pessoas) que tiveram visto o recém-nascido. O Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 10, prevê que os hospitais e demais estabelecimentos de atendimento à saúde são obrigados a identificar o recém-nascido mediante registro de sua impressão e a impressão de sua mãe. ? Dúvida O oficial ao receber o requerimento formulado antes de encaminha-lo ao juiz para despacho deverá, se for o caso, apontar os motivos que o levaram a duvidar das declarações nele constantes e requerer as diligências que entender necessárias. Cabe ao juiz a apreciação não cabendo recurso. ? Dúvidas do oficial – nacionalidade; local de residência da família ? Testemunhas Limitaram a presenciar a declaração do nascimento, mas sim que atestaram o próprio nascimento. ? Registro Tardio Oficial deve verificar se o registrando consegue se expressar em português e se conhece a localidade em que diz residir. Testemunhas mais idosas que o declarante, evita-se, assim, fraudes. Registro Civil de Pessoas Naturais 22 8. Assento de Nascimento 8.1 Requisitos para o Registro de Nascimento - Art. 54 da LRP: O registro de nascimento indicará: ? Dia, mês, ano, hora e local do nascimento; ? Sexo do registrando; ? Fato de ser gêmeo, quando ocorrer; ? Nome e prenome atribuídos à criança; ? Nome completo, naturalidade, profissão e residência dos pais; ? Idade da genitora, em anos completos, na ocasião do parto; ? Nome completo dos avós paternos e maternos; ? Número da DNV; ? Se for parto domiciliar, nome e qualificação das testemunhas (caso contrário, não há necessidade de testemunhas instrumentárias); ? Declaração de que morreu no ato ou logo depois do parto; ? Testemunhas. Estes dados são indispensáveis para a perfeita identificação e individualização do registro. Atestado de idade, relações de parentesco, presunção júris tantun. Ordem de filiação de outros irmãos do mesmo prenome e o lugar e o cartório onde se casaram, foram revogados pelo art. 5º da Lei nº 8.560/92. As testemunhas são aquelas que presenciaram a declaração do nascimento, ouviram as informações prestadas ao oficial e ao seu preposto e a leitura do assento. São testemunhas instrumentárias, testemunhas do ato e não atestam a ocorrência do nascimento, data, local, etc. ? 8.2 Documentos necessários para o Registro: ? Se o Pai e a Mãe forem casados a mais de cento e oitenta (180) dias (art. 1.596, I), os documentos necessários para proceder ao registro são os seguintes: ? A certidão de casamento e/ou as carteiras de identidade ou outro documento (com foto) que mencione o casamento de quem estiver declarando o nascimento (que poderá ser o pai ou a mãe); ? A declaração de nascido vivo (DNV) fornecida pelo hospital; ? Se o Pai e a Mãe não forem casados ou se forem casados a menos de cento e oitenta (180) dias, poderão comparecer juntos no cartório ou no Posto de Atendimento do Hospital, ou poderá comparecer somente o pai para declarar o nascimento, apresentando os seguintes documentos: Registro Civil de Pessoas Naturais 23 ? Carteira de identidade do Pai e da Mãe (no documento desta, deverá constar o nome completo da mãe e os dos avós maternos da criança); ? A declaração de nascido vivo (DNV) fornecida pelo hospital, onde coincida o nome da mãe. OBS. Art 59 – se, pois, os pais da criança não forem casados, o nome do pai só constará no assento do nascimento se este expressamente o autorizar e comparecer ao auto por procurador ou pessoalmente. Lei 8.069/90, art. 26 e art. 357 CC. 8.3 Não constará do Registro - Art. 5° da Lei 8.560/92: ? Assim não constará no registro: ? Natureza da filiação; ? Ordem de filiação em relação a outros irmãos de mesmo prenome, exceto gêmeos; ? Lugar e Ofício de casamento dos pais; ? Estado civil dos pais; ? Cor do registrado. 8.4 Declaração de Nascimento ? Quanto ao Estado Civil: - Oficial indagará e solicitará a comprovação do declarante; - Pais casados – qualquer um pode comparecer no ato, portando certidão de casamento; O art. 52 da LRP estabelece a ordem para declarar o nascimento de uma pessoa natural. Em virtude da igualdade de direitos entre homens e mulheres, art. 226, § 5º, considera-se derrogada a norma que prescreve a distinção de direitos entre pais e mães. Ou deverão comparecer os dois para declarar o nascimento com a filiação completa. - Caso não – Pai com identidade da Mãe ou ambos; - Apenas com a maternidade estabelecida para menor, oficial indagará a mãe sobre a paternidade – sob pena de averiguação oficiosa - Art. 2° Lei 8.560/92. Art. 2° - Em registro de nascimento de menor apenas com maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e pronome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação. § 1° - O Juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída. § 2° - O Juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de Justiça. Registro Civil de Pessoas Naturais 24 § 3° - No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para devida averbação. § 4° Se o suposto pai não atender no prazo de 30 (trinta) dias a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade. § 5° - A iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. ? Quanto a Capacidade Civil: a) Menor de 16 anos, aquele com deficiência física ou mental que não tiverem discernimento para a prática da declaração e mesmo aqueles que por causa provisória não puderem exprimir sua vontade não poderão declarar o nascimento de seu filho sem a necessária representação que sedará através de institutos do poder familiar ou interdição (curatela). b) Menor de idade relativamente incapaz (art. 4 CC, 16 à 18 anos de idade) poderá declarar o nascimento do seu filho sem assistência dos pais Os que dizem que SIM: - ato personalíssimo; - relativamente incapaz capacidade para testar – art. 1.860, parágrafo único CC, para casar (art. 1.517), para ser testemunha para reconhecer filhos (art. 1.609): 8.5 Pais não casados ou que não incide Presunção de Paternidade – Art. 1.607 à 1.609 CC Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento do filho, a mãe só poderá contestá-la, provando a falsidade do termo, ou das declarações nele contidas. Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I - no registro do nascimento; II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. Parágrafo único. O reconhecimento pode precedero nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. Registro Civil de Pessoas Naturais 25 ? Necessidade de autorização do outro, por escritura pública ou instrumento particular com firma reconhecida; Comparecimento de ambos; Não saber assinar – alguém assinará a seu vago, na presença de 2 testemunhas – Art. 59 LRP. Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento. Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir no lar conjugal sem o consentimento do outro. Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do menor. Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho. Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação. 8.6 Outras formas de reconhecimento: a) por testamento – art. 357 do CC e art. 26 do ECA b) mediante escritura pública – art. 357 CC e arte 26 ECA c) por instrumento público – art. 26 ECA (firma reconhecida e autenticada) d) por instrumento particular (art. 1º Lei 8.560/92) e) por manifestação expressa e direta perante o juiz (art. 1º da Lei 8.560/92) 8.6.1 O reconhecimento do filho havido fora do casamento é irrevogável (art. 1.607 e seguintes) O ato jurídico pode padecer defeito (erro, dolo, ignorância, coação, simulação), neste caso desmembrado o defeito poderá pleitear anulação de reconhecimento, através de medida judicial adequada. Através de ação: - Declaração de inexistência de maternidade ou de paternidade - Investigação de paternidade e maternidade 8.7 Averiguação oficiosa de Paternidade - Lei 8.560/92 – Art. 2° Art. 2° - Em registro de nascimento de menor apenas com maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e pronome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação. § 1° - O Juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída. § 2° - O Juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de Justiça. Registro Civil de Pessoas Naturais 26 § 3° - No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para devida averbação. § 4° Se o suposto pai não atender no prazo de 30 (trinta) dias a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade. § 5° - A iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. ? Procedimentos: ? Termo Informativo de Paternidade remetido ao Juizo do Foro, através de ofício – acompanha certidão de nascimento; ? Juiz manda notificar pai; ? Lavrado termo de reconhecimento, será lavrado a averbação junto ao assento de nascimento da criança; ? Não houver reconhecimento voluntário – autos remetidos ao Ministério Público, para ingresso de Ação de Investigação de Paternidade; ? Tem cunho administrativo ? Não há previsão expressa no CC, então a Lei 8.500/92 foi revogada? Registro Civil de Pessoas Naturais 27 9. Situações Especiais 9.1 Índios - Art. 231 CF: ? Enquanto não integrado à civilização não há obrigatoriedade – Lei prórpia FUNAI; ? Estatuto dos Índios – Art. 13 Lei 6001/73 – Registro administrativo de nascimento e óbito, bem como casamento contraído segundo os costumes – Órgão assistencial; ? Art. 50, § 1° LRP. 9.2 Gêmeos Art. 54 da LRP dispõe como um dos requisitos do assento de nascimento a anotação do fato de ser gêmeo. Nesta hipótese deverá constar ao assento a ordem de nascimento. Prenomes diferentes. 9.3 Registro de Exposto ou Menor Abandonado O menor exposto é aquele entregue por um dos genitores, que se recusa a identificar-se, à instituição de caridade (orfanato) destinado a abrigar menores. O menor abandonado é aquele deixado pelos pais em local público ou de acesso ao público e ali localizado por particular ou agente da autoridade e encaminhado ao Juiz da Infância e Juventude. Todo menor em situação irregular deverá ter seu registro de nascimento, com atribuição de nome, com a atribuição de circunstâncias locais, históricas e pessoais. Compete ao juiz da Infância e Juventude determinar, em medida incidental, a expedição de mandato para o registro de nascimento. O mandato deverá especificar as circunstâncias do registro, para a averbação à margem. Exemplos extraídos do site do Prof. Lamana Paiva MODELO DE REGISTRO DE MENOR EXPOSTO E/OU ABANDONADO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS TERMO DE NASCIMENTO Nº ... Livro Nº A-...- Folha Nº...- No dia vinte e três (23) do mês de julho (7) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade de SAPUCAIA DO SUL, no SERVIÇO DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, compareceu Fulano de Tal (qualificar), e declarou que no dia vinte (20) do mês de junho (6) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade, às vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), nasceu uma criança do sexo masculino, que recebeu o nome de "JOÃO ORQUÍDEA DA ROSA", filho de MANOEL DA ROSA (qualificar sem o estado civil) e de TERESA ORQUÍDEA DA ROSA (qualificar sem o estado civil, incluindo a idade). Sendo avós paternos: PEDRO DA ROSA e JOAQUINA LIMA DA ROSA e, avós maternos: PAULO ORQUÍDEA e JOANA CURIÓ ORQUÍDEA. Registro procedido nos termos dos artigos 110 e seguintes, da Consolidação Normativa Notarial e Registral. Nada mais foi declarado. Do que para constar, foi lavrado este termo, que lido e achado conforme, vai assinado pelo declarante. Eu, João Pedro Lamana Paiva, Registrador, conferi, subscrevo e assino. Declarante João Pedro Lamana Paiva - Registrador Emolumentos:Nihil-De acordo com a Lei número 9534/97. Registro Civil de Pessoas Naturais 28 ? Menor em situação irregular – ECA – Juiz da Infância e Juventude ordenará – lavratura mediante cumprimento de ordem judicial; ? Atribuição de nome e prenome a este menor – Atribuição para Mandado Judicial Certidão de inteiro teor; ? Arts. 61 e 62 LRP (revogados ECA). 9.4 Natimorto Art. 53. No caso de ter a criança nascido morta ou no de ter morrido na ocasião do parto, será, não obstante, feito o assento com os elementos que couberem e com remissão ao do óbito. § 1º No caso de ter a criança nascido morta, será o registro feito no livro "C Auxiliar", com os elementos que couberem. § 2º No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos, o de nascimento e o de óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas. A criança nascida “morta” – há o aborto, isto é, a morte do feto no ventre materno e após isso a sua expulsão. Nascimento sem vida – Livro “C” auxiliar – aborto Art. 2º , 1.779, 1.798 e 1.799 CC Nascimento com vida– Livro “A” No caso de nascimento sem vida será lavrado apenas a ocorrência do aborto. Se, porém, a criança nascer e falecer após o parto, serão lavrados os dois assentos: certidão e óbito, nos respectivos livros, com anotações recíprocas. MODELO DE AVERBAÇÃO À MARGEM DO TERMO AV-1 - Procede-se a esta averbação para ficar constando que o registro foi realizado em virtude de Mandado Judicial datado de vinte e dois (22) de julho (7) de dois mil e quatro (2004), assinado pelo Exmo. Sr. Dr. ..., Juiz de Direito desta Comarca, por se tratar de MENOR EXPOSTO, encontrado no pátio da casa do declarante, ao lado de uma flor, vestindo um macacão vermelho com o emblema do Sport Club Internacional, com uma touca e sapatinho de lã brancos. Nada mais constava. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2004. Eu, Beltrana de Tal, escrevi e assina o Registrador: João Pedro Lamana Paiva. MODELO DE CERTIDÃO DE REGISTRO DE MENOR EXPOSTO E/OU ABANDONADO CERTIDÃO DE NASCIMENTO CERTIFICO que se acha registrado nesta Serventia, no Livro de Registro de Nascimento de número ..., folha ..., sob o número ..., o assento de nascimento de "JOÃO ORQUÍDEA DA ROSA", do sexo masculino, nascido no dia vinte (20) do mês de junho (6) do ano de dois mil e quatro (2004), nesta cidade, às vinte horas e trinta minutos (20h.30min.), filho de MANOEL DA ROSA e de TERESA ORQUÍDEA DA ROSA. Sendo avós paternos: PEDRO DA ROSA e JOAQUINA LIMA DA ROSA e, avós maternos: PAULO ORQUÍDEA e JOANA CURIÓ ORQUÍDEA. O referido é verdade e dou fé. Sapucaia do Sul, 23 de julho de 2004. João Pedro Lamana Paiva Registrador Emolumentos:Nihil-De acordo com a Lei número 9534/97 (1ª via). Registro Civil de Pessoas Naturais 29 9.5 Parto Domiciliar Parto ocorrido fora da unidade hospitalar e sem assistência médica, assento terá a presença de 02 testemunhas – art. 54, § 9º LRP e art. 52, § 1º LRP. 9.6 Declaração de nascido vivo - Formulário Padrão do Ministério da Saúde em 3 vias; - Exigência para crianças menores de 01 ano, 11 meses e 29 dias de vida; - Nascimento domiciliar o registro deverá emitir DNV para crianças menores de dois anos; - Procedimento – constar no assentamento a informação que houve apresentação de DNV e o seu número. Registro Civil de Pessoas Naturais 30 10. Nome 10. 1 Conceito Ao lado da proteção à integridade física, o Código Civil trata das disposições acerca da identidade pessoal, que se define como “o direito que tem a pessoa de ser conhecida como aquela que é e de não ser confundida com outrem”, regulando, deforma expressa, o direito ao nome. A partir desta citação e considerando que adotamos a forma composta, prenome somado ao patronímico (artigo 16 do Código Civil), o nome, além de integrar a personalidade, é modo de individualização da pessoa e indicação de sua origem familiar. O art. 54 da LRP enumera os itens que devem conter no assento de nascimento e no item 4, fala-se em nome e o prenome. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido do nome do pai, e na falta, o da mãe. (art. 55 LRP) 10. 2 Dúvidas ao Registar o nome Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente (art. 198 e 296 do LRP) Processo de dúvida tem natureza administrativa. Nomes e tradução – recomenda-se a grafia correta: Dienifer – não, mas sim Jennifer, Uélinton, ao invés de Wellington 10. 3- Possibilidade do nubente acrescentar o nome ao de outro Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. § 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro Remomendação aos pais no momento do registro dos filhos é que seja seguida a mesma composição de sobrenomes escolhidas quando houver a adoção do sobrenome de um pelo outro no casamento civil. 10. 4 Princípio da imutabilidade do nome A imutabilidade do nome é um princípio de ordem pública. Entretanto tal princípio não é absoluto. Procura-se evitar que a pessoa natural mude seu nome, seja por mero capricho, ou por má-fé, o que poderá ocorrer prejuízos a terceiros. Porém há execeções art. 56 e 57 da LRP: “Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.” Registro Civil de Pessoas Naturais 31 Alteração de nome até um (01) após completada a maioridade. Até 01 ano após a maioridade, o (a) interessado poderá requerer junto ao próprio Cartório onde foi registrado (a) a alteração de seu nome, o que significa, por exemplo, incluir sobrenome da mãe que não foi aposto momento do registro, não podendo por esta forma mudar prenome e suprimir sobrenomes . É necessário juntar ao requerimento cópia reprográfica autenticada da certidão de nascimento, devendo o requerimento estar com firma reconhecida. (Modelo retirado: http://www.cartorioamericana.com.br/menu.htm) Nos casos acima, embora o requerimento seja apresentado no próprio Cartório , a averbação solicitada só será feita após manifestação do representante do Ministério Público e autorização do Juiz de Direito Corregedor Permanente. Há limites desta alteração protegendo os apelidos de família que não poderão ser alterados. O sobrenome caracteriza a pessoa como parte de um grupo familiar dentro do meio social em que vive. Nestes casos não basta somente o pedido formulado diretamente ao Oficial de Registro onde se acha lavrado o resgisto de nascimento. Procede-se a ação de retificação de registro de acordo com as normas processuais. 10.5 Nome da viúva Com a morte de um dos cônjuges, dissolve-se a união conjugal, podendo a viúva permanecer ou não permanecer com o nome de família do de cujus. Entretanto, a vuíva ao renunciar ao uso do sobrenome do marido falecido, retornando ao seu nome de solteira será determinada a retificação mediante à margem do seu assentamento de casamento bem como de seu nascimento, em consequência volta-se ao nome de solteira. Será o procedimento feito através de autorização judicial (art. 40 LRP) não podendo o oficial do RCPN alterá-lo imediatamente ou por interesse das partes. 10. 6 Os arts. 57 e 58 da LRP “Art. 57 - Qualquer alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandato e publicando-se a alteração pela imprensa. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO CORREGEDOR PERMANENTE DO OFICIAL DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE ___________________ Nome: __________________________________________________, Nacionalidade __________________,estado civil ________________, Profissão ______________documento de identidade _____________, CPF do MF _______________, endereço______________________ ________________________, vem respeitosamente pelo presente , requerer que seja averbado no registro de nascimento de seu filho(a): _____________________________________, lavrado no Oficial do Registro Civil desta cidade sob número _______, fls.____,livro A ____, Que em virtude de seu casamento com o pai da criança, passou à Chamar-se ______________________________________________, Conforme certidão de casamento anexa. Nestes termos, P. Deferimento ______________,___de _______________de2____ ____________________________________________ Registro Civil de Pessoas Naturais 32 § 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma comercial registrada ou em qualquer atividade profissional. § 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o patronímico de seu companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das partes ou de ambas. § 3º O juiz competente somente processará o pedido, se tiver expressa concordância do companheiro, e se da vida em comum houverem decorrido, no mínimo, 5 (cinco) anos ou existirem filhos da união. § 4º O pedido de averbação só terá curso, quando desquitado o companheiro, se a ex-esposa houver sido condenada ou tiver renunciado ao uso dos apelidos do marido, ainda que dele receba pensão alimentícia. § 5º O aditamento regulado nesta Lei será cancelado a requerimento de uma das partes, ouvida a outra. § 6º Tanto o aditamento quanto o cancelamento da averbação previstos neste artigo serão processados em segredo de justiça. § 7o Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime, o juiz competente determinará que haja a averbação no registro de origem de menção da existência de sentença concessiva da alteração, sem a averbação do nome alterado, que somente poderá ser procedida mediante determinação posterior, que levará em consideração a cessação da coação ou ameaça que deu causa à alteração. “ Vejamos que a Lei também excepcionando o princípio da imutabilidade, diz que qualquer mudança posterior de nome, só por motivo justo, igualmente com apreciação judcial e fiscalização do MP, ficando a cargo do julgador a admissão ou não pretendida. Vejamos algumas situações: - A adoção do nome do companheiro também é permitido desde que não sejam casados e existe impedimento legal para o casamento. - A alteração do nome ou prenome em razão de coaçãoou ameça decorrente de colaboração ou apuração de crime, conforme a Lei de Proteção às testemunhas (Lei 9.807/99) - Verificação de homonímia “Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público” Registro Civil de Pessoas Naturais 33 Admite-se hoje a utilização dos nomes públicos notórios desde que eles não sejam proibidos em Lei. Possibilidade de mudança de nome por transexuais – ponto polêmico “A Justiça do Rio decidiu: Roberta Close, 40 anos, é mulher ! Em sentença de primeira instância proferida no último dia 4 de março de 2005, pela 9ª Vara de Família do Rio e publicada anteontem em Diário Oficial, a juíza Leise Rodrigues de Lima Espírito Santo reconhece que "Luís Roberto Gambine Moreira nasceu com quase todas as características femininas, mas devido às restrições da Medicina na época foi equivocadamente identificado e registrado como homem". Luís Roberto Gambine Moreira realizou a cirurgia para mudança de sexo em 1989. Três anos depois, teve autorização da Justiça para tirar os documentos com o novo nome, apesar de no item sexo vir "feminino (operado)". A mudança no sexo foi negada em 1997 pelo STF, ao deferir recurso interposto pelo Minístério Público. Isso levou Roberto(a) a mudar o pedido. Em vez de alterar o sexo, solicitou - em nova ação - o reconhecimento como mulher, o que ocorreu agora. Na quinta-feira passada, com base num mandado judicial - expedido independentemente do trânsito em julgado da sentença - uma nova certidão foi emitida pelo cartório da 4ª Circunscrição do Rio de Janeiro. A certidão refere que, em 7 de dezembro de 1964, uma criança do sexo feminino, nascida na Beneficência Portuguesa, recebeu o nome de Roberta Gambine Moreira. Com este documento em mãos, a modelo já pode tirar todos os demais documentos, como carteira de identidade, CPF e passaporte. Em qualquer um deles, ela será qualificada como do sexo feminino. Na sentença da 9ª Vara de Família, baseada nos pareceres de especialistas médicos, a juíza escreve então que “o progresso da ciência deve ser acompanhado pelo direito, pois o homem cria, aplica e se sujeita à norma jurídica, da mais antiquada e obsoleta à mais avançada e visionária”. Desta forma, explicou o advogado da modelo, Leandro Paiva de Medeiros, a cirurgia pela qual sua cliente foi submetida em 1989, na Inglaterra "fica reconhecida como apenas corretiva desse problema físico". Até então, era considerada uma operação para a mudança de sexo.” 10.7. Erros de grafia “Art. 110. A correção de erros de grafia poderá ser processada no próprio cartório onde se encontrar o assentamento, mediante petição assinada pelo interessado, ou procurador, independentemente de pagamento de selos e taxas. § 1º Recebida a petição, protocolada e autuada, o oficial a submeterá, com os documentos que a instruírem, ao órgão do Ministério Público, e fará os autos conclusos ao Juiz togado da circunscrição, que os despachará em quarenta e oito horas. § 2º Quando a prova depender de dados existentes no próprio cartório, poderá o oficial certificá-lo nos autos. Registro Civil de Pessoas Naturais 34 § 3º Deferido o pedido, o edital averbará a retificação à margem do registro, mencionando o número do protocolo, a data da sentença e seu trânsito em julgado. § 4º Entendendo o Juiz que o pedido exige maior indagação, ou sendo impugnado pelo órgão do Ministério Público, mandará distribuir os autos a um dos cartórios da circunscrição, caso em que se processará a retificação, com assistência de advogado, observado o rito sumaríssimo.” Pode ser solicitada quando uma letra foi lançada no registro de forma diferente da constante no documento que lhe deu origem. Deverá ser apresentado requerimento do interessado para a correção junto ao Cartório do Registro Civil onde o registro foi lavrado, instruído com cópias autenticadas da certidão extraída do assento a ser corrigido e do documento que o originou. A correção será feita na margem direita do assento. Aqui, será dispensado advogado. Recebido a prova que fundamente a correção pretendida, o mesmo será protocolado e será encaminhado para as vistas do Ministério Público e, após, os autos conclusos ao Juiz de Direito. Deferido, o pedido, averba-se a retificação à margem do registro e arquiva-se no próprio Ofício. Se o erro não for simples erro de grafia, mas envolva retificação de outros dados registrais, o processo se instaura no foro judicial, perante o juízo do domicílio do interessado ou do lugar em que estiver o sujeito domicílio. 10.8 Alteração do sobrenome da mãe em virtude de casamento: Quando por ocasião do registro de nascimento os pais não forem casados entre si e vierem a se casar depois e a mãe adotar o sobrenome do pai, poderá ser requerido diretamente ao Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais em que foi lavrado o assento de nascimento, a alteração do sobrenome materno mediante apresentação da certidão de casamento, cuja cópia autenticada será anexada ao pedido. (Modelo retirado: http://www.cartorioamericana.com.br/menu.htm) EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO CORREGEDOR PERMANENTE DO OFICIAL DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS DE _____________________________________
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