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A LUTA PELO DIREITO

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A LUTA PELO DIREITO
Rudolf Von Jhering, nasceu em Aurich, no ano de 1818, foi um grande jurista alemão, e era defensor do positivismo e influenciou o pensamento de vários juristas em diversos países. Formou-se em Direito pela Universidade de Berlim de 1843, aos 25 anos. Teve grandes obras publicadas, entre elas “A Luta pelo Direito” em 1872, e “A Finalidade do Direito” em 1877. Morreu em 1892.
Em sua obra “A luta pelo Direito”, Rudolf mostra que a “meta da lei é a paz” (pág. 1), e que a única forma de alcançar isso é a guerra. E que, não apenas um ideal, o direito possui uma autoridade plena e que apenas se sustenta após o equilíbrio entre a balança e a espada, onde “ a espada sem a balança seria pura força, a balança sem a espada seria a impotência da lei. A balança e a espada têm que andar juntas, e o estado e da lei só é perfeito quando o poder em que a Justiça carrega a espada está igualado pela habilidade com que ela segura a balança.” (pág. 1 e 2)
No decorrer da obra, o autor define a existência de duas gerações de direito. A primeira é o direito objetivo, referindo-se ao ordenamento jurídico que são as normas estabelecidas pelo Estado. Já a segunda geração é a do direito subjetivo, ou seja, o poder conferido a um indivíduo para agir ou não a fim de proteger seus próprios interesses. Ao longo de sua obra, esclarece que a luta se mantém como parte fundamental nos dois sentidos, ainda que haja controvérsias sobre o direito subjetivo.
Segundo o autor, o individuo que tem seus direitos lesados, tem duas opções de escolha a fazer. A primeira é lutar pelo seu direito que ora foi atingido. A outra opção é abrir mão da luta. Ao lutar pelo direito, o individuo está “promovendo a luta”, ao não fazer isso estará trucidando o direito. Rudolf entende que esta ultima opção é contra a essência do próprio direito, pois prefere a fuga ao combate diante a falta de justiça.
Para Rudolf Von Ihering a luta pelo direito resume-se em um dever que o indivíduo tem consigo próprio e para com a sociedade. Ao defrontar pelo o seu direito particular, o cidadão está também defendendo o de seu povo, ou mesmo, sua nação; assim também o contrário. Todo homem deve lutar contra a arbitrariedade por uma questão não só moral, mas também social, assim será exemplo aos demais e aumentará o resguardo do direito da sociedade, que tem por base o trabalho incessante de todo o povo e do conjunto de instrumentos público do país.
De grande valia não só para os estudantes da área jurídica, esta obra traz com grande precisão e fundamentos a importância da luta pelo direito, e a sua considerável incidência, não só no âmbito dos direitos pessoais, como de toda coletividade. Texto de fácil compreensão, mas de uma riqueza linguística imensurável, a Luta pelo Direito é uma obra crucial para que possamos entender o real valor do Direito na sociedade em que vivemos.
CRÍTICA DA OBRA COM RELAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO DO DIREITO BRASILEIRO
Como define Hely Lopes Meirelles, “a legalidade, como princípio de administração, significa que o administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso”. Em “A Luta pelo Direito”, Ihering traz a importância da Lei, desde a sua criação, até a sua utilização diante dos conflitos da sociedade. Do mesmo modo é na Administração Pública, pois, por ter como um dos princípios fundamentais a legalidade, a mesma deve está sempre em consonância com a Lei Maior. 
É notória na obra de Rudolf, a importância que cada individuo tome a iniciativa de ir atrás de seus direitos, quando os mesmos forem lesionados. E que, que a defesa do direito, longe de ser apenas uma atitude meramente individual, é um dever do homem para com a sociedade. Podemos ver claramente essa importância do interesse social no Principio da Supremacia do Interesse Publico, onde traz a supremacia do interesse publico (do todo), em detrimento do interesse individual. E é justamente o que Rudolf defende: a importante e árdua tarefa de defender seus direitos não tem importância apenas para o individuo, mas para a sociedade como um todo. 
É justamente nesse ponto onde ele traz o direito objetivo e o subjetivo, onde o indivíduo ao defender esse direito subjetivo, estará defendendo também a lei, ou seja, lutando pelo direito na porção – no todo - em que seu direito pessoal está inserido.

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