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Gestão e fiscalização de contratos Tal realidade de indefinições e atribuições da figura do gestor e a do fiscal, no que se refere à execução contratual é, de acordo com Antonieta Pereira Vieira, fator que propicia a má-utilização do dinheiro público, mediante a falta de acompanhamento dos contratos, de forma eficiente e eficaz, acentuada pela grande quantidade de atribuições a serem desenvolvidas nesse acompanhamento e fiscalização. Em tal função de acompanhamento e fiscalização de contratos, a Administração deve orientar o gestor/fiscal a diferenciar os contratos de serviços que envolvam mão-de-obra daqueles contratos que não a envolvam, uma vez que o acompanhamento da execução contratual de um serviço com disponibilização de mão-de-obra exige da Administração uma série de providências em relação aos custos da mão-de-obra inseridos na planilha. O gestor/fiscal deve conhecer a fundo o seu contrato, para que nenhum controle passe despercebido. Os procedimentos a serem seguidos no caso de contratos que envolvam mão-de-obra são diferentes daqueles seguidos com contratos de prestação de serviços. Apesar de cada instituição ter seu procedimento de rotina de processo diferente, de maneira geral, o gestor/fiscal de contratos tem como uma de suas atribuições a de organizar e analisar o processo de solicitação de pagamento , que começa com a correspond6encia da contratada, sem o prejuízo de também haver análise desse fator por parte da área financeira. Qualquer descuido no processo de pagamento, quando não detectado pelo gestor ou pelo setor financeiro, acarretará em débito para o ordenador de Despesas, que autoriza o pagamento mediante parecer do gestor/fiscal do contrato, após regular liquidação da despesa. Manter tal processo de gestão organizado é dever do gestor. O artigo 67 da Lei 8.666/93, em seus dois parágrafos, nos mostra que a execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração Pública e deve ser especialmente designado por esta, sendo permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. Tal representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário para a regularização das faltas ou defeitos observados. As decisões e providências que ultrapassarem a sua competência devem ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para que haja a adoção de medidas convenientes. Essa pessoa precisa ter conhecimento técnico sobre o assunto concernente aos contratos analisados, deverá ter uma ação pró-ativa, deve ela acompanhar todos os contratos administrativos, acompanhamento esse que requer conhecimentos acerca de processos de planejamento e orçamento, execução orçamentária e financeira e acompanhamento e fiscalização pelos órgãos de controle interno e externo. No artigo 68 da Lei 8.666/93, tem-se a menção da figura do preposto, que representa o contratado. Tal pessoa será indicada pelo contratado e deve ser alguém aceito pela Administração. Deve ela estar no local da obra ou do serviço a ser prestado. Deve essa pessoa ter iniciativa, grau de escolaridade compatível, ser flexível, ter bom relacionamento na empresa com seus superiores, com os empregados e com a instituição, deve ser prestativo, pró-ativo e deve saber lidar com críticas. Esse preposto será a pessoa indicada pela empresa contratada, sendo o elo entre o contratante e o contratado, para que as ordens não sejam dadas diretamente pelos servidores da Administração aos empregados terceirizados, evitando a relação de subordinação. As funções inerentes à gestão do processo de contratação e a fiscalização da execução de serviços deveriam ser executadas por servidores distintos, mas o que se vê na prática é que somente uma pessoa acumula essas duas tarefas, e isso, acaba comprometendo tal trabalho. Comumente, um único servidor é responsável por todos os segmentos do processo, não tendo, dessa forma, condições de acompanhá-lo de acordo com o que pedem as normas legais, sendo, muitas vezes, somente um atestador de notas fiscais. Seu trabalho envolve muita responsabilidade e deve ter uma postura de administração gerencial, voltada para resultados. Esse servidor deve ser capacitado, participativo, criativo, pró-ativo, assumindo todos os seus atos de forma responsável. Caso tal servidor não se sinta capacitado para tal, deve ele solicitar à sua chefia imediata a sua capacitação, que deve ocorrer pelo menos uma vez ao ano, de acordo com o disposto no artigo 3º do Decreto número 5.507, de 23 de fevereiro de 2006. screenshot.1 screenshot.2 screenshot.3 screenshot.4 screenshot.5 screenshot.6 screenshot.7 screenshot.8 screenshot.9 screenshot.10 screenshot.11 screenshot.12 screenshot.13 screenshot.14 screenshot.15 screenshot.16 screenshot.17 screenshot.18 screenshot.19 screenshot.20 screenshot.21 screenshot.22 screenshot.23 screenshot.24 screenshot.25 screenshot.26 screenshot.27 screenshot.27 screenshot.28 screenshot.29
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