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Aula 7 Campanhas comunicacionais e opiniao publica

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INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA
Aula - CAMPANHAS COMUNICACIONAIS (MASSIVAS) E A OPINIÃO PÚBLICA
REFERÊNCIAS:
BUCCI, Eugênio. Brasil em tempo de tv. 3. ed. São Paulo: Boitempo, 1997.
BRITTOS, Valério C.; GASTALDO, Édison. Mídia, poder e controle social. Alceu, v.7, n. 13, p. 121-133. jul/dez. 2006. Disponível em:<http://revistaalceu.com.puc-rio.br/media/alceu_n13_Brittos%20e%20Gastaldo.pdf>.
CHOMSKY, Noam. Controle da mídia: os espetaculares feitos da propaganda. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2003�. 
→ Sabemos que o ser humano se constrói a partir das relações que ele vai estabelecendo no espaço de sua existência. Nos dias de hoje, contudo, principalmente a partir dos últimos 30 anos, pode-se dizer que existe um novo personagem dentro de casa, que está presente em nossas vidas e com quem nós mais estamos em contato.
→ A mídia não é apenas portadora e disseminadora de informações, seu papel central na sociedade como formadora de opinião pública a tornou também central na construção da imagem e das compreensões que as pessoas fazem da realidade cotidiana. → Isso porque, os enquadramentos dados pela mídia, a forma como a informação é selecionada e editada, ou até suprimida, tende a ser a única ponte entre milhares de pessoas.
→ Não deveríamos, feliz ou infelizmente compreender a televisão apenas como mera transportadora de conteúdos. → Uma simples passagem entre emissor e receptor. → Mas, pensar como esses meios de comunicação propiciam constituir e conformar o espaço público. → Nesse sentido, por muito tempo (e ainda talvez, mas com menor intensidade) a televisão foi (é) o espaço público brasileiro que, reiterando, começa a termina nos limites postos pela televisão. → A TELEVISÃO TORNOU-SE O PRINCIPAL RESPONSÁVEL POR UNIFICAR, NO PLANO IMAGINÁRIO, UM PAÍS (relembrar as aulas de História da Comunicação).
A televisão consolidou, com suas novelas, seus noticiários e seus programas de auditório, os TREJEITOS e GESTOS apaixonados nas cidades do interior, o modo de vestir, de olhar ou não olhar para o vizinho (Eugênio Bucci).
→ É claro, não podemos esquecer que o sujeito não é um mero ser passivo. Ele se apropria do conteúdo, mediante seu contexto sociocultural, mas também, OS INDIVÍDUOS PODEM APROPRIAR-SE DAS FORMAS SIMBÓLICAS PRODUZIDAS DE MANEIRAS DIVERSAS ÀQUELAS PARA AS QUAIS FORAM PENSADAS.
→ As telenovelas, por exemplo, que propiciam colocar em discussão pública assuntos da e para a sociedade. RESPONSÁVEIS POR INVENTAR E CONSOLIDAR O REPERTÓRIO DA VIDA PRIVADA BRASILEIRA. → Como exemplo, temos a telenovela Rei do Gado que propiciou colocar em ampla discussão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem TERRA – MST. Adendo: A TELENOVELA FALOU MAIS SOBRE A LUTA PELA TERRA NO BRASIL DO QUE TODO O TELEJORNALISMO (ATÉ A ÉPOCA) BRASILEIRAO REUNIDO (BUCCI). → Além disso, a ficção sensacionalista acaba fornecendo solução para problemas da vida real, soluções que depois passam a figurar na demagogia política.
→ Publicidade e a venda de atitudes adequadas → Aqui entra em cena o papel desempenhado pelo sistema da mídia, como um importante ator discursivo, propositor de definições da realidade. → É comum ouvir dizer que a publicidade aliena as massas, manipula mentes, condiciona comportamentos, etc. Afinal:
O tempo e o espaço limitados dos anúncios publicitários fazem com que eles necessitem utilizar representações extremamente claras e com a menor ambiguidade possível, de modo a permitir a leitura rápida e a compreensão imediata por parte do público-alvo.
→ De fato, a busca da “persuasão” do público faz parte do discurso publicitário, definido por Lagneau como sendo a defesa pública de um interesse privado.
→ Pensar a discussão do papel das mídias como agentes de controle social, em dois pontos específicos: a publicidade e o jornalismo. → Os autores adotam essa empreitada investigativa, pois observam a mídia e suas tecnologias como os lugares por excelência condutores e provocadores da cristalização de uma sociedade marcada pelas relações de poder desiguais, atuando como dinamizadoras do controle social. Sendo assim, os meios de comunicação são compreendidos em duas grandes acepções:
De um lado, os meios de comunicação distribuem uma cultura (que é industrializada e incorporada aos moldes capitalistas) que tende a reforçar os limites da sociedade de consumo, o que implica em condutas que atendam aos interesses do poder, já que marcadas por um controle social.
De outro lado, as tecnologias midiáticas espalham-se pelos mais diversos espaços, passando a integrar a sociabilidade, vendendo posturas definidas como adequadas e confirmando lógicas que podem acabar sendo introjetadas pela subjetividade.
As dez estratégias de manipulação da mídia...
Chomsky, linguista e filósofo estadunidense, elaborou a lista das dez estratégias de manipuação através dos meios de comunicação. → Para o autor, foi por volta das décadas de 1980 e 1990 que se elaborou toda uma estratégia de manipulação dos povos por meio dos meios de comunicação, facilitando assim o controle da opinião pública, que acabaram por conduzir os rumos sociais a partir dos interesses econômicos (principalmente das empresas de comunicação. Lembrar dos Grupos de Interesse também).
A estratégia da distração - o elemento primordial do controle social
Consiste em tirar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças ditadas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do “dilúvio” de distrações e de informações insignificantes. → “Manter o público distraído, longe dos verdadeiros problemas sociais, seduzidos por temas sem importância real.
Criar problemas e depois oferecer soluções
Esse método também é chamado “problema – reação - solução”. Cria-se um problema, uma situação prevista para causar determinada reação no público, para que ele mesmo seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. → Por exemplo, criar uma crise econômica para que o retrocesso dos direitos sociais e a destruição dos serviços públicos sejam aceitos como um mal necessário.
A estratégia da gradação
Para que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 80 e 90 (no Brasil, na década de 1990 a ênfase na privatização). 
A estratégia de atrasar a realização de algo
Outra maneira de impor uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, em determinado momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um imediato. Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Depois porque o público, a massa tende a esperar ingenuamente que “as coisas vão melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido será evitado. Dessa forma, acostuma-se com a idéia da mudança e ela é aceita, com resignação, quando chegar o momento.
Dirigir-se ao público como crianças (como criaturas de pouca idade)
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes perto da debilidade, como se o espectador fosse uma criança ou um deficiente mental.
Utilizar mais o aspecto emocional que a reflexão
Essa é uma técnica clássica para causar um curto-circuito na análise racional e no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos, compulsões ou induzir comportamentos.
Manter o público ignorante e medíocre
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controlo e escravidão.
Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.
Reforçar a autoculpabilidade
Fazer o indivíduo crer queé somente ele o culpado pela sua desgraça porque não é inteligente, é incapaz e não se esforça. Assim ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, a pessoa se autodesvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo efeito é a inibição de sua ação. E sem ação não há revolução.
Conhecer o indivíduo melhor que ele mesmo
Nos últimos 50 anos, o avanço acelerado das ciências gerou uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles utilizados pelas elites dominantes.
� Sinopse facilitadora. Disponível em:<� HYPERLINK "http://www.forumseculo21.com.br/paginas/0313_sec_21_(pag.10).pdf" �http://www.forumseculo21.com.br/paginas/0313_sec_21_(pag.10).pdf�>.

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