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Aula 9 Movimentos sociais midia democracia

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INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA
AULA – MOVIMENTOS SOCIAIS, MÍDIA E DEMOCRACIA
Referências
DOWNING, John D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
HENRIQUES, Márcio Simeone. Ativismo, movimentos sociais e relações públicas. In: KUNSCH, Margarida M. Krohling; KUNSCH, Waldemar Luiz (orgs.). Relações públicas comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus Editorial, 2007. Disponível em:<https://books.google.com.br/books?id=2WTflkEA3YAC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false>.
Ativismos, movimentos sociais e as opiniões....
→ Os movimentos sociais têm constituído uma questão desafiadora para as ciências sociais na atualidade. → As formas de ação coletiva propiciaram colocar esses movimentos em posição central no processo político. → Alguns pontos chamamos a atenção, ao falarmos dos "novos movimentos sociais" emergentes após a segunda metade do século XX, destacando-se:
ampliação do leque do exercício da cidadania, oriundo de contingentes populacionais outrora excluídos da participação e da vida política;
pluralidade de movimentos emergindo nos cenários urbanos, ampliando sua representatividade social, ao mobilizar maiores parcelas da população;
substituição de ações fragmentadas dos diversos movimentos, por ações em redes de solidariedade.
→ Dando especial atenção ao papel desempenhado pela comunicação nesse processo de engajamento dos movimentos sociais. → Ao futuros profissionais - de comunicação - cabem ficar alerta acerca das diversas formas de comunicação estratégica que movimentos sociais e projetos mobilizadores em geral traçam para conquistar legitimidade e adesão. 
Os novos circuitos de comunicação:
→ Um processo de mobilização social requer o compartilhamento de visões, informações e discursos, o que envolve ações de comunicação em sentido amplo. → Essa amplitude se dá pelo discurso. Contudo, e precisamos nos alertar é de que:
O que nas sociedades altamente midiatizadas se impõe como novidade é o modo como os meios de comunicação alteram as formas de produção e difusão desse discurso e, por consequência, assumem um papel central para a ação coletiva.
→ Alguns movimentos sociais mais expressivos na atualidade, em âmbito nacional ou transnacional, parecem nos fornecer bons exemplos das transformações nas formas de organização e composição de luta, e de como os aspectos ligados à comunicação se tornam proeminentes. → Alguns exemplos:
Greenpeace, pelos menos desde os anos 1970, o ativismo desse grupo utiliza recursos de mobilização da militância para ações espetaculares capazes de chamar a atenção da mídia e garantir exposição e tematização pública de inúmeras questões, no caso, ambientais.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). → Para Maria da Glória Gohn, ao examinar o movimento percebeu que, a visibilidade na mídia não se limita mais a uma preocupação externa aos movimentos, mas passa a ser parte integrante da própria luta, por ser a expressão da cultura e por fornecer bases para a construção de representações.
	IMPORTANTE: A presença da mídia é um fator constitutivo dos movimentos sociais contemporâneos!
→ As características do ativismo contemporâneo e dos novos circuitos de comunicação dos movimentos sociais permitem-nos compreender os processos de geração de estratégias comunicativas em duas grandes dimensões interconectadas
Manutenção de estruturas mobilizadoras horizontais - criação das condições de ação em rede e de coesão entre os atores mobilizados (PARA SABER MAIS, CONSULTAR O CAPÍTULO), e;
Processo de visibilidade da causa, do movimento e seu posicionamento político (QUE ESMIUÇAREMOS A SEGUIR):
→ Essa dimensão está ligada às chances que os movimentos têm de colocar as questões relativas à sua causa na ORDEM DO DIA DA SOCIEDADE, de forma a possibilitar um DEBATE POLÍTICO em torno do problema. → Para isso, precisamos considerar a MÍDIA em POSIÇÃO CENTRAL na arena política, ou por ser o principal canal de acesso dos cidadãos às informações ligadas à sua atuação, tornando a política permanentemente disponível e socializando os cidadãos para participar dos assuntos públicos. → Como também, por ser o principal instrumento de visibilidade de que podem dispor os atores políticos para propor temas para a agenda pública e construção de vontades coletivas.
→ Os movimentos contemporâneos constituem lutas por reconhecimento e visibilidade. → A publicidade das ações de um movimento não é, portanto, fator relacionado apenas a uma necessidade de divulgação para eventual conquista de novos participantes. É também condição para que possam posicionar-se na cena pública como portadores de legitimidade na defesa de uma causa que seja potencialmente justa e de interesse público.
→ As estratégias de relacionamento público dos movimentos sociais devem, considerar a PROMOÇÃO de VISIBILIDADE, por meio do sistema da mídia, um recurso essencial para validar os próprios movimentos como atores importantes na cena política e mostrar força ante os outros atores mais poderosos. → Mas também, ao mesmo tempo, mostra-se importante como veículo de suporte à mobilização, para consolidar a participação dos membros e apoiadores ativos, tendo como exemplo: MBL - Movimento Brasil Livre.
Mídia radical...
→ A partir do exposto até aqui, abordar a ideia de MÍDIA RADICAL, como sugere Downing, ajuda a recolocar essa questão das mídias, entendidas em seu sentido mais amplo, compreendem um complexo intricado de interesses, demandas e respostas, um conflito permanente entre as diferentes forças que as constituem (PROPRIETÁRIOS, PATROCINADORES, TRABALHADORES, CIDADÃOS, POLÍTICOS, MILITANTES), além de envolverem também negociações com os sujeitos representados e com os públicos a que se destinam.
Dessa forma, sem negar a importância das formas hegemônicas de mídia, pode-se afirmar que, quando vinculadas a movimentos sociais autênticos, as mídias radicais colocam em evidência o imenso potencial estético, cognitivo, comunicativo e mobilizador dos meios massivos de expressão.
→ Em se tratando de discussão sobre as mídias, no Brasil, são as próprias mídias hegemônicas que colocam os temas para o debate público. JORNAIS e TELEVISÃO, principalmente, ditam as QUESTÕES que em seguida serão discutidas não apenas, nos lares, bares e escritórios, mas também nos ambientes intelectuais, nas salas de aula, nas publicações e revistas especializadas. → Como assevera o autor, não há nada de errado no fato de as mídias convencionais buscarem impor à sociedade os debates que lhes interessam. O problema para o autor não se instala aí, mas:
Saber por que nos tornamos incapazes de colocar os nossos próprios temas e nos restringimos à tarefa secundária de intervir num debate desencadeado pelas mídias hegemônicas.
→ A PROFUNDA DESIGUALDADE ENTRE AS ABORDAGENS CORRENTES AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, propiciou para Downing, pensar e mobilizar esforço teórico-empírico sobre o conceito de MÍDIA RADICAL. Entendendo-a, como:
A mídia – em geral de pequena escala e sob muitas formas diferentes – que expressa uma visão alternativa às políticas, prioridades e perspectivas hegemônicas.
Uma das razões para dirigir atenção à mídia radical alternativa é preencher uma lacuna bastante significativa. A outra, relacionada com a primeira, porém, mais pragmática do que conceitual, é a urgência do ativismo da mídia diante dos bloqueios da expressão pública.
→ Por mais que as práticas midiáticas radicais sejam oportunas, o autor nos lembra que: 
Embora essencial, o ativismo da mídia radical não é a única resposta necessária – também são vitais as campanhas de alfabetização pela mídia, a crescente democratização dos meios de comunicação, a popularização técnica e científica e o apoio aos profissionais da mídia que lutam para elevar o nível da práticada mídia tradicional.
→ Porque falamos até agora disso? Onde entra a Opinião Pública e a Relações Públicas?
PENSANDO JUNTOS: A necessidade de relacionamento público fez emergir a atividade de relações públicas - estreitamente associada aos grandes interesses do capital privado em busca de legitimação pública, em um cenário de modernização e de emergência de uma opinião pública de massa. → DESSA FORMA, A COMUNICAÇÃO DOS MOVIMENTOS PODE SER CARACTEIZADA COMO UM PROBLEMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS. → Afinal, qualquer tipo de organização contemporânea, como, por exemplo, os movimentos necessitam posicionar-se publicamente e entrar no espaço de visibilidade definido pelo sistema da mídia.

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