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TRAUMA ABDOMINAL TRAUMA FECHADO (contusão) acomete principalmente o baço e fígado. - paciente ESTÁVEL e SEM DOR TC! - paciente ESTÁVEL e COM DOR FAST ou LPD + TC - paciente INSTAVEL REPOSIÇÃO VOLEMICA – melhora? Sim não FAST ou LPD TC se + se – ou piora LAPAROTOMIA Lavado peritoneal diagnostico = insere um cateter no peritoneo e aspira 20mL. Na presença de sangue o exame é positivo. Na ausência de sangue 1000ml de RL é infundido, lavando a cavidade, aspirado e encaminhado para analise bioquímica. É considerado positivo se >100mil hemácias, >500 leucocitos, presença de bactérias, bile ou fibras alimentares USG FAST = realizado na sala de emergência, capaz de analisar a presença de mais de 250ml de liquido livre na cavidade abdominal, pélvica e torácica. TRAUMA DE BAÇO: órgão mais lesado no trauma fechado, por isso deve ser suspeitado em todo o trauma abdominal importante, principalmente quando há fratura de arcos costais esquerdos ou dor subescapular esquerda (sinal de Kehr). A LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA está indicada nos casos de: Instabilidade hemodinâmica Irritação peritoneal Coagulopatia Lesões esplênicas graus IV e V (laceração em vasos segmentares ou hilares desvascularizando mais de 25% do baço e baço pulverizado) Nos casos que não necessitam de laparotomia deve haver internação em UTI por 72h, com repouso absoluto e cateter nasogástrico, além de exames frequentes. Se houver queda do Ht deve ser solicitada nova TC, mas caso não ocorra o paciente é transferido para unidade intermediaria, começa a caminhar e tem sua dieta iniciada. A conduta primordial é a tentativa de preservação esplênica, por sua grande importância no sistema imune. Pacientes esplenectomizados devem receber imunização para prevenir infecções por pneumococo, meningococo e haemophilus influenzae B. TRAUMA HEPATICO: segundo órgão mais acometido no trauma fechado. - LESÕES SIMPLES (80%) – Graus I, II e III – se estável e sem sinais de peritonite – tto conservador com repouso absoluto por 5 dias, sendo os 2 primeiros no CTI. Deve ser feito o acompanhamento do sisnais vitais e hematócrito seriado. É feita uma USG e se forem encontradas alterações deve ser feita uma TC contrastada. Caso o Ht caia o paciente é submetido a nova TC. - LESOES COMPLEXAS (50% dos óbitos) – Graus IV, V e VI (lacerações com rotura parenquimatosa de mais de 75% de um lobo, çesoes venosas justo hepáticas e avulsao hepática) – sangramento profuso – deve ser feita a manobra de Pringle, com o campleamento da veia porta, artéria hepática e colédoco, ao nível do ligamento hepatoduodenal, para diferenciar o sangramento de ramo da veia porta ou artéria hepática (o sangramento para) de sangramento retrohepatico da cava inferior ou veia hepática (sangramento não para). No tto cirúrgico podem ser realizadas diversas técnicas, como sutura, clipe cirúrgico no vaso sangrante, tamponamento com compressas, cirurgia para controle de dano, ressecção. Nas lesões de grau VI é feita uma hepatectomia com anastomose portocava ate que o transplante seja feito no máximo em 36h. TRAUMA RENAL: A hematúria é a manifestação mais frequente do trauma renal. A presença desse sinal somada a historia de contusão em determinadas áreas como flanco abd e região lombar aumenta muito a probabilidade de lesão renal. Podemos encontrar equimoses nesses locais. Em pacientes estáveis hemodinamicamente, deve ser feita a TC contrastada, que também é empregada no estadiamento. Podem ser classificadas como: └ Menores (85%): hematomas subcapsulares, lacerações e contusões corticais. Tto conservador com repouso de 7 dias e antibioticoterapia └ Maiores: dano à via excretora, com extravasamento de urina para o retroperitônio, explosão renal, trombose vascular e avulsão do pedículo. Tto cirúrgico por laparotomia mediana. No paciente instável hemodinamicamente, o diagnostico é intraoperatório. TRAUMA DUODENAL: Retroperitoneal e fixo, o que explica o maior risco quando há deslocamento de energia. Há dor lombar em flancos, irradiando ate o escroto e crepitação no toque retal. Sinal do cinto de segurança – delgado. Peritonite e/ou instabilidade hemodinâmica – diagnostico na laparotomia A radiografia de abdome simples confirma se apresentar ar fora da alça, e na TC abdominal a presença de líquido livre em mais de um quadrante (na ausência de lesão de vísceras maciças) é altamente sugestiva de lesão intestinal. A cirurgia pode ser feita com rafia simples das lacerações ou enterectomia (ressecção de segmento), caso haja acometimento de 50% da circunferência da alça ou presença de várias lesões próximas. *** SANGUE NO MEATO – NÃO SONDA! Risco de lesão ureteral – faz TOQUE RETAL – dificuldade na palpação ou próstata desviada confirmam a lesão! TRAUMA ABERTO: É subdividido em dois grandes grupos: 1. FERIDAS POR ARMAS DE FOGO DETERMINAR O TRAJETO LAPAROTOMIA SE POSSIVEL RX 2. FERIDAS POR ARMA BRANCA FERIDAS NO FLANCO OU DORSO DO ABDOMEN: Se o paciente estiver estável e sem sinais de peritonite deve ser feita a TC de abdome de triplo contraste (IV, oral e retal), que tem alta sensibilidade para identificar estruturas intra e retroperitoneais. SINDROME DE COMPARTIMENTO ABDOMINAL: Ocorre pela elevação da pressão intra abdominal (PIA), que pode ocorrer, nos politraumatizados, por (1) reposição volêmica importante, (2)ascite, (3)hematomas volumosos e (4) presença de compressas de tamponamento. Normal: 5 a 7 mmHg Hipertensão intra abdominal: >12mmHg. SCA: >21mmHg. Inicialmente a pressão intra abdominal aumentada provoca a elevação do diafragma e alteração na dinâmica respiratória, o que altera a relação ventilação/perfusão, podendo levar à hipóxia, hipercapnia e acidose respiratória. Quando os valores chegam a 25 mmHg a veia cava inferior é comprimida, diminuindo o retorno venoso, o que diminui o DC. Esse nível pressórico também aumenta a RVP, reduzindo ainda mais o DC. O aumento da pressão venosa central dificulta a drenagem venosa do cérebro, causando hipertensão intracraniana. O diagnostico é feito por medida direta da PIA, pela medida da pressão intravesical. Tto: - PIA > 20mmHg = uso criterioso de volume e drenagem de coleções intra abdominais. Se houver disfunções orgânicas ou TCE deve ser feita a laparotomia descompressiva. - PIA> 25mmHg sempre há disfunção orgânica = laparotomia descompressiva CIRURGIA PARA CONTROLE DE DANO: Pacientes politraumatizados com lesões abdominais graves necessitam de cirurgias prolongadas e complexas e muitas vezes não tem condições de passar pelas mesmas, por isso é feita essa abordagem: 1) LAPAROTOMIA ABREVIADA para controle de sangramento e infecções (ligadura, tamponamentos, compressas e ressecção ou suturas de lesões orgânicas) 2) FECHAMENTO TEMPORARIO do abd ou PERITONEOSTOMIA (parede abd não é fechada, sendo apenas protegida por barreiras plásticas) 3) Transferência para UTI durante 72h, quando será corrigida hipotermia, distúrbios metabólicos, alterações hemodinâmicas e disfunções na coagulação 4) Retorno ao centro cirúrgico para reparo definitivo das lesões, a REOPERAÇÃO PLANEJADA
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