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FARMACOLOGIA DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Profa Dra Priscila Andrea Farmacologia Animal UniSalesiano – 5º termo Introdução - AINEs • Substâncias não esteroides – inibem a cascata inflamatória • Ação anti-inflamatória, analgésicas e antipiréticas, antitrombótica e antiendotóxicas • Primeiro uso – 1875 – AAS ( ácido acetil salicílico) • 1952 – fenilbutazona – equinos • Reação inflamatória – mecanismo fisiológico proteção • Prostaglandinas – são as principais substâncias - processo inflamatório – responsáveis pelas manifestação clínicas – vasodilatação local (rubor) – aumento da permeabilidade capilar (edema) • PG – quimiotaxia de outras células – mediadores inflamatórios – histamina, serotonina, citocinas, radicais livres, óxido nítrico, neuropeptídeos, sistema de coagulação, sistema complemento ... • Febre – resposta origem central – PG – atuar no hipotálamo – aumenta limiar termorregulatório • Dor – PG – intensificam os estímulos nociceptivos – produzidos por outros mediadores – bradicinina e histamina • Tromboxanos – agregação plaquetas Fisiologia do Processo Inflamatório • Quando a membrana celular é lesionada – peptídeos endógenos são liberados – ativam a fosfolipase A • A fosfolipase A – libera o ácido araquidônico • as enzimas da ciclo –oxigenase – catalisam o AA – biosíntese das prostaglandinas • Existem 2 isoformas da enzima ciclo-oxigenase – COX 1 e COX 2 Fosfolipídios de membrana celular FOSFOLIPASE A2 Ácido araquidônico COX 1 Fisiológica LOX COX 2 Prostaglandinas Tromboxano Prostaglandinas Leucotrienos Mecanismo de Ação dos AINEs Seletividade da ciclo-oxigenase • Ação dos AINes depender com a ligação COX 1 e COX2 COX • COX1 – fisiológica - homestase - Responsável pela produção PG na mucosa gastrointestinal – - manutenção fluxo sanguíneo renal - agregação plaquetária • COX2 – propriedades inflamatórias - Atividades homeostáticas – cicatrização, rim, trato reprodutivo • COX3 – identificada SNC- cães – relação efeito analgésico central produzido pelo AINEs – febre Efeitos Colaterais • PG – tem ação vasodilatadora nos rins – envolvidas na liberação renina e transferência de eletrólitos - Quando AINEs – inibir COX 1 – inibir produção PG – diminuição fluxo sanguíneo renal e filtração glomerular – dano renais - Cuidado com nefropatas - Sempre verificar paciente hidratado • PG – estomago – proporciona sistema tamponamento pelo bicarbonato – atenua a ação corrosiva do ácido clorídrico – ação proteção da mucosa estomago – inibe PG – erosão da mucosa – úlceras - Cuidado pacientes que já apresentem problemas gastrointestinais • Atualmente – pesquisas compostos que atuam preferencialmente COX2 – aumentam a margem de segurança terapêutica • Vários estudos – indicam que a COX2 não esta somente relacionada com o desenvolvimento do processo inflamatório – mas tb é responsável por processos fisiológicos – tecido renal e agregação plaquetária Cuidados com a administração AINEs • Recomendado: - Paciente bem hidratado - Não usar fêmea prenhe – PG envolvida processos fisiológicos da gestação –contração uterina - Cuidado com idosos - Cuidado neonato - Cuidado hemorragia, distúrbios de coagulação - Histórico de problemas gástricos • AINEs – inibe os tromboxonas – agregação plaquetária – causa aumento de sangramentos – coagulação comprometida - Cuidado em pacientes com distúrbios de coagulação - Pacientes sangramentos Classificação AINes • Classificados de acordo com a capacidade de inibição da COX1 e COX 2 1º - inibidores não seletivos – piroxicam, AAS, indometacina, ibuprofeno, paracetamol, fenilbutazona, cetoprofeno, ácido menclofenâmico 2º- inibidores preferencialmente COX2 – meloxicam, carprofeno, nimesulida, etodolac 3º - inibidores seletivos COX2 – coxibes, vedaprofeno 4º - inibidores de COX e lipoxigenase – ação dual - licofelone, tepoxalina 5º - Inibidores de LO – estudos – eficácia - na medicina veterinária Uso clínico • Cirurgias – dor pós-operatória • Edema e inflamação • Distúrbios musculoesqueléticos • Dores abdominais – cólica • Febre • Dores em geral – osteoartrite, oncologia, discopatias Principais AINEs – grupomSalicilatos • Ácido acetilsalicílico – AAS - Ação analgésica (pequena) - Ação anti-inflamatórias (pequena) - Ação antipirética - Inibição da agregação plaquetária – trombos - Não é muito utilizada nos animais – dose baixa – causa efeitos colaterais – úlceras, sangramentos, dano renal - Equinos – prevenção de trombose – doenças naviculares, laminite, doença intravascular disseminada - Humanos – prevenção infarto distúrbios cerebrais - Em gatos – CONTRA INDICADO AINEs – grupo ácido acético • Diclofenaco - Bovinos indicado para tratamento de miosites e artrite não infecciosa - Contra indicado nas outras espécies - Colírios - stillR • Eltenaco - Indicado para equinos – claudicação • Etodolac – (EtogesicR) cães – osteoartrite • Indometacina – contra indicada – todas as espécies AINEs – grupo ácidos propiônicos • Ibuprofeno - Muito utilizado bovinos – mastites e pós- operatório - Não é indicada para uso em pequenos animais • Flurbiprofeno e Suprofeno - Inflamação de origem oftálmica – catarata e glaucoma • Naproxeno – Equiproxen, Flanax - Muito utilizado equinos – miosites - Efeitos colaterais graves em cães - Contra indicado gatos • Carprofeno – Rimadyl, Carproflan - Muito utilizado em pequenos animais - Margem de segurança – COX2 • Cetaprofeno – Ketofen, Profenid - Inibidor dupla ação – COX e LO - Usar no máximo 5 dias - Todas as espécies - Problemas musculoesqueléticos • Vedaprofeno - Quadrisol - Muito utilizado cães e equinos - Lesão tecido mole e lesão musculoesquelética AINEs – grupo ácido aminonicotínicos • Flunixino – meglumina - Banamine - Muito utilizado equinos – cólica, lesão musculoesquelética - Cães e gatos - Choque endotóxico - Bovinos – pneumonia, mastites, artropatias, gastroenterites AINEs - grupo fenamatos • Ácido meclofenâmico – Arquel, Meclomem - Equinos – claudicação, osteoartrite, lesão musculoesqulética • Ácido tolfenâmico – Clotan, Tolfedine, Fenamic - Equinos - Cães – dor crônica - Bovinos AINes - grupo pirazolonas • Fenilbutazona - Equinos – inflamações ósseas, problemas articulares, claudicações, afecções de tecidos moles – baixo custo – pouca margem de segurança - Cães – doenças discos intervertebrais, artrites – cuidado efeitos colaterais - Não pode aplicar IM – dor – liga-se ptn muscular – diminuindo absorção - Cuidado – flebite e necrose – fora da veia - Contra indicado gatos AINes - grupo Oxicans • Piroxicam Não utilizar cães e gatos – efeitos colaterais – doses terapêuticas • Meloxicam - Maxicam Utilizado todas as especies Excelente AINEs Boa margem de segurança Inibe preferencialmente COX2 AINEs – grupo sulfonanilida • Nimesulida - Cães e gatos - Pouco utilizada – relacionada hepatopatias - Inibe preferencialmente COX2 - Mais utilizada em humanos AINes – grupo Coxibes • Inibidores seletivos COX2 • Menor potencial ulcerogênico e nefrotóxico em relação aos outros AINEs • MAS ... Estudos recentes demonstraram que a COX2 esta relacionada a processo inflamatório e tb atua na função fisiológica do parênquima renal • Humanos – aumento da incidência de infartos • Animais – efeitos farmacológicos ainda estão sendo avaliados • Deracoxibe – osteoartrite cães • Firocoxibe – cães – Previcox • Mavacoxib – cães -Trocoxil • Lumiracoxibe – mais potente – humanos – Prexige • Celecoxibe – Celebra • Etoricoxibe - Arcoxia • Rofecoxibe e Valdecoxibe – foram retirados do mercado Outros AINEs • Paracetamol - Muito utilizado em seres humanos - Naldecon, Tylenol - Possui baixa potencia anti-inflamatória - Muito bom analgésico – COX3 cerebral - Excelente ação antipirética - Contra indicada felinos - Cães – muitos efeitos colaterais – necrose hepática aguda – não utilizar • Dipirona - Ação fraca anti-inflamatória - Boa ação antipirética - Analgésico médio – atua COX3 - Cães - Gatos – não ficar repetindo - Bovinos - Equinos – cólicas (antiespasmódicos) - Administração pela via intravenosa – choque anafilático - Intramuscular – formar abscessos Gatos - Cuidado • Metabolismo hepático muito importante para a inativação do AAS e do paracetamol • O AAS – conjugados pelo ácido glicurônico - enzima glicuroniltransferase - gatos baixa concentração dessa enzima – meia vida prolongada acúmulo do fármaco – intoxicação • Dipirona – derivado fenólico – cuidado Gatos – Cuidado • Paracetamol – conversão da hemoglobina em metaglobinemia – não haverá transporte de oxigênio • Outros potência tóxica – fenilbutazona, ibuprofeno, ácido meclofenâmico • Cuidados com intoxicação por AINEs em gatos! Mais AINEs... • Inibidores enzima LO - Medicamentos – mercado humano - Veterinária – ainda em estudos - Montelucaste, Pranlukaste, Tenidape, Zileuton, Timegadina - Animais – Tepoxalina – inibidor dual – cães – Zubrin • Dimetil sulfóxido – DMSO - Via intravenosa ou tópica - Ação anti-inflamatória potente - Anti radicais livres - Propriedades analgésicas - Protege endotélio vascular, aumenta perfusão tecidual - Trauma coluna, trauma cerebral, emergências - Cães e equinos • Glicosaminoglicanos • Sulfato de Condroitina e a Glucosamina - Artroglycan, Condroton, - Alterações articulares – ressíntese cartilaginosa, aumentam o mobilidade - Sulfato de Condroitina e a Glucosamina têm um tropismo para os tecidos articulares e cartilaginosos, onde se liga seletivamente á cartilagem degradada ou lesada, iniciando o processo de regeneração Exemplos de Aines seguros para cães • Carprofeno – Rymadyl* • Mavacoxib - Trocoxil • Dipirona • Firocoxibe – Previcox* • Flunixina Meglunina – Banamine • Cetoprofeno – Ketofen • Meloxicam – Maxicam* • Colírio - Diclofenaco sódico - Still - trometamol cetorolaco - Acular - flurbiprofeno sódico - Ocufen
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