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TCC I

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FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO
 
 CURSO DE DIREITO
SUELY GARCIA DA SILVA
DIREITO DO CONSUMIDOR NO AMBITO DE REPARAÇÃO DE DANOS:
Uma analise da lei 8.078 de 11 de setembro de 1990
PORTO VELHO-RO
2015
SUELY GARCIA DA SILVA
DIREITO DO CONSUMIDOR NO AMBITO DE REPARAÇÃO DE DANOS:
Uma analise da lei 8.078 de 11 de setembro de 1990.
Projeto de pesquisa apresentado como requisito avaliativo-parcial da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I, ministrada pela professora Me. Helena Zoraide Pelacani Almada, do 7° período, do Curso de Direito da Faculdade Interamericana de Porto Velho.
Orientador. 
PORTO VELHO-RO
2015
SUMÁRIO
01 TEMA................................................................................................................................
02 PROBLEMA ....................................................................................................................
03 HIPÓTESES.....................................................................................................................
04 OBJETIVOS......................................................................................................................
4. 1Objetivos Geral.................................................................................................................
4. 1. 2 Objetivos específicos...................................................................................................
5. JUSTIFICATIVAS............................................................................................................
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................
6. 1 CONCEITOS..................................................................................................................
6. 2 CONTEXTUALIZAÇÕA...............................................................................................
6. 3 ASPECTOS LEGISLATIVO..........................................................................................
6 .4 ASPECTOS HISTÓRICOS............................................................................................
6. 5 DIREITO COMPARADO..............................................................................................
7. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO..........................................................................
8. CRONOGRAMA..............................................................................................................
9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA...............................................................................
10. PROPOSTA DE SUMARIO PARA MONAGRAFIA.................................................
TEMA
A instabilidade estrutural na relação de consumo, entre o fornecedor e consumidor, mostra a disparidade de força com que se apresentam no mercado, e o fato de que os produtos imperfeitos não são objetos retirados da natureza, mas fabricados pelo homem, por causa desse desequilíbrio entre fornecedor e consumidor que é importante salientar que o consumidor busque os seus direitos por meios legais que são designados para recepcionar as suas queixas e dar o seu devido encaminhamento. 
2 PROBLEMA
Porque após vinte e três (23) anos de vigência do Código de defesa do consumidor ainda não é possível observar com nitidez o cumprimento de suas exigências no que tange ao respeito pelo consumidor?
3 HIPÓTESES
3.1 O consumidor aceita imposição de fornecedores, por não conhecer seus direitos, podem até ter consciência desses direitos, mas não tem o costume de reclamar e exigir cumprimento da lei;
3.2 Desvantagens técnica e jurídica em face do fornecedor;
3.3 O consumidor é a parte vulnerável na relação de consumo;
3.4 A matriz do problema da não obediência aos ditames legais pode estar relacionado com a falta de políticas de conscientização e democratização da lei.
4 OBJETIVOS 
4.1 Objetivo geral
- Apontar os direitos do consumidor, no âmbito da reparação de danos ao adquirir, bens matérias ou serviços.
4.2 Objetivos específicos
- Elencar as soluções possíveis para a resolução dos conflitos já instalados, de modo a traçar um roteiro em que figurem os institutos aptos a porem termo ao conflito;
- Compreender tipos de responsabilidade do fornecedor;
- Verificar por critério de observação os principais meios pelos quais a população em geral tem acesso ao conhecimento de seus direitos como consumidores, visto ser intrínseco ao bom andamento da paz social o conhecimento por parte do cidadão, em sentido “lato”, que dele necessita. 
- Analisar tipos de responsabilidade por danos. 
 
5 JUSTIFICATIVA
A presente pesquisa baseada em referenciais teóricos com casos concretos buscará abordar, com base na legislação vigente, jurisprudências e doutrinas atualizadas, uma maior compreensão acerca dos direitos do consumidor no âmbito de reparação de danos, partindo da análise da Lei. n. 8.078 de setembro de 1990, buscando compreender tipos de responsabilidade do fornecedor, nas relações de consumo, definidas pelo defeito do produto, bem como a diferença da responsabilidade subsidiária e solidária do comerciante, quando na constatação do defeito do produto, apresentado para o mercado de consumo, quando, como pode e como deve ser aplicada esta responsabilidade. Esse trabalho não tem pretensão de esgotar o tema aqui abordado, não se pretende dar todas as soluções, mas traçar critérios gerais, que servirão de norte para a adequada relação entre fornecedor e consumidor. Tendo em vista os constantes abusos cometidos pelos Sistemas de Proteção ao Crédito, almeja-se com este trabalho verificar em quais os direitos do consumidor no âmbito de reparação de danos.
06 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.1 CONCEITO 
Segundo Pablo Jimene Serrano (2003) o Direito do Consumidor serve principalmente para suprir as insuficiências do Direito Civil, preencher lacunas jurídicas existentes ao se tratar de uma relação de consumo utilizando o Código Civil, lacunas estas, que impedem uma justa proteção do consumidor frente os fornecedores de produtos e serviços. 
Hélio Zaghetto Gama (2000, p.14) também entende que o principal fundamento do Direito do Consumidor é a igualdade. Para ele, o direito do consumidor “decorre dos direitos universais do homem, em que a liberdade do consumidor de poder dirigir-se ao mercado e nele contratar as aquisições de bens e serviços são iguais para todos”. 
6.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
Desde os tempos do Império no Brasil, já se observava uma proteção discreta do consumidor e, para esboçar um breve histórico da civilística brasileira, parece-nos impossível dissociá-lo da história do Direito Português em um primeiro momento, e do Direito Europeu como um todo, em um segundo momento.
Em 1906, nos Estados Unidos, foi elaborada a Regulamentação Para Inspeção de Carne e a Lei de Alimentos e Medicamentos.Em 1927, foi criada a FDA (Food and Drugs Administration), que passou em 1938 a compreender atribuições e competências também do segmento de cosméticos. A atuação do FDA tem repercussão no mundo inteiro, sendo um dos órgãos mais respeitados do mundo. A década de 60 foi o grande marco mundial para os consumidores. Foi no início de 1960 que foi criada a IOCU – International Organization of Consumers Unions, hoje em dia chamada de CI – Consumers International. A IOCU no início era composta por cinco países: Austrália, Bélgica, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. O Brasil atualmente participa da IOCU por meio da Fundação Procon e do IDEC. (ROLIM, 2012).
Em 15 de março de 1962, o ex- presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, encaminhou mensagem ao Congresso Nacional Americano poisadotou os direitos dos consumidores (segurança, informação, escolha e a ser ouvido). Em sua homenagem o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor passou a ser comemorado nessa data. No ano de 1965 foi criada na Malásia a primeira organização de consumidores em países em desenvolvimento – "Selangor and Federal Territory Consumers Association". (ROLIM, 2012).
Já nos anos 1970 Os países menos industrializados passaram a receber um volume grande de informações sobre legislações, movimentos, associações de consumidores etc., em virtude do avanço tecnológico dos meios de comunicação. Consciência acerca da preservação do meio ambiente. Em 1980 a ONU adotou a Resolução 39‐248, que estabeleceu Diretrizes para a Proteção do Consumidor ressaltando a importância da participação dos governos na implantação de políticas de defesa do consumidor.
No Brasil o Código Comercial de 1840, que em seus Artigos 629 e 632 estabeleceu direitos e obrigações dos passageiros de embarcações: "[...] Interrompendo‐se a viagem depois de começada por demora de conserto de navio, o passageiro pode tomar passagem em outro, pagando o preço correspondente à viagem feita. Se quiser esperar pelo conserto, o capitão não é obrigado ao seu sustento; salvo se o passageiro não encontrar outro navio em que comodamente se possa transportar, ou o preço da nova passagem exceder o da primeira, na proporção da viagem andada." (Art.631 "in fine"). (ROLIM, 2012, p.8).
O Código Civil de 1916, embora de feição nitidamente liberal, em seu artigo 1245, também já estabelecia critérios de responsabilidade do fornecedor: "... o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo, exceto, quanto a este, se, não o achando firme, preveniu em tempo o dono da obra." (ROLIM, 2012, p.12).
Movimentos de iniciativa popular nos anos 30 e 50, embora relacionados à falta e ao alto preço dos produtos já traziam noções básicas de proteção aos consumidores. O fato mais significativo dos anos 60 na proteção aos consumidores foi a decretação da Lei Delegada n.º 4 de 1962, que vigorou até 1998 e visava assegurar a livre distribuição de produtos. Movimentos de iniciativa popular nos anos 30 e 50, embora relacionados à falta e ao alto preço dos produtos já traziam noções básicas de proteção aos consumidores. O fato mais significativo dos anos 60 na proteção aos consumidores foi a decretação da Lei Delegada n.º 4 de 1962, que vigorou até 1998 e visava assegurar a livre distribuição de produtos. (SERVIJA, 2013).
Os anos 80 foram marcados por profundas transformações políticas e pelos planos econômicos: a) com intensa participação popular nas questões envolvendo consumo. b) regulamentos setoriais, normas técnicas e de boa prática, também difundiam direta e indiretamente a proteção dos consumidores. c) diversas entidades civis se organizam e despontam em segmentos específicos, como a Associação de Inquilinos Intranquilos, a CAMMESP ‐ Central de Atendimento aos Moradores e Mutuários do Estado de São Paulo e a Associação Intermunicipal de Pais e Alunos, entre outras. D) em 1987 é fundado o IDEC ‐ Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e em 1989 é instituída a Comissão de Defesa do Consumidor da OAB ‐ São Paulo. (SERVIJA, 2013).
Então, em 1990 no dia 11 de setembro veio à luz o Código de Defesa do Consumidor (CDC), com a promulgação da Lei n.º 8.078/90. Através dele foi instituído um novo sistema de normas e princípios específicos de tutela do consumidor. O direito do consumidor é um direito fundamental do cidadão, um direito humano de nova geração, que tem sua base nos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da liberdade. É importante relembrar que o código foi fruto de ampla reivindicação social, dentro do contexto de redemocratização do país e do estabelecimento da Constituição Federal de 1988, a “constituição-cidadã”. Nossa lei maior, a Constituição Federal, prevê a defesa do consumidor como princípio da ordem econômica e como dever do Estado (Arts. 5º, XXXII e 170, V). Portanto, a Lei 8.078, de 11 de setembro de 1.990, conhecida como Código de defesa do consumidor (CDC), tem o objetivo de garantir ao consumidor igualdade de condições em relação ao fornecedor, seja de produto ou serviço. Importante salientar que o CDC é uma lei extremamente avançada, considerada um grande exemplo até mesmo internacionalmente. Uma característica marcante do CDC é o fato de que nele são estabelecidos princípios e normas gerais que se enquadram a qualquer tipo de relação de consumo, inclusive as mais modernas, ou seja, é uma norma que se adapta às mudanças decorrentes da passagem do tempo. (SERVIJA, 2013).
6.3 ASPECTOS LEGISLATIVOS 
É correto dizer que o Código de Defesa do Consumidor é uma lei princípio lógica, na medida em que encerra em si princípios gerais cujo objetivo precípuo é o de abranger todas as situações envolvendo o consumo, sem, no entanto, especificar cada caso, como o fazem as leis casuísticas. É, portanto, um sistema de cláusulas abertas onde alguns dispositivos possuem rol meramente exemplificativo, dando margem interpretativa ao julgador quando da apreciação de ações cujo objeto é afeto às suas disposições. (ALMEIDA, 2000).
Na seara legislativa, o Código Comercial já traz algumas regras esparsas sobre a matéria, o Decreto 22.626/33, que versava sobre juros no contrato, reprimindo a usura, foi a primeira norma nesta seara, este tema ganhou status constitucional nos artigos 115 e 117, parágrafo único da Constituição de 1934; os Decretos-Lei 869/38 e 9.840/46 que cuidaram dos crimes contra a economia popular, sendo posteriormente revogada em 1951 pela Lei de Economia Popular, que vigora até hoje; o Decreto-Lei 5384/42 que dispunha sobre seguro de vida; a Lei de Repressão ao Abuso do Poder Econômico, que criou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que indiretamente beneficiava o consumidor; a Lei 1283/50 que detalhou a inspeção industrial e sanitária; a Constituição de 1967, apesar de instituir a competência da União para legislar sobre produção e consumo no seu artigo 150, nada dispôs sobre os direitos dos consumidores quando tratou da ordem econômica no artigo 157; ainda assim, a lei mais significante, antes da Carta Magna de 1988, foi a Lei da Ação Civil Pública 7.437/85 que deu início à tutela jurisdicional dos interesses difusos no Brasil; em 1988 houve a promulgação da chamada Constituição Cidadã, que trouxe especial tutela às relações de consumo. (GIUSTINA, 2013)
No Brasil, o sujeito de direitos "consumidor" surgiu a partir da Constituição Federal de 1988 e desde então podemos afirmar que possuímos um status jurídico, a ser exercido frente aos chamados fornecedores de bens e serviços de consumo. A Lei n.º Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, visa garantir a proteção do consumidor, normatizou o espírito da Constituição ao possibilitar o acesso dos consumidores aos órgãos judiciários e administrativos e a facilitação da defesa individual ou coletiva dos sujeitos (art. 6º, VII e VIII) e ao incluir na Política Nacional das Relações de consumo, um incentivo as formações de civis voltados para a defesa dos interesses dos consumidores conforme estabelece o art. 4º, II, b. (BRASIL, 2015).
O legislador estabeleceu no art. 4º, do CDC, uma política nacional de consumo, adotando princípios específicos a serem seguidos pelo hermeneuta, que definem os direitos fundamentais do consumidor, tais como a transparência, a vulnerabilidade, a igualdade, a boa-fé objetiva, a repressão eficiente a abusos, a harmonia do mercado, a equidade e a confiança nas relações de consumo (BRASIL, 2015).
6.4 ASPECTOS HISTÓRICOS
O Direito do Consumidor é um dos direitos mais antigos da humanidade, porém é uma obra relativamente recente na Doutrina e na Legislação. Ele visa desde seu início a harmonia de consumo entre fornecedores de serviço e produtos e seus adquirentes, sendo eles os consumidores. Mas para que ocorresse essa harmonia, infelizmenteera necessário que houvesse leis, que consequentemente vinham acompanhadas de sanções. Podendo assim ser comparado com os normas do Direito presente, mesmo tendo forma esparsa, em normas das mais diversas, acima de tudo, nos costumes dos mais variados países, porém, não era concebido como uma categoria jurídica distinta e, também, não recebia a denominação que hoje apresenta. (AMARAL, 2013).
Um dos primeiros instrumentos de que se tem conhecimento em relação à tutela do consumidor, foi o Código de Hamurabi (2.300 a.C.) que protegia o consumidor nos casos de serviços deficientes e procurava evitar o enriquecimento sem causa dos vendedores. Também o Código de Manu, vigente na Mesopotâmia, no Egito Antigo e na Índia do século XII a.C., protegia os consumidores indiretamente ao tentar regular as trocas comerciais. (ROLIM, 2012).
Constata-se que a evolução histórica do direito do consumidor teve início em outros países, vez que, o Código de Defesa do Consumidor foi inspirado em textos estrangeiros, a exemplo da Resolução nº. 2542 de dezembro de 1969, em seus arts. 5º e 10º, que reconheceu os direitos do consumidor internacionalmente, da Organização das Nações Unidas. Em Genebra, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, em sua 29ª Sessão, em 1973, defendeu os chamados Direitos Fundamentais do Consumidor, quais sejam, o direito a segurança, a integridade física e a dignidade humana dos consumidores. (TEIXEIRA, 2009).
6.5 ASPECTOS SOCIOLÓGICOS
A vida, a saúde, a segurança e a paz são bens jurídicos inalienáveis e indissociáveis do princípio da dignidade da pessoa humana. Portanto o art. 4º caput do CDC impõe o respeito aos valores acima elencados. Há para os fornecedores o dever de segurança, desse modo, este deve certificar se seus produtos e serviços não atentem contra a saúde, ou segurança, excetos aqueles riscos considerados normais e previsíveis (risco inerente). (AMARAL, 2013).
O direito à educação envolve as políticas de inserção da temática pertinente ao direito do consumidor seja nos currículos escolares, bem como pela disciplina de Direito do Consumidor dotado de autonomia científica e pedagógica nas universidades, construindo gradativamente cidadania. Pode ocorrer através das mídias em geral que pode se dirigir ao público em geral ou específico, com objetivo de dar informações e instruções de esclarecimentos aos consumidores. (ALMEIDA, 2000).
O direito ao ressarcimento e à prevenção dos danos abrange não só o direito individual do consumidor, como também o direito coletivo e difuso dos consumidores. O ressarcimento deve ser integral, compreendendo, no caso do dano material, o dano emergente e os lucros cessantes, assim como também a indenização pelo dano moral. A indenização dos danos acarretados ao consumidor tem fundamento duplo, qual seja o de recompor o estado patrimonial do consumidor ou proporcionar-lhe algum conforto compensatório do dano moral e o de desestimular o fornecedor, punindo a conduta nociva por ele adotada. (BITTAR, 2001).
6.6 DIREITO COMPARADO
A evolução do direito do consumidor em Roma remete a indícios de existência dos conceitos de boa-fé nos negócios jurídicos e até de responsabilidade subjetiva e objetiva, pois com o advento da Lei das XII Tábuas, o fornecedor só respondia pelos vícios que conhecia, pois o negócio era efetuado com a coisa no estado em que se encontra. Ademais, no período clássico romano, alguns depoimentos de Marco Túlio Cícero, asseguravam a garantia sobre vícios ocultos nos produtos, mas somente se o vendedor assegurasse a existência de certas qualidades que depois da venda fossem constatadas inexistentes. Prosseguindo, na época de Justiniano percebeu-se grande evolução, pois “o fornecedor respondia pelos vícios mesmo ignorando-os (a venda tem por objeto a coisa como ela deveria ser)”. (CARVALHO, 2010). 
O pensamento voltado à defesa do consumidor despontou aliado a questões trabalhistas, principalmente nos Estados Unidos em virtude do avanço do capitalismo. Ainda em 1891 a New York Consumer League, liderada por Josephine Lowel, lutava por melhores condições de trabalho para os empregados do comércio local, que mais tarde veio a se tornar a Consumers League. Em 1899, Florence Kelleu amadureceu essa idéia reunindo as associações de diversos Estados americanos na Nacional Consumers League – NCL. Esta foi a primeira a elaborar listas orientadoras dos boicotes, quando lançou a Lista Branca de Fornecedores, com o nome das lojas que deveriam ser prestigiadas pelos consumidores por respeitarem os trabalhadores. (TEIXEIRA, 2009).
O grande marco histórico do direito do consumidor, foi o discurso do presidente americano John Fitzgerald Kennedy em 15 de março de 1962, que enviou ao Congresso uma mensagem especial a respeito dos direitos dos consumidores, incluindo o conceito de consumidor. De acordo com Kennedy, os quatro direitos fundamentais seriam: o direito à segurança, o direito à informação, o direito à escolha e o direito de participação.  De acordo com Bezerra Menezes: “Esses direitos básicos influenciaram sobremaneira os rumos da política de defesa do consumidor nos EUA e no mundo”. (MENEZES, 2003). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, João Batista de. A Proteção Jurídica do Consumidor. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.
AMARAL, Solange. Cartilha de orientação sobre os direitos básicos do consumidor. Procon Carioca – setembro de 2013.
BITTAR, Carlos Alberto (Coordenador). Danos morais e direitos do consumidor, São Paulo: Saraiva, 2001.
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Disponível em <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 17 abr. 2015.
CARVALHO NETO, Wolney Maciel de. Considerações sobre a evolução histórica dos direitos do consumidor. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 24 out. 2010. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.29444&seo=1>. Acesso em: 21 abr. 2015.
GAMA, Hélio Zaghetto. Curso de Direito do Consumidor. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2000, p.14. nº7000847-57.2015.8.22
GIUSTINA, Tatiana Haas Maciel Della. O dano moral no código de defesa do consumidor. 2013. Disponível em: <http://www.tavareshaas.com.br/artigos/o-dano-moral-no-codigo-de-defesa-do-consumidor> Acesso em: 17 abr. 2015.
MENEZES, Joyceane Bezerra. A evolução dos direitos fundamentais: o direito do consumidor como um interesse difuso e a possibilidade de resgate da cooperação social. Fortaleza: Revista de Humanidades. Nº 18, 2003. p. 50-67.
TEIXEIRA, Odelmir Bilhalva. Aspectos Principiológicos do Código de Defesa do Consumidor. 1. ed. Campinas: Russel, 2009. 232 p.
ROLIM, Eginardo. Curso de extensão em Direito do Consumidor - XII CONGRESSO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO CONSUMIDOR. 2012. Disponível em: <http://www.mpce.mp.br/esmp/apresentacoes/XII_Congresso_Nacional_do_MP_do_Consumidor_04092012/01IntroducaoHistoricoConceitosconsumidor_04.09.2012.pdf> Acesso em: 19 abr. 2015.
ROQUE, Nathaly Campitelli. A prestação de serviços e o Código de Defesa do Consumidor: Os cuidados que devem ser tomados pelo
fornecedor. Scientia FAER, Olímpia - SP, Ano 2, Volume 2, 1 º Semestre. 2010.
SERVIJA, Andressa Fernanda. Relatório de estágio supervisionado – Atendimento ao Consumidor (Curso de graduação - Administração) 2013, 51f. FACECAP/CNEC Capivari, SP. 2013
SERRANO, Pablo Jimenez. Introdução ao Direito do Consumidor. São Paulo: Manole,
2003.
7 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

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