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REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 RREEPPRROODDUUÇÇÃÃOO EE EEMMBBRRIIOOLLOOGGIIAA DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL HUMANA – PARTE 01 PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it DETERMINAÇÃO SEXUAL: Nos humanos e na grande maioria dos mamíferos, à presença ou ausência do cromossomo Y no cariótipo esta ligado à determinação e diferenciação sexual. Na primeira fase do desenvolvimento embrionário, as gônadas são consideradas indiferenciadas ou bipotenciais sendo chamadas assim por não apresentarem diferença histológica entre uma gônada masculina de uma gônada feminina. Porém, a presença do cromossomo Y no genoma do embrião na 6ª semana da gestação é que vai fazer com que os testículos se desenvolvam a partir da gônada indiferenciada, processo mediado pelo gene localizado no cromossomo Y, na designada região do cromossomo Y determinante do sexo (SRY); a identificação da região determinante do sexo no cromossomo Y (gene SRY) constitui uma etapa crucial na compreensão da determinação do sexo gonadal masculino. Imagem retirada da página e traduzida: http://www.nature.com/scitable/nated/content/18935/pierce_4_10_mid_1.jpg Com a continuação do desenvolvimento dos testículos, eles se organizam em dois compartimentos diferentes que são os cordões testiculares e a região intersticial. Nos cordões testiculares situam-se as células de Sertoli e as células germinativas primordiais. Enquanto que, na região intersticial situam-se as células secretoras de esteróides, as células de Leydig e as células mióide peritubulares. Já os ovários, não mostram diferenciação estrutural até uma fase tardia da gravidez. Imagens retiradas das páginas: http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/reproducao_machos_clip_image006.jpg e http://microanatomy.net/Male_Reproductive/testis_and_ducts.htm É a determinação sexual que torna os ovários e testículos diferentes histologicamente. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (D.S): Facilita o entendimento dos achados anatômicos normais, e interpretação dos anormais, exemplo intersexos. O processo de diferenciação sexual ocorre após algum tempo depois da fecundação, nos humanos esse processo acontece na sétima semana de gestação. Durante o desenvolvimento fetal, nas primeiras semanas de vida, independentemente do sexo genético, o feto apresenta estruturas indiferenciadas que originarão os SEM e SGF. No início do desenvolvimento embrionário, tanto as gônadas como as vias urogenitais não são diferentes em embriões com genótipo masculino ou feminino. Durante a fase indiferenciada, os embriões do sexo masculino e do sexo feminino apresentam dois pares de canais chamados de par de canais Mulleriano e o par de canais Wolffiano. Imagem retirada da página e traduzida: http://www.colorado.edu/intphys/Class/IPHY3730/image/Wolffian.jpg Os testículos começam a se desenvolver devido à presença do cromossomo Y, produzindo hormônios específicos do sexo masculino, fazendo a diferenciação. Os mediadores hormonais para a diferenciação são androgênios (produzidos pelas células de Leydig) e o hormônio anti-Mulleriana (produzida pelas células de Sertoli). Imagem retirada da página: http://1.bp.blogspot.com/_TTL0bm-ruDM/SsZb- _hxxzI/AAAAAAAAAB8/f8JPDAdiUUQ/s400/espermat1.JPG Imagem retirada da página: http://www.dombosco.com.br/Curso/estudemais/biologia/imagens/rep3.jpg Ao nível de androgênios, os canais Wolffianos diferenciam-se em epidídimo, canal deferente, vesículas seminais e canais ejaculadores. Já a nível de hormônio anti-Mulleriana, os canais Mullerianos degeneram. Para que os androgênios atuem na diferenciação sexual é preciso que se tenha presença de receptores de androgênios nas células-alvo. Quando não ocorrem os hormônios testiculares, os canais wolffianos diminuem e os REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 2 canais Mullerianos dão origem as trompas uterinas, útero e vagina. Imagem retirada da página: http://2.bp.blogspot.com/_- pH3zEuDr5I/RnqQeYKsC4I/AAAAAAAAAe4/3k9LPFlNeGg/s400/repfem.jpg Genes Envolvidos no Desenvolvimento dos Genitais Internos: Os ductos de Wolff (ductos mesonéfricos) e os ductos de Müller (ductos paramesonéfricos) estão presentes na gestação. Imagem retirada da página e traduzida: Quando o feto é feminino, os ductos de Müller dão origem a tuba uterina, útero e vagina cranial. Fusão dos ductos de Müller. A letra A indica ovários, o número 4 esquematiza que após a fusão forma-se o corpo uterino. 5B – corpo uterino; T – Trompas; A – Ovários; Ca – Terço proximal da vagina; Cb – terço distal. Imagem retirada da página: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842007000200013&script=sci_arttext No feto masculino, através da ação local da testosterona secretada pelas células de Leydig, os ductos de Wolff se diferenciam em epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal; e os ductos de Müller sofrem atrofia sob ação do hormônio anti- mülleriano (HAM), secretado pelas células de Sertoli. Epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal. Imagem retirada da página: http://sistemareprodutivo.blogspot.com/2008_10_01_archive.html Síntese e ação do HAM: HAM é um hormônio glicoprotéico que significa hormônio anti- Mülleriano. Sendo produzido pelas células de Sertoli, na fase embriogênica e no final da gestação, após o nascimento e ainda no adulto. Mutações inativadoras do gene do HAM ou do gene do receptor do HAM tipo II determinam a persistência dos ductos de Müller em indivíduos 46,XY com genitália externa masculina normal associada ou não à criptorquidia. Células de Sertoli Genes envolvidos no desenvolvimento dos genitais externos: Os genitais externos, na mulher o tubérculo genital dá origem ao clitóris; as pregas urogenitais em pequenos lábios, as pregas lábio-escrotais em grandes lábios e o seio urogenital na porção inferior da vagina. Controle da esteroidogênese testicular fetal: É mediada inicialmente pelo HCG e posteriormente pelo LH (Hormônio Luteinizante), que agem através de um receptor comum, o receptor do LH/CG, pertencente à família dos receptores acoplados à proteína G. O HCG quer dizer gonadotrofina coriônica humana, sendo um hormônio que “manda” o ovário produzir estrógeno e progesterona, os quais chegam à hipófise, indicando que a mulher está grávida, então a hipófise para de gerar hormônios que irão fazer descer a menstruação. Imagem retirada da página: http://img28.imageshack.us/i/ovulacao2.jpg/ Biossíntese da testosterona: A primeira etapa da esteroidogênese adrenal e gonadal caracterizam-se pela transferência do colesterol de fora para dentro da membrana mitocondrial e é mediada pela proteína, StAR (steroidogenic acute regulatory protein) que é codificada pelo gene CYP11A1 ou gene STAR. Dentro da mitocôndria, a metabolização do colesterol em pregnenolona envolve três reações distintas: 20a-hidroxilação, 22-hidroxilação e quebra da cadeia lateral do colesterol que são mediadas pela enzima citocromo P450scc (side chain cleavage), localizada dentro da membrana mitocondrial. Imagem retirada da página http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc462/462bh2008/462bhonorsprojects/462b honors2003/tilleys/Pathway.htm O gene do receptor androgênico: REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 3 Está localizado no cromossomo X na região Xq11-q12. Vários genes envolvidos na biossíntese e ação androgênica são polimórficos, porém a relação dessas variantes gênicascom a síntese e ação dos andrógenos durante as fases precoces da diferenciação sexual ainda não está esclarecida. Gene envolvido na identificação sexual: Em humanos, os indivíduos 46,XY com mutações na codificação dos genes 17b-hidroxiesteróide desidrogenase 3 e a 5-redutase 2, esses indivíduos são do sexo feminino, porém quando chegam na puberdade passam a se identificar com o sexo masculino e começam as mudanças. Diferenciação da Genitália Masculina: O embrião torna-se do sexo masculino devido presença do cromossomo Y conforme já explicado anteriormente, porém é o gene SRY que vai determinar a produção gonadal no caso o testículo. Imagem retirada da página e traduzida: http://health.stateuniversity.com/article_images/gem_05_img0625.jpg As células germinativas endodérmicas (surgem a partir do saco vitelínico) migram para a crista genital; se organizando formando os cordões sexuais. O gene SRY faz com que as células germinativas gerem as células de Sertoli, os túbulos seminíferos e a rede testicular. As células de Sertoli produzem HIM (Hormônio Inibidor Mülleriano), hormônio este que determina a regressão dos ductos de Müller, o que irá originar uma formação vestigial (útero masculino). As células de Leydig produzem testosterona responsável pela manutenção dos Dutos de Wolff que irão dar origem ao epidídimo e aos ductos deferentes. Imagem retirada da página e traduzida: http://web.unipmn.it/~pons/index_file/imm%20app%20urogenitale/epididimo.jpg A Testosterona é transformada em Dihidrotestosterona (DHT) através da enzima. É o DHT que fará a diferenciação da genitália externa masculina. Sinus urogenital (uretra, glândulas anexas) Tubérculo genital (pênis e prepúcio) Pregas genitais (escroto) Diferenciação da Genitália Feminina: Neste caso não se tem o gene SRY, porque o sexo é feminino. As células germinativas (cordões epiteliais) darão origem às células foliculares. As células mesenquimais (crista genital) darão origem às células da teça. Como não se possui gene SRY que acaba gerando as células de Sertoli que é responsável por produzir o hormônio Inibidor Mülleriano, logo não poderemos ter também a produção desse hormônio, então os dutos de Müller irão originar a tuba uterina, útero e vagina cranial. Imagem retirada da página: http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/embriologia.htm Não há produção de testosterona e DHT, então a diferenciação da genitália externa feminina será: Sinus urogenital (vagina caudal e uretra) Tubérculo genital (clitóris) Pregas genitais (lábios vulvares) Imagem retirada da página e traduzida: http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3- 7genitales.html Gônada Testículo e rede testicular Ovário e rede ovariana Túbulos mesonéfricos Ducto eferente Paroophoran* Epoophoron* Ductos (Wölf) mesonéfricos Epidídimo, ducto deferente, ame dos ductos deferentes, glândula vesicular Ductos de Gartner* Ductos (Müller) paramesonéfricos Útero masculino ou utrículo prostático* Tubas uterinas, útero, parte anterior da vagina Seio urogenital Uretra, glândula Uretra, vestíbulo REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 4 bulbo-uretrais, próstata vaginal, parte posterior da vagina, glândula vestibular (Bartholin) Tubérculo genital Pênis Clitóris Invaginação uretral RAFE (escroto e pênis) Lábios menores Elevação lábio- escrotal Bolsa escrotal Lábios maiores *Rudimentos Fonte: NALBANDOV, A.V-1964 Etapas ou fases no processo de Diferenciação Sexual: Existem 06 fases ou etapas inter-relacionadas no processo de D.S: I) Determinação do sexo genético (cromossômico); II) Diferenciação do sexo gonadal; III) Diferenciação da genitália tubular; IV) Diferenciação da genitália externa (sexo fenotípico); V) Sexo cerebral. I) Fase de determinação do sexo genético (cromossomo): ش Definição do sexo genético: Os cromossomos das células humanas possuem 23 pares, sendo que 01 (um) desse par é o de cromossomos sexuais, esse cromossomo serve para determinar se o zigoto vai ser do sexo masculino ou do sexo feminino. Os cromossomos sexuais podem ser de dois tipos: X e Y. Imagem retirada da página e traduzida: http://www.colorado.edu/intphys/Class/IPHY3730/10endocrines.html ش Representação do sexo genético: XX: Caso o zigoto possua um par de cromossomo X dizemos que o indivíduo será do sexo feminino. XY: Se o zigoto possuir um par de cromossomo X e um Y diz que, o indivíduo será do sexo masculino. Então, podemos afirmar que nas mulheres, o cromossomo sexual será XX, enquanto que nos homens o cromossomo sexual será XY. ش Determinação do sexo genético: Ocorre durante o processo de fecundação. Os cromossomos X são maiores que os cromossomos Y. Porém, é o cromossomo Y que irá determinar o sexo, isso quer dizer que, se o cromossomo Y estiver presente podemos dizer que o indivíduo que está sendo gerado será do sexo masculino, caso não se tenha a presença do cromossomo Y o indivíduo que está sendo gerado será do sexo feminino. Já a presença do cromossomo X aparece nos dois sexos, porém são extremamente importantes para o desenvolvimento e funcionamento geral, e a sua ausência não poderá gerar vida. Imagem retirada da página: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/divisao- celular/imagens/cromossomos-p.gif Sexo genético nos mamíferos: É determinado pelos SPTZ (gameta masculino). 1) SPTZ: Apresenta em sua constituição cromossômica o cromossomo sexual X ou o Y. Imagem retirada da página: http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/alumno/2bachillerato/La_celula/imagenes/esperm atozoide1.jpg 2) Ovócito: Apresenta somente o Cromossomo sexual X. Imagem retirada da página: http://www.elmundo.es/elmundosalud/especiales/2004/11/cienciayarte/index.html Sexo genético nas aves: É determinado pelo ovócito (gameta masculino). 1) Ovócito: Transporta o cromossomo sexual Z (X) ou o W (Y). 2) SPTZ: Transporta somente o cromossomo sexual Z. Determinação do sexo em tartarugas e crocodilos: A determinação do sexo é dependente não do sexo cromossômico, mas da temperatura de incubação dos ovos. 1) Temperatura abaixo de 27,5ºC: Se a temperatura de incubação dos ovos ocorrer abaixo de 27,5ºC; a diferenciação dos indivíduos ocorrerá para o sexo masculino. 2) Temperatura acima de 29,5ºC: Se a temperatura de incubação dos ovos for acima de 29,5ºC ocorrerá à diferenciação dos indivíduos para o sexo feminino. II) Fase de diferenciação do sexo gonadal: ش Gonócitos na gônada indiferenciadas: A gônada mesmo indiferenciada já apresenta no seu parênquima as células germinativas primordiais, denominados de gonócitos. ش Origem dos gonócitos: São células originadas do saco vitelino, próximo ao alantóide. Saco vitelino. Imagem retirada da página: http://www.kalipedia.com/kalipediamedia/cienciasnaturales/media/200704/17/delavida/ 20070417klpcnavid_209.Ees.SCO.png REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 5 ش Migração dos gonócitos: Nos mamíferos: Os gonócitos se dirigem para a gônada indiferenciada dos mamíferos por movimentos amebóides. Nas aves: A migração dos gonócitos ocorre através da corrente circulatória. Imagem retirada da página: http://intercentres.cult.gva.es/intercentres/03000710/observa5.jpg ش Indução da diferenciação: A diferenciação do sexo gonadal é induzida pelo sexo genético; se o sexo genéticofor: XX: A gônada indiferenciada originará ovário. XY: A gônada indiferenciada originará testículo. ش Fator determinante da diferenciação: O fator determinante da diferenciação da gônada indiferenciada em testículo ou ovário ainda é motivo de muitas controvérsias. Diferenciação gonadal no macho: Ocorre o desenvolvimento dos cordões seminíferos para a formação do testículo. Os cordões sexuais primários ao se encontrarem bem definidos e separados pelo mesênquima devido a uma série de alterações estruturais sofrem ramificações e anastomasamento formando uma rede testis. As células germinativas passam a ser chamadas de espermatogônias formando o cordão seminífero, passa a surgir à túnica albugínea formando uma cápsula ao redor do testículo; esta cápsula divide o órgão em lobos. Os cordões seminíferos geram os túbulos seminíferos, os túbulos retos e a rede testis. Imagem retirada da página e traduzida: http://legacy.owensboro.kctcs.edu/GCaplan/anat2/notes/Image613.gif Outra estrutura que contribui para a formação do testículo são as células de Leydig ou células intersticiais. As células de Sertoli produzem o hormônio anti-Mülleriano que regride a ação dos ductos de Müller. As células de Leydig são responsáveis pela produção da testosterona que é considerado um hormônio masculino que vai fazer a diferenciação masculina da genital interna e externa. Imagem retirada da página e traduzida: http://i27.photobucket.com/albums/c190/lovesthesunset/anatomy%20and%20physiolo gy/Testessertolisustentacularcells.jpg Diferenciação gonadal na fêmea: O seu processo é mais tardio se comparado ao do testículo. São formados cordões sexuais primitivos que por sua vez formam rede ovariana rudimentar, que se desintegra em pequenas partes, sendo que cada parte com um gonócito (oogônia) circundado por células do epitélio celomático. Essas oogônias se movem entre as células somáticas. ش Relacionamento do cromossomo Y com a diferenciação gonadal: Sabe-se hoje seguramente que o fator determinante da diferenciação gonadal está relacionado a um gene específico, localizado no braço curto do cromossomo sexual Y, e que determinará a diferenciação gonadal para testículo. Diferenciação gonadal para ovário: Para que ocorra a diferenciação gonadal para ovário, basta que o gene “masculinizante” esteja ausente. Imagem retirada da página: http://www.fertilityportugal.com/Images/prodmfzygotes_tcm25-551.jpg ش Teorias para explicar a formação dos testículos pelo cromossomo sexual Y: Teoria do antígeno H-Y: Foi uma das teorias mais aceitas até recentemente. A teoria dizia que: 1) Localização do gene estrutural: O gene estrutural estaria localizado no cromossomo autossômico 6. 2) Localização do gene indutor: O gene indutor estaria localizado no cromossomo Y. 3) Localização do gene repressor: O gene repressor estaria localizado no cromossomo X. 4) Observações experimentais das células testiculares e ovarianas: Acreditou-se que o antígeno H-Y era o responsável pela diferenciação testicular a partir de observações experimentais de células testiculares e ovarianas. 4.1) Experimento com células testiculares: Células testiculares dissociadas através de enzimas e posteriormente reassociadas na presença de anticorpo H-Y tomavam configuração de estruturas ovarianas. 4.2) Experimento com células ovarianas: Feito o processo tal qual como os das células testiculares, estas tomavam configuração de estruturas que lembravam o túbulo seminífero. 4.3) Conclusão do experimento: As células ovarianas e testiculares são embriologicamente homólogas, e o antígeno H-Y e o fator determinante da gônada indiferenciada em testículo. REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 6 5) Questionamento da teoria: A teoria do antígeno H-Y foi questionada ao comprovar-se a formação de testículos em ratos carentes deste antígeno. Teoria do TDF (Mais aceita): Atualmente a teoria mais aceita para explicar o processo da diferenciação gonadal é a de que no cromossomo Y está presente um ou mais genes. 1) TDF (Fator de Determinação Testicular ou Testicular Determination Factor): No humano. 2) TDY (Determinação Testicular do Y ou Y Determination Factor): No rato. O Gene SRY: Há evidências de que no humano o principal gene responsável pela diferenciação gonadal é o SRY e que no camundongo o referido gene é o responsável. 3) Demonstração da ação do gene SRY: Utilizando-se ratas transgênicas nas quais foi incorporado o gene SRY, ocorreu desenvolvimento de testículo ao invés de ovário com subseqüente desenvolvimento da genitália masculina, apesar de geneticamente se apresentarem como fêmeas (XX). Formação dos túbulos seminíferos: No caso da gônada indiferenciada se diferenciar para testículo, irá ocorrer o desenvolvimento dos cordões sexuais primordiais em túbulos seminífero, no interior do qual irá se localizar os gonócitos. III) Fase de diferenciação da genitália tubular: ش Ductos embrionários no embrião: Na fase sexual indiferenciada, o embrião de ambos os sexos apresentam 2 ductos embrionários, denominado de: 1) Ducto de Wölf ou Mesonéfrico: Este ducto originará parte das vias espermáticas (ducto deferente, ampliação dos ductos deferentes, epidídimo) e Glândula vesicular. 2) Ducto de Müller ou Paramesonéfrico: Este ducto irá originar Genitália tubular feminina (tuba uterina, útero, colo uterino, parte anterior da vagina). Imagem retirada da página: http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/img/006.jpg ش Diferenciação dos ductos: A diferenciação desses dois conjuntos está subordinada pela presença ou ausência de duas substâncias produzidas pela gônada embrionária masculina que são: Testosterona e MIF. 1) Testosterona: 1.1) Origem: Produzida pelas células de Leydig. Células de Leydig ou Células intersticiais. Imagem retirada da página: http://sistemareprodutivo.blogspot.com/2008_10_01_archive.html 1.2) Atuação: Atuará estimulando a diferenciação dos ductos de Wölf para: Ducto deferente, Glândula ampolar (ampliação dos ductos deferentes), Epidídimo e Glândula vesicular. 2) MIF (Fator Inibidor de Mülleriano): 2.1) Origem: Produzida pelas células de Sertoli. 2.2) Atuação: Atuará inibindo o desenvolvimento dos ductos de Müller, fazendo com que o mesmo regrida e se torne um resquício embrionário encontrado nos machos e que é denominado de: Útero masculino (animais domésticos) e Utrículo prostático (homem). ش Diferenciação da gônada para ovário: Caso a gônada se diferencie para ovário, não irá ocorrer à produção das duas substâncias (testosterona e MIF). ش Resultado da ausência das duas substâncias: 1) Ausência da testosterona: Não haverá estímulo sobre os ductos de Wolff, fazendo com que os mesmos regridam e formem o resquício embrionário denominado de ductos de Gartner (encontrado na fêmea). 2) Ausência do MIF: Não haverá fator inibidor atuando sobre os ductos de Müller, o que levará ao desenvolvimento e diferenciação dos mesmos em: tuba uterina, útero colo uterino e parte anterior da vagina. IV) Fase de diferenciação da genitália externa (sexo fenotípico): 1) Origem dos órgãos genitais externos: A genitália externa também se desenvolve a partir de estruturas inicialmente idênticas no homem e na mulher: o tubérculo genital, as pregas urogenitais e as eminências lábioescrotais. Nos machos, o desenvolvimento a genitália externa é caracterizado pelo crescimento do tubérculo genital, o phallus, o qual leva consigo as pregas genitais. As pregas formam as paredes laterais do sulco uretral. A parte cefálica do phallusdá origem a glande peniana, e o que resta da união das pregas genitais origina o corpo do pênis. Os genitais externos do macho, observe o fechamento das dobras uretrais (marrom). Imagem retirada da página: http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3- 7genitales.html Já no sexo feminino, o tubérculo genital cresce somente um pouco e resulta no clitóris. Não ocorre o fusionamento das pregas urogenitais dando origem aos pequenos lábios e as eminências lábioescrotais originam os grandes lábios. REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 7 Formação do clitóris no desenvolvimento fetal. Imagem retirada da página: http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3- 7genitales.html O clitóris (em azul) torna-se menos proeminente, enquanto avança o desenvolvimento fetal. Imagem retirada da página: http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3- 7genitales.html 2) Indutor da diferenciação: A diferenciação para macho ou fêmea irá depender basicamente da presença ou ausência da testosterona que é a dihidrotestosterona (DHT), que é formada pela ação da enzima: 5 redutase. Este processo termina por volta da 14ª semana de vida intra-uterina. Na ausência de androgênios, a genitália externa torna-se feminina. 3) Mecanismo de ação da dihidrotestosterona (DHT): 3.1) Presença da DHT: 3.2) Ausência de DHT: V) Fase de diferenciação do sexo cerebral: ش Diferenciação morfológica cerebral: Atualmente têm sido demonstradas diferenças morfológicas entre o cérebro masculino e feminino. ش Núcleo pré-óptico: 1) Relação do volume entre masculino e feminino: Em ratos e cobaias têm sido demonstrado e devidamente comprovado essas diferenças morfológicas cerebrais, onde o núcleo pré-óptico do rato macho e muito maior que o da fêmea (cerca de 8x), o qual pode ser visto macroscopicamente. 2) Função do núcleo pré-óptico: Este núcleo parece estar relacionado ao comportamento sexual. ش Hormônio da diferenciação cerebral: Em ratos está diferenciação cerebral é estimulada pela testosterona, que ocorre durante o desenvolvimento fetal e logo após nascer, onde de 2-3 horas após o parto ocorre um pico do referido hormônio. ش Pico da Testosterona: 1) Finalidade: O pico da testosterona determinará a “masculinização hipotalâmica” e que será responsável pelo comportamento sexual masculino no rato adulto. 2) Experiência da castração em ratos: Experimentalmente, através de castração tem sido abolido este pico de testosterona nos machos logo após o nascimento fazendo com que tais animais na fase adulta apresentem comportamento de fêmea. 3) Experiência da inserção de testosterona em ratas: A fêmea que logo após o parto recebeu doses de testosterona, ao atingirem a fase adulta não apresentam ciclo sexual, além de desenvolverem comportamento agressivo semelhante aos machos. 4) Em humanos: Em humanos, o pico de testosterona ocorre em torno de 9-12 horas após o parto, entretanto, não há comprovação de que este pico hormonal irá diferenciar o cérebro, bem como, o comportamento sexual na fase adulta, entretanto já há evidências de diferenças morfológicas entre o cérebro do homem e o da mulher. Sites pesquisados: http://umaespeciedeblog.wordpress.com/2007/12/16/determinacao-e-diferenciacao- sexual/ http://www.google.com.br/search?hl=pt- BR&source=hp&q=DETERMINA%C3%87%C3%83O+E+DIFERENCIA%C3%87%C3%83O +SEXUAL&meta=&aq=f&oq= http://www.fertilityportugal.com/concern/Understanding_Fertility/The_Basics_of_Life/03 _Sexual_Differentiation.jsp http://www.mcguido.vet.br/diferenciacao_sexual.htm http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000400015 http://translate.google.com.br/translate?hl=pt- BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.relationshiphealth.org/what_is_intersex.htm http://translate.google.com.br/translate?hl=pt- BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.knowledgerush.com/kr/encyclopedia/Chimerism/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudo-hermafroditismo http://www.conteudoglobal.com/sociedade/homossexualismo/index.asp?action=causas_ homossexualismo&nome=Causas+do+Homossexualismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3- 7genitales.html FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: LAST UPDATE: 14.02.2011 PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. huberttlima@gmail.com; BIOLOGIA REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA.
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