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ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Princípios da Administração Científica • Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução. • Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. • Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta. • Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. As principais críticas a administração científica (AC) de Taylor são: • Para os críticos a AC transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas. • A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo; • A padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizar o trabalho; • A AC não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção; • A AC não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção; • A AC se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais; • A AC trata da organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas. PROCESSO ADMINISTRATIVO Henry Fayol foi o principal idealizador Para Henry Fayol, integrante da Escola clássica de administração e engenheiro, uma empresa deveria ser dividida em atividades para uma melhor gerência, são elas: Técnica: Produção e manufatura Comercial: Compra, venda e troca. Financeira: Procura e utilização de capital Contabilidade: Registro de estoques, balanços, estatísticas e etc. Administração: Planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Ele também acabou sugerindo que esta ultima função era a mais importante em um uma empresa. Assim acabou por definir cada um de seus componentes da seguinte maneira: Planejamento: Traçar planos e examinar o futuro Organização: Montagem da estrutura humana e material Comando: Manutenção da atividade da empresa Coordenação: Harmonia entre atividade e esforço Controle: Cuidados tomados para a realização do plano traçado Teoria Burocrática A teoria da burocracia foi formalizada por Max Weber Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais: Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito. Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências. Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema. Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra. Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas. Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem. Profissionalização dos funcionários.Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível. Disfunções da Burocracia: Internalização das regras: Elas passam a de "meios para os fins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que às metas. Excesso de Formalismo e papelatório: Torna os processos mais lentos. Resistências às Mudanças. Despersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam. Categorização como base no processo decisorial: O que tem um cargo maior, toma decisões, independentemente do que conhece sobre o assunto. Superconformidade as Rotinas: Traz muita dificuldade de inovação e crescimento. Exibição de poderes de autoridade e pouca comunicação dentro da empresa. Dificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o interior da organização, torna difícil realizar as necessidades dos clientes tendo que seguir as normas internas. A Burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana. A Teoria das Relações Humanas É um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Seu principal idealizador foi Mayo As três principais características desses modelos são: O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico. O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica. Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, e autorrealização. As principais críticas a essa escola são: Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais Apesar de os Industriais tenderem a julgar sempre as conclusões de Mayo verdadeiras, estes as consideravam inaplicáveis, como citado por um "Tudo isto é muito interessante, mas o que psicólogos e teóricos em geral parecem esquecer é que tenho que obter lucro e produzir bens..". Uma crítica feita pelos psicólogos é que as conclusões de Mayo são óbvias, porém Mayo sem dúvida tem seu mérito por tirar este conceito das ciências e aplicá-lo às práticas administrativas. Oposição cerrada à teoria clássica - Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria das relações humanas negava. Limitação no campo experimental, sua principal crítica é a de natureza analítica. A concessão ingênua e romântica do operário - as pessoas que seguiram demonstraram que nem sempre isto ocorreu. A ênfase exagerada nos grupos informais colaborou rapidamente para que esta teoria fosse repensada. O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de ser descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos. Ao receber tantas críticas, a teoria das relações humanas precisou de uma reestruturação que deu origem à teoria comportamental Teoria comportamental da administração Simon, em 1947 com o livro O Comportamento Administrativo, Suas características são: a ênfase nas pessoas; preocupação com o comportamento organizacional (processo de trabalho); estudo do comportamento humano (motivação humana - teoria de Maslow). Hierarquia das necessidades de Maslow As necessidades fisiológicas que se encontram como base para a pirâmide, segundo Maslow, representam as necessidades relacionadas ao organismo, como alimentação, sono, abrigo, água, excreção e outros. As necessidades de segurança aparecem após o suprimento das necessidades fisiológicas. São representadas por necessidades de segurança e estabilidade, como proteção contra a violência, proteção para saúde, recursos financeiros e outros. As necessidades sociais somenteaparecerão após as necessidades de segurança serem supridas. São necessidades sociais: amizades, socialização, aceitação em novos grupos, intimidade sexual e outros. As necessidades de status e estima ocorrem depois que as necessidades sociais são supridas. São necessidades de status e estima: autoconfiança, reconhecimento, conquista, respeito dos outros, confiança. As necessidades de autorrealização que se encontram no topo da pirâmide hierárquica são: moralidade, criatividade, espontaneidade, autodesenvolvimento, prestígio. Teoria de Herzberg “Fatores motivadores" (que levam a satisfação): a satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo; "Fatores higiênicos"(que levam a insatisfação): a insatisfação no cargo é função do ambiente, do salário, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar as responsabilidades). Estilos McGregor McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (Teoria Y). Teoria X É a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano, a saber: - O homem é indolente e preguiçoso por natureza; - Falta-lhe ambição; - O homem é egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos objetivos da organização; - Resiste às mudanças; - A sua dependência torna-o incapaz de autocontrole e autodisciplina. Teoria Y É a moderna concepção de administração de acordo coma Teoria Comportamental. A Teoria Y baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana, a saber: - As pessoas não têm desprazer inerente de trabalhar; - As pessoas não são passivas ou resistentes às necessidades da empresa; - As pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento, padrões de comportamento adequados e capacidade para assumir responsabilidades; - O homem médio aprende sob certas condições a aceitar, mas também a procurar responsabilidade. Sistemas de Administração de Likert Likert propõe uma classificação de sistemas de administração, definindo quatro perfis organizacionais. Sistema 1: Mão de obra intensiva e tecnologia rudimentar; Pessoal de pouca qualificação e educação (Empresas de construção civil ou industrial). Sistema 2: Tecnologia mais apurada e mão de obra mais especializada; coerção para manter o controle sobre o comportamento das pessoas (Áreas de produção e montagens de empresas industriais, escritórios de fábricas etc...). Sistema 3: Áreas administrativas mais organizadas e avançadas em termos de relações com empregados (bancos e financeiras). Sistema 4: Sofisticada tecnologia e pessoal altamente especializado (empresas de serviços de propagando, consultoria em engenharia e em administração). Teoria Estruturalismo As ideias centrais do Estruturalismo, são: · Homem Organizacional – é aquele que desempenha papéis em diferentes organizações. Este homem tem por características a flexibilidade, a tolerância à frustrações, capacidade de adiar a necessidade de recompensas e o permanente desejo de realização · Conflitos vistos como inevitáveis – Na visão dos estruturalistas não existe harmonia entre os interesses dos patrões e empregados e nem essa harmonia deve ser preservada pela administração. · Utilização de incentivos e recompensas mistos – os estruturalistas não deram apenas ênfase aos incentivos monetários, como os clássicos, ou apenas aos incentivos e recompensas psicológicas, como os neoclássicos. Contribuições de Etizioni Organizações especializadas — com atividades de alto nível de especialização de seu pessoal, tendo como fator predominante a autoridade técnica. · Organizações não especializadas — aquelas envolvidas com atividades de produção de bens. Onde há possibilidade de definir objetivos específicos e controle de metas. · Organizações de serviços — o próprio nome já define a sua atividade. A característica diferenciadora dessas organizações é que as pessoas não são vinculadas à sua organização, tendo uma atividade temporária definida pela Tarefa Específica de Assessoria ou pesquisa. A vinculação dá-se por contrato. São críticas ao Estruturalismo: · Abordagem múltipla das organizações – no Estruturalismo verifica-se a convergência das teorias: Clássica, de relações Humanas e da Burocracia, com a finalidade de buscar uma integração e ampliação dos conceitos dessas teorias. · Organizações com um sistema social – o foco do Estruturalismo passa a ser a organização, analisada em sua totalidade,ou somente o grupo como as teorias anteriores. · Coexistência de duas tendências teóricas – coexistem tanto a integratividade quanto o conflito. A primeira enfatiza a estrutura e os aspectos integrativos da organização, com o objetivo de unir as partes, tecendo uma análise global da organização. A segunda focaliza o conflito e a divisão na organização, objetivando mostrar a dinâmica organizacional,tendo por objeto de análise os conflitos. · Ampliação da análise organizacional – o Estruturalismo incentivou o estudo de organizações não-industriais e sem fins lucrativos.Sua análise recai principalmente sobre as organizações complexas e formais. · Limitação das tipologias organizacionais – alguns autores criticam a tipologia das organizações elaboradas pelos autores estruturalistas, por serem de difícil aplicação prática. Em geral as tipologias estruturalistas são simples e unidimensionais, reduzindo as organizações a uma única dimensão para poder compará-la entre si.
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