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Monografia:liderança e motivação no contexto da gestão democrática

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Betim 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KELLI CRISTINA PINHEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR 
 
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NO CONTEXTO DA GESTÃO 
DEMOCRÁTICA: uma pesquisa bibliográfica 
 
Betim 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NO CONTEXTO DA GESTÃO 
DEMOCRÁTICA: uma pesquisa bibliográfica 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade 
Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a 
obtenção de pós-graduação em Especialização em Gestão e 
Organização Escolar. 
KELLI CRISTINA PINHEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a todos aqueles 
procuram fazer da educação um 
instrumento de valorização e capacitação 
de pessoas para construção de uma nação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Ao Deus todo poderoso, por nos conceder o fôlego de vida. A Ele que nos 
capacita para chegarmos à realização de nossos sonhos e anseios. Porque Dele, por Ele e 
para Ele são todas as coisas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, 
extrai forças da sua humildade e experiência da sua 
fragilidade. 
 Augusto Cury 
 
 
 
 
 
 
PINHEIRO, Kelli Cristina. Liderança e motivação na gestão escolar: uma pesquisa 
bibliográfica: Ano 2016. 24 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 
Gestão e Organização Escolar) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, 
Universidade Norte do Paraná, Betim, 2016. 
 
RESUMO 
O estudo da liderança e motivação procura responder a complexas questões sobre a natureza 
humana. Contextualizar este estudo na visão da gestão democrática das escolas tem sido um 
grande desafio. Esta pesquisa de caráter bibliográfico tem por pretensão desenvolver um 
aporte teórico relacionado à temática de liderança e motivação na gestão democrática das 
escolas. Atualmente muito se discute sobre o papel do líder e sua contribuição no sucesso das 
organizações. Escolas precisam de influenciadores capazes de esclarecer o papel de todos os 
engajados em prol da educação. A escola das relações humanas, buscando compreender o tipo 
de relação entre líderes e liderados, desenvolveu estudos que hoje colaboram para a definição 
do assunto abordado na pesquisa. O conhecimento sobre a trajetória da administração e 
consequentemente a influência que ela teve sobre a organização das escolas, contribui para a 
escolha de um perfil e uma postura de liderança que faça acontecer à liderança na gestão 
escolar de modo que efetive a proposta assegurada pela LDB, que é a garantia de uma gestão 
democrática e participativa, através dos conselhos escolares. 
 
Palavras-chave: Liderança. Motivação. Gestão. Democrática. Administração. Teorias. 
 
 
 
PINHEIRO, Kelli Cristina. Liderança e motivação na gestão escolar: uma pesquisa 
bibliográfica. Ano 2016. 24 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 
Gestão e Organização Escolar) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, 
Universidade Norte do Paraná, Betim, 2016. 
 
ABSTRACT 
The study of leadership and motivation seeks to answer complex questions about human 
nature. Contextualize this study in view of the democratic management of schools has been a 
major challenge. This bibliographical research has the intention to develop a theoretical 
framework related to the theme of leadership and motivation in the democratic management 
of schools. Currently there is much discussion about the role of the leader and his contribution 
to the success of organizations. Schools need influencers able to clarify the role of all engaged 
for education. The school of human relations seeking to understand the type of relationship 
between leaders and led developed studies that now collaborate to define the subject matter 
covered in the survey. Knowledge about the trajectory of the administration and therefore the 
influence it had on the organization of schools contributes to the choice of a profile and 
leadership position to make it happen leadership in school management so that effective the 
proposal provided by the LDB, which is the guarantee of a democratic and participatory 
management, through school boards. 
 
Key-words: Leadership, motivation, management, democratic, theories. 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
LDB 
PPP 
Lei de Diretrizes e Bases 
Projeto Político Pedagógico 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10 
2 DEFINIÇÃO DE TEORIA ............................................................................................ 10 
2.1 Tendências de administração na gestão escolar ...................................................... 11 
2.2 Abordagem humanística da administração ............................................................. 13 
3 LIDERANÇA .................................................................................................................. 14 
3.1 A liderança na gestão democrática e a participação dos colegiados. ..................... 16 
3.2 O ambiente escolar e o papel do diretor e dos professores enquanto líderes ........ 18 
4 A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA MOTIVACIONAL NO AMBIENTE 
ESCOLAR ............................................................................................................................... 20 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 22 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 22 
 10 
1 INTRODUÇÃO 
Muito se tem discutido, acerca da qualidade do ensino em escolas onde a liderança 
desempenha um papel democrático nas tomadas de decisões. Esta pesquisa de caráter 
bibliográfico tem por objetivo geral, refletir sobre o papel do líder na gestão democrática das 
escolas. 
O interesse pelo tema partiu da necessidade de escolas possuírem gestores capazes de 
atrair para si a comunidade escolar interna e externa. Este trabalho se justifica pelo fato de que 
a escola é uma organização influenciadora de massas, em diversos segmentos da sociedade, 
devido ao caráter das ações desenvolvidas no seu interior, é o local onde se prepara o 
surgimento de futuros líderes e para tanto, necessita de influenciadores. 
Importante ressaltar que o líder é o responsável pelo desenvolvimento da cultura 
organizacional e, sem sombras de dúvidas, não são poucos os autores que afirmam ter ele o 
papel de conduzir os recursos e talentos humanos na direção da excelência dos resultados em 
qualquer tipo de organização, isso não difere no papel desempenhado pela direção de escolas. 
No que tange aos objetivos específicos desta pesquisa, eles consistem em conduzir a 
uma reflexão acerca da ação dos líderes de escolas, em sua atuação, bem como nas atitudes 
que os tornem canal de relacionamentos com seus liderados, fazendo cumprir o verdadeiro 
sentido da gestão democrática nas escolas. 
 
 
2 DEFINIÇÃO DE TEORIA 
Conceituare discorrer sobre o tema liderança e motivação na gestão escolar direciona 
a uma pesquisa histórica da administração geral, berço da administração escolar. Assim, a 
problemática da liderança na administração escolar nos leva a repensar o conceito de 
administração que está presente em qualquer instituição. 
Sem fugir do objetivo real que a escola representa que é garantir efetivação da 
educação como direito social e da formação de pessoas preparadas para viver em sociedade, 
sociedade que hoje baseia seus valores no ter e não no ser, doutrina gerada pelo capitalismo 
vigente nas empresas, gestores educacionais têm encontrado na administração empresarial o 
pretexto para gerir a escola com a visão deste tipo organização. 
A escola enquanto organização de trabalho ao longo dos tempos tem se organizado 
segundo as diretrizes empresariais esta ainda recebe a influencia das concepções 
presentes na organização empresarial. A preocupação com a eficiência, por parte das 
empresas dos nossos dias, a procura pelo máximo de produtividade e rentabilidade 
parece, também, aplicar-se à escola, o que faz supor que a administração da escola 
não é diferente da administração de outras organizações e por isso os modelos de 
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gestão empresarial, a eficiência, a formação técnica dos gestores, entre outras, são 
temáticas insubstituíveis. (COSTA, 1996, p. 32). 
 
Zung (1984) em seu artigo, “A teoria da administração educacional: ciências e 
ideologia” declaram que para analisar a gêneses e a evolução da teoria da administração 
escolar se faz necessária partir para uma pesquisa histórica da origem da administração. 
Costa (1996) salienta que as pesquisas neste campo revelam que as concepções de 
liderança vêm sofrendo uma evolução diante dos acontecimentos históricos, portanto, as 
visões das teorias clássicas, humanas, comportamental e da contingência trazem diferentes 
enfoques na observação de liderar e motivar os grupos na organização. 
Uma teoria pode ser normativa e prescritiva. Entre vários motivos que justificam a 
compreensão destes termos destaca-se, de acordo com Souza (2006), que a escola é uma 
organização e a formulação e preposições teóricas sobre a organização do trabalho escolar, 
precisam ser repensadas, devido as suas especificidades em relação às outras organizações. 
Na teoria científica, os preceitos normativos e prescritivos estão em sua doutrina econômica e 
tecnocrata, com ênfase na simplificação e padronização das tarefas. A teoria clássica de Fayol 
prescreveu e normatizou a hierarquia das organizações com aplicação de seus princípios 
gerais, como prever, organizar, comandar, coordenar e controlar e definiu então os cincos 
elementos administrativos (previsão, organização, comando, coordenação e controle). 
Para Chiavenato (2003) autores estudiosos da teoria clássica acreditam que não basta 
enunciar elementos da administração. É preciso estabelecer condições e normas dentro da 
função administrativa que o administrador deve seguir. E há ainda as teorias descritivas e 
interpretativas que visam descrever e interpretar as relações entre líder e liderados, condições 
de trabalho, estímulos e recompensas dentro da organização. São abordagens descritivas e 
interpretativas na administração: Teoria comportamental, teoria da burocracia e teoria da 
contingência. 
 
 
2.1 Tendências de administração na gestão escolar 
Por que gestão e não administração escolar? Que diferença ou similaridade existe entre 
estes dois conceitos? Luck elucida esta dúvida fazendo o seguinte conceito: 
Gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com as 
diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto 
político-pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com os 
métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo. 
(soluções próprias, no âmbito de suas competências), de participação e 
compartilhamento (tomada de decisões conjunta e efetivação de resultados) e 
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Nota
chamada administração diretiva.
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Nota
administração participativa:uma filosofia ou doutrina que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões. A participação aproveita o potencial das pessoas e contribui para aumentar a qualidade das decisões e a motivação das pessoas.
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 12 
autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações). (Luck, 
2008, pg24) 
 
Na visão de Paro (2010) é a administração que visa racionalizar recursos materiais e 
humanos e tem por meta o alcance de determinada finalidade. 
Para Luck (2008) a administração escolar envolve recursos físicos, materiais e 
humanos, e este era o foco da ação do diretor no tempo da escola conservadora, quando 
predominava uma gestão escolar científica racional, com características de objetividade, 
neutralidade e técnica, com objetivo de atingir a eficiência e a eficácia dos resultados. Nesta 
perspectiva o papel do gestor se limitava em apenas determinar o trabalho. 
A teoria administrativa vem evoluindo ao longo do tempo, assim como as concepções 
de educação, assim, elaboradas em momentos distintos estas teorias acabaram repercutindo 
sobre a administração escolar, cujo objetivo se aplica na perspectiva da eficiência. 
De acordo com Silva & Silva (2011, pg.13) “uma teoria é uma representação abstrata 
do que se percebe como realidade, um conjunto de informações para enquadrar a realidade”.. 
Silva & Silva (ibdem) apud Maximiliano (2007) relata que a Teoria Geral da 
Administração é um corpo de conhecimentos a respeito das organizações e o processo de 
administrá-las. Sendo que a teoria, em administração, significa o conjunto de conhecimentos 
organizados e produzido pela pratica das organizações. O que diferencia a escola das demais 
organizações é que ela é uma organização administrativa que visa o capital humano; seu 
maior lucro é o vínculo que ela estabelece com a sociedade, daí a proximidade da aplicação de 
teorias das relações humanas em seu cotidiano. 
Importante salientar que o pensamento administrativo influenciou nas tendências 
conservadoras e democráticas na gestão escolar. As teorias de Taylor e Fayol empregavam à 
educação um caráter tecnicista, enquanto que abordagem humanística desloca o foco de 
interesse da administração, da organização formal, para os grupos informais. Apregoavam que 
era necessário motivar o homem dentro das organizações, como por exemplo, a participação 
nas decisões do grupo. Possui, no entanto características democráticas no contexto das 
organizações. 
Esta abordagem assemelha ao enfoque crítico da gestão escolar, que dá espaço a 
construção da sociedade, onde se espera que todos da comunidade escolar tornem atuantes, e 
colaborem para que a eficiência reporte à formação do ser humano histórico. 
 
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Texto digitado
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 13 
2.2 Abordagem humanística da administração 
Diante das mudanças sociais que o mundo passava no século XX, uma nova teoria 
administrativa com características democráticas é criada. Esta surge em 1930 nos Estados 
Unidos graças ao desenvolvimento das ciências sociais e nesse sentido Chiavenato (2003, p. 
98) descreve: 
A abordagem humanística da Administração começou no segundo período de 
Taylor, mas apenas a partir de 1930 é que recebeu enorme aceitação nos Estados 
Unidos, devido às suas características democráticas. Sua divulgação fora dos 
Estados Unidos somente ocorreu bem depois do final da Segunda Guerra Mundial. 
A teoria humanística é fruto da revolução conceitual. Se antes a ênfase estava nas 
tarefas ouna organização; agora o foco passa ser o ser humano que nelas atuam. 
 
As ciências humanas (psicologia, socialismo, filosofia) surgem demonstrando as 
falhas dos princípios das teorias anteriores (administração clássica e administrativa). As ideias 
filosóficas de Dewey e a psicologia de Lewin foram capitais para o humanismo na gestão. O 
principal representante desta teoria foi George Elton Mayo (1880-1940). 
Segundo o mesmo autor esta teoria surge para corrigir a tendência mecânica e 
desumana das teorias anteriores. Suas origens trazem os seguintes fatos; necessidades de 
humanização e democratização a administração, as ciências que demonstravam a inadequação 
dos princípios da teoria clássica. Ideias pragmáticas da Filosofia de John Dewey, e da 
dinâmica da psicologia de Kurt Lewin, e fundamentalmente a sociologia de Pareto. E as 
conclusões das pesquisas de Hawthorne. 
Chiavenato descreve que Mayo acreditava que o trabalho é uma atividade tipicamente 
grupal onde era preciso entender a lógica do trabalho, sem negligenciar a habilidade social. 
Nesse sentido, seus estudos tinham por objetivo analisar o que motivava e influenciava os 
funcionários; e como os resultados observados alterariam o ambiente de trabalho sendo, pois, 
perceptível por Elton Mayo, que só o incentivo financeiro não era motivação para o aumento 
de produção, mas outros estímulos como luminosidade, trabalho realizado em equipe e 
acompanhamento do líder, aumentava a produção. 
Na teoria das relações humanas a motivação econômica não era tão importante, pois 
para esta teoria as pessoas são motivadas pelo reconhecimento social, daí o conceito. 
“Homem social”. 
Para Chiavenato (2003, pg.107) as relações humanas são as ações e atitudes 
desenvolvidas a partir dos contatos entre as pessoas e grupos. Juntas às pessoas se relacionam 
de modo que seus comportamentos influenciam umas as outras. 
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O pensamento das relações humanas baseava-se em, trabalho em equipe, 
comunicação, boa liderança. A teoria das relações humanas contribuiu para o estudo das 
relações pessoais dentro das organizações, e foi a partir dela que se desenvolveu o estudo de 
lideranças. 
 
3 LIDERANÇA 
Desde os tempos remotos, a sociedade se organiza em grupos de acordo com seus 
interesses e, até mesmo, pela compatibilidade de ideias e desejos comuns a maioria do grupo. 
Assim cada grupo cria sua própria identidade, o que atualmente classificamos como cultura 
organizacional. 
Nas diferentes organizações sociais, um indivíduo se destaca dentre outros, 
normalmente este possui características físicas ou cognitivas que o difere da maioria, são 
pessoas com capacidades de atrair para si grupos de simpatizantes aos seus ideais. 
O líder surge, porque grupos necessitam de pessoas que as representem em situações 
em que exijam decisões ou simplesmente porque a hierarquia é necessária nas organizações e 
o que se espera, é que o líder represente o interesse de todos; assim, o bom líder lidera para o 
bem de seus liderados. 
Nas organizações escolares, a liderança assume um papel relevante, portanto 
parafraseando Gil (2007), o diretor escolar precisa aprender a desempenhar o papel de líder, 
para levar os professores e toda equipe escolar a se visualizarem como colaboradoras da 
escola. O gestor-diretor é o influenciador de sua equipe, cabe a ele esclarecer o papel de todos 
em relação à educação e função social da escola, bem como proporcionar meios para que 
ocorra a participação efetiva de todos envolvidos no processo educacional. 
Então, que tipo de líder é necessário em uma escola, para que ocorra uma liderança 
que motive e influencie a equipe escolar e atraia a comunidade do seu entorno a colaborar 
para a eficiência da mesma? E, ainda, como aproveitar toda escola para o crescimento 
intelectual do aluno, que é o fim de toda ação da escola? 
A LDB 9394/96
1
 norteia qual caminho seguir, quando ela estabelece que ao diretor 
seja delegado garantir uma gestão democrática e participativa. Neste sentido o líder deve 
sempre seguir o caminho que conduza todos os seus pares a desempenharem seu papel a 
 
1
 Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. 
 15 
serviço da qualidade do ensino, isto através da elaboração coletiva do PPP
2
 da escola, e na 
chamada da comunidade escolar para o cumprimento da lei. 
 O exercício da gestão escolar requer liderança. “Em termos bastante gerais, liderança 
escolar é definida como o ponto até onde o líder escolar direciona seu interesse para o 
processo primário da escola; mais especificamente, isso implica a entrada em cena de outras 
ações e estratégias que não as estreitamente relacionadas com o processo primário”. 
(SCHEERENS, 2005, pg. 8). 
As pessoas tendem a escolher como líderes quem pode lhe dar maior assistência e 
orientação para o alcance dos objetivos do grupo. Assim, a liderança é considerada como 
ferramenta motivacional, dela depende o sucesso das organizações a partir do direcionamento 
da equipe, portanto, consiste em uma relação de liderados e líder. 
 No que tange ao estudo da etimologia da palavra liderança, veremos que esta palavra 
deriva do latim “auctoritas” que remete a ordem, opinião, influência; e do Inglês “Lea der” 
que se traduz guia, chefe. 
Robbins (2001, p.371) define liderança como “processo de influência pelo qual os 
indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a metas 
comuns ou compartilhadas. É a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de 
objetivos”. Chiavenato considera que a liderança é um processo de comunicação humana. É 
como uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida pelo processo de 
comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. 
Para Luck (2008, p.95) “ A liderança corresponde a um conjunto de ações, atitudes e 
comportamentos assumidos por uma pessoa, para influenciar o desempenho de alguns, 
visando a realização de objetivos organizacionais.” Influenciar também representa o poder de 
uma pessoa diante de outras. 
Sob a luz destas definições pode-se dizer que a liderança é a capacidade que o 
indivíduo possui para influenciar os outros, para que sua expectativa em torno de um objetivo 
seja atendida. A influência do gestor líder deve alcançar a comunidade escolar. Para melhor 
compreender como a liderança influi sobre os liderados em qualquer organização, estudos 
foram desenvolvidos para saber se a capacidade de influenciar pode ser desenvolvida. 
Para Oliveira et al ( 2009,pg.112), o termo liderança corresponde a três significados 
diferentes. 
 O atributo de posição hierárquica onde o fato desses estar em uma determinada 
posição determina poder e liderança sobre os outros. Quem ocupa esta posição pode 
 
2
 Projeto Político Pedagógico. 
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 16 
não ser necessariamente um líder. É apenas o diretor.  O conjunto de características 
de uma pessoa que correspondem aos traços de liderança, e a pessoa exerce por ter a 
personalidade para liderar.  Categoria de conduta a soma dos fatores específicos 
para a situação em que a liderança é exercida, personalidade e poder. A liderança de 
conduta pode ser treinada. 
 
Sabe-se que há várias maneiras de liderar e para Bergamin (1994) a palavra liderança 
reflete conceitos de acordo com a perspectiva de quem a pesquisa e nesse sentido, na 
concepção da autora, existe três linhas de pesquisa sobre o assunto ao longo da história: 
algumas pesquisas se preocuparam com o ser líder, procurandoretratar traços de 
personalidade. Outras imprimiram maior dinâmica quanto à concepção de líder, aquilo que o 
líder faz, delineando os estilos de liderança. E, há ainda as pesquisas que procuraram analisar 
a liderança em função das circunstâncias e variáveis do meio ambiente. No que tange à 
motivação, esta é responsável pelo bem ou mal estar das pessoas na organização. A motivação 
pode ser intrínseca: quando ela está relacionada com recompensas psicológicas: 
reconhecimento, respeito, status e esse tipo motivacional estão intimamente ligados às ações 
individuais dos gerentes em relação aos seus subordinados. E pode ser extrínseca: quando as 
causas estão baseadas em recompensas tangíveis: salários, benefícios, promoções, sendo que 
estas causas independem da gerencia, pois geralmente são determinadas pela relação com a 
liderança. (www.psicologiafree.com/areas-da.../motivacao-extrinseca-vs-intrinseca/) 
O gestor (líder) utiliza a motivação como ferramenta a seu favor para melhoria e 
qualidade de vida de seus liderados na relação do grupo de trabalho. 
 
3.1 A liderança na gestão democrática e a participação dos colegiados. 
 A gestão democrática é uma normativa e não uma tendência educacional, portanto, 
constitui-se numa garantia do ensino e do conhecimento ministrado nas escolas, sendo elas 
públicas ou privadas. Dourado afirma que ela se efetiva pela participação de todos os sujeitos 
envolvidos com a escola, na elaboração e construção de seus projetos como também nos 
processos de decisão, de escolhas coletivas e nas vivencias e aprendizagens de cidadania. 
(DOURADO, 2012, pg.81). 
A gestão democrática nas escolas é fruto de esforços que resultou em uma lei que 
garantiu a implantação de colegiados e financiamento do poder público e ela implica um 
processo de participação e a base para a gestão democrática é a comunidade escolar. Assim 
sendo, a democratização da gestão escolar ocorre com a participação e tomadas de decisão 
baseadas nas decisões conjuntas de escola e colegiados. 
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Texto digitado
liderança situacional.null
 17 
Importante ressaltar que compete a liderança da gestão escolar à figura do diretor. A 
gestão escolar abarca três dimensões a gerir: administrativa, financeira e pedagógica. 
Portanto, com caráter técnico, a dimensão administrativa é responsável pela parte física e 
institucional da escola. As escolas são classificadas como organizações formais com muitas 
semelhanças e características das organizações burocráticas. Algumas dessas características 
incluem a estrutura hierárquica, as nomeações e as promoções, a especialização do pessoal, as 
regras e regulamentos, as responsabilidades e as autoridades, assim como a divisão do 
trabalho. Nesta ótica a gestão administrativa encarrega destas competências. 
Já a valoração, o cálculo de provisão, a prestação de conta e de gastos abarca a 
competência da dimensão financeira e esta dimensão, assim como a administrativa, pode ser 
democrática, não significam que são. 
A gestão pedagógica, no entanto é efetivamente democrática por ser uma normativa 
assegurada por lei e por estar vinculada a compreensão da escola como instituição social 
capaz de contribuir para a formação de cidadãos e define as linhas de atuação do ensino. 
Uma vez que gestão é definida como a forma de planejar, organizar, dirigir, controlar 
um determinado projeto, o papel do líder na gestão escolar é o de organizar o trabalho 
pedagógico e assegurar que ocorra a gestão democrática através dos conselhos escolares o 
“conselho escolar constitui-se um dos mais importantes mecanismos de democratização da 
gestão de uma escola, pois cumprem um papel importante na agenda escolar” (DOURADO, 
2012, pg.81). 
Nesse sentido, a qualidade de seus participantes sugere que estes devem ter 
conhecimento e competência e no que tange à composição do Conselho Escolar, a postura do 
gestor e seu estilo de liderança são preponderantes, uma vez que ele é o mediador deste 
processo, portanto, o papel do diretor escolar é orientar a todos que são escolhidos a compor o 
conselho, para que estes saibam como se procede a política democrática, e não acreditar que 
as pessoas envolvidas reconhecem sua importância na escola apenas por estarem inseridos 
direta ou indiretamente nela. 
A comunidade necessita ser ensinada no que tange ao verdadeiro sentido de 
participação ativa, portanto, o não conhecimento da sua importância e seu papel no colegiado 
faz com que seus participantes, representantes da comunidade, compareçam apenas se 
convocado para soluções de algum problema, nas reuniões agendadas para prestações de 
contas, desconhecendo, com isso que podem ser, também, influenciadores no andamento 
positivo da escola. 
 18 
O conselho precisa ter claro que um de seus papéis, implica em dizer aos dirigentes o 
que a comunidade anseia da escola, certos que a visão de ambos deve direcionar para o 
processo formativo que se desenvolve dentro dela. Assim sendo, a permanência destes 
voluntários, no exercício dos conselhos e colegiados, depende da satisfação e motivação que 
eles sentem com a direção e membros da escola. Diante disso, o relacionamento do gestor 
com os envolvidos neste grupo determinará o grau e a eficácia de sua liderança. A liderança 
exige amor e escolha em dedicar aos seus liderados com respeito. 
Cabe ressaltar que se durante o processo de reuniões e encontros ocorrer uma 
construção de relacionamentos favorecendo o bom clima na escola, certamente o gestor 
possuirá nas mãos a chave para abertura de uma gestão democrática. 
Assim, a gestão democrática entendida como a participação efetiva dos vários 
segmentos da comunidade escolar deve envolver pais, professores, estudantes e 
funcionários, na organização, na construção e avaliação dos projetos pedagógicos, 
na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. 
Quanto mais coletivos e participativos forem os processos de organização e gestão 
da escola maior serão as possibilidades de novos aprendizados no exercício 
pedagógico da participação e, portanto, da gestão democrática. DOURADO (2012, 
p. 93). 
 
A parceria da escola com toda a comunidade do seu entorno potencializa a qualidade 
da educação, fazendo da escola um lugar de discussão e busca de soluções coletivas. Em 
escolas cujos diretores possuem bons relacionamentos internos e externos com os envolvidos 
no sistema educacional, o sentimento democrático é sentido por todos e, consequentemente as 
mudanças positivas tornam-se concretas e visíveis nos resultados da qualidade da instituição. 
 
3.2 O ambiente escolar e o papel do diretor e dos professores enquanto líderes 
 
Gomes (2012) apregoa que gestão é o compromisso de todos, comprometimento com 
o trabalho levando a existir confiança entre os membros de uma grande equipe constituindo 
condição essencial para existência e bom financiamento. 
Como já referido anteriormente, o tema liderança é muito significativo para o 
exercício da gestão de escolas, pois se trata de um cargo em que se têm pessoas aos seus 
cuidados, assim a partir da postura do líder cria-se o ambiente de trabalho, com ele está a 
responsabilidade de inserir a cultura escolar, ele tem a capacidade, ainda que inconsciente, de 
causar impacto na vida de seus liderados. Configura, nesta visão, que sempre que se reunirem 
pessoas em prol de um propósito, ocorrerá o exercício efetivo de liderança. 
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Exercer influência é a principal definição de um líder, em qualquer segmento na 
sociedade, que tiver sob seu comando um grupo de pessoas em busca de objetivos comuns e 
uma das primícias da tarefa do gestor escolar, na perspectiva democrática,é criar um 
ambiente de trabalho propício a colaboração dos professores, e levá-los a identificar a 
relevância de suas ações e seu papel enquanto líder na sala de aula. 
De acordo com Luck (2008, pg.96) “a gestão escolar consiste na mobilização e 
coordenação do talento humano, para que possa promover resultados desejados”. 
Na perspectiva de Scheerens (2005), em termos bastante gerais, liderança escolar é 
definida como o ponto até onde o líder escolar direciona seu interesse para o processo 
primário da escola e ao citar Hallinger (2004, pg.7) ele diz que “a liderança educacional 
relaciona-se com definir uma missão para a escola, administrar o currículo e a instrução e 
promover um clima didático favorável ao aprendizado dos alunos”. (SCHEERENS, 2005, 
pg.8) A liderança é um cargo onde se tem pessoas confiadas aos seus cuidados, à qualidade do 
ambiente de trabalho nesta perspectiva está delegada aos cuidados do líder, assim, por ser 
alguém que causa impacto na vida de todos confiados a ele, o diretor líder é o principal 
responsável pelo ambiente amistoso e de relações sociais que caracterizam o papel da escola 
na sociedade. Somente doando-se é que o diretor será capaz de levar seus liderados a fazer o 
que ele espera dos mesmos. Se ele espera pouco de sua equipe, seu retorno é 
proporcionalmente relativo aos seus anseios sobre ela. 
Quanto ao clima, este será favorável a partir de boas relações estabelecidas entre o 
gestor escolar e sua equipe, portanto, o tipo de relacionamento que ele constrói determina a 
qualidade e a satisfação do grupo. 
No que tange à posição, o posicionamento do gestor escolar demanda poder e 
autoridade; isso não quer dizer que ao ocupar esta posição ele detém o poder ou a autoridade 
necessária que influenciará a todos positivamente pelo cargo que exerce. A autoridade como 
competência técnica é decorrente do conhecimento que o líder tem por formação e, nesta 
perspectiva, a maneira como a autoridade é exercida, refere-se ao estilo assumido pelo líder. 
Inúmeros textos definem poder como influência que alguém tem sobre o outro, ou seja, 
influência que leva a realização dos seus anseios. Assim, pessoas que ocupam cargos de poder 
e não produzem influência em seu local de trabalho, não possui a habilidade da autoridade. 
A autoridade é uma habilidade que pode ser treinada e uma vez adquirida, fluirá o 
poder que, às vezes, é necessário usar quando a relação de autoridade é quebrada por um dos 
liderados e esta autoridade é necessária no ambiente escolar por parte de todos os envolvidos 
com alunos. 
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Nesse sentido, através da gestão democrática participativa, o gestor escolar pode e 
deve estimular a existência de líderes no ambiente escolar, isso ao delegar atribuições que 
motivem e mobilizem as pessoas na realização dos objetivos da escola, portanto, o professor, 
em sala de aula, respaldado pela gestão que delega autoridade a equipe é revestido de 
autoridade como líder na sala de aula. 
Assim, considerando a escola como um local de aprendizagem e que liderança é uma 
habilidade aprendida, cabe aos educadores incentivar, neste ambiente, a autonomia e a 
segurança, para que ocorra aprendizagem autônoma, também, por parte da classe discente. 
Quanto ao papel formador de pessoas preparadas para o mercado de trabalho ou até 
mesmo para relações humanas na sociedade, a escola deve buscar meios de influenciar e 
motivar alunos para serem autônomos e proativos; neste contexto, vale destacar que a figura 
do professor como um líder motivador, influencia na geração de novos profissionais. E, 
portanto, o professor maior responsável para a efetivação do conhecimento de seus alunos, é a 
primeira referência a seguir. 
Professores são líderes por excelência, pois continuamente exercem influência sobre 
as escolhas de seus alunos e aquele que tem bom relacionamento com seus alunos é visto 
como líder carismático, consegue motivá-los levando-os para além de suas expectativas. 
Importante salientar que a escola é dos alunos, para os alunos... Tudo deve começar e 
terminar neles e na visão de Luck (2008), pedagogia escolar de qualidade é aquela centrada 
no aluno, que tem nele, em sua aprendizagem e formação o ponto inicial e final de todos os 
planos de ação e avaliação de sua efetividade. 
A gestão escolar, nesta perspectiva, é responsável por motivar todos os funcionários da 
escola, para que o ambiente seja estimulador para o desenvolvimento psicológico e cognitivo, 
através de um espaço onde se tenha ordem e produtividade das partes envolvidas no processo. 
A motivação assume um papel importante na vida de todos participantes do cotidiano 
escolar, porque o envolvimento de pessoas motivadas determinam a qualidade e o sucesso do 
resultado que a escola busca atingir. 
 
4 A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA MOTIVACIONAL NO 
AMBIENTE ESCOLAR 
Antes de falar, saber ouvir. Comunicar corresponde ao saber ouvir. A atitude de 
escuta, tão fundamental, não serve só para a comunicação, mas o próprio ato de educar 
implica numa atitude de escuta. O líder que não sabe ouvir envia mensagem de desinteresse 
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por seus pares e segundo Hunter (2004, pg.40) “Ouvir é provavelmente nossa grande 
oportunidade de dar atenção, valorizando a pessoa”. 
Assim, o modo como às pessoas se comunicam e se relacionam, influenciam nas 
atividades e produtividade das organizações, sejam públicas privadas ou sociais e a escola é o 
lugar propício para se aprender esta atitude de comunicação e de respeito às diferenças de 
opiniões e pensamentos. 
Entretanto o desafio do líder, neste espaço, fica por alinhar as diferenças para que o 
objetivo de todos seja o mesmo, fazendo com que o individualismo de cada membro do corpo 
escolar se volte inteiramente ao ideal de democracia. Sendo, pois, a comunicação um 
instrumento para uma liderança de sucesso, o líder que bem a utiliza garante o bom 
relacionamento com seus pares. 
A comunicação do líder pode ser considerada como ferramenta motivacional, ou seja, 
o modo como o líder se comunica com sua equipe, resulta no sucesso ou até mesmo no mal 
desempenho das organizações. No entanto se a equipe não se comunica com seu líder 
dificilmente os anseios das partes serão atendidos. Uma equipe não aberta à comunicação, que 
não abraça as ideias do líder, torna obsoletos os esforços de motivá-las e uma única pessoa 
desmotivada pode atingir uma equipe inteira. 
Nos espaços escolares é quase impossível realizar alguma tarefa sem que ocorra a 
comunicação; o gestor deve alcançar a comunidade escolar para que ocorra a realização das 
metas e para isso acontecer, o diálogo é o caminho mais certo para se atingir o grupo. O 
diálogo abre portas à criatividade e é o diferencial entre o que temos e o que desejamos 
alcançar. Se desejarmos o alcance de satisfação das metas da escola, comunicar e dialogar 
corresponde à eficiência de liderança. 
Comunicar, neste sentido, é ser aberto para ouvir e acolher, ainda que ocorram 
divergências com a própria opinião a respeito de algum problema. Assim, o líder 
comunicativo não só fala, mas também ouve, inspira e é motivador. Certamente um líder que 
se relaciona bem com seus pares, farão fluir deles, atitudes naturais de presteza, habilidades 
contidas, sendo manifestos por se sentir seguros, onde no final todos ganham. 
Luck (2008) salienta que a liderança do gestor escolar deve levar em consideração a 
motivação e a comunicação, assim como o relacionamento interpessoal. 
 Uma equipe se sente valorizada quando seus gestores a escutam. A comunicação na 
gestão democrática e participativa só é eficaz se os profissionais envolvidos, na gestão da escola, 
estiverem abertos para as discussões e se todosforem agentes motivadores uns dos outros na 
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relação de trabalho e equipe. É através da participação e comunicação existente em um grupo que 
ocorre o esclarecimento, o envolvimento e a motivação. 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Na realização deste trabalho, após verificar a importância da presença de líderes na 
gestão das organizações escolares considero que o líder ideal para o exercício da gestão 
democrática nas escolas é aquele preparado para atrair a comunidade escolar e estimular o 
trabalho em equipe, tornando-se um líder com traços de perfil carismático, democrático sem 
abrir mão da autoridade necessária para resolução de possíveis conflitos. Incorporado esses 
traços o gestor deverá estimular e motivar sua equipe através da comunicação e respeito às 
diferenças considerando que a motivação é algo pessoal, pois os motivos de um pode não 
motivar os outros. 
Assumir um cargo de liderança não é tarefa fácil; exige muita competência e 
dedicação, pois conduzir pessoas não é tão simples. 
Para o exercício de liderança e motivação na gestão democrática é necessário lideres 
que acompanhe seus liderados com comunicação eficiente oferecendo sempre o feedback, que 
torne o ambiente de trabalho motivador, saiba organizar e conduzir a equipe 
democraticamente a solução de conflitos, estimule mudanças, valorize a criatividade dos 
professores e alunos e atraia olhares externos para dentro da escola, para compor o conselho 
escola ou ser amigo da escola e fazer com que todos percebam a importância da sua função 
para o objetivo final da escola, que é a aprendizagem dos alunos. No anseio de uma escola 
democrática e com gestores que promovam a eficácia da escola, as atividades gestoras não 
podem resumir em ações burocráticas e autoritárias, uma vez que um diretor burocrata em gestão 
de escolas tenderá promover o afastamento da equipe e de seus colaboradores, o que faz perder o 
sentido da proposta da LDB. 
Por fim, é possível concluir que uma escola com forte potencial de liderança é o 
diferencial para uma gestão de qualidade na esfera da gestão democrática do ensino. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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