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Curso Gratuito Introdução à 
Gestão, Supervisão, Orientação 
e Inspeção Educacional 
 
 
Carga horária: 60 hs 
 
 
Conteúdo programático: 
Contexto histórico de gestão escolar sob o olhar de diversos autores 
Período de estudos clássicos 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
Período de estudos críticos 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
Período compreendido entre 1987- 2004 tendências da pesquisa brasileira na área da 
gestão escolar 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
Princípios da Gestão Escolar 
Concepções e estilos de gestão escolar 
Administração x Gestão Escolar 
O papel do gestor escolar 
A função do diretor/gestor no contexto escolar 
Gestão pedagógica 
Gestão administrativa 
Gestão de resultados 
Liderança 
Teorias de traços de personalidade 
Teorias sobre estilos de liderança 
Teorias situacionais de liderança 
A supervisão escolar 
Idade Média 
Idade Moderna e Contemporânea 
Contrastes na supervisão 
No Brasil — alguns dados 
Conceitos de supervisão 
Importância da supervisão 
O contexto de surgimento da orientação educacional 
A Orientação Educacional no Brasil 
A relação entre teoria e prática no cotidiano da orientação educacional 
As tendências pedagógicas e a Orientação Educacional 
As áreas de atuação do orientador educacional 
A Orientação Educacional e a família do aluno 
A Orientação Educacional e a integração do aluno à escola e à sociedade 
A Orientação Educacional e o desenvolvimento físico e emocional do aluno 
As atuais atribuições da orientação educacional 
Um breve histórico da inspeção escolar 
Atribuições do inspetor Escolar 
O trabalho do Inspetor Escolar nas Superintendências Regionais de Ensino 
Referências 
 
 
 
Pode-se iniciar esse texto com a origem da palavra Gestão que advém do 
verbo latino gero, gessi, gestum, gerere, cujo significado é levar sobre si, carregar, 
chamar para si, executar, exercer e gerar. Desse modo, gestão é a geração de um 
novo modo de administrar uma realidade, sendo, então, por si mesma, democrática, 
pois traduz a ideia de comunicação pelo envolvimento coletivo, por meio da 
discussão e do diálogo. 
Para Libâneo, a gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e 
procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente, 
os aspectos gerenciais e técnicos-administrativos. Gestão é a atividade que põe em 
ação o sistema organizacional. 
Para Souza, a gestão escolar pode ser compreendida como um processo 
político, de disputa de poder, explicitamente ou não, através da qual as pessoas 
agem sobre ela pautam-se predominantemente pelos seus próprios olhares e 
interesses acerca de todos os passos desse processo, com vistas a garantir que as 
suas formas de compreender a instituição e os seus objetivos prevaleçam sobre os 
dos demais sujeitos, ao ponto dos demais sujeitos a agirem como eles pretendem. 
Para Luck, é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com as 
diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto 
político-pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com os 
métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo 
de participação e compartilhamento e autocontrole. 
Para Paro (1986), gestão e administração (aqui tratados pelo autor como 
sinônimos) é a utilização racional de recursos para a realização de fins determinados. 
Contexto histórico de gestão escolar sob o olhar de diversos autores 
 
Para pensarmos sobre a atuação do diretor, diante das exigências do mundo 
contemporâneo, impõe-se uma reflexão sobre o movimento pela qualidade da 
educação entendendo o movimento da gestão como um conjunto de ações 
desenvolvidas principalmente no interior da escola que aponte para as exigências de 
um modelo educacional satisfatório, pelo menos nos termos da lei e das 
relações entre instituição escolar e sociedade. 
Acredito ser bastante interessante fazer um apanhado histórico sobre a 
administração escolar e posteriormente gestão escolar no Brasil, pois através desse 
contexto histórico podemos fazer algumas reflexões sobre a atual política de gestão 
nas escolas públicas e uma comparação entre o perfil e o papel que os diretores 
desempenhavam nos diferentes períodos apontados. 
Para isso vamos tomar como referência Souza, 2006, onde fez uma análise 
profunda, em sua tese de doutorado, dos autores e os divide em três períodos: 
período de estudos clássicos, período de estudos críticos e período pós 1987. 
 
 
Período de estudos clássicos 
 
Compreende o período de 1930 a meados da década de 70 e serão analisados 
os seguintes autores: Carneiro Leão, Querino Ribeiro, Lourenço Filho, Anísio 
Teixeira, Myrtes Alonso e Benno Sander. 
Antônio Carneiro Leão, de 1939 trata-se de uma obra 
muito importante sobre administração escolar no país, além de 
ter sido a primeira sistematização na área, foi por muito tempo 
um dos mais citados referenciais para o estudo da 
administração escolar e da educação comparada. O autor 
procura articular os conceitos e exemplos da administração 
escolar nos diferentes países e sistemas de ensino pelo 
mundo. Na visão de Leão o diretor da escola deve ser sempre um professor. O autor 
confunde direção e administração escolar, ou seja, o processo de identificação de 
problemas, de planejamento, de tomada de decisões, de acompanhamento e 
controle e avaliação das ações escolares é todo ele centrado na figura do diretor: o 
diretor é a alma da escola. Diz-me quem é o diretor que te direi o que vale a escola 
(Leão, apud Souza, 2006). 
Prof. José Querino Ribeiro, 1952, representa talvez a primeira bem sucedida 
tentativa no país de apresentação de um ensaio que busca ao mesmo tempo sugerir 
formas de organização e administração da escola e teorizar sobre esses aspectos. A 
obra está dividida em duas partes: a primeira parte são os fundamentos da 
administração escolar, que vai da complexidade da escola moderna até a 
identificação do problema da administração escolar, passando por discussões acerca 
dos princípios e responsabilidades da escola e pelas fontes de inspiração da 
administração escolar. F. W. Taylor e H. Faiol são os principais autores citados por 
Ribeiro na sua apresentação teórica. Esses autores eram a expressão mais expoente 
mundialmente da chamada administração científica, que se apresentava na área da 
educação como uma espécie de antídoto às tradicionais (e conservadoras) formas 
de se pensar e organizar a escola. A segunda parte do livro apresenta os aspectos, 
tipos, processos, meios e objetivos da administração escolar, numa perspectiva de 
conceituação dos elementos e orientação do trabalho da administração escolar. O 
autor reconhece que a administração escolar tem a 
tarefa de organizar e coordenar os trabalhos escolares, a partir de informações 
coletadas na própria fonte dos problemas educacionais, uma vez que admite que 
nenhuma regulação estatal acerca dos currículos possa cercear a liberdade de 
condução da ação pedagógica do professor. Para tanto, é necessário um clima de 
ação coletiva na escola, superando-se as tradicionais formas hierárquicas da 
organização escolar (Ribeiro apud Souza, 2006). 
O autor termina sua obra mostrando os três problemas fundamentais para a 
administração escolar: 
a) apreender os ideais propostos pela Filosofia da Educação para, em função 
deles, determinar os objetivos da escola; 
b) conhecer a Política de Educação para, em função dela, adotar um estilo de 
ação adequado; 
c) aproveitar as contribuições da ciência para o conhecimento dos elementos 
humanos envolvidos no processo de escolarização e, em função dele, empregar as 
técnicas mais convenientes às atividades da escola (Ribeiro apud Souza, 2006).Manuel Bergstron Lourenço Filho, em 1941 já 
havia trazido contribuições importantes para a área da 
administração escolar. Em 1963 em sua obra denominada 
Organização e Administração Escolar, a inicia afirmando 
acerca da relação entre escola e vida social que ―assim 
como seja cada sociedade, assim serão suas escolas‖ 
(Lourenço Filho apud Souza, 2006 p.39), permitindo 
compreender que a escola não é espelho da sociedade, mas 
que ela em grande parte reproduz aspectos significativos da organização da vida 
social. 
Para o autor, as pessoas sobre as quais se concentram as atividades 
administrativas são os alunos, os professores, os diretores e os dirigentes do sistema 
de ensino. Em ordem ascendente, os dirigentes do sistema de ensino estão 
hierarquicamente acima dos diretores, que estão acima dos professores, que estão 
acima dos alunos. É curioso que o autor não se preocupe com os familiares dos 
alunos e com os demais trabalhadores não-docentes da escola, possivelmente 
porque para ele aqueles sujeitos concentram as atividades essenciais do fazer 
escolar. De qualquer forma, o conjunto de situações concretas que envolvem essas 
pessoas sobre as quais a organização e gestão escolar se debruçam cotidianamente 
implica sempre na ideia de ter opções, isto é, administração significa ter opção, pois 
nas situações nas quais não haja vários caminhos possíveis, não se requerem tomar 
decisões, não é necessário procurar definir e agir com mais eficiência, não havendo 
assim ação administrativa (Lourenço Filho apud Souza, 2006). E, em um contexto de 
opções, as atividades fundamentais do dirigente escolar estão, segundo o autor, em: 
a) Reunir informações sobre a situação problemática, tal como realmente 
se apresente; 
b) Decidir no sentido de modificar esse estado de coisas, a fim de que os 
objetivos assentados possam ser obtidos com a eficiência desejada. 
As tarefas fundamentais do organizador e administrador resumem-se (...) em 
duas apenas (...): informar-se e decidir. (Lourenço Filho apud Souza, 2006). 
Anísio Teixeira. O pensamento deste autor é 
bastante importante, pois apresenta e mapeia os principais 
pensamentos sobre a área da Gestão Escolar durante o 
século passado, pois Teixeira foi, um dos maiores autores a 
tratar sobre a educação no Brasil em toda a sua história, logo, 
quando pensador desta envergadura escreve sobre a Gestão 
Escolar, precisamos observar suas ideias. Em 1960 
proferiu a palestra ―Que é Administração Escolar?‖ Na aberturado 1° Simpósio 
Brasileiro de Administração Escolar. 
O autor se posiciona de forma diversa ao longo desses anos sobre assuntos 
do campo da gestão escolar. Essas mudanças de pensamento decorrem de 
avaliações e posição política do autor, o que espelha uma condição muito presente 
ao longo de toda a sua trajetória profissional: a de um intelectual que estava no centro 
da política educacional. 
Myrtes Alonso se destaca com o texto adaptado de sua 
tese defendida em 1974, ―O papel do diretor na administração 
escolar‖, datado de 1976. Trata-se de um estudo importante 
considerando a sua abrangência teórica e o período em que foi 
escrito. Contudo, caminha numa espécie de contramão dos 
trabalhos de crítica que começavam a surgir e que colocavam 
sérias restrições à concepção de administração escolar até então defendidas. A 
autora deixa bastante clara sua concepção de que a administração escolar é uma 
especialização da ampla área da administração. Esta ideia de especialização da 
administração geral explica por que o diretor da escola é, para ela, a figura que 
expressa por excelência as funções administrativas naquela instituição (Alonso apud 
Souza, 2006 ). Existe em seu livro uma diferenciação entre ―funções 
administrativas‖ e ―funções técnicas‖. O papel do diretor na escola não é de 
desenvolver um trabalho técnico pedagógico, mas é sim uma tarefa administrativa. 
Essas tarefas administrativas são compreendidas pela autora como organização, 
planejamento, supervisão do trabalho escolar e tomada de decisão. 
Este trabalho do administrador escolar se desdobra nas funções de 
―Organização e direção do trabalho escolar, desenvolvimento de atividades de 
liderança ou estimulação e manutenção do comportamento humano produtivo, ao 
controle dos resultados e apreensão do seu valor social‖ (Alonso apud Souza, 2006). 
Benno Sander A ideia central desse trabalho 
reside na identificação dos referenciais dos principais 
autores do campo da administração escolar, no Brasil e 
no exterior. O resumo desses levantamentos que produz 
aponta, segundo o autor, para o reconhecimento de 
duas grandes correntes de pensamento no campo da 
administração da educação: a administração do 
consenso e a administração do conflito. Para o autor há 
quatro critérios de acordo com 
os quais a administração da educação se orienta e que estão relacionados com 
essas dimensões: ―relevância (dimensão humana), efetividade (dimensão 
sociopolítica), eficácia (dimensão pedagógica) e eficiência (dimensão econômica) 
(Sander apud Souza, 2006). Esses critérios e dimensões se expressam na função 
do administrador da educação, cujas competências podem assim ser vislumbradas: 
A competência humana do administrador da educação revela-se na 
capacidade para conceber soluções e na liderança para implantá-las sob a ótica da 
relevância para a plena realização dos participantes da comunidade educacional. A 
competência sociopolítica define o talento do administrador da educação para 
perceber o ambiente externo e sua influência sobre o sistema educacional e seus 
participantes, e a habilidade de adotar uma estratégia de ação para a efetiva 
satisfação das necessidades e demandas sociais e políticas do sistema educacional. 
A competência pedagógica do administrador da educação reflete sua capacidade 
para formular objetivos educacionais e para desenhar cenários e meios pedagógicos 
eficazes para a sua consecução. Finalmente, a competência econômica do 
administrador da educação refere-se à sua eficiência para otimizar a captação e 
utilização dos recursos e elementos técnicos e racionais a serviço dos objetivos do 
sistema educacional. (Sander, apud Souza, 2006). 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
 
A
U
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 C
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O
S 
Direção Escolar Gestão Escolar 
• O diretor deve ser um professor. • Gestão e direção se confundem. 
• O diretor 
educacional. 
como defensor da política • As atividades que são próprias da escola são o 
fundamento para a AE. 
• O diretor 
professor. 
deve se colocar a serviço do • A administração científica possui princípios e 
métodos que cabem na escola. 
• O papel pedagógico do diretor está em 
desenvolver ações administrativas para garantir as 
condições de funcionamento das ações 
pedagógicas. 
 
• A AE é uma especialização da administração. 
 
• O elemento mais importante não é o 
administrador, mas o professor. 
 
• A AE é necessária pela complexificação da 
educação escolar, em tamanho e em problemas. 
• O papel do diretor não é técnicopedagógico, 
mas sim, Administrativo. • É necessário um clima de ação coletiva na escola. 
• O papel do diretor é manter o equilíbrio, 
conduzindo a escola nos processos de mudança. 
• Escola eficiente e eficaz: condição para garantir o 
acesso de todos. 
• O diretor é o responsável pela implementação 
dos objetivos educacionais. • Objetivo da AE: tornar as escolas mais eficientes. 
• O diretor é o pólo de poder central da escola. 
Este poder vem da legislação e das expectativas 
que a escola tem para com ele, o que resulta em 
pressões legais e sociais. 
• A consecução dos objetivos escolares de forma 
eficiente e a coordenação do esforço coletivo é o foco 
da AE. 
 
• A AE ocorre antes, durante e depois das funções 
pedagógicas escolares: Antes = planejamento; durante 
= comando e assistência; depois = medição e avaliação. 
 
• A AE deve garantira unidade e a economia, através 
da divisão do trabalho, mas sem perder a unidade. 
 
• Distinção entre ação 
operativa: pensar e fazer. 
administrativa e ação 
 
• Administração significa ter opção, logo significa 
tomar decisões. 
 
• O processo administrativo se resume em: 
reconhecimento de um problema; 
planejamento; coordenação; verificação do resultado; 
exame para evitar a reaparição do problema. 
 
Período de estudos críticos 
 
Este período se inicia no final da década de 70. Os principais autores aqui 
citados estão Miguel Arroyo, Maria Dativa S. Gonçalves, Maria de Fátima C. Félix. 
Miguel Arroyo o artigo intitulado 
―Administração da educação, poder e 
participação‖, publicado em janeiro de 1979 
trata, como o título sugere, das relações políticas 
que cercam a administração da educação, 
procurando construir uma linha crítica aos 
modelos implantados no país que procuravam 
ao ver do autor, torná-la uma tarefa meramente 
técnica e, com isto, buscavam identificar as 
causas dos problemas 
educacionais brasileiros com razões tipicamente técnicas. Isto é, se os problemas 
educacionais eram ocasionados por incompetência ou incapacidade técnica, a 
administração científica, calcada na racionalidade da empresa privada – modelo que 
inspirava a administração educacional no país resolveria esses problemas. Para esta 
concepção então dominante na administração educacional no país. 
Para Arroyo praticamente equivale o poder público com a empresa privada, 
observando que ambos operam sob raciocínios semelhantes no que tange ao 
processo de racionalidade administrativa. 
Arroyo se preocupa com o papel do dirigente escolar e educacional, que deve, 
em sua concepção, superar a pretensa neutralidade que se lhe atribuem os cursos 
de formação básica e continuada e os documentos legais, percebendo a natureza 
política do trabalho escolar e reconstruindo nas análises macrossociais sobre a 
escola. Trata-se de um período em que ao administrador é reclamado amplo 
conhecimento sobre as técnicas de gestão e organização, mesmo que com 
conhecimentos superficiais sobre o real objeto com o qual deveria lidar: a educação 
escolar e o processo educativo. 
Maria Dativa Gonçalves. 1980 As sínteses da 
autora sobre os trabalhos que analisa apontam para a 
constatação de que se trata de estudos que confirmam que 
todas as instituições e organizações têm elementos 
comuns, permitindo a constituição de teorias gerais da 
administração aplicáveis a todas elas e que, nas escolas, 
haveria a necessidade de se articular a burocracia e a 
organização profissional, para o seu desenvolvimento administrativo e institucional. 
Todavia, ela reconhece que os autores dos trabalhos que analisa destacam as 
articularidades da ―empresa educacional‖, as quais demandam elementos 
administrativos particulares, mesmo que sob a defesa de uma teoria geral da 
administração. 
Maria de Fátima C. Félix produziu um trabalho de crítica aos modelos de 
administração escolar vigente no país até o início dos anos 80 foi, com a 
publicação da sua dissertação de mestrado, intitulada ―Administração Escolar: um 
problema educativo ou empresarial? (1984). O trabalho tinha como objetivo ajudar 
na construção ―deste movimento crítico, mediante uma análise da Administração 
Escolar, explicitando as relações que se estabelecem entre o sistema escolar e a 
evolução do capitalismo‖ (Félix apud Souza, 2006). 
A partir desse objetivo a autora procura deixar claro ao leitor que as análises 
que se apresentam no seu livro confrontam a administração escolar como ferramenta 
operacional da política educacional, e as relações entre esta política e a política mais 
ampla do Estado. 
E a hipótese que guia o trabalho da autora aponta para a ideia de que a 
administração escolar tem como principal papel garantir ao Estado o controle sobre 
a educação, tendo em vista a crescente burocratização dos sistemas de ensino. Tal 
controle permitiria ao Estado adequar a educação ao seu projeto de desenvolvimento 
econômico e também seria condição para uma avaliação sobre os produtos da 
educação numa perspectiva da produtividade. 
Aborda em sua obra o estudo das relações o estudo das relações entre a 
organização do sistema escolar e o desenvolvimento do capitalismo no Brasil; a 
contraposição entre a administração de empresa e a administração escolar; e o 
estado capitalista brasileiro e a burocratização do sistema escolar. 
Acácia Z. Kuenzer Zung A autora faz considerações sobre alguns aspectos 
da teoria da administração escolar, a qual se sustenta em aspectos mais prescritivos, 
evidenciando uma natureza pouco científica. Além disso, faz críticas à naturalização 
da divisão social do trabalho, apresentada pelas teorias da administração como parte 
integrante da natureza humana e não como produto social, bem como também se 
soma aos demais autores do período no que se refere às críticas ao entendimento 
de que a administração educacional é uma aplicação da administração no ambiente 
educacional . 
Vitor Paro o autor procura demonstrar como 
as duas tendências então dominantes no 
pensamento da administração educacional 
brasileira de então estavam equivocadas. De uma 
parte, a concepção que advogava que a escola 
poderia ser administrada pelos mesmos 
procedimentos da empresa capitalista, e de outra, a 
concepção que avaliava ser desnecessário 
qualquer tipo de organização administrativa na 
escola; ambas incorriam, na visão de Paro, no mesmo engano de não levarem em 
conta que a administração escolar recebia decisivas influências e impactos dos 
determinantes sociais e econômicos, pois para o autor a 
...atividade administrativa não se dá no vazio, mas em condições históricas 
determinadas para atender a necessidades e interesses de pessoas e grupos. Da 
mesma forma, a educação escolar não se faz separada dos interesses e forças 
sociais presentes numa determinada situação histórica (Paro, 1988). 
Paro conclui seu trabalho afirmando que a administração escolar 
transformadora não pode ignorar a realidade em que se encontra a organização das 
escolas, ao contrário, é partindo dessa realidade que a transformação necessária 
emergirá, na qual a figura do diretor, então uma personagem central e de 
responsabilidade última pela escola, não pode ser ignorada e deve ser atraída para 
os compromissos de transformação social em busca não da conquista do poder por 
grupos mais avançados e menos conservadores, mas na luta primeira pela 
transformação do poder. 
Esses trabalhos do período do início dos anos 80 têm algumas características 
bastante similares: 
a) estão todos voltados à crítica aos modelos de organização e gestão das 
escolas até então dominantes na literatura especializada e na prática escolar e 
educacional. Os autores ―críticos‖ colocam no centro da sua análise os trabalhos 
dos períodos anteriores, desfocando-os um pouco. A exceção fica por conta de Paro, 
o qual, a despeito das críticas, enxerga alguma positividade naqueles trabalhos, mas 
a qualifica normalmente como ingenuidade; 
b) são todos os trabalhos com perfil teórico, ou de análise de produção 
teórica, não havendo, em nenhum desses casos, articulação com pesquisas 
empíricas que tomassem a escola e a sua gestão como objeto de estudos; 
c) há um pressuposto para esses trabalhos: a administração escolar como 
aplicação da administração científica nas escolas contribui para a manutenção das 
condições econômicas, sociais e políticas da sociedade; 
d) os instrumentos e processos da gestão escolar, como estavam sendo 
tratados pelos autores clássicos e como eram entendidos na organização prática das 
escolas, na visão desses autores críticos, são fenômenos essencialmente 
tecnocráticos, assim como o perfil do dirigente escolar, reconhecido por esses 
autores como de um gerente em uma empresa produtiva, cuja tarefa era de garantir 
a produtividade, de um lado, ou,mais o controle dos trabalhadores da educação. 
 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
 
Direção Escolar Gestão Escolar 
 • Crítica à concepção do Crítica aos modelos técnicos de AE 
Diretor como um gerente, própria implantados até então no país. 
da administração capitalista. • Crítica aos pensadores brasileiros e 
• O diretor deve ser um estrangeiros pela linearidade entre a AE e a 
educador, antes de tudo. administração em geral. 
• O diretor como • Crítica ao uso da administração 
coordenador do trabalho coletivo. científica na AE. 
 • Crítica à ideologização da teoria 
 administrativa. 
 • Crítica à AE que tem como principal 
 papel garantir ao Estado o controle sobre a 
 educação. 
 • Críticas à naturalização da divisão 
 social do trabalho. 
 • Crítica às teorias da administração por 
 sua pretensa neutralidade técnica. 
 • Crítica à administração conservadora 
 pela negligência técnica em favor de uma ação 
 política conservadora: aplicação de um 
 tecnicismo vazio. 
 • Administração é o uso racional de 
 recursos com vistas a determinados fins. 
 
 • Administração como racionalização do 
trabalho e coordenação do trabalho coletivo. 
• Administração, em última análise, são 
métodos. 
• Educação escolar é um fenômeno muito 
específico que demanda tratamento específico. 
• Percebem a dimensão política da 
administração. 
• A AE deve estar articulada com os 
objetivos escolares 
• Administração transformadora: 
percepção política e intervenção técnica. 
• Participação da sociedade na 
administração transformadora. 
• Autogestão. 
 
 
 
Período compreendido entre 1987- 2004 tendências da pesquisa brasileira 
na área da gestão escolar 
A pesquisa no campo, a partir dos anos 80, herdou importantes marcas 
daquela crítica, destacadamente: 
a) o reconhecimento da gestão escolar como um processo político 
pedagógico; 
b) a preocupação com temas até então pouco importantes, como a 
democratização da gestão escolar. 
Todavia, mesmo sendo possível se afirmar que o período da crítica à escola 
clássica da gestão escolar inspirou uma sequência de estudos na área durante as 
décadas de 80 e 90, é também possível se observar o surgimento de novos temas e 
abordagens nas pesquisas na área. 
A produção acadêmica do campo da gestão escolar no Brasil neste período 
foi de 514 (quinhentos e catorze) trabalhos de mestrado e doutorado. Os temas no 
início dos anos 80 que mais se evidenciaram eram o papel do diretor, o perfil do 
diretor, forma de escolha dos diretores escolares, relação entre o papel do diretor e 
o sucesso escolar a partir da segunda metade dos anos 90, surgiram outros 
assuntos com práticas e desafios do diretor, formação, prática cotidiana dos 
dirigentes escolares. Gestão democrática, projeto político pedagógico, APMF, 
avaliação institucional, grêmio estudantil. 
Poucos estudos sobre a questão de gênero. 
 
 
Síntese das ideias sobre a direção e a gestão escolar no Brasil 
 
Direção Escolar Gestão Escolar 
 Papel do diretor: articulador da • Gestão é um processo político. 
organização e gestão Escolar. • A democracia na escola. 
• Preocupação central com as formas • Gestão democrática. 
de escolha da função de diretor. • Conselhos de escola, junto com a 
• Na identificação do perfil do diretor, eleição de diretores, como as 
a preocupação com as contradições expressões da gestão democrática. 
da função: representante do poder • A Gestão e as relações de poder na 
público X representante da escola. 
comunidade escolar; função • O projeto político-pedagógico como 
administrativa X função pedagógica uma ferramenta da organização e 
• O diretor no centro das relações de gestão escolar. 
poder. • Autonomia na gestão escolar. 
 
Todos, na escola, por meio do trabalho pedagógico, são responsáveis pelo 
andamento do processo de ensino e aprendizagem. A administração escolar se 
desenvolve no atendimento ao conjunto de características que a escola apresenta. 
―Tanto a teoria como a prática sugerem que o estilo de liderança e gestão do 
diretor será crucial em qualquer escola...‖ (COLS, 2006) 
Isto serve para compreender que uma boa atuação do diretor e o bom 
funcionamento da escola podem significar preocupação com a educação e ao 
mesmo tempo contribuir com a elevação do nível cultural dos alunos. Nessa 
perspectiva é possível pensar na educação como um instrumento que possibilite às 
camadas populares uma ampliação do universo cultural. O funcionamento da escola 
e, sobretudo, a qualidade da aprendizagem dos alunos dependem de boa direção, 
ou seja, de formas democráticas e eficazes de gestão do trabalho escolar. É preciso 
estar claro que a direção e a administração da escola são meios para garantir os 
objetivos educacionais. 
Libâneo, 2003, defende estudos que mostram que o modo de funcionamento 
de uma escola faz diferença nos resultados escolares dos alunos. Embora as escolas 
não sejam iguais, não sendo possível estabelecer regras e procedimentos 
organizacionais de validade geral, as pesquisas contribuem para a indicação de 
características organizacionais que podem ser úteis para a compreensão do 
funcionamento delas, considerados os contextos e as situações escolares 
específicas. 
―... O perfil do diretor e da gestão escolar são elementos que se somam a um 
conjunto de outros aspectos responsáveis pelos resultados escolares, mas não 
deixam de ser variáveis importantes para a compreensão dos resultados estudantis, 
permitindo-se concluir que há uma espécie de efeito gestão nas escolas públicas de 
educação básica no Brasil...‖ (SOUZA, 2006) 
 
Princípios da Gestão Escolar 
 
A gestão escolar, como área de 
atuação, constitui-se, pois, em um meio para a 
realização das finalidades, princípios, 
diretrizes e objetivos educacionais 
orientadores da promoção de ações 
educacionais com qualidade social, isto é, 
atendendo bem a toda a população, 
respeitando e considerando as diferenças de 
todos os seus alunos, promovendo o acesso 
e a construção do conhecimento a partir de práticas educacionais participativas, que 
fornecem condições para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios 
de se tornar um cidadão atuante e transformador da realidade sociocultural e 
econômica vigente, e de dar continuidade permanentemente aos seus estudos. 
Para que as organizações funcionem e, assim, realizem seus objetivos, 
requer-se a tomada de decisões e a direção e controle dessas decisões. É esse 
processo que denominamos de gestão. 
Para o gestor escolar torna-se, entretanto, imprescindível conhecer a 
dimensão do conjunto organizacional, isto é, a escola como realidade global, ser 
capaz de adaptá-la às novas exigências que a localidade deseja. 
A organização e a gestão da escola visam: 
• Promover as condições, os meios e todos os recursos necessários ao 
ótimo funcionamento da escola e do trabalho em sala de aula; 
• Promover o envolvimento das pessoas no trabalho por meio da 
participação e fazer o acompanhamento e a avaliação dessa participação, tendo 
como referência os objetivos da aprendizagem. 
• Garantir a realização da aprendizagem de todos os alunos. 
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação 
destinada a realizar o planejamento, a organização, a liderança, a orientação, a 
mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos 
necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção da 
aprendizagem e formação dos alunos. 
Gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com a s 
diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto 
político pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com os 
(soluções próprias, no âmbito de suas competências), de participação e 
compartilhamento (tomada de decisões conjunta e efetivação de resultados) e 
autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações)Compete, pois, à gestão escolar estabelecer o direcionamento e a mobilização 
capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, para realizar ações 
conjuntas, associadas e articuladas, sem as quais todos os esforços e gastos são 
despendidos sem muito resultado, o que, no entanto, tem acontecido na educação 
brasileira, uma vez que se tem adotado, até recentemente, a prática de buscar 
soluções tópicas, localizadas, quando, de fato, os problemas são globais e inter-
relacionados. 
Cabe ressaltar que a gestão escolar é um enfoque de atuação, um meio e não 
um fim em si mesmo. O fim último da gestão é a aprendizagem efetiva e significativa 
dos alunos, de modo que, no cotidiano que vivenciam na escola desenvolvam as 
competências que a sociedade demanda, dentre as quais se evidenciam pensar 
criativamente: analisar informações e proposições diversas, de forma 
contextualizada; expressar ideias com clareza, oralmente e por escrito; 
empregar a aritmética e a estatística para resolver problemas; ser capaz de tomar 
decisões fundamentadas e resolver conflitos. ( LUCK, 2008) 
 
Concepções e estilos de gestão escolar 
 
 
Segundo Libâneo os processos de gestão assumem diferentes concepções 
conforme a intencionalidade em relação às finalidades sociais e políticas da 
educação. Em um extremo temos a concepção técnico-científica e em outro a 
sóciocritíca. 
Na concepção técnico-científica prevalece a visão mais burocrática e 
tecnicista da escola. A escola funciona como uma realidade neutra e objetiva, deste 
modo pode ser planejada, organizada e controlada de modo a obter altos índices de 
eficácia e eficiência. A direção é centralizada no papel do diretor, as decisões vêm 
de cima para baixo onde não existe a participação coletiva. Valorizam a estrutura 
organizacional, normas, regulamentos. Este modelo é o mais comum encontrado na 
realidade brasileira. 
Na concepção sócio crítica a escola é concebida como um sistema que agrega 
pessoas para que ocorra intencionalmente ações de interações sociais. A 
organização escolar não é algo um espaço neutro e sim um espaço que deve ser 
construído na coletividade escolar. Tanto o processo de gestão como o de tomada 
de decisão se dão no coletivo. 
Conforme os últimos estudos sobre os estilos de gestão escolar Libâneo 
classifica quatro concepções de gestão: a técnico-científica, a autogestionária, a 
interpretativa e a democrática-participativa. 
Concepção técnico-científica, esta baseia-se na hierarquia de cargos e 
funções, nas regras e procedimentos administrativos, visando sempre a 
racionalização dos trabalhos e a eficiência dos serviços escolares. Também 
conhecida em sua visão mais conservadora como administração clássica ou 
burocrática. Na versão mais recente é conhecida como modelo de gestão da 
qualidade total, utilizada de forma mais veemente em práticas de gestão da 
administração empresarial. 
Concepção autogestionária sua base está na responsabilidade coletiva sem 
a presença de uma direção centralizada. Existe uma tendência nessa 
concepção de recusar o exercício da autoridade e as formas sistematizadas de 
organização e gestão. Valoriza muito a capacidade do grupo criar, instituir as suas 
próprias regras. 
Concepção interpretativa a base desta concepção se encontra na percepção 
de que a escola é uma realidade social subjetivamente construída. 
Concepção democrática-participativa baseia-se na relação orgânica entre 
a direção e a participação dos membros da equipe. Acentua a importância da busca 
de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de tomada 
de decisões, após a decisão tomada cada pessoa deve se responsabilizar por sua 
parte, admitindo a avaliação sistemática. 
O quadro da próxima página auxilia na distinção das principais características 
de cada concepção de organização e gestão escolar. 
Concepções de organização e gestão escolar 
TÉCNICO 
CIENTÍFICA 
AUTOGESTIONÁRIA INTERPRETATIVA DEMOCRÁTICO- 
PARTICIPATIVA 
Prescrição detalhada 
de funções e tarefas, 
acentuando a divisão 
teórica do trabalho 
escolar. 
Vínculo das formas de 
gestão interna com as 
formas de autogestão 
social (poder coletivo 
na escola para 
preparar formas de 
autogestão no plano 
político). 
A escola é uma realidade 
social subjetivamente 
construída, não dada nem 
objetiva. 
Definição explicita, 
por parte da equipe 
escolar, de objetivos 
sociopolíticos e 
pedagógicos da 
escola. Articulação 
da atividade de 
direção com a 
iniciativa e a 
participação das 
pessoas da escola e 
das que se 
relacionam com ela. 
Poder centralizado 
no diretor, 
destacando-se as 
relações de 
subordinação, em 
que uns têm mais 
autoridade do que 
outros. 
Decisões coletivas 
(assembleias, 
reuniões), eliminação 
de todas as formas de 
exercício de 
autoridades e de 
poder. 
Privilegia menos o ato de 
organizar e mais a ―ação 
organizadora‖ com 
valores e práticas 
compartilhados. 
Qualificação e 
competência 
profissional. Busca 
de objetividade no 
trato das questões 
da organização e da 
gestão, mediante 
coleta de 
informações reais. 
 
*Ênfase na 
administração 
regulada(rígido 
sistema de normas, 
regras, 
procedimentos 
burocráticos de 
controle das 
atividades), 
descuidando-se, às 
vezes, dos objetivos 
específicos da 
instituição escolar. 
Ênfase na auto- 
organização do grupo 
de pessoas da 
instituição, por meio de 
eleições e de 
alternativas no 
exercício de funções. 
A ação organizadora 
valoriza muito as 
interpretações, os 
valores, as percepções e 
os significados subjetivos, 
destacando o caráter 
humano e preterindo o 
caráter formal, estrutural , 
normativo. 
Acompanhamento e 
avaliação 
sistemáticos com 
finalidade 
pedagógica: 
diagnóstico, 
acompanhamento 
dos trabalhos, 
reorientação de 
rumos e ações, 
tomada de decisões. 
Comunicação linear ( 
de cima para baixo) 
baseada em normas e 
regras. 
Recusa a normas e a 
sistemas de controles, 
acentuando a 
responsabilidade 
coletiva. Crença no 
poder instituinte da 
instituição e recusa de 
todo o poder instituído. 
O caráter instituinte 
dá-se pela prática da 
participação e da 
autogestão, modos 
pelos quais se 
contesta o poder 
instituído. 
Todos dirigem e são 
dirigidos, todos 
avaliam e são 
avaliados. 
Mais ênfase nas 
tarefas do que nas 
pessoas. 
Ênfase as inter-
relações, mais do que 
nas tarefas. 
 Ênfase tanto nas 
tarefas quanto nas 
relações. 
 
Administração x Gestão Escolar 
 
 
Mudanças de paradigma de administração para gestão 
Organização e ações dos dirigentes 
ADMINISTRAÇÃO GESTÃO 
 
• O direcionamento do trabalho 
consiste no processo racional, exercido 
objetivamente de fora para dentro, de 
organização das condições de trabalho e 
do funcionamento de pessoas, em um 
sistema ou unidade social. 
• Aos administrados compete 
manter-se 
objetivo, imparcial e distanciado dos 
processos de produção, como condição 
para poder exercer controle e garantir 
seus bons resultados. 
• Ações e práticas que produzem 
bons resultados não devem ser mudadas, 
a fim de que estes continuem sendo 
obtidos. 
• A autoridade do dirigente é 
centrada e apoiada em seu cargo. 
• O dirigente exerce ação de 
comando, controle e cobrança. 
• A responsabilidade maior do 
dirigente é a de obtenção e garantia de 
recursos necessários para o 
funcionamento perfeito da unidade. 
• O dirigente orienta suas ações pelo 
princípio da centralização de 
competências e especialização da 
tomada de decisões. 
• O direcionamento do trabalho consiste no 
processo intersubjetivo, exercido mediante 
liderança, para a mobilização do talento humano 
coletivamente organizado, para melhor emprego de 
sua energia e de organização de recursos, visando 
à realização de objetivos sociais. 
• Ao gestor compete envolver-se nos 
processos sob sua orientação, interagindo 
subjetivamente com os demais participantes, como 
condição para coordenar e orientarseus processos 
e alcançar, melhores resultados. 
• A alteração contínua de ações e processos 
é considerada como condição para o 
desenvolvimento contínuo; a sua manutenção, 
mesmo que favorável, leva à estagnação. 
• A autoridade do dirigente é centrada e 
apoiada em sua competência e capacidade de 
liderança. 
• O dirigente exerce ação de orientação, 
coordenação, mediação e acompanhamento. 
Mudanças de paradigma de administração para gestão 
Organização e ações dos dirigentes 
ADMINISTRAÇÃO GESTÃO 
A responsabilidade funcional é A responsabilidade maior do dirigente 
 
 definida a partir de tarefas e 
funções. Avaliação e análise de 
ação e de desempenho são 
realizadas com foco em indivíduos 
e situações específicas, 
considerados isoladamente, 
visando identificar problemas. 
O importante é fazer mais, em 
caráter cumulativo. 
 é a sua liderança para a mobilização de 
processos sociais necessários O 
dirigente orienta suas ações pelo 
princípio da descentralização e tomada 
de decisão compartilhada e participativa. 
A responsabilidade funcional é definida a 
partir de objetivos e resultados 
esperados com as ações. 
 Avaliação e análise de ação e de 
desempenho são realizadas com foco em 
processos, em interações de diferentes 
componentes e em pessoas 
coletivamente organizadas, todos 
devidamente contextualizados, visando 
identificar desafios. 
 O importante é fazer melhor em caráter 
transformador. 
Luck Heloísa – vinhetas de aulas,2008 
 
 
O papel do gestor escolar 
 
 
A função do diretor/gestor no contexto escolar 
Primeiro é importante evidenciar que a direção escolar é compreendida como 
uma função desempenhada na escola, com a tarefa de dirigir a instituição, através 
de um conjunto de ações e processos caracterizados como político pedagógicos. Em 
uma frase, a função do diretor é a de coordenar o trabalho geral da escola, lidando 
com os conflitos e com as relações de poder, com vistas ao desenvolvimento mais 
qualificado do trabalho pedagógico. O diretor é o coordenador do processo político 
que é a gestão da escola, é entendido como o executivo central da gestão escolar. 
(Souza,2006) 
Segundo Libâneo a direção da escola, além de uma das funções do processo 
organizacional, é um imperativo social e pedagógico. O significado do termo direção, 
no contexto escolar, difere de outros processos direcionais, especialmente os 
empresariais. Ele vai além da mobilização das pessoas para a realização eficaz das 
atividades, pois implica intencionalmente, definição de um rumo educativo, tomada 
de posição ante objetivos escolares sociais e políticos, em 
uma sociedade concreta. A escola, ao cumprir sua função social de mediação, influi 
significativamente na formação da personalidade humana; por essa razão, são 
imprescindíveis os objetivos políticos e pedagógicos. 
O processo educativo, portanto, por sua natureza, inclui a compreensão do 
conceito de direção por todos os segmentos da escola. Sua adequada estruturação 
e seu ótimo funcionamento constituem fatores essenciais para atingir eficazmente os 
objetivos da formação. Ou seja, o trabalho escolar implica uma direção. 
Com base nesse princípio mais geral, há que se destacar o papel significativo 
do diretor da escola na gestão da organização do trabalho escolar. A participação, o 
diálogo, a discussão coletiva, a autonomia são práticas indispensáveis da gestão 
democrática, mas o exercício da democracia não significa ausência de 
responsabilidade. Uma vez tomadas as decisões coletivamente, participativamente, 
é preciso colocá-las em prática. Para isso, a escola deve estar bem coordenada e 
administrada. 
Não se quer dizer com isso que o sucesso da escola reside unicamente na 
pessoa do diretor ou em uma estrutura administrativa autocrática – na qual ele 
centraliza todas as decisões. Ao contrário, trata-se de entender o papel do diretor 
como o de um líder cooperativo, o de alguém que consegue aglutinar às aspirações, 
os desejos, as expectativas da comunidade escolar e articula a adesão e a 
participação de todos os segmentos da escola na gestão em um projeto comum. O 
diretor não pode ater-se apenas às questões administrativas. Como dirigente, cabe-
lhe ter uma visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola em seus 
aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e culturais. 
O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, 
auxiliando pelos demais elementos do corpo técnico-administrativo e do corpo de 
especialistas. Atende às leis, aos regulamentos e às determinações dos órgãos 
superiores dos sistemas de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas 
pela equipe escolar e pela comunidade. 
Segundo Saviani, o diretor apresenta-se, como o responsável máximo no 
âmbito da unidade escolar e seu papel é garantir o bom funcionamento da escola‖ 
(Saviani, 1996). 
Já Vitor Paro, vê uma situação bastante contraditória na função do diretor, 
quando observa o uso político desta função pelo sistema de ensino, quando lhe é 
transferido a função de gerente, de controlador do trabalho escolar. O diretor por 
muitas vezes é o porta voz das pessoas da comunidade escolar, de um lado e 
preposto do estado do outro. Aí percebe-se a natureza política do cargo do diretor. 
(...) o diretor se vê permanentemente colocado entre dois focos de pressão: 
de um lado, professores, pessoal da escola em geral, alunos e pais, reivindicando 
medidas que proporcionem melhores condições de trabalho e promovam a melhoria 
do ensino; de outro, o Estado, não satisfazendo a tais reivindicações e diante do qual 
o diretor deve ―responder pelo cumprimento, no âmbito da escola, das leis, 
regulamentos e determinações‖ dele emanadas, evitando, inclusive, que as ações 
dos primeiros venham a representar quaisquer ameaças aos interesses dominantes 
(Paro, 1988) 
O diretor escolar atua diversas vezes como o juiz que julga e disciplina, que 
define o certo e o errado; como legislador que define as regras; como burocrata 
administrador que deve ordenar e assinar papéis (Souza et.ali 2005, p 51). Essas 
não são tarefas menores, mas são o que Santos Guerra chama de ―tarefas 
pedagogicamente pobres‖ (1994). Infelizmente o que se percebe hoje é o uso do 
tempo dos diretores cada vez maior com tais tarefas deixando a essência pedagógica 
em segundo plano. 
A escola é uma instituição de natureza educativa. Ao diretor cabe, então, o 
papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de ser da escola. 
Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor de escola é, antes de tudo, um educador; 
antes de ser administrador ele é um educador (Saviani, 1996) 
Para Luck (2008) o diretor escolar é o profissional que tem a função de liderar 
e organizar o trabalho de todos na escola, de modo a orientá-los no desenvolvimento 
do ambiente educacional capaz de promover aprendizagens e formação dos alunos, 
no nível mais elevado possível, de modo que estejam capacitados a enfrentar os 
novos desafios que são apresentados. É o líder, mentor, coordenador e orientador 
principal da vida da escola e todo o seu trabalho educacional, não devendo sua 
responsabilidade ser diluída entre todos os colaboradores da gestão escolar, embora 
possa ser com eles compartilhada. (...) ao diretor compete zelar pela escola como 
um todo, tendo como foco de sua atuação em todas as ações e em todos os 
momentos a aprendizagem e formação dos alunos. 
A implementação de práticas alternativas de organização e gestão da escola 
depende muito da atuação da direção e da sua equipe pedagógica. Partimos do 
princípio que o diretor de escola é o responsável pelo funcionamento administrativo 
e pedagógico, portanto necessita de conhecimentos tanto administrativos quanto 
pedagógicos. Sabemos que na escola o diretor desempenha predominantemente a 
gestão geral da escola e, especificamente, as funções administrativas (relacionadascom o pessoal, com a parte financeira, com as instalações e os recursos materiais, 
com a supervisão geral das obrigações de rotina do pessoal, relações com a 
comunidade) repassando a parte pedagógica para as pedagogas. 
Segundo Libâneo (2004) o papel do diretor deve ser do profissional que detém 
os conhecimentos e habilidades para exercer liderança, iniciativa e utilizar práticas 
de trabalho em grupo para assegurar a participação de alunos, professores, 
especialistas e pais nos processos de tomada de decisões e na solução de 
problemas. 
O papel dos diretores vem tomando um novo aporte devido a uma série de 
mudanças que estão ocorrendo na sociedade, o crescimento populacional e a 
urbanização da sociedade têm levado a criação de escolas maiores, bem mais 
complexas em suas tarefas e organizações. A necessidade de um vínculo maior com 
as famílias, uma vez que muitas das responsabilidades antes conferidas aos pais 
vêm sendo repassadas à escola como orientação sexual, orientação para novas 
necessidades da vida urbana, educação para o trânsito, educação ambiental, entre 
outros atributos. Também conforme a postura do diretor e os encaminhamentos que 
ele dá à escola vão representar o respeito e credibilidade da escola perante a sua 
comunidade. Precisamos entender o papel do diretor como um líder, uma pessoa 
que consegue aglutinar as aspirações, os desejos, as expectativas da comunidade 
escolar e articular a adesão e a participação de todos os segmentos da escola na 
gestão de um projeto comum. 
Novos desafios e exigências são apresentados à escola, que recebe o estatuto 
legal de formar cidadãos com capacidade de não só enfrentar esses desafios como 
de superá-los. Como consequência, para trabalhar em educação, de modo a atender 
as demandas, trona-se imprescindível que se conheça a realidade e que se tenham 
competências necessárias para realizar contextos educacionais os ajustes e 
mudanças de acordo com as necessidades e demandas emergentes no contexto da 
realidade externa e no interior da escola. (LUCK ,2008) 
Competências dos Diretores Escolares 
Na escola, o diretor é o profissional a quem compete à liderança e organização 
do trabalho de todos os que nela atuam, de modo à formação dos alunos, no nível 
mais elevado possível, de modo que estejam capacitados a enfrentar os novos 
desafios que são apresentados. 
Demanda do diretor capacidade conceitual sobre a educação; a gestão 
escolar e seu trabalho, mediante visão de conjunto e uma perspectiva sobre a 
natureza da educação; o papel educacional da escola e dos profissionais que nela 
atuam; a demanda educacional dos alunos; a relação da escola com a comunidade. 
Segundo Penin (2001) uma das competências básicas do diretor escolar é 
promover na comunidade escolar o entendimento do papel de todos em relação à 
educação e a função social da escola mediante a adoção de uma filosofia comum e 
clareza de uma política educacional de modo a haver unidade e efetividade no 
trabalho de todos. 
Compete ao diretor (a) segundo as especificações da SEED: 
-Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; 
-Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; 
-Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto 
Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo 
Conselho Escolar; 
-Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; 
-Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em 
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; 
-Coordenar a elaboração do plano de Ação do estabelecimento de ensino e 
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; 
-Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às 
decisões tomadas coletivamente; 
-Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando 
a comunidade escolar e colocando-os em edital público; 
-Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho 
Escolar e fixando-os em edital público; 
-Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a 
legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após, 
encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação; 
-Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os 
órgãos da administração estadual; 
-Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente 
escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar; 
-Deferir os requerimentos de matrícula; 
-Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com 
as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do 
Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo 
Regional de Educação para homologação; 
-Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o 
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos 
discentes; 
-Assegurar os cumprimentos dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades 
estabelecidos; 
-Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e 
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico- 
administrativa no âmbito escolar; 
-Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, 
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou 
fechamento de cursos; 
-Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao 
Conselho Escolar para aprovação; 
-Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao 
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a 
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional; -Presidir o Conselho de 
Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; 
-Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe 
auxiliar operacional; 
-Articular processos de integração da escola com a comunidade; 
-Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de demanda 
de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções 
emanadas da Secretaria de Estado da Educação; 
-Organizar horário adequado para a realização da Prática 
Profissional supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de 
Valorização dos Trabalhadores em Educação ~ Pro funcionário, no horário de 
trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática 
Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado de 
Educação, contida no Plano de 
Curso; 
-Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem 
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente 
com a comunidade escolar; 
-Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e 
epidemiológica; 
-Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilinguístico 
da língua Estrangeira Moderna, pelos Centro de línguas estrangeiras modernas - 
CELEM; 
-Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e 
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial; 
-Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento 
de ensino; 
-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e 
famílias; 
-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com 
alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; 
-Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo 
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação /MEC - FNDE; -Cumprir e fazer 
cumprir o disposto no Regimento Escolar. 
 
Para exercer todas essas competências é preciso conhecer, compreender e 
incorporar em suas ações os fundamentos e princípios da educação, assim como asdeterminações legais norteadora dos processos educacionais constitui-se, portanto, 
uma das primeiras e contínuas preocupações do diretor escolar na busca de realizar 
um bom trabalho, no sentido de liderar e orientar sua escola para que melhor 
desempenhe o seu papel social, realizando os objetivos educacionais. 
Existem documentos básicos, os quais serão citados a seguir, cujos diretores 
devem ter conhecimento básico para poder usar como referência no exercício de 
suas funções: 
• Constituição Federal e Constituição Estadual; 
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
• Diretrizes Curriculares Nacionais dos diversos níveis e modalidades de 
ensino; 
• Diretrizes Curriculares Estaduais; 
• Legislação Educacional de seu Estado e do seu Município; 
• Estatuto do Magistério; 
• Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
 
Gestão pedagógica 
 
A gestão pedagógica é a essência da escola, pois está mais diretamente 
ligada com o foco da escola que é o de promover a aprendizagem e a formação dos 
alunos. Logicamente que todas as demais formas de gestão subsidiam a gestão 
pedagógica. 
O importante é não esquecer que a gestão pedagógica afinada com as suas 
atribuições é aquela capaz de criar na escola um ambiente estimulante e motivador 
orientado por elevadas expectativas de aprendizagem e desenvolvimento, 
autoimagem positiva e esforço compatível com a necessária melhoria dos processos 
educacionais e seus resultados. Orientar a integração horizontal e vertical de todas 
as ações pedagógicas propostas no projeto pedagógico e a contínua 
contextualização dos conteúdos do currículo escolar com a realidade. Outra questão 
a ser considerada no processo da gestão democrática é a articulação das atividades 
extraclasses, orientadas por projetos educacionais, de modo a estabelecer 
orientação integrada entre as áreas de conhecimento e plano curricular. Ainda, 
orientar, incentivar e viabilizar oportunidades pedagógicas para os alunos com 
dificuldades de aprendizagem e necessidades educacionais especiais, promovendo 
as TICS no ambiente escolar. 
 
 
Gestão administrativa 
 
Zelar pelos bens da escola, fazer bom uso deles, contribuir para sua 
manutenção são elementos básicos da formação dos alunos, além de condição para 
a realidade de processo pedagógico de qualidade. 
Precisa gerenciar a correta e plena aplicação de recursos físicos, materiais e 
financeiros da escola para melhor efetivação dos processos educacionais e 
realização dos seus objetivos. 
Promover na escola a organização, atualização e correção de documentos, 
escrituração, registro de alunos, diários de classe, estatísticas, legislação, de modo 
a serem continuamente utilizados na gestão dos processos educacionais. 
Assegurar a constituição, de forma permanente na escola, de ambiente limpo, 
organizado e com materiais de apoio e estimulação necessários à promoção da 
aprendizagem dos alunos e sua formação para a cidadania e respeito ao meio 
ambiente. 
Assegurar, mediante contínuo monitoramento, o cumprimento dos 200 dias 
letivos e das 800 horas de trabalho educacional (art.24 da LDB 9394/96) 
Zelar pela manutenção das condições de uso dos bens patrimoniais 
disponíveis na escola mediante contínuo inventário dos mesmos e providência de 
consertos imediatos. 
Todos esses trabalhos administrativos que a direção precisa desempenhar 
não devem ser a razão central do trabalho do diretor, que deve organizar um bom 
planejamento para que a sua equipe execute de maneira eficiente, para cumprir as 
tarefas no prazo estipulado e também para se dedicar mais as funções pedagógicas 
da escola que normalmente pela demanda existente acabam ficando em segundo 
plano. 
Gestão financeira da escola, a partir dos esforços pela democratização da 
educação e da gestão escolar e dos movimentos de descentralização da gestão, 
favoreceu a escola a resolução de muitos de seus problemas de consumo, 
manutenção e reparos, pelo repasse de recursos feitos a ela pelo Governo Estadual 
e Federal. Esses programas de descentralização financeira vêm se tornando cada 
dia mais crescentes. O diretor da escola que acaba na prática, assumindo o controle 
da gestão deste recurso, já que a APM, mesmo sendo uma 
entidade de direito privado, independente da escola, está diretamente ligada a 
direção escolar. 
Além dos recursos recebidos de fontes públicas, a unidade executora da 
escola pode receber recursos oriundos de várias fontes, como por exemplo, de 
doações, de resultados de campanhas diversas. 
Portanto todo o diretor assume responsabilidade pela gestão financeira 
desses valores variados, advindos de fontes diversas, mas que precisam ser geridos 
de forma colegiada. A gestão financeira, mesmo que descentralizada, deve receber 
todos os cuidados estabelecidos pela legislação. 
Gestão de resultados 
 
Por melhores que sejam os processos de gestão escolar, pouco valor terá, 
caso não produzam resultados efetivos de melhoria da aprendizagem dos alunos. 
Segundo o CONSED (2007) ―a gestão de resultados abrange processos e 
práticas de gestão para a melhoria de resultados de desempenho da escola – 
rendimento, frequência a proficiência dos alunos. Destacam-se como indicadores de 
qualidade: a avaliação e melhoria contínua do projeto pedagógico da escola; a 
análise, divulgação e utilização dos resultados alcançados; a identificação dos níveis 
de satisfação da comunidade escolar com o trabalho da sua gestão; transparência e 
resultados. 
Percebemos que a gestão de resultados não vinha tendo muito significado nas 
escolas, que consideravam as estatísticas educacionais uma questão burocrática, de 
interesse de sistemas de ensino e de pouca importância para a escola. 
Compreender o papel e os mecanismos de avaliação de resultados 
educacionais tanto no âmbito externo, realizado pelos sistemas de ensino, como os 
mecanismos internos, constitui em condição fundamental para definir qualificações 
que tornam as escolas mais eficientes. 
 
 
• 
 
 
• 
Baseia-se em indicadores de desempenho, que sintetizam os elementos 
que traduzem o nível de aprendizagem dos alunos. 
Promove a verificação sistemática e contínua da frequência dos alunos, da 
sua aprendizagem e do desempenho escolar; 
Características da gestão de resultados educacionais 
• É realizada em âmbito de sistemas de ensino, mediante adoção de testes 
padronizados que permitem comparação de resultados. 
• É realizada na escola em todas as unidades de aprendizagem, com fins 
pedagógicos (melhoria da aprendizagem dos alunos que demandam atenção 
diferenciada). 
• É também realizada na escola, mediante testes padronizados, que permitem 
identificar a necessidade de mudanças e reorganização do processo 
educacional para garantir melhores resultados de grupos específicos de 
alunos. 
• É associada à definição de metas de desempenho. 
• É realizada, na escola, com objetivos pedagógicos de identificar 
necessidades de melhoria, em associação aos elementos melhor 
condizentes a esses resultados. 
• É dependente de práticas de acompanhamento e análise de resultados finais 
de processos educacionais: fim de aprendizagem (escola), de ano 
letivo(sistema). 
• É realizada nos sistemas de ensino com o objetivo de estabelecer políticas 
de melhoria do ensino. 
• Baseia-se na comparação de dados, que permitem verificar quanto de 
melhora houve em um dado período e como variam esses resultados em 
condições diferentes. 
Luck H. 2008 
Considerada desta forma mais ampla, a avaliação tornasse instrumento de 
acompanhamento do processo de realização da função social da escola. 
Certamente, é difícil avaliar o trabalho da escola, sem conhecer o produto deste 
trabalho, qual seja o aluno educado. Conforme Souza retrata em sua tese, a 
avaliação está intimamente ligada à qualidade da escola, se o intuito não é avaliar 
para premiar ou castigar, cabe avaliar para redimensionar o processo, para intervir 
nas condiçõesde qualidade oferecida a professores e alunos na construção do 
trabalho pedagógico. Avaliar o processo educacional é mais que avaliar o aluno, 
implica o conceito de qualidade de ensino. Para isto a construção de indicadores de 
qualidade é interessante de forma que no lugar de padronizarmos os resultados 
esperados dos alunos possamos padronizar as condições de ensino ofertadas, 
assegurando, assim, igualdade de condições de acesso ao conhecimento. 
 
Liderança 
 
 
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, 
principalmente nas escolas. Ela é essencial em todas as funções da Administração: 
o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, 
isto é, liderar. 
Na educação, em âmbito internacional, está sendo destacada como condição 
fundamental para determinar a qualidade do ensino e a formação efetiva de seus 
alunos, daí por que a proliferação de estudos a respeito no contexto educacional. 
Destaca-se, por exemplo, que há uma relação direta entre a qualidade de liderança 
dos gestores e a qualidade do ensino e desempenho dos alunos (NCSL,2002 apud 
LUCK 2008). 
Tomaremos como referência em nossos estudos os conceitos de Maximiniano 
e Chiavenato. 
Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A 
pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades 
específicas é líder. Um grande líder tem essa capacidade dia após dia, ano após 
ano, numa grande variedade de situações. (PRENTICE, W.H.C. apud Maximiniano) 
Maximiniano traz um termo muito interessante que é o consentimento que é 
diferente do tipo de obediência produzido pela autoridade formal. Só há liderança 
quando os seguidores seguem o líder espontaneamente. A ideia de seguidores 
atraídos e guiados por um líder pressupõe consentimento. A ideia de 
consentimento exclui a coerção como base de liderança. É difícil dizer se o 
consentimento é produto das convicções dos seguidores ou das habilidades de 
persuasão do líder. O consentimento pressupõe identidade de interesses. A 
liderança ocorre quando há congruência entre a proposta do líder e a recompensa 
esperada pelo grupo, ou problema que o grupo precisa resolver que cria no grupo a 
disposição para fazer aquilo que o líder propõe. O líder é alguém que apresenta da 
maneira correta a proposta correta, na hora correta. 
Dentro de todos os conceitos é importante distinguir autoridade formal de 
liderança. 
Segundo conceitos de Max Weber a autoridade formal: 
• Baseia-se em normas que formam uma legislação e são aceitas por 
seguidores e condutores. 
• Pertence ao cargo, não ao indivíduo. O ocupante do cargo é uma 
―figura de autoridade‖: chefe, juiz, presidente. 
• Estabelece o comportamento desejado dos seguidores e os limites 
para a ação das figuras de autoridade. 
• É permanente para o cargo, enquanto o cargo existir. 
• É temporária para a pessoa que ocupa o cargo. Terminando o mandato, 
o ocupante perde os poderes formais que o cargo lhe conferia, e os transfere para 
seu sucessor. 
A liderança, por outro lado: 
• É subjetiva. Para ter liderança, alguém deve ser visto como líder por 
outros. 
• É limitada ao grupo social dentro do qual o líder exerce influência. 
• Cumpre função social. A pessoa tem liderança porque atende aos 
interesses ou resolve os problemas de um grupo. 
• É efêmera, porque depende da sintonia entre os interesses dos 
seguidores e as proposições do líder. 
• É o produto de diversas habilidades, interesses e traços de 
personalidade. 
Autoridade formal, portanto, é diferente de liderança, porque são diferentes as 
bases nas quais se assenta a motivação dos seguidores. Chefes são diferentes de 
líderes – a base em que se assenta a capacidade de influenciar é diferente de um 
para o outro. A autoridade formal e liderança nem sempre andam, nem precisam 
andar juntas. 
Para se ter eficácia na administração o ideal é combinar os dois atributos: a 
autoridade formal e a habilidade de liderança. 
A liderança é uma função, papel, tarefa ou responsabilidade que qualquer 
pessoa precisa desempenhar, quando responsável pelo desempenho de um grupo. 
Independente de suas qualidades, muitas pessoas são colocadas em posições de 
liderança, em que precisam dirigir os esforços de outros para realizar objetivos: 
professores, diretores, treinadores. Todas essas pessoas têm metas a serem 
realizadas com a colaboração dos seus grupos. 
No papel de líderes, algumas pessoas são mais eficazes que outras, ou 
sentem-se mais confortáveis que outras. As características individuais importantes 
para o entendimento dessas diferenças são as habilidades e a motivação. Algumas 
pessoas têm mais habilidade que outras no papel de líder e algumas são mais 
motivadas que outras para desempenhá-lo. 
Outro elemento importante no comportamento do líder é a maneira como se 
relaciona com sua equipe (seguidores). 
Os seguidores seguem o líder por alguma razão ou motivo. Por essa razão os 
processos sociais e comportamentais da motivação e da liderança estão interligados. 
O líder propõe uma tarefa ou missão aos seguidores, porque é de seu interesse 
realizá-la. Os seguidores podem concordar desde que a realização da tarefa também 
seja de seu interesse. O líder precisa dos seguidores para realizar as metas e vice-
versa. Sempre há um processo de troca entre líder e os seguidores, o que muda de 
uma situação para outra, é o conteúdo da troca, que depende da natureza da tarefa. 
O que liga o líder aos seguidores é a existência de uma tarefa ou missão. Sem 
esse componente, não há liderança, apenas influência ou popularidade. Apenas com 
um plano, objetivo ou ideia, que atraia os seguidores, o líder potencial torna-se líder 
real. A missão pode situar-se num contexto social ou organizacional 
As missões que o líder propõe ao grupo podem ser classificadas nos três tipos 
de envolvimento identificados por Etzioni: moral, calculista e alienatária. (sintetizados 
no quadro a seguir) 
 
Atrai os seguidores pela força intrínseca de 
sua ideia ou proposta. 
A recompensa dos seguidores é a própria 
realização da missão ou tarefa. 
• 
• 
MISSÃO MORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 • O conteúdo moral da missão ou tarefa pode ser 
enfatizado pelo líder, por meio da evolução do 
sentido ou importância da missão, da 
necessidade de sacrifício ou do uso de imagens 
de propaganda. 
MISSÃO CALCULISTA • É realizada em troca de uma 
recompensa material ou psicológica. 
• Prêmios, participação em lucros, elogios 
e diplomas de ―melhor funcionário do mês‖ são 
exemplos de recompensa. 
MISSÃO ALIENATÓRIA • O receio de um castigo por não realizar a 
tarefa motiva os seguidores. Em certos casos, a 
tarefa é realizada por senso de 
responsabilidade, mesmo que os seguidores 
não acreditem em sua legitimidade ou não 
precisem temer qualquer tipo de punição. 
Teoria Geral da Administração – Maximiano A.C. A. 2001 
 
 
A liderança constitui um dos temas mais pesquisados e estudados nas últimas 
décadas. Várias teorias sobre a liderança acompanharam o desenvolvimento da 
teoria administrativa. Segundo Chiavenato, as teorias sobre liderança podem ser 
classificadas em três grupos: 
 
 
 
 
Teorias de Traços de 
Personalidade 
Características marcantes de 
personalidade possuídas pelo 
líder 
 
Teorias sobre Estilos 
de Liderança 
 
Maneiras e estilos de se 
comportar adotados pelo líder 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias de traços de personalidade 
 
 
São as teorias mais antigas a respeito da liderança. Um traço é uma qualidade 
ou característica distintiva da personalidade. Segundo essas teorias, o líder é aquele 
que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das demais 
pessoas, podendo dessa forma influenciar o comportamento das demais pessoas. 
Cada autor especifica alguns traços alguns traços característicos de personalidade 
que definem o líder, como: 
1. Traços físicos: como energia, aparênciapessoal, estatura e peso. 
2. Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e 
autoconfiança. 
3. Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade 
administrativa. 
4. Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e 
iniciativa. 
Porém essas teorias apresentam vários aspectos falhos o que fez com que as 
mesmas caíssem em descrédito e perderam a sua importância. 
Elas não responderam a importância relativa de cada uma das várias 
características e traços de personalidade que realçam os aspectos da liderança, nem 
todos os traços são igualmente importantes na definição de um líder, pois alguns 
deveriam ter maior destaque que outros. Essas teorias ignoram a influência e a 
reação dos seguidores, também ignoram a situação em que a liderança se efetiva. 
Nas organizações existem diferentes situações que exigem características diferentes 
dos líderes. Nessa abordagem simplista uma pessoa dotada de traços de liderança 
é sempre líder durante o tempo todo e em qualquer situação, o que não ocorre na 
realidade. 
Teorias Situacionais de 
Liderança 
Teorias sobre Liderança. 
comportamento do líder às 
circunstâncias da situação 
do Adequação 
Teorias sobre estilos de liderança 
 
 
São teorias que estudam a liderança em termos de comportamento do líder 
em relação aos seus seguidores. Enquanto a abordagem dos traços de 
personalidade se refere àquilo que o líder é, a abordagem dos estilos de liderança se 
refere àquilo que o líder faz, seu estilo de liderar. 
A teoria mais conhecida que explica liderança por meio de comportamento 
refere-se a três estilos: autoritária, liberal e democrática 
 
 
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL 
O líder fixa as 
diretrizes, sem qualquer 
participação do grupo. 
As diretrizes são 
debatidas e decididas 
pelo grupo, estimulado e 
assistido pelo líder. 
Há liberdade total para as 
decisões grupais ou individuais, e 
mínima participação do líder. 
O líder determina as 
providencias para a 
execução das tarefas, 
cada uma por vez, na 
medida em que se 
tornam necessárias e de 
modo imprevisível para 
o grupo. 
O grupo esboça as 
providências para atingir o 
alvo e pede 
aconselhamento do líder, 
que sugere alternativas 
para o grupo escolher. As 
tarefas ganham novas 
perspectivas com os 
debates. 
A participação do líder é limitada, 
apresentando apenas materiais 
variados ao grupo, esclarecendo 
que poderia fornecer informações 
desde que as pedissem. 
O líder determina a 
tarefa que cada um deve 
executar e o seu 
companheiro de 
trabalho. 
A divisão das tarefas fica 
a critério do grupo e cada 
membro tem liberdade de 
escolher seus 
companheiros de 
trabalho. 
A divisão das tarefas e escolha 
dos colegas fica totalmente a 
cargo do grupo. Absoluta falta de 
participação do líder. 
 
O líder é dominador e é 
“pessoal” nos elogios e 
nas críticas ao trabalho 
de cada membro. 
O líder procura ser um 
membro normal do grupo, 
em espírito. O líder é 
―objetivo‖ e limita-se aos 
―fatos‖ nas críticas e 
elogios. 
O líder não avalia o grupo nem 
controla os acontecimentos. 
Apenas comenta as atividades 
quando perguntado. 
 
 
 
Na prática o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com a 
situação, com as pessoas e com as tarefas a ser executada. O líder tanto manda 
cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma decisão, como 
também sugere a algum liderado realizar determinadas tarefas: ele utiliza a liderança 
autocrática, a democrática e a liberal. O desafio da liderança é saber quando aplicar 
qual processo, com quem e dentro de que circunstâncias e atividades a serem 
desenvolvidas. 
 
Teorias situacionais de liderança 
 
 
As teorias sobre traços de personalidade são simplistas e limitadas. As teorias 
sobre estilos de liderança consideram apenas certas variáveis da situação. As teorias 
situacionais explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do 
princípio de que não existe um único estilo ou característica de liderança válida para 
toda e qualquer situação. Cada situação requer um tipo de liderança para alcançar 
eficácia dos seguidores. As teorias situacionais são mais atrativas, pois aumentam 
as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a um modelo de 
liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à situação. O líder 
é aquele que é capaz de se ajustar a um grupo de pessoas sob condições variadas. 
Algumas considerações a respeito desta teoria: um líder pode assumir 
diferentes padrões de liderança para cada um de seus seguidores. Para um mesmo 
seguidor, o líder pode assumir diferentes padrões de liderança, conforme a situação 
envolvida. Em situações em que o seguidor apresenta alto nível de eficiência, o líder 
pode dar-lhe maior liberdade de decisões, mas se o seguidor apresenta erros 
seguidos, o líder pode impor-lhe maior autoridade pessoal e menor liberdade de 
trabalho. 
A supervisão escolar 
 
 
Durante a Pré-história não se pode falar de um serviço de inspeção, pois não 
se dispunha de um sistema de educação. 
Já nos povos da Antiguidade, Índia, Egito, Pérsia e China, a vigilância das 
instituições educativas estava a cargo de pessoas representantes das castas 
sacerdotais ou da nobreza. 
Foi na Grécia que nasceu a verdadeira instituição educativa, como um sistema 
que acompanha o indivíduo desde o nascimento até a idade adulta. Aí existiam 
pessoas, encarregadas de exercer vigilância sobre as escolas. 
 
Idade Média 
 
 
Durante a Idade Média a vigilância das instituições de ensino estava 
praticamente a cargo da Igreja; inicialmente exercida pelos bispos e, posteriormente, 
por pessoas indicadas pelas autoridades eclesiásticas. Contudo é na Idade Média que 
vamos encontrar as raízes da inspeção exercida pelo cidadão, através de comissões, 
com o surgimento, no século XIII, das escolas municipais de nível elementar. 
Notamos que, até esta época, a supervisão tinha o caráter de vigilância e fazia-
se através de elementos que detinham o domínio econômico, político ou religioso, 
visando a garantia primária e substancial dos interesses que sua classe representava. 
Assim, era exercida por leigos, geralmente autoridades civis ou religiosas. 
Visava a fiscalização e voltava-se principalmente para aspectos externos no ensino, 
tais como, matrícula e frequência de alunos, pontualidade de alunos e professores e 
conduta de professor em relação aos deveres especificados. Também o 
aproveitamento do aluno era objeto de preocupação em alguns sistemas, como 
sucedia na China, com seu sistema de examinadores nomeados pelo Estado. O 
caráter da vigilância era autoritário. 
 
Idade Moderna e Contemporânea 
 
 
Após a Idade Média, quando se 
estruturam as modernas nações e se 
fundam os sistemas escolares, 
compreendendo a educação em todos os 
seus níveis, surge a inspeção escolar em 
termos de instituição. 
A partir de então, inspeção tem sido 
exercida de modo diverso, variando não só 
o objeto, mas também os propósitos e os métodos adotados pelo inspetor. 
Entre os séculos XVII e XIX, a supervisão é considerada inspeção, geralmente 
realizada por leigos. O supervisor é chamado "inspetor" e suas funções eram mais de 
julgar do que funções executivas. Julgava mais o professor do que o ensino ou o 
rendimento do aluno. Assim, o objeto da inspeção é essencialmente a figura do 
professor, cuja situação funcional ficava a depender do julgamento que dele fizesse o 
inspetor. 
A inspeção neste período passa a constituir-se em função específica, exercida 
por funcionários para isso remunerados. Sua atuação mantinha-se autoritária. 
Com a Revolução Francesa surge a proposta de Condorcet à Assembleia 
Legislativa, em 1792, para a criação de um novo sistema de educação, na qual se fala 
de inspetores técnicos, especialmente preparados para o cumprimento da função.

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