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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA PRÁTICA 3 PÊNDULO SIMPLES ALUNA: ANA KAROLINE DE SOUSA GALVÃO CURSO: ENGENHARIA CIVIL MATRÍCULA: 384937 TURMA: 2A PROFESSOR: LUAN DATA: 02/05/16 DE 8:00h ÀS 10:00h FORTALEZA 2016 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 2 2 MATERIAL ........................................................................................................................ 2 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 3.1 Período no pêndulo simples .................................................................................................. 3 3.2 Aceleração da gravidade ....................................................................................................... 4 4 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 5 5 QUESTIONÁRIO ............................................................................................................... 8 6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 11 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 12 2 1 OBJETIVOS - Verificar as leis do pêndulo; - Determinar a aceleração local. 2 MATERIAL - Pedestal de suporte com transferidor; - Massas aferidas m1 e m2; - Cronômetro; - Fita métrica; - Fio (linha zero). 3 3 INTRODUÇÃO Um pêndulo simples consiste em um sistema ideal formado por um corpo acoplado a um fio inextensível de comprimento “L” e de massa “m” desprezível, o qual oscila no plano vertical livre de atrito. O pêndulo oscila sob a ação da gravidade após ser afastado da posição de equilíbrio e o movimento observado é periódico. Forças atuantes sobre a massa do pêndulo simples: T – Força de tração do fio; mg (massa x gravidade) – Força peso do corpo (P). 3.1 Período no pêndulo simples O período é o intervalo de tempo gasto pelo pêndulo para realizar uma oscilação completa e é representado por T. O peso foi decomposto em: Px = m x g x senθ (Força Restauradora). Py = m x g x cosθ. A força de tração do fio e a componente da força peso Py se anularão. A componente tangencial, Px, é a força restauradora, que será a responsável pelo movimento oscilatório. O ângulo θ, é definido pela razão entre o arco “X” descrito pelo ângulo θ e o raio de aplicação do mesmo, ou seja, o comprimento do pêndulo, “L”. Portanto, tem-se: Px = P x sen θ Px = P x sen(X/L) Para ângulos pequenos em radianos, o seno do ângulo se aproxima muito do valor do ângulo. Por isso, tem-se: Px = P x sen (X/L) = P x (X/L) 4 Como P = m x g e m, g e L são constantes nesse sistema, pode-se considerar que: Px = ( m x g x X )/L ou Px = K x X Sendo assim, diante da análise do pêndulo simples, pode-se inferir que, para pequenas oscilações, ou seja, com amplitude em torno de θ < 15º, o pêndulo simples descreve um Movimento Harmônico Simples (MHS). Em qualquer MHS, o período é dado por: Onde: T – Período m – Massa do corpo oscilante k – Constante E como K = (m x g)/L, pode-se expressar o período do pêndulo simples por: T = 2π Nesse caso (amplitudes até 15°), o período do pêndulo simples independe da massa do corpo oscilante e da amplitude com a qual o corpo é lançado para oscilar. O período do pêndulo variará de acordo com a alteração do comprimento do fio e da aceleração gravidade no local onde o experimento é feito. 3.2 Aceleração da gravidade Tendo a equação do pêndulo simples pode-se elevar ambos os membros da equação ao quadrado, portanto, teremos: T² = 4π² x ( L/g) g = (4π² x L) / T² O gráfico T² x L obedece a uma função do tipo y = kx, assim obteremos uma reta cujo coeficiente angular (m) é dado por m = ΔT² / ΔL. Desse modo, a aceleração da gravidade poderá ser calculada por uma das duas equações: g = 4π² /m ou g = 4π² / (ΔT² / ΔL) 5 4 PROCEDIMENTO Primeiramente, como de costume, as equipes foram divididas por bancadas. Em seguida, cada grupo deveria realizar o passo a passo citado abaixo com os objetos disponíveis. Deveriam ser feitas três medições de tempo para cada comprimento de fio requisitado com revezamento de alunos, e ao final de cada item deveria ser feita a média dos valores obtidos. Abaixo estão os resultados encontrados por mim e pela minha equipe. 1- Anote a massa dos corpos: m1 (massa menor) 50 g m2 (massa maior) 100 g 2- Ajuste o comprimento do pêndulo de modo que tenha 20 cm do ponto de suspensão até o centro de gravidade do corpo; 3- Desloque o corpo da posição de equilíbrio (deslocamento angular igual a 15º) e determine o tempo necessário para o pêndulo executar 10 (dez) oscilações completas. Para minimizar os erros, é recomendável que o operador do cronômetro seja o mesmo que larga o pêndulo a oscilar. Repita 3 (três) vezes e determine o T médio (em s). Use somente uma massa (m1), como indicado na tabela 3.1. 4- Repita a experiência para os comprimentos 40 cm, 60 cm, 80 cm, 100 cm, 130 cm e 150 cm e complete a tabela 3.1. *Resultados experimentais para o pêndulo simples. 6 L (cm) ϴ (graus) m (gramas) T (s) 20 15 50 8,8 8,8 8,9 0,9 0,8 40 15 50 12,4 12,4 12,6 1,2 1,6 60 15 50 15,4 15,4 15,4 1,5 2,4 80 15 50 17,8 17,7 17,6 1,8 3,1 100 15 50 19,8 19,8 19,9 2,0 3,9 130 15 50 22,8 22,7 22,8 2,3 5,2 150 15 50 24,6 24,6 24,4 2,5 6,0 Tabela 3.1 10 T (s) 5- Mantenha o comprimento em 140 cm e estude a influência de massa e da amplitude sobre o período. (Tabelas 3.2 e 3.3). *Resultados experimentais para o estudo da influência da amplitude sobre o período do pêndulo simples. Tabela 3.2 L (cm) ϴ (graus) m (gramas) 10 T (s) T (s) 140 15 50 23,5 23,6 23,6 2,4 140 10 50 23,6 23,4 23,4 2,3 *Resultados experimentais para o estudo da influência da massa sobre o período do pêndulo simples. Tabela 3.3 L (cm) ϴ (graus) m (gramas) 10 T (s) T (s) 140 10 50 23,6 23,5 23,5 2,4 140 10 100 23,4 23,5 23,5 2,3 Afere-se que, neste caso, nem a massa nem a amplitude interferem no período do pêndulo simples. 7 6- Trace o gráfico de T em função de L (para os dados da tabela 3.1). *Gráfico 1. 7- Trace o gráfico T2 em função de L (para os dados da tabela 3.1). *Gráfico 2. 0,9 1,2 1,5 1,8 2,0 2,3 2,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 20 40 60 80 100 120 140 160 P er ío d o ( s) comprimento do pêndulo (cm) Período (T) em função do comprimento (L) 0,8 1,4 2,3 3,2 4,0 5,3 6,3 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 P er ío d o 2 ( s2 ) comprimento do pêndulo (cm) Período2 (T2) em função do comprimento (L) 8 5 QUESTIONÁRIO 1- Dos resultados experimentais é possível concluir que os períodos independem das massas? Justifique. Sim, desde que o ângulo formado entre a posição em que o pêndulo será abandonado e a posição de repouso (amplitude) seja no máximo 15°. 2- Dos resultados experimentais o que se pode concluir sobre os períodos quando a amplitude passa de 10° para 15°? Justifique.Esses períodos devem permanecer os mesmos, pois de acordo com a fórmula √ que serve para valores de ângulos iguais ou menores que 15° essa variação de 5° não irá mudar o período (T). As eventuais discrepâncias entre os períodos calculados nessa prática para 10° e 15° não ultrapassam 0,1 s (erros de medição). 3- Qual a representação gráfica que se obtém quando se representa T x L? Explique. Uma parábola, assim como se pode observar no gráfico 1 (página 7). Pois a fórmula é dada por T = 2π que se assemelha à função y = ou y = x1/2. 4- Idem para T2 x L. Explique. Uma reta, assim como se pode observar no gráfico 2 (página 7), pois a fórmula é dada por T 2 = 4π2 (L/g) que se assemelha à função y = . 5- Determine o valor de “g” a partir do gráfico T2 x L. Utilizando-se as fórmulas m = ΔT² / ΔL e g = 4π² / (Δ(T²) / ΔL) e aplicando os resultados obtidos nessa prática tem-se que: ΔL = (100 – 20) ΔL = 80 cm (0,8 metros) Δ(T²) = (4,0 – 0,8) ΔT² = 3,2 s2 m = 3,2 / 0,8 m = 4 g = 4π² / (Δ(T²) / ΔL) π = 3,1416 g = 4 x 3,1416 2 / 4 g = 9,87 m/s 2 9 6- Qual o peso de uma pessoa de massa 65,00 kg no local onde foi realizada a experiência? A força Peso (Newton – N) é igual ao produto entre a massa do corpo (quilograma – kg) e gravidade do local (metros por segundo ao quadrado – m/s2), então: P = m x g P = 65 x 9,87 P = 641,53 N 7- Compare o valor médio de T obtido experimentalmente para L = 150 cm com o seu valor calculado pela fórmula √ (use g = 9,81 m/s2). Comente. L (cm) ϴ (graus) m (gramas) 10 T (s) T (s) 150 15 50 24,6 24,6 24,4 2,5 *Valor médio de T obtido experimentalmente. T = 2π T = 2 x 3,1416 x √ ) T = 6,28 x 0,39 T = 2,46 s Como o tempo de reação humana é até décimos de segundo, então: T = 2,5 s O valor obtido a partir do experimento foi o mesmo obtido a partir da fórmula do período, portanto percebe-se que a medição foi feita da maneira correta, sem erros de execução. 8- Chama-se “pêndulo que bate o segundo” aquele que passa por sua posição de equilíbrio uma vez em cada segundo. Qual o período desse pêndulo? 10 Se ele passa por sua posição de equilíbrio a cada segundo, quer dizer que ele demora um segundo para ir até a sua elongação máxima depois de ser abandonado. O período representa o tempo que o pêndulo leva para completar uma oscilação, ou seja, equivale a duas vezes o tempo decorrido desde a sua soltura até o ponto oposto de elongação máximo, e nesse caso, equivale a 2 segundos. 9- Determine o comprimento do “pêndulo que bate o segundo” utilizando o gráfico de T 2 x L. O período do “pêndulo que bate o segundo” é de 2s. Elevando-se o T = 2s ao quadrado temos que T 2 = 4 s 2 . Observa-se no gráfico que para o valor de T 2 = 4, o valor correspondente de L (comprimento do pêndulo) equivale a 100 cm. 10- Discuta as transformações de energia que ocorrem durante o período do pêndulo. Inicialmente, ao ser deslocado até uma elongação θ, o pêndulo adquire energia potencial. Parado em θ ele tem energia potencial máxima e energia cinética igual a zero. Ao ser abandonado ele se desloca até o ponto de equilíbrio, a energia potencial do pêndulo é mínima (igual a zero) e a cinética é máxima. O pêndulo continua deslocando-se rumo a –θ, reduzindo a energia cinética e adquirindo potencial. Parado em –θ, a energia cinética do pêndulo é zero, a energia potencial é máxima, até que ele volta à θ e todo o processo se repete. Como o sistema é conservativo, o processo se repete indefinidas vezes. 0,8 1,4 2,3 3,2 4,0 5,3 6,3 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 0 50 100 150 200P er ío d o 2 ( s2 ) comprimento do pêndulo (cm) Período2 (T2) em função do comprimento (L) 11 6 CONCLUSÃO Com essa prática pode-se perceber o importância do estudo do pêndulo simples e de suas grandezas envolvidas – período, comprimento, aceleração da gravidade, elongação, amplitude, força peso, tração, massa do corpo – quando estudamos o conteúdo relacionado à ondulatória. Concluiu-se que em pêndulos com valores de ângulos menores ou iguais a 15°, observa-se MHS – Movimento Harmônico Simples – e a nem a massa nem a amplitude serão consideradas para se obter o período. A partir do experimento pôde-se também obter a aceleração da gravidade por meio da fórmula proposta e dos dados obtidos. Houve também, a explanação sobre gráficos e a melhor forma de confeccioná-los e configurá-los, o que ajudou bastante na hora de elaborar os mesmos utilizando os dados obtidos na prática para uma melhor visualização dos resultados. 12 BIBLIOGRAFIA DIAS, N.L Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza, 2016; UFSM Disponível em: < http://coral.ufsm.br/gef/MHS/mhs05.pdf> Acesso: 11/05/16 às 21:34h; Só física Disponível em: < http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php> Acesso: 11/05/16 às 22:07h; Mundo educação Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm> Acesso: 12/05/16 às 23:56 h; Guia do Excel Disponível em: <http://guiadoexcel.com.br/criando-um-grafico-com-dois-eixos-2> Acesso: 13/05/16 às 01:38 h. Google imagens Acesso: 14/05/16 às 01:06 h.
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