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1 REGIANE MIRANDA FERREIRA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS FORMAS FARMACÊUTICAS Profa. Dra. Regiane Miranda Ferreira regianemiranda@netscape.net São Paulo, 2012 FARMACOLOGIA REGIANE MIRANDA FERREIRA Cuidados Gerais no Preparo e Administração de Medicamentos 2 REGIANE MIRANDA FERREIRA Cuidados Gerais no Preparo e Administração de Medicamentos • Todo medicamento deve ser prescrito por médico • Para administrar exige-se responsabilidade e conhecimentos de microbiologia, farmacologia e de cuidados de enfermagem • Deve ser administrado por auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros ou médicos REGIANE MIRANDA FERREIRA Os Cinco Certos da Medicação • Medicamento certo • Via certa • Dose certa • Hora certa • Paciente certo 3 REGIANE MIRANDA FERREIRA Três Leituras Certas da Medicação • Confira o Rótulo da Medicação – PRIMEIRA VEZ • antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos – SEGUNDA VEZ • antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola – TERCEIRA VEZ • antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente – Nunca confie! LEIA VOCÊ MESMO! REGIANE MIRANDA FERREIRA Cuidados na Administração de Medicamentos • Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa; • Não permitir que familiares preparem medicamentos; • Antes de administrar, confira o leito e o nome do paciente; • Checar somente após aplicação ou ingestão do medicamento; • Caso não seja administrado o medicamento, rodelar o horário, justificar no relatório de enfermagem e comunicar a enfermeira da unidade • Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar; • Nunca ultrapassar a dose prescrita; • Em casos de emergência, medicação por ordem verbal, mas deve ser anotada no prontuário; • Em geral, a prescrição médica é válida por 24 horas. Cuidados Gerais no Preparo e Administração de Medicamentos 4 REGIANE MIRANDA FERREIRA Medicamentos = Atenção REGIANE MIRANDA FERREIRA FARMACOLOGIA: É a ciência que estuda os fármacos. Definições FÁRMACO: “substância com estrutura química conhecida, possuem propriedade de modificar função fisiológica já existente, em benefício do paciente”. DROGA: “substância química definida, capaz de alterar estados fisiológicos ou patológicos dada com ou sem intenção de benefício do paciente”. 5 REGIANE MIRANDA FERREIRA Medicamento: “Fármaco com propriedades benéficas, comprovadas cientificamente. Apresentado em forma farmacêutica”. REMÉDIO: “Substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura,banhos); fé ou crença; influência:usados com intenção benéfica. Definições REGIANE MIRANDA FERREIRA FORMAS FARMACÊUTICAS A ESCOLHA DA FORMA FARMACÊUTICA DEVE ASSEGURAR AO MEDICAMENTO O MÁXIMO DE AÇÃO E O MÍNIMO DE INCONVENIENTES. Sólidos Pó – O medicamento que se apresenta em forma de pó. Ex: Bic. de Sódio. (desagregação → dissolução → absorção) Comprimido – É o pó comprimido em formato próprio. Ex. AAS (desagregação → dissolução → absorção) 6 REGIANE MIRANDA FERREIRA Drágea – Contém um núcleo com o medicamento e um revestimento de goma laca, açúcar e corante. (desagregação → dissolução → absorção) Cápsula – É constituída por um invólucro de gelatina e por um medicamento em forma sólida ou líquida. (desagregação → dissolução → absorção) FORMAS FARMACÊUTICAS REGIANE MIRANDA FERREIRA Supositório – Possui forma cônica ou ogival. Pode ter ação local ou sistêmica. Óvulo – Possui forma Ovóide e destina-se a aplicação vaginal. FORMAS FARMACÊUTICAS 7 REGIANE MIRANDA FERREIRA Líquidos Solução – Mistura homogênea de líquidos ou de um líquido e um sólido. (→→→→ absorção) Suspensão – Mistura não-homogênea de uma substância sólida e um líquido. (dissolução →→→→ absorção) FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS FARMACÊUTICAS REGIANE MIRANDA FERREIRA Xarope – Solução que contém dois terços de açúcar. Elixir – Solução que contém 20% de álcool e 20% de açúcar. FORMAS FARMACÊUTICAS 8 REGIANE MIRANDA FERREIRA Emulsão – Preparo feito com dois líquidos imiscíveis, óleo e água. Loção – Líquidos e semilíquidos com princípios ativos ou não, em solução ou suspensão; é destinada ao uso externo. FORMAS FARMACÊUTICAS REGIANE MIRANDA FERREIRA Pastosos Pomada – Forma semi-sólida, e consistência macia e mais oleosa, com pouca penetração na pele. Creme – Forma semi-sólida de duas fases, óleo e água, bem dispersas. Boa penetração na pele. FORMAS FARMACÊUTICAS 9 REGIANE MIRANDA FERREIRA Pasta – Forma semi-sólida de consistência macia, contendo 20% de pó. Ação superficial na pele, sem penetração. Gel – Forma semi-sólida, coloidal, de pouca penetração na pele. FORMAS FARMACÊUTICAS REGIANE MIRANDA FERREIRA Gasosos Gasosos – São usados principalmente para a administração de substâncias voláteis. Podem ser incluídos, aqui, os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para a nebulização. FORMAS FARMACÊUTICAS 10 REGIANE MIRANDA FERREIRA Vias de administração dos medicamentos • Classificação das formas farmacêuticas REGIANE MIRANDA FERREIRA VIAS DE ADMINISTRAÇAO DE MEDICAMENTOS • 1. Gastrointestinal - Oral ou bucal. - Sublingual. 8. Parenteral: - Gástrica. - intramuscular (lM). - Retal. - subcutânea (SC). - Duodenal. - intradérmica (lD). • 2. Respiratória. - endovenosa (EV) ou intravenosa (IV). • 3. Vaginal. - outras • 4. Cutânea. • 5. Ocular. • 6. Nasal. • 7. Auricular 11 REGIANE MIRANDA FERREIRA VIAS UTILIZADAS SOMENTE POR MÉDICOS • Intra-articular • Intratecal • Intrapericárdica • Intra-pleural • Intracardíaca • Intra-arterial REGIANE MIRANDA FERREIRA Vias de administração dos medicamentos Classificação das vias de administração • Vias digestivas – Via oral – Via retal • Vias parenterais – Subcutânea – Intradérmica – Intramuscular – Intravenosa – Intra-arterial – Intracardíaca – Intra-raquidiana ou intratecal – Intraperitonial – Intrapleural – Intra-articular – Intraesternal • Vias transmucosas – Perlingual ou sublingual ou bucal – Rinofaringea – Conjuntival – Traqueobrônquica – Alveolar – Geniturinária • Via transcutânea • Vias acidentais – Feridas – Cáries dentárias – Membrana do tímpano 12 REGIANE MIRANDA FERREIRA • LOCAIS DE ABSORÇÃO DE DROGAS – Trato gastrintestinal • mucosa bucal • mucosa gástrica • mucosa do intestino delgado • mucosa retal – Trato respiratório • mucosa nasal • mucosa traqueal e brônquica • alvéolos pulmonares – Pele REGIANE MIRANDA FERREIRA • LOCAIS DE ABSORÇÃO DE DROGAS – Regiões subcutânea e intramuscular – Mucosa geniturinária • mucosa vaginal • mucosa uretral • mucosa vesical – Mucosa conjuntival – Peritônio – Medula óssea 13 REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL VIAS ORAL, SUBLINGUAL, GÁSTRICA E RETAL Administração de medicamento por via digestiva. • A) Obter efeitos locais no trato digestivo. • B) Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na circulação sangüínea. REGIANE MIRANDA FERREIRA 1 – ORAL – ADMINISTRAÇÃO PELA BOCA FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMA LÍQUIDA: xarope, suspensão, elixir, emulsão, outros FORMA SÓLIDA: comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas outros. Contra-indicações • Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes. • Em casos de vômito. • Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 14 REGIANE MIRANDA FERREIRA VIA ORALCuidados Importantes 1. Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle hídrico do paciente. 2. Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rótulo voltado para a palma da mão para evitar sujá-lo. 3. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente. 4. Copo graduado:15ml = 1 colher de sopa/ 10ml = 1 colher de sobremesa/ 5ml = 1 colher de chá/ 3ml = 1 colher de café 15ml = 1 medida adulta / 5ml = 1 medida infantil 5- Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida. 6- Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusa do paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório. REGIANE MIRANDA FERREIRA 2 – SUBLINGUAL – ADMINISTRAÇÃO SOB A LINGUA DO PACIENTE Procedimentos e Cuidados Específicos 1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares. 2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado. 3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento. 4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 15 REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 3 – GASTRICA – ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO POR SONDA Procedimentos e Cuidados Específicos 1. Colocar o paciente em posição elevada para evitar aspiração, exceto quando contra-indicado. 2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico. 3. Introduzir lentamente o medicamento por sifonagem, ou através de seringa, evitando desconforto para o paciente. 4. Não introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência. 5. Lavar a sonda com 40ml de água, em média, após a administração do medicamento, a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir todo medicamento até o estômago. 6. Caso a sonda tenha finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos após a administração de medicamentos. REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 3 – GASTRICA – ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO POR SONDA 16 REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 4 - VIA RETAL – ADMINISTRACAO DO MEDICAMENTO NO RETO DO PACIENTE Forma farmaceutica: supositórios ou clister medicamentoso. Observações O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja esclarecido e orientado. Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório. REGIANE MIRANDA FERREIRA 1 - Colocar o paciente em decúbito lateral expondo somente a área necessária para a introdução do medicamento. 2- Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus. 3- Lubrificar as extremidades de sondas quando estas forem utilizadas. 4- Introduzir o produto além do esfíncter anal delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por trinta minutos, ou o máximo que suportar num prazo inferior a este.. 5- Calçar a luva de látex para autoproteção ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 4 - VIA RETAL – ADMINISTRACAO DO MEDICAMENTO NO RETO DO PACIENTE 17 REGIANE MIRANDA FERREIRA Introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: 1. Tampões, supositórios, comprimidos. 2. Óvulos. 3. Lavagens e irrigação. 4. Cremes ou gel. OBJETIVOS • Diminuir a infecção vaginal • Prevenir infecção vaginal • Preparar pacientes para cirurgias dos órgãos genitais. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GENITO-URINARIA REGIANE MIRANDA FERREIRA Procedimentos e Cuidados Específicos 1. Respeitar a privacidade da paciente cercando a cama com biombos. 2. Colocar a paciente em posição ginecológica. 3. Colocar o óvulo ou a pomada vaginal no aplicador próprio. 4. Afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar — com auxílio de gazes. 5. Introduzir delicadamente o aplicador, 10cm aproximadamente, e pressionar seu êmbolo. 6. Retirar o aplicador e pedir à paciente para que permaneça no leito. 7. Lavar o aplicador com água e sabão (o aplicador é de uso individual). 8. Em caso de paciente VIRGEM: qualquer medicação via vaginal pode ser administrada utilizando-se ESPECULO DE VIRGEM, ou uma seringa na qual adapta-se uma sonda uretral nº 4 ou n°6. 9. Fazer higiene íntima, antes da aplicação, se necessário. 18 REGIANE MIRANDA FERREIRA É a aplicação de medicamentos na pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, linimentos, anti-sépticos. OBJETIVO 1. Obter ação local, principalmente, e sistêmica, eventualmente ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA TOPICA/CUTANEA REGIANE MIRANDA FERREIRA Procedimentos e Cuidados Específicos 1. Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se necessário (pele oleosa e com sujidade). 2. Desprezar a primeira porção da pomada. 3. Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente. 4. Observar qualquer alteração na pele: erupções; prurido; edema; eritema etc. 5. Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retirá- lo com auxílio da espátula. 6. Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade. 19 REGIANE MIRANDA FERREIRA 1. Preparar o paciente. a) Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão): b) Paciente sentado: inclinar a cabeça para trás. 2. Pingar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque na mucosa nasal. 3. Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por mais alguns minutos, a fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA NASAL É a aplicação de medicamentos na pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, linimentos, anti-sépticos. Objetivo: Obter ação local, principalmente, e sistêmica, eventualmente REGIANE MIRANDA FERREIRA É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular. (saco conjuntival inferior) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA OCULAR 1. Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para trás. 2. Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas. 3. Afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar — com auxílio da gaze — apoiando a mão na face do paciente. 4. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio. 5. Pedir ao paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na conjuntiva. 6. Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior. 7. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular, a fim de dispersar o medicamento. 8. Remover o excedente do medicamento com a gaze. 20 REGIANE MIRANDA FERREIRA Introdução de medicamento no canal auditivo. OBJETIVOS Prevenir ou tratar processos inflamatórios e infecciosos. Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho. A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário 1. Posicionar o paciente e lateralizar a cabeça. 2. Posicionar o canal auditivo no adulto da seguinte maneira: segurar o pavilhão auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás. 3. Desprezar uma gota de medicamento. 4. Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta- gotas. 5. Orientaro paciente quanto à manutenção da posição inicial por alguns minutos. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA AURICULAR REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL É a administração de um agente terapêutico por outra via que NÃO seja a do trato alimentar (aparelho digestivo). Vantagens - Absorção mais rápida e completa. - Maior precisão em determinar a dose desejada. - Obtenção de resultados mais seguros. - Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos. Desvantagens - Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga. - Em casos de engano pode provocar lesão considerável. - Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção. - Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la. 21 REGIANE MIRANDA FERREIRA • Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas. – Agulhas comprimentos e calibres adequados • ex: 30 x 7 – 30 = 30 milímetros - comprimento – 7 = 0,7 milímetro – largura – Seringas de 1 a 20 mililitros – Técnicas apropriadas para não contaminar medicamentos Via Parenteral ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL Corpo Bico Êmbolo bisel haste calibre REGIANE MIRANDA FERREIRA PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER • Infecções locais ou gerais. • Abscesso. • Fleimão = inflamação pirogênica, com infiltração e propagação para os tecidos, caracterizando-se pela ulceração ou supuração. • Fenômenos alérgicos ao produto usado para anti-sepsia ou às drogas injetadas. (urticária, edema ou mesmo choque anafilático). • Embolias. (pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas causando a rutura de capilares, com consequente microembolias locais ou gerais). • Trauma psicológico (medo, tensão, choro, recusa do tratamento, podendo chegar à lipotimia - desmaio). • Trauma tissular (hemorragias, hematomas, equimoses,dor,paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses). ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 22 REGIANE MIRANDA FERREIRA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL CUIDADOS GERAIS • Lavar as mãos • Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar microrganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos • Fazer antíssepsia da pele • Manejar corretamente o material esterilizado • Explicar ao paciente quanto ao procedimento utilizar o método de administração corretamente REGIANE MIRANDA FERREIRA MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID) Introdução de pequena quantidade de medicamento entre a pele e o tecido subcutâneo com a finalidade de: • Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas. • A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL Area de aplicação Na face interna do antebraço ou região escapular, locais onde a pilosidade é menor e oferece acesso fácil à leitura da reação aos alérgenos. => Volume suportado = Até 0,5ml Observações 1. Geralmente é feita sem anti-sepsia para não interferir na reação da droga. 2. A substância injetada deve formar uma pequena pápula. 23 REGIANE MIRANDA FERREIRA � Via muito restrita � Pequenos volumes - de 0,1 a 0,5 mililitros � Usada para reações de hipersensibilidade �provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria) �sensibilidade de algumas alergias �fazer desensibilização e auto vacinas �aplicação de BCG (vacina contra tuberculose) - na inserção inferior do músculo deltóide - uso mundial MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA Introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme com a finalidade de: - Terapêutica lenta, contínua e segura pela tela subcutânea. - A angulação da agulha deve ser de 45°com relação ao tecido -> Certas vacinas, como a anti-rábica, drogas como a insulina, a adrenalina e outros hormônios, têm indicação específica por esta via. Volume suportado -> Até 2ml MEDICAÇÃO VIA SUBCUTANEA (SC) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 24 REGIANE MIRANDA FERREIRA ÁREAS DE APLICAÇÃO • Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações nervos e grandes vasos sanguíneos : - partes externas e superiores dos braços; - laterais e frontais das coxas; - região gástrica e abdome; - nádegas; - costas (logo acima da cintura). MEDICAÇÃO VIA SUBCUTANEA (SC) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA � A medicação é introduzida na tela subcutânea (tecido subcutâneo ou hipoderme) � Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura � usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina) � Volume não deve exceder 03 mililitros MEDICAÇÃO VIA SUBCUTANEA (SC) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 25 REGIANE MIRANDA FERREIRA � Complicações das injeções subcutâneas �infecções inespecíficas ou abcessos �formação de tecido fibrótico �embolias - por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensão �lesão de nervos �úlceras ou necrose de tecidos �fenômeno de Arthus - formação de nódulos devido injeções repetidas em um mesmo local MEDICAÇÃO VIA SUBCUTANEA (SC) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA Introdução de medicamentos nas camadas musculares com a finalidade de: - Terapêutica de efeito relativamente rápido MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL � Via muito utilizada, devido absorção rápida � Músculo escolhido �deve ser bem desenvolvido �ter facilidade de acesso �não possuir vasos de grande calibre �não ter nervos superficiais no seu trajeto � Volume injetado - depende da estrutura muscular �região deltóide - de 2 a 3 mililitros �região glútea - de 4 a 5 mililitros �músculo da coxa - de 3 a 4 mililitros 26 REGIANE MIRANDA FERREIRA Região deltóide • Traçar um retângulo na região lateral do braço a 4 cm do acrômio; o paciente deve estar sentado ou em pé com o braço flexionado em posição anatômica; contra- indicada em caso de pouco desenvolvimento da musculatura. • A angulação da agulha deve ser de 90° com relação ao músculo. • Volume indicado é de até 3 ml MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA Região dorsoglútea • Traçar linha partindo da espinha ilíaca póstero-superior até o grande trocânter do fêmur e puncionar acima desta linha (relativo ao quadrante superior externo); o paciente pode posicionar-se de pé ou em decúbito ventral com rotação dos pés para dentro; em decúbito lateral, adotar a posição de Sims. • A angulação da agulha deve ser de 90°°°° com relação ao músculo. • Volume indicado é de até 5ml; MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 27 REGIANE MIRANDA FERREIRA • Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente e localizar com o dedo indicador a espinha ilíaca ântero-posterior. Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o dedo indicador um triângulo. Localizar a punção neste triângulo. O paciente pode ficar em qualquer decúbito. A angulação da agulha é dirigida ligeiramente à crista ilíaca. Não há contra-indicações de aplicação, pois existe grande espessura muscular sem estruturas importantes, pouco tecidogorduroso e sem possível contaminação fecal. • Volume indicado é de até 3 ml MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL Região ventroglútea (Hochsteter) REGIANE MIRANDA FERREIRA • Traçar uma linha imaginária no terço médio da coxa. (delimitado pela linha média anterior e lateral da coxa ). • Posicionar o paciente em decúbito dorsal com membros inferiores em extensão ou sentado com a perna fletida. • A angulação da agulha deve ser de 90°°°° com relação ao músculo. • Volume indicado é de até 3 ml. MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL Face antero-lateral da coxa 28 REGIANE MIRANDA FERREIRA • Distender a pele com o polegar e o indicador e fixar o músculo; introduzir a agulha em movimento único; • Soltar o músculo; fixar o canhão da agulha com os dedos que pinçaram o músculo e aspirar, verificando se não atingiu algum vaso sangüíneo; • Injetar a medicação lentamente; • Retirar a agulha rapidamente, comprimindo local com algodão e massagear por alguns instantes; MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA Escolha do local para administração da medicação Embora existam controvérsias, segundo CASTELLANOS a ordem de preferência deve ser: • 1. Região ventro-glútea (VG): indicada em qualquer idade. • 2. Região da face ântero-lateral da coxa (FALC):contra- indicada para menores de 28 dias e indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos. • 3. Região dorso-glútea (DG): contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas excessivamente magras. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 29 REGIANE MIRANDA FERREIRA • 4. Região deltoidiana (D):contra-indicada para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular. Obs.: • 1. Em nosso meio, a região FALC é usada também para recém-nascidos e a região DG também para menores de 2 anos. • 2. Na escolha do local, devem ser consideradas as condições musculares. Escolha do local para administração da medicação ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA �Regiões para aplicação: Dorso glútea Vasto lateral coxa Deltóide Hochstetter Escolha do local para administração da medicação ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 30 REGIANE MIRANDA FERREIRA É a introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea com a finalidade de: - Terapêutica com efeito sistêmico rápido. - Administrar medicações que irritam o tecido MEDICAÇÃO VIA ENDOVENOSA (IV OU EV) ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA � Veias utilizadas para medicação endovenosa �região cefálica - utilizada em recém-natos e lactentes �região cervical - veias jugulares �via subclávia - muito utilizada em UTI ⌧para injeção de medicamentos ⌧para infusão de alimentação parenteral ⌧para acesso venoso central ⌧para monitorização - PVC, Swan-Ganz ⌧em pacientes com dificuldade de acesso venoso ⌧em UTI - para acesso venoso central 31 REGIANE MIRANDA FERREIRA � Veias utilizadas para medicação endovenosa... �membros superiores ⌧veias cefálica, basílica . para manutenção de via venosa contínua ⌧veia intermediária do cotovelo • para coletas de sangue • para injeções únicas de medicamentos �dorso da mão ⌧veias metacarpianas dorsais • para injeções únicas • manutenção de via venosa contínua (evitar) REGIANE MIRANDA FERREIRA � Veias utilizadas para medicação endovenosa... �membros inferiores ⌧perna - veia safena magna e tibial anterior ⌧pé - rede dorsal do pé • evitar devido risco de flebites e embolia • metabolismo de primeira passagem • contra-indicada em pctes com lesões neurológicas 32 REGIANE MIRANDA FERREIRA VENÓCLISE É a infusão de solução dentro da veia,em quantidade relativamente grande com a finalidade de: - Infusão de grande volume de líquidos. - Proporcionar via para administração de medicações. - Repor líquidos - Manter equilíbrio de eletrólitos - Administrar nutrientes ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL REGIANE MIRANDA FERREIRA Vias de administração dos medicamentos • Vantagens e desvantagens 33 REGIANE MIRANDA FERREIRA Ramos da Farmacologia FARMACOCINÉTICA: Estuda o movimento dos fármacos no organismo. FARMACODINÂMICA: Estuda a ação do fármaco e o mecanismo de ação no organismo. Definições REGIANE MIRANDA FERREIRA - Para que os fármacos ajam é preciso que sejam absorvidos; - Para que sejam absorvidos é preciso que atravessem as barreiras biológicas; - Para que atravessem as barreiras biológicas é preciso que se solubilizem; - Através da corrente sanguínea os fármacos se distribuem pelos diversos compartimentos do sistema biológico e, nos tecidos alvos interagem com os receptores biológicos para desencadear a ação farmacológica FARMACOCINÉTICA 34 REGIANE MIRANDA FERREIRA -A atividade de fármacos está diretamente relacionada com os mecanismos de absorção, distribuição e atividade intrínseca; - Fármacos são, em geral, ácidos ou bases fracas cujas formas neutra e ionizada se mantém em equilíbrio quando em solução; FARMACOCINÉTICA REGIANE MIRANDA FERREIRA Vias de administração dos medicamentos • Características das principais vias de administração
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